Saúde
Quais os efeitos do café no organismo humano?

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, e o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de consumo. Para muitos brasileiros, uma boa xícara de café é essencial para começar o dia.
A bebida contém mais de mil compostos químicos, incluindo substâncias com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Entre elas, a cafeína se destaca como o principal ingrediente ativo.
Após ser ingerida, a cafeína leva cerca de 60 minutos para ser absorvida pela corrente sanguínea e se distribuir pelo corpo, provocando diversos efeitos. Confira quais são a seguir!
Quais os efeitos do café no organismo humano?
Menos cansaço e mais pressão arterial
Classificada como um estimulante, a cafeína altera o funcionamento do organismo. Essa substância irá afetar, por exemplo, o sistema nervoso central. Isso porque tem afinidade com receptores de adenosina. Ao longo do dia o cérebro vai acumulando adenosina, que sinaliza o cansaço.
A cafeína e a adenosina têm estruturas semelhantes, funcionando como duas chaves que podem abrir a mesma fechadura. Ao se ligar nos receptores destinados à adenosina, a cafeína bloqueia sua ação, promovendo uma sensação de disposição e adiando o cansaço.

O café, por meio da cafeína, também tem entre seus efeitos um leve aumento da pressão arterial nas primeiras horas após sua ingestão. Mas, com um consumo regular, isso diminui.
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Você pode precisar ia ao banheiro mais vezes
Outro efeito do café proporcionado pela cafeína é a inibição da produção do hormônio ADH, responsável por reabsorção de água nos rins e sua distribuição no sistema sanguíneo. Isso aumenta a liberação da água via urina.
Em algumas pessoas, beber café pode ativar rapidamente a atividade intestinal. Nesse caso, a culpada não é a cafeína. Um artigo publicado em 1998 mostrou que o café descafeinado também tinha um efeito estimulante no cólon.

A chegada do café ao estômago envia um sinaliza ao cérebro que é preciso “esvaziar”, porque há mais alimento descendo. A comunicação entre o estômago, o cérebro e o cólon é chamada de reflexo gastrocólico, sendo uma resposta normal à alimentação.
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Saúde
O que é Transtorno Afetivo Bipolar? Conheça causas e sintomas

Todo mundo passa por dias em que o humor não está dos melhores ou momentos de euforia repentina ao receber uma boa notícia. Essas oscilações são naturais do ser humano.
No entanto, quando essas mudanças se tornam extremas, duradouras e começam a prejudicar o sono, o trabalho e os relacionamentos, acende-se o alerta para algo mais complexo. É nesse território que o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) se instala, exigindo atenção médica e compreensão livre de preconceitos.
TAB: veja o que você precisa saber sobre o Transtorno Afetivo Bipolar
O Transtorno Bipolar é uma condição clínica crônica caracterizada por alterações intensas de humor e energia. Diferente da instabilidade comum do dia a dia, o TAB é marcado pela alternância entre polos opostos: a mania (ou hipomania), que é um estado de euforia, agitação e grandiosidade, e a depressão, caracterizada por profunda tristeza e apatia.
Segundo as diretrizes médicas globais, esse quadro não tem cura definitiva, mas é totalmente tratável, permitindo que o paciente leve uma vida funcional e produtiva.

Por que acontece? Genética e química cerebral
Não existe um único culpado pelo aparecimento do transtorno, mas sim uma combinação de fatores. A ciência aponta fortemente para uma herança familiar e genética. De acordo com o capítulo sobre o espectro bipolar no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), existe um risco médio dez vezes maior de desenvolver o transtorno entre parentes adultos de indivíduos com os tipos I e II da condição.
Além do DNA, há o fator biológico: o cérebro de uma pessoa com TAB apresenta um desequilíbrio nos neurotransmissores (como serotonina e dopamina), que são os mensageiros químicos responsáveis por regular nosso humor e bem-estar.
Sintomas e diagnóstico: o que observar?
O diagnóstico é essencialmente clínico, feito por um psiquiatra através de uma entrevista detalhada com o paciente e, muitas vezes, com a família. Não existem exames de sangue ou de imagem que detectem o bipolar, mas eles podem ser pedidos para descartar outras doenças.
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Para fechar o diagnóstico, o médico se baseia nos critérios do DSM-5, que divide os sintomas em dois polos principais:
- Episódio Maníaco: Envolve humor anormalmente elevado, aumento da energia, redução da necessidade de sono (a pessoa dorme 3 horas e se sente descansada), pensamento acelerado e comportamentos de risco (gastos excessivos ou indiscrições sexuais).
- Episódio Depressivo: Inclui humor deprimido na maior parte do dia, perda de interesse em atividades, fadiga, alterações de peso e dificuldade de concentração.
É importante notar que o transtorno bipolar é uma condição para a vida toda. Os episódios podem durar semanas ou meses se não tratados.

