Tecnologia
Cigarro eletrônico aumenta risco de cárie e altera os dentes
O uso de cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de cáries e alterar a superfície dos dentes, segundo estudo feito pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP. A pesquisa foi publicada no periódico científico Archives of Oral Biology.
Os chamados vapes são dispositivos eletrônicos recarregáveis com refis usados para inalar líquido vaporizado com nicotina (incluindo sais de nicotina e nicotina sintética). No Brasil, a comercialização, importação e propaganda são proibidas pela Anvisa desde 2009.
A pesquisa da USP buscou contribuir com outros estudos sobre os impactos do cigarro eletrônico após a popularização do dispositivo. Até então, os estudos mais robustos se restringiam aos problemas cardiovasculares e respiratórios.
“A literatura científica aponta a ausência de um consenso definitivo sobre os riscos de longo prazo que o uso de cigarros eletrônicos pode causar na saúde oral”, explica o professor Manoel Damião de Sousa-Neto, que coordenou a pesquisa.
Leia mais:
- Bélgica proíbe cigarros eletrônicos descartáveis
- Qual é mais prejudicial para a saúde: vape ou cigarro?
- Uso de cigarro eletrônico prejudica função vascular, revela estudo
Como foi feita a pesquisa sobre cigarro eletrônico?
- O Departamento de Odontologia Restauradora da Forp criou máquina de teste de cigarro eletrônico que simula trago e inalação do vapor de vapes em dentes humanos, segundo o Jornal da USP;
- Para avaliar o efeito nos dentes, foram usados molares humanos obtidos do Biobanco de Dentes Humanos da Forp;
- Os dados foram analisados após inalação por três segundos, com intervalos de um minuto entre cada trago, em rotina de quatro horas diárias ao longo de 30 dias consecutivos;
- No total, foram 104 horas de experimento, com inalação de 2.600 mg de nicotina. Isso equivale a 86 maços de cigarro, segundo os pesquisadores. As principais descobertas foram as seguintes:
- Houve redução da “microdureza do esmalte, da dentina e da dentina radicular”: na prática, isso torna os dentes mais vulneráveis;
- O aquecimento do líquido dos vapes cria ambiente mais propício ao desenvolvimento de cáries devido a processo de desmineralização.
“Em resumo, o estudo destacou que o vapor do cigarro eletrônico pode aumentar o risco de cáries, além de comprometer a integridade dos tecidos dentários”, afirmou a professora Aline Gabriel, que também orientou o estudo.
O post Cigarro eletrônico aumenta risco de cárie e altera os dentes apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Tecnologia
Nível de seu colesterol pode aumentar risco de ter demência
Um estudo, publicado na revista Neurology, revelou que adultos mais velhos com variações nos níveis de colesterol ao longo do tempo têm maior risco de desenvolver demência, independentemente dos níveis absolutos da gordura.
A pesquisa, conduzida por neurologistas da Universidade Monash (Austrália), envolveu 9.846 pessoas com idade média de 74 anos, sem demência ou problemas de memória no início, acompanhadas por uma média de 5,5 anos. Os participantes foram monitorados quanto a mudanças no colesterol ao longo de quatro medições.
Leia mais:
- Colesterol alto é fator de risco para infarto e AVC; como se prevenir?
- Cinco sinais de demência e Alzheimer que você deve monitorar
- Consumo aumentou e alimentos ultraprocessados são 20% das calorias do brasileiro
Qual a relação entre colesterol e demência?
- Os resultados mostraram que, no grupo com maior variação nos níveis de colesterol, 11,3 a cada mil pessoas-ano desenvolveram demência, enquanto no grupo com menor variação, esse número foi de 7,1 por mil pessoas-ano;
- Após ajustes para fatores, como idade, tabagismo e pressão alta, o grupo com maior flutuação teve 60% mais chances de desenvolver demência;
- A pesquisa também apontou associação entre o colesterol LDL flutuante (conhecido como colesterol “ruim“) e o risco de demência e comprometimento cognitivo, sem encontrar essa ligação com o HDL (conhecido como colesterol “bom“) ou triglicerídeos.
Os autores sugerem que monitorar as mudanças nos níveis de colesterol ao longo do tempo pode ajudar a identificar pessoas com risco aumentado de demência, recomendando intervenções, como mudanças no estilo de vida ou uso contínuo de estatinas, para evitar variações no colesterol e, potencialmente, reduzir o risco de demência.
No entanto, o estudo não considerou variações de dosagem ou não adesão ao uso de medicamentos, o que pode influenciar os resultados.
