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Saúde

Dengue: vacinação é ampliada para mais 154 cidades; veja quais 

Redação Informe 360

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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (27), que irá ampliar a distribuição das vacinas contra a dengue para mais 154 municípios. Até então, 521 cidades haviam sido selecionadas para receber as doses e iniciar a vacinação contra a doença na rede pública.

O que você precisa saber: 

  • A ampliação ocorre a partir de uma redistribuição das doses em estoque, já que 668 mil doses estão próximas do vencimento, previsto para 30 de abril;
  • De acordo com a pasta, as regiões de saúde contempladas pela ampliação foram: Central (ES), Betim (MG), Uberaba (MG), Uberlândia/Araguari (MG), Recife, Apucarana (PR), Grande Florianópolis, Aquífero Guarani (SP), Região Metropolitana de Campinas (SP), São José do Rio Preto (SP) e São Paulo;
  • Uma nova remessa também foi comprada. Ao todo, 930 mil doses serão distribuídas para os 521 municípios anteriormente selecionados e para os 154 agora contemplados com a ampliação;
  • Por ora, apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos estão recebendo as doses. A aplicação vem ocorrendo desde fevereiro em regiões consideradas endêmicas;
  • O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público, assim, a medida reforça o combate à doença e entra como exemplo para outras nações.

Conforme divulgado pela Agência Brasil, dados do ministério indicam que, até o momento, 1.235.119 doses foram enviadas aos estados e municípios desde o início da vacinação contra a dengue. Dessas, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não foram registradas. De todos os 521 municípios que receberam a vacina, 13 não enviaram dados para o governo federal.

A gente sabe que tem um quantitativo dessas doses que não foi aplicado. Não podemos deixar essas doses vencerem, é preciso utilizá-las. Diante disso, o Ministério da Saúde trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados.

Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergência em Saúde Pública e do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue).

Segundo Garcia, a redistribuição para municípios nos próprios estados será regulamentada por uma nota técnica publicada ainda hoje.

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Dengue no Brasil

O Brasil ultrapassou na última semana mais uma marca alarmante relacionada à dengue. Segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde, o país já contabiliza mais de dois milhões de casos da doença em 2024. O número já superou todos os diagnósticos de 2015 (1.688.688), até então o maior registro de toda a série histórica, feita desde 2000. Veja detalhes aqui!

Olhar Digital.

Saúde

Casos de câncer entre adultos com até 50 anos crescem quase 4x no SUS, alerta site

Redação Informe 360

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O número de casos de câncer em adultos com até 50 anos aumentou quase quatro vezes no SUS (Sistema Único de Saúde) entre 2013 e 2024, conforme dados do DataSUS levantados com exclusividade pelo G1.

A tendência preocupa especialistas porque revela uma mudança no perfil da doença, antes associada ao envelhecimento, e agora mais frequente em pessoas mais jovens, ativas e em plena fase produtiva da vida.

Segundo os dados levantados pela repórter Talyta Vespa, tumores de mama, colo do útero e colorretal estão entre os três que mais crescem nesse grupo, impulsionados por fatores como dieta, estilo de vida e dificuldade de rastreamento.

O câncer de mama lidera os diagnósticos, com aumento expressivo entre mulheres abaixo dos 50 anos. Médicos ouvidos pelo G1 alertam: o estilo de vida moderno e a falta de rastreamento precoce estão abrindo espaço para uma nova geração de casos.

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Mamografia é estratégia para rastreamento do câncer (Imagem: yacobchuk/iStock)

Câncer em jovens: principais pontos do levantamento

  • O número de diagnósticos de câncer em adultos de até 50 anos aumentou 284% em 11 anos. Em números, foram 45.506 casos em 2013 e 174.938 em 2024.
  • O câncer de mama é o mais frequente, seguido por colo do útero, colorretal, de estômago e de fígado.
  • A má alimentação, o sedentarismo e a obesidade são os fatores mais associados ao crescimento.
  • O diagnóstico precoce ainda é raro nessa faixa etária, o que agrava o prognóstico.
  • Especialistas defendem que protocolos de rastreamento incluam pessoas abaixo dos 50 anos.