Quem é mais afetado e quando surge?
Embora possa ocorrer em qualquer pessoa, o transtorno tem uma “janela” de aparecimento mais comum, o DSM-5 aponta que a idade média de início do primeiro episódio é aproximadamente aos 18 anos para o Bipolar Tipo I e em meados dos 20 anos para o Tipo II.
Isso significa que o início da vida adulta, fase de entrada na faculdade, primeiro emprego e aumento das responsabilidades é um período crítico. O estresse dessa fase, somado a gatilhos ambientais (como traumas, luto, rupturas de relacionamento ou abuso de substâncias), pode funcionar como a “chave” que liga o transtorno em quem já tem predisposição genética.
Tratamento para TAB, Transtorno Afetivo Bipolar
A boa notícia é que a medicina evoluiu muito. O tratamento é, na maioria das vezes, um tripé:
- Medicamentos: Uso de estabilizadores de humor e, em alguns casos, antipsicóticos, prescritos pelo psiquiatra.
- Psicoterapia: Essencial para que o paciente aprenda a reconhecer os sinais de uma nova crise e a lidar com as emoções.
- Estilo de Vida: Rotina de sono rigorosa e exercícios físicos.
Se você ou alguém próximo apresenta essas oscilações, buscar ajuda especializada é o primeiro passo para retomar o controle.
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Saúde
O que é febre reumática? Veja sintomas e tratamento

Muitas vezes, ignoramos uma dor de garganta nas crianças, achando que é apenas um incômodo passageiro. No entanto, quando causada por uma bactéria específica e não tratada corretamente, essa infecção simples pode desencadear uma reação em cadeia no sistema imunológico, levando a uma condição séria conhecida como febre reumática.
Embora o nome sugira apenas “febre”, a doença é complexa e pode deixar marcas permanentes, especialmente no coração. Entender os sinais e a importância do tratamento precoce é a melhor forma de proteger quem amamos.
Tudo o que você precisa saber sobre febre reumática
Para compreender a febre reumática, precisamos primeiro entender que ela não é uma infecção direta, mas sim uma resposta exagerada do próprio corpo. Ela é uma doença inflamatória que ocorre como uma sequela tardia de uma infecção na garganta (faringoamigdalite) causada pela bactéria Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A).
Basicamente, o sistema de defesa tenta combater a bactéria, mas acaba atacando tecidos saudáveis do próprio organismo, como articulações, pele, cérebro e coração. Segundo o Ministério da Saúde, a febre reumática é uma reação autoimune a essa infecção estreptocócica anterior.

Quem é o alvo e como acontece?
A doença tem um público-alvo muito bem definido. Embora possa ocorrer em outras faixas etárias, ela é rara antes dos 3 anos e após os 21 anos. Estatisticamente, a febre reumática atinge principalmente crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos de idade.
A ocorrência não depende apenas da bactéria, mas também de uma predisposição genética do indivíduo e de fatores ambientais, como aglomerações e condições de habitação que facilitam a propagação do estreptococo.
Um ponto curioso e importante é sua relação com outras doenças: a mesma bactéria que causa a febre reumática também é responsável pela escarlatina. Portanto, crianças que desenvolvem escarlatina ou amigdalites de repetição não tratadas estão na rota de risco.
Principais sintomas da Febre Reumática
Os sintomas costumam aparecer cerca de duas a três semanas após a infecção de garganta. O quadro clínico é variado, mas os sinais clássicos incluem:
- Artrite (dor nas juntas): Geralmente migratória (passa de um joelho para o outro, ou para os cotovelos e tornozelos), com inchaço, calor e vermelhidão.
- Cardite (inflamação no coração): O sintoma mais preocupante, podendo causar sopro cardíaco, cansaço e dor no peito.
- Coreia de Sydenham: Movimentos involuntários e bruscos dos braços e pernas, além de fraqueza muscular e instabilidade emocional.
- Problemas de pele: Nódulos subcutâneos (caroços indolores sob a pele) e eritema marginado (manchas vermelhas com bordas nítidas, sem coceira).