O post Nível de seu colesterol pode aumentar risco de ter demência apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Tecnologia
Pesquisadores dizem que decisões da Meta ameaçam liberdade no Brasil
Em audiência pública em Brasília (DF), nesta quarta-feira (22), pesquisadores e membros de organizações da sociedade civil manifestaram contrariedade às novas políticas da empresa Meta, que alteraram as formas de moderação e que até permitem a publicação de conteúdos preconceituosos. Representantes das plataformas digitais foram convidados, mas não compareceram. A companhia controla as redes Facebook, Instagram e Whatsapp.
Na audiência pública, realizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), os pesquisadores chamaram atenção para o fato que essas políticas aumentam as dificuldades de grupos já vulnerabilizados. A professora Rose Marie Santini, diretora do laboratório de estudos de internet da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou que as decisões da empresa de remodelar programas de checagem de fatos e relaxar os trabalhos de moderação sobre a formação de discursos de ódio representam ameaça à sociedade.
Para ela, uma mudança muito significativa anunciada pelo presidente da Meta, Mark Zuckerberg, foi sobre as alterações dos algoritmos, ao decidir quais vozes serão divulgadas e silenciadas. “Esses algoritmos, programados pela curadoria e moderação de conteúdo, operam sem nenhuma transparência sobre a realidade e sobre seus critérios. Não sabemos quais conteúdos são efetivamente moderados”, ponderou.
A professora afirma que a divulgação dos critérios de moderação demonstrou “graves inconsistências”. “Essa opacidade mina a confiança pública na real preocupação da empresa com a liberdade de expressão. Afinal, a liberdade só é efetiva quando acompanhada de transparência”, argumentou.
Para a pesquisadora, esse tipo de moderação permite que se dê liberdade somente às pessoas escolhidas pela empresa. “O discurso das empresas induz a um entendimento de que a censura só poderia vir do Estado. Contudo, na realidade atual, as plataformas digitais se constituem como a principal estrutura de censura dos usuários na internet”.
Ela entende que essas grandes plataformas detêm mais informações sobre seus usuários do que qualquer Estado tem de seus cidadãos. “(As empresas) Usam dados das pessoas, inclusive os sensíveis, para distribuir anúncios personalizados, independente se são legítimos ou não, se contêm crimes de qualquer ordem ou se colocam os usuários em risco”.
Audiência Pública AGU: Política de Moderação de Conteúdo – Plataformas Digitais – Renato Menezes/AscomAGU
Conteúdos sexistas
A professora de direito Beatriz Kira, da Universidade de Sussex, no Reino Unido, avaliou que a prioridade e o engajamento dos algoritmos das plataformas contribuem para a disseminação de conteúdos sexistas e misóginos que não conseguiriam o mesmo impacto não fosse pela internet. “Tecnologias emergentes com inteligência artificial generativa geraram esse cenário, facilitando novas formas de violência”.
Ela cita a divulgação de conteúdos íntimos, como deep nudes, que evidenciam o uso estratégico da necrologia para reforçar a violência de gênero no âmbito político. “Nesse contexto, mudanças recentes nas políticas de discurso de ódio e a reivindicação do sistema de automatização de organização de conteúdo são profundamente preocupantes. Essas mudanças evidenciam a necessidade urgente de um papel mais ativo do Estado na regulação das plataformas digitais”.
Atenção às crianças
O diretor de políticas e direitos das crianças do Instituto Alana, Pedro Hartung, ressaltou que a moderação de conteúdo por parte das plataformas para a proteção de crianças e prevenção de violências não é só uma necessidade, mas também um dever constitucional. “No caso das crianças, já temos a legislação para basear ações de responsabilização objetiva por conduta própria ou ação por omissão das plataformas”, defendeu.
Hartung contextualizou que 93% de crianças e adolescentes usam a internet no Brasil, 71%, o WhatsApp, além de uma expressiva participação no Instagram e TikTok. “Essa é uma internet que não é uma praça pública, mas sim um shopping, que busca por uma economia da atenção, a exploração comercial das crianças”, explicou.
Ele exemplificou que, como parte desse conteúdo prejudicial, houve no Brasil os ataques nas escolas principalmente no ano de 2023. Ele cita que uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu avaliar a influência do mundo on-line na radicalização desses adolescentes. “É importantíssimo, para a gente, olhar para a moderação de conduta nas plataformas”.