Por que o câncer está aparecendo mais cedo?

O tumor colorretal é um dos mais preocupantes para os médicos. Conforme o oncologista Samuel Aguiar, do A.C.Camargo Cancer Center, explica ao G1, “só 5% dos casos são hereditários; mais de 90% têm relação com alimentação, sedentarismo e obesidade”.

Segundo a reportagem, essa geração, exposta desde a infância ao consumo de ultraprocessados e ao estresse contínuo, carrega um risco que antes era típico de faixas etárias mais avançadas.

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O resultado são diagnósticos cada vez mais precoces e, em muitos casos, descobertos tardiamente por falta de cultura preventiva.

Médico apontando caneta para parte de dentro de maquete de intestino grosso
(Imagem: New Africa/Shutterstock)

Apesar da explosão de casos em pacientes mais jovens, o sistema de saúde público ainda não acompanha essa realidade, conforme alerta a médica nuclear Sumara Abdo, do INCA (Instituto Nacional do Câncer) ao G1.

Os protocolos de rastreamento ainda são voltados para pessoas acima dos 50 anos. Mas a realidade mudou. Já temos evidências de que tumores como o de mama e o colorretal vêm aumentando muito antes dessa idade.

Sumara Abdo, médica nuclear, em entrevista ao G1.

A importância da prevenção e do diagnóstico precoce

Manter uma rotina saudável continua sendo a melhor forma de reduzir o risco. Dieta rica em fibras, frutas e vegetais, prática regular de exercícios e menos ultraprocessados e álcool são recomendações que fazem diferença.

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Mulher escolhe uma maçã ao invés de donuts
Imagem: Ekaterina Chizhevskaya / iStock

Além disso, buscar atendimento médico diante de sinais como perda de peso inexplicável, sangue nas fezes, nódulos persistentes e fadiga extrema é essencial para detectar a doença a tempo. Afinal, o diagnóstico precoce é a principal parte no tratamento do câncer.

Infelizmente, conforme um estudo da Nature Medicine (2022) citado pela reportagem, o aumento de casos de câncer em pessoas com até 50 anos não é uma exclusividade do Brasil. Atualmente, os casos precoces representam até 20% dos novos diagnósticos anuais nos Estados Unidos e Reino Unido.

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Saúde

O que a cocaína faz no cérebro e corpo humano?

Redação Informe 360

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A cocaína é uma droga estimulante poderosa e altamente viciante que afeta diretamente o sistema nervoso central. Seu consumo desencadeia uma cascata de reações químicas no cérebro, gerando uma intensa, porém breve, sensação de euforia e energia. No entanto, os danos que ela causa ao organismo são profundos e duradouros, impactando desde a saúde cardiovascular até o equilíbrio mental.

É necessário compreender a ação dessa droga no organismo para reconhecer os graves riscos associados ao seu uso, que podem levar a complicações médicas severas e à dependência. O caminho da euforia inicial rapidamente se transforma em um ciclo de abuso com consequências devastadoras para a saúde física e psicológica do usuário, além de afetar suas relações sociais e familiares.

Leia mais:

O que é a cocaína e de onde ela vem?

A cocaína é uma droga estimulante produzida a partir das folhas da planta de coca (Erythroxylon coca), nativa da América do Sul. O extrato da folha é processado quimicamente para criar diferentes formas da droga.

Por milhares de anos, povos indígenas sul-americanos mastigaram as folhas de coca por seus efeitos estimulantes moderados. A substância química purificada, o cloridrato de cocaína, foi isolada pela primeira vez há mais de 100 anos.

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Imagem: Mulad Images/Shutterstock
  • Cloridrato de cocaína: É a forma mais comum, um pó branco e cristalino. Geralmente é inalado (“cheirado”) ou dissolvido em água e injetado.
  • Base livre (freebase): uma forma da droga processada com amônia para remover o cloridrato, resultando em uma substância que pode ser fumada.
  • crack: cristais produzidos pelo processamento da cocaína com bicarbonato de sódio e água, que também são fumados. O nome deriva do som de estalo que faz ao ser aquecido.