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico não é feito por um único exame de sangue “mágico”. Ele é clínico, baseado nos Critérios de Jones, que avaliam a combinação dos sintomas citados acima junto com a comprovação de uma infecção prévia por estreptococo (através de exames como o ASLO ou cultura de orofaringe). O médico (geralmente um pediatra, reumatologista ou cardiologista) é quem fecha esse diagnóstico.
O tratamento tem três pilares:
- Erradicar a bactéria: Uso de antibióticos (geralmente penicilina benzatina) para eliminar qualquer resquício do estreptococo.
- Controlar a inflamação: Uso de anti-inflamatórios (como aspirina) ou corticosteroides em casos mais graves.
- Profilaxia (Prevenção Secundária): O paciente precisará tomar injeções de antibiótico periodicamente (geralmente a cada 21 dias) por anos, para evitar novas infecções que reativem a doença.
É possível evitar a Febre Reumática? Tem cura? Pode matar?
A boa notícia é que a febre reumática é totalmente evitável. A prevenção primária consiste, simplesmente, em tratar corretamente as dores de garganta estreptocócicas com antibióticos prescritos pelo médico. Não interromper o tratamento antes da hora é crucial.
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Sobre a cura: a fase aguda da inflamação é curada. No entanto, se o coração foi afetado, as sequelas nas válvulas cardíacas podem ser permanentes.
E, infelizmente, a febre reumática pode matar. A principal causa de óbito é a insuficiência cardíaca decorrente da cardite grave. Diretrizes médicas apontam que a doença reumática cardíaca continua sendo uma causa significativa de morbidade e mortalidade cardiovascular no Brasil, especialmente quando o diagnóstico é tardio ou a profilaxia não é seguida corretamente.
Portanto, ao menor sinal de dor de garganta intensa e febre em crianças, a consulta médica não deve ser adiada.
Sim. Embora a maioria dos sintomas seja tratável, a doença pode ser fatal se causar danos severos ao coração (cardite). A inflamação nas válvulas cardíacas, se não tratada ou se for muito agressiva, pode levar à insuficiência cardíaca grave e ao óbito.
O alvo principal são crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos. A doença se manifesta em pessoas que já possuem uma predisposição genética e que não trataram adequadamente uma infecção de garganta causada pela bactéria estreptococo.
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Saúde
Novo estudo sobre transtornos mentais pode ajudar a combater estigma

Um novo artigo acadêmico propõe uma mudança profunda na forma como a sociedade e a própria psicologia clínica enxergam os transtornos mentais.
Em vez de focar exclusivamente nos danos e limitações, pesquisadores sugerem incluir também atributos positivos frequentemente presentes nessas condições — uma abordagem que, segundo eles, pode reduzir o estigma, melhorar o cuidado e oferecer esperança a pacientes e famílias.
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Criatividade, empatia e redes sociais mais fortes
- No estudo “Aspectos Positivos nos Transtornos Psicológicos: Uma Agenda para Pesquisa e Mudança Social”, June Gruber, professora da Universidade do Colorado em Boulder, e colegas da Universidade Cornell reúnem décadas de evidências que relacionam doenças mentais a características como criatividade, empatia, sensibilidade emocional e resiliência.
- Pesquisas citadas no artigo mostram que pessoas com esquizofrenia leve, hipomania ou transtorno bipolar tendem a apresentar níveis mais altos de criatividade e a buscar carreiras criativas.
- Indivíduos com histórico de depressão, por sua vez, demonstram maior disposição para cooperar.
Em um estudo com quase 2.000 universitários, jovens no espectro bipolar relataram redes sociais mais amplas e maior sensação de apoio, apesar dos conflitos decorrentes da condição.
Outro trabalho revelou que pessoas com risco elevado de mania são mais capazes de detectar mudanças sutis nas emoções alheias.
O estudo foi publicado na revista Current Directions in Psychological Science.

Uma visão mais ampla e esperançosa da saúde mental
O artigo também destaca relatos de pacientes que enxergam momentos difíceis como gatilhos para construção de autoconhecimento e resiliência.
Em um estudo conduzido por Jonathan Rottenberg, da Universidade Cornell, 10% dos participantes diagnosticados com depressão clínica estavam “prosperando” uma década depois — com níveis de bem-estar superiores aos de adultos sem histórico depressivo.
Os autores ressaltam, contudo, que reconhecer aspectos positivos não significa minimizar o sofrimento ou abandonar tratamentos como medicamentos e psicoterapia. A proposta é ampliar o olhar, preservando pontos fortes individuais enquanto se controla os sintomas prejudiciais.
“Compreender a pessoa de forma holística permite apoiá-la melhor”, afirma Gruber.

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