Outro tema que preocupa em relação à infância, segundo Hartung, é o impacto significativo das publicidades e também do crescimento do trabalho infantil artístico nas redes. “É importante ressaltar que a culpa não pode ser colocada exclusivamente em cima das famílias, mas em empresas”.
Violência contra homossexuais
O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, Victor De Wolf, também participou da audiência pública, manifestou que a política de monitoramento da Meta já era equivocada e intolerante. “A gente já vê graves crimes de ódio acontecendo, violações, calúnias e golpes. A nossa comunidade não é incomum”.
No texto da Meta, que aponta uma nova política de moderação, há textualmente a informação que haveria permissão para relacionar doença mental a questões de gênero ou orientação sexual.
“Ainda somos um país que mais persegue a comunidade LGBT, e principalmente travestis e transexuais no mundo. Nós ainda somos o país com mais assassina em qualquer relação de direitos”, contextualizou. Para ele, é necessário que a justiça faça o papel de responsabilizar redes que violem os direitos dos cidadãos. “A anarquia digital proposta por esse grupo de empresários, na verdade, nada mais é do que uma ditadura”, disse.
Tecnologia
IPVA 2025: carros elétricos pagam imposto em São Paulo?
Com o aumento da busca por veículos sustentáveis, os carros elétricos têm ganhado destaque no mercado brasileiro. Em meio a esse cenário, muitos proprietários e interessados nesse tipo de automóvel se perguntam: será que os carros elétricos serão isentos ou terão descontos no IPVA 2025 no estado de São Paulo?
Nos últimos tempos, o governo paulista tem debatido políticas voltadas para a isenção ou redução do imposto para veículos menos poluentes, como parte de uma estratégia para incentivar a transição para
uma mobilidade mais sustentável. Confira a seguir como está a regulamentação atual e o que muda para este ano.
Carros elétricos pagarão imposto IPVA 2025 em SP?
Em 2025, no estado de São Paulo, os carros elétricos continuam sujeitos ao pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Recentemente, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a Lei 18.065, sancionada em 18 de dezembro de 2024, que concede isenção do IPVA para veículos híbridos e movidos a hidrogênio que atendam a critérios específicos.
Leia mais:
- Quais carros híbridos não pagarão IPVA em SP?
- Qual é o carro elétrico mais barato do Brasil?
- Como funciona um carro elétrico?
Alguns carros híbridos são isentos do IPVA 2025
Para se qualificarem à isenção, os veículos híbridos devem possuir um motor elétrico com potência mínima de 40 kW, alimentado por um sistema de tensão de pelo menos 150 volts, capaz de recuperar energia para as baterias. Além disso, o valor do veículo não pode exceder R$ 250 mil, montante que será atualizado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Essa regulamentação implica que apenas alguns modelos específicos, como o Toyota Corolla Hybrid e o Toyota Corolla Cross Hybrid, atendem aos requisitos para a isenção. Modelos híbridos leves, como o Fiat Pulse e o Fiat Fastback Hybrid, não se enquadram nos critérios estabelecidos e, portanto, não são beneficiados pela isenção.
Carros elétricos pagam IPVA 2025
É importante notar que veículos totalmente elétricos não foram contemplados nessa isenção
e permanecem sujeitos ao pagamento do IPVA em São Paulo. Essa decisão tem gerado
debates sobre a eficácia das políticas de incentivo à adoção de veículos menos poluentes
no estado.
Portanto, para o ano de 2025, proprietários de carros elétricos em São Paulo devem se
preparar para o pagamento integral do IPVA, conforme as alíquotas vigentes estabelecidas
pelo estado.
O post IPVA 2025: carros elétricos pagam imposto em São Paulo? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
- Concurso Público1 semana atrás
Governo do RJ está com inscrições abertas para o concurso do Corpo de Bombeiros RJ
- Desenvolvimento2 dias atrás
Construção da ferrovia EF 118 passará dentro de São Francisco de Itabapoana
- Desenvolvimento5 dias atrás
Prefeitura de São João da Barra participa de audiências públicas sobre a EF-118
- Tecnologia1 semana atrás
Pesquisadores dizem que decisões da Meta ameaçam liberdade no Brasil
- Cidades1 semana atrás
Prefeitura de SFI conclui pagamento de dezembro dos servidores nesta quinta (23)
- Economia4 dias atrás
Transações por Pix voltam a aumentar na segunda metade de janeiro
- Negócios2 dias atrás
10 profissões em alta em São Paulo segundo o LinkedIn
- Economia2 dias atrás
Bancos poderão usar eSocial para oferecer consignado a empregados CLT