O que a cocaína faz no cérebro e corpo humano?

A cocaína atua como um potente estimulante do sistema nervoso central, alterando fundamentalmente a comunicação entre os neurônios. O cérebro funciona com mensageiros químicos chamados neurotransmissores, que são liberados por um neurônio para enviar um sinal a outro.

Após a transmissão do sinal, um transportador especializado remove o neurotransmissor da sinapse (o espaço entre os neurônios) para encerrar o sinal.

Imagem: nobeastsofierce / Shutterstock

A cocaína interfere especificamente nesse processo, principalmente com o neurotransmissor dopamina. Ela se liga ao transportador de dopamina e o bloqueia, impedindo a remoção da dopamina da sinapse. Esse bloqueio causa um acúmulo de dopamina, que amplifica continuamente o sinal para os neurônios receptores.

Essa inundação de dopamina no circuito de recompensa do cérebro é o que causa a euforia intensa e os sentimentos de prazer associados ao uso da droga. No entanto, essa manipulação artificial tem um custo alto.

Com o uso repetido, o cérebro se adapta à presença excessiva de dopamina, tornando-se menos sensível a ela e a reforçadores naturais, como comida e interações sociais. Isso leva ao desenvolvimento de tolerância, em que o usuário precisa de doses cada vez maiores para atingir o mesmo efeito.

Efeitos de curto prazo

Os efeitos aparecem quase que imediatamente e podem durar de alguns minutos a uma hora, dependendo da forma de uso.

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  • Psicológicos: euforia extrema, aumento de energia, alerta mental, hipersensibilidade à luz, som e toque, irritabilidade e paranoia.
  • Fisiológicos: vasos sanguíneos contraídos, pupilas dilatadas, aumento da temperatura corporal, da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Vício e efeitos a longo prazo:

O uso contínuo leva a mudanças duradouras nos sistemas cerebrais, resultando em dependência. A perda de controle sobre o uso da droga e o desejo compulsivo de consumi-la, apesar das consequências negativas, caracterizam o vício. A longo prazo, os efeitos são devastadores para o corpo e a mente.

Conceito de dependência química. Heroína é derramada sobre a mesa, a palavra ajuda está escrita nela e há uma seringa com uma dose sobre ela. Fundo preto. Fundo preto. Foto de alta qualidade.
A cocaína convencional é a segunda droga mais consumida no mundo/Shutterstock
Foto Colaborador Israfoto
  • Cardiovasculares: danos ao coração, incluindo arritmias, infartos e inflamação do músculo cardíaco.
  • Respiratórios: ao ser fumada (crack), pode causar danos pulmonares. A inalação pode levar à perda do olfato, sangramentos nasais e perfuração do septo nasal.
  • Neurológicos: aumento do risco de derrames, convulsões e desenvolvimento de distúrbios do movimento, como a doença de Parkinson. O uso crônico também prejudica funções cognitivas como tomada de decisão e memória.
  • Psiquiátricos: crises de ansiedade, ataques de pânico, paranoia severa e até mesmo uma psicose temporária com alucinações auditivas e visuais.
Vício em cocaína tem cura?

O vício em cocaína é uma doença crônica, mas tratável. Embora não haja uma “cura” no sentido de erradicar a doença, a recuperação é possível através de tratamentos contínuos, como terapias comportamentais e apoio de grupos, que ajudam a pessoa a gerenciar a condição e a manter a abstinência.

Quanto tempo leva para desenvolver vício em cocaína?

O tempo para desenvolver o vício varia muito entre os indivíduos, dependendo de fatores como genética, frequência de uso, via de administração e saúde mental. Algumas pessoas podem desenvolver dependência rapidamente, especialmente com formas mais potentes como o crack, que pode levar ao vício após o primeiro uso em alguns casos.

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Saúde

Falsa couve: família confunde planta com fumo em Minas Gerais

Redação Informe 360

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Quatros pessoas da mesma família foram internadas em estado grave após consumirem uma planta tóxica refogada pensando se tratar de couve durante um almoço na zona rural de Patrocínio, Minas Gerais. Especialistas explicam que a ingestão da Nicotiana glauca ou “fumo bravo”, como é conhecida popularmente, pode levar à morte. 

