Saúde
Por que o termômetro de mercúrio foi proibido e quais são os riscos de usá-lo?

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou uma resolução publicada no ano de 2017, a qual proíbe o uso, comercialização, importação e fabricação de termômetros com interior composto por mercúrio.
Mas por que esse tipo de instrumento foi proibido e quais são os ricos a utilizá-lo? Confira a resposta para essas e outras perguntas a seguir.
Como funciona um termômetro de mercúrio?
O termômetro é um objeto amplamente utilizado na área da saúde e serve para medir a temperatura corporal de uma pessoa. Atualmente, há diferentes tipos de aparelhos, cada qual com uma tecnologia diferente; porém, um dos modelos clássicos é o termômetro de mercúrio.

Seu processo de funcionamento é bastante simples: o mercúrio líquido está preso em um recipiente cilíndrico de vidro e conforme é colocado na presença de uma fonte de calor — como o corpo de uma pessoa —, o metal dilata e sobe por uma coluna repleta de medições. Para aferir a temperatura do corpo, basta observar em qual número/medição o mercúrio parou.
Por que o termômetro de mercúrio foi proibido?
No ano de 2013, ocorreu no Japão a Convenção de Minamata, a qual reuniu vários países — dentre eles, o Brasil — para discutir sobre a importância de eliminar da sociedade qualquer instrumento que tivesse mercúrio líquido em seu interior, a fim de preservar o meio-ambiente e evitar possíveis acidentes.

Em 2017, a Anvisa publicou uma resolução que só passou a valer a partir de 1º de janeiro de 2019, a qual proibia os profissionais da saúde de usarem no serviço público os termômetros e esfigmomanômetros (aparelho que mede a pressão arterial) que tivessem mercúrio em seu interior. Já para os demais cidadãos, tornou-se proibido a comercialização, importação, e fabricação desses materiais.
Na última terça-feira, 24, a Anvisa atualizou essa resolução publicada em 2017 apenas para revisar o texto e manteve a decisão de proibir os dispositivos; a atualização pode ser consultada sob o número de identificação RDC 922/2024.
No entanto, não está proibida a utilização desses produtos voltados para pesquisa, calibração de demais instrumentos, ou como uso para padrões de referência. Os cidadãos que já tinham o produto em casa antes da publicação da resolução ainda podem utilizá-lo, desde que com cuidado, embora o recomendado seja realizar o descarte consciente e adquirir um termômetro digital.
Para fazer o descarte consciente desses produtos, você deve pesquisar na internet se há pontos de coleta em sua cidade. Esses pontos podem ficar em hospitais, clínicas, postos de saúde e farmácias. Jamais jogue um termômetro de mercúrio no lixo.
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Quais os perigos do termômetro de mercúrio?
Se o termômetro estiver intacto — sem rachaduras ou vazamentos —, pode ser utilizado normalmente e com segurança. Só há um problema caso o objeto de vidro se quebre e o metal líquido caia no chão, entre em contato com sua pele e demais mucosas.

Caso ele tenha caído no chão, utilize folhas de papel para pegar as bolinhas do mercúrio e as armazene em um pote de vidro hermético. Você também pode utilizar uma seringa sem agulha para aspirar o líquido.
No corpo humano, a exposição ao mercúrio — seja por toque, ingestão ou inalação — pode trazer muitos prejuízos à saúde, como danos ao cérebro, pulmão e rins. Já no meio ambiente, caso o termômetro tenha sido descartado de forma inadequada, pode contaminar o solo, alimentos, e a água.
Caso você tenha sido exposto ao mercúrio de alguma forma, é importante procurar ajuda médica no hospital mais próximo.
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Saúde
Ciência tenta quebrar a “capa de invisibilidade” do Ebola

Os filovírus recebem esse nome a partir do latim filum, que significa fio — uma referência ao seu formato alongado e filamentoso.
Eles formam uma das famílias virais mais perigosas conhecidas, incluindo os vírus Ebola, Sudão, Bundibugyo e Marburg, responsáveis por surtos de febre hemorrágica com taxas de mortalidade extremamente elevadas.

Uma nova estratégia para um velho inimigo
- Parte da letalidade dos filovírus está ligada à instabilidade de suas proteínas de superfície, usadas pelo vírus para entrar nas células.
- Essas estruturas mudam de forma com facilidade e ficam parcialmente escondidas sob uma espessa camada de açúcares, o que dificulta tanto o reconhecimento pelo sistema imunológico quanto o desenvolvimento de vacinas eficazes.
- Um estudo publicado na Nature Communications por pesquisadores do Scripps Research apresenta uma nova geração de vacinas candidatas projetadas para oferecer proteção contra múltiplas cepas de filovírus.
- A estratégia consiste em exibir as proteínas de superfície viral em nanopartículas proteicas auto-montáveis, conhecidas como SApNPs. Essas partículas funcionam como “andaimes”, ajudando o sistema imunológico a identificar melhor os alvos corretos.
- Em testes com camundongos, as nanopartículas induziram respostas robustas de anticorpos contra diferentes filovírus, apontando para um caminho promissor de proteção mais ampla.
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Superando a “capa de invisibilidade” viral
Segundo o autor sênior do estudo, Jiang Zhu, professor do Scripps Research, o desafio central é driblar a chamada “capa de invisibilidade” formada pelos glicanos que recobrem as glicoproteínas virais.
Em trabalhos anteriores, a equipe conseguiu estabilizar a proteína do Ebola em sua forma de pré-fusão — a mais eficaz para estimular o sistema imunológico — removendo regiões que atrapalhavam o reconhecimento.
Agora, os pesquisadores aplicaram essa abordagem a outras espécies de filovírus. As proteínas redesenhadas, fixadas em nanopartículas semelhantes a vírus, geraram anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar diferentes variantes.
Os resultados sugerem que a técnica pode abrir caminho para uma vacina mais abrangente, possivelmente universal, contra filovírus.
A equipe já planeja expandir a estratégia para outros patógenos de alto risco, como os vírus Lassa e Nipah, reforçando o potencial dessa plataforma de design racional de vacinas.

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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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