Na manhã desta quinta-feira (9), três pessoas permanecem internadas e outra segue em observação médica, segundo a Polícia Militar. As vítimas são três homens de 49, 60 e 67 anos e uma mulher de 37 anos. Todos sofreram parada cardiorrespiratória, de acordo com o G1. Uma criança de dois anos foi levada ao hospital apenas para observação, já que não consumiu a planta colhida na chácara onde a família mora.

A Polícia Civil recolheu o refogado para verificar a presença de substâncias tóxicas através de uma perícia técnica. Já a secretaria de Saúde de Patrocínio informou que a Vigilância Sanitária acompanha o caso.

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Planta tóxica foi encontrada ao lado da cozinha na casa onde a família mora (Imagem: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Planta tóxica

Também chamada de charuteira ou tabaco-arbóreo, a Nicotiana glauca pode ser facilmente encontrada em áreas rurais e à beira de estradas. A planta contém uma substância chamada anabasina, um alcaloide semelhante à nicotina que pode causar náuseas, tontura, dificuldade respiratória e problemas cardíacos. É considerada um inseticida natural.

“Dependendo da forma que ela consome, seja crua, cozida, isso vai alterar a quantidade dessa substância tóxica que a pessoa vai consumir, podendo levar a efeitos ainda mais graves”, explicou a professora doutora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), à reportagem.

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Não há antídoto para tratar esse tipo de intoxicação, por isso o recomendado é que a pessoa procure atendimento médico o mais rápido possível para evitar complicações. A planta pertence à família das solanáceas, que inclui alimentos populares como tomate, batata, pimentão, berinjela e pimenta. Apesar das semelhanças com a couve, há características que podem ajudar na distinção.

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Folha da Nicotiana glauca apresenta nervuras menos aparentes do que a couve (Imagem: Corpo de Bombbeiros/Divulgação)

Essa planta tóxica tem folhas um pouco mais finas, ela tem uma textura aveludada e a coloração dela também é um verde um pouco acinzentado. Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, ela tem um verde mais vivo. Mas ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação, então a dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência.

Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Leia Mais:

Histórico de intoxicação

Um estudo publicado em 2010 nos Estados Unidos apresentou dois casos raros de envenenamento humano em uma família após ingestão de folhas cozidas da mesma planta. O objetivo era conscientizar sobre os riscos de consumo de botânicos por pessoas leigas e também ampliar o conhecimento clínico sobre a Nicotiana glauca.

Em um dos casos, uma turista francesa de 73 anos, sem histórico médico notável, desmaiou em casa após passar algumas horas com tontura, náusea, vômito e mal-estar. Os sintomas se desenvolveram logo após a ingestão de folhas cozidas de Nicotiana glauca, coletadas ao redor da casa de sua filha em Jerusalém e confundidas com espinafre selvagem.

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Ela foi encontrada inconsciente, com pupilas dilatadas e bradicardia extrema. Mesmo após receber suporte respiratório, ela não recuperou a consciência e morreu após 20 dias devido à falência de múltiplos órgãos. A anabasina foi identificada na urina da paciente.

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Fumo é amplamente usado em rituais de povos indígenas na América do Sul (Imagem: Kati 73/Shutterstock)

Já seu neto de 18 anos desenvolveu fraqueza e mialgia após ingerir uma quantidade menor da mesma refeição. Ele se apresentou ao mesmo pronto-socorro em condição estável e o exame revelou apenas bradicardia sinusal. Ele recebeu alta sem qualquer tratamento específico e se recuperou em 24 horas sem quaisquer sequelas residuais. 

Segundo os pesquisadores, a planta é comumente usada em rituais pelos índios Navajo na América do Sul. E é considerada uma erva daninha no Arizona, Califórnia, Texas, México, Ilhas Havaianas, região do Mediterrâneo e Austrália. Em Israel, onde os casos foram estudados, a planta é encontrada ao longo de muros, em escombros e áreas arenosas.

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