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De Chefe do Dipoa ao Centro do Poder em Washington, Quem É Ana Lucia Viana

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Ana Lúcia Viana
Arq.Pessoal

Ana Lúcia Viana, a médica veterinária que se tornou adida em Washington

“Quem é você? Desde quando uma carioca sabe derrubar boi?’ Eu respondi: ‘Não preciso derrubar boi para fazer meu trabalho, mas se precisar, tem gente que derruba por mim’.” Tombar boi, na linguagem do campo, é preparar um animal para ser vacinado. O tom desafiador saiu da boca de um pecuarista do interior do Paraná à médica veterinária, Ana Lúcia Pereira, hoje com 46 anos, quando era auditora do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no início de sua carreira. Mulher, negra e carioca, ela era uma presença estranha em um setor ainda masculino, às vezes machista e rude, segundo ela. “Depois de um tempo, essas mesmas pessoas que desconfiavam me buscavam para liderar reuniões. Eram plateias exclusivamente masculinas, e todo mundo parado me ouvindo. Foi ali que comecei a moldar minha liderança.”

Hoje, como adida agrícola do Mapa em Washington, ela representa o Brasil em uma das principais frentes de negociação do agronegócio global. “Tudo é o resultado de uma construção tijolo a tijolo”, diz. Além de ser a primeira nesse posto, Ana Lúcia também foi a primeira, em 105 anos, a assumir a direção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), em 2019. Vale registrar que toda proteína e seus derivados que você, eu, ou lá fora algum estrangeiro coloca na boca, e que tenha saído do Brasil, passa pelo crivo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), criado em 1915, e que faz parte do Dipoa.

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Ana Lúcia é médica veterinária desde 2002, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O fato acima ocorreu em Santo Antônio do Sudoeste, na sua primeira ida ao campo para acompanhar uma campanha de vacinação, e onde assumiu a chefia de uma unidade veterinária, um dos dois concursos que passou depois de formada. Um deles era do Mapa, seu caminho escolhido. Lidava com defesa sanitária, controle de raiva e rastreabilidade de rebanhos, além de fiscalizar campanhas de vacinação. “Foi uma experiência transformadora. Saí do Rio, uma cidade grande, para um município de 18 mil habitantes”.

Sobre a construção de liderança, os “tijolos” aos quais ela se refere têm dois elementos fundamentais: a dedicação e o saber ouvir e observar. “Se dedicar ao estudo, que é fundamental, e não ter preguiça para escutar o que as pessoas têm para dizer. Sempre escutei muito meus pais, as pessoas mais velhas, meus pares e meu coordenados, porque aquilo que as pessoas estão fazendo é um espelho pra mim.”

Ana Lúcia, Representatividade e Liderança

Em 2013, Ana Lúcia chegou a Brasília para liderar a Divisão de Inspeção de Carnes, Aves e Ovos no Dipoa e dois anos depois se tornou coordenadora geral, supervisionando auditorias nacionais e internacionais, além de coordenar a habilitação de estabelecimentos para exportação. Para ela, a direção geral do Dipoa, posição ocupada durante a pandemia de Covid19, foi um dos períodos mais desafiadores da carreira.

“Enquanto muitos países sacrificavam animais no campo por não conseguirem operar frigoríficos, o Brasil manteve a produção. Nosso papel era garantir a segurança alimentar interna e continuar exportando. Foi uma missão de muita pressão, mas também de muito aprendizado.” O Dipoa tem sob sua guarda 5 mil estabelecimentos e uma equipe de mais de 2 mil servidores diretos. O trabalho envolvia lidar com auditorias internacionais e responder a exigências de mercados como a União Europeia e a China. “A base técnica é fundamental. Não há espaço para erro. E quando o cenário esbarra no político, usamos os argumentos técnicos para rebater. É um equilíbrio constante entre os dois.”

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Ela diz não ter hobbies, mas sempre foi uma viajante convicta. Conhece 25 países, com visitas recorrentes a vários, dos quais dois com mais intensidade, a França e os Estados Unidos. “Adoro viajar e estudar idiomas. Falo inglês, espanhol e francês, além do português, claro. Viajar me conecta com novas culturas e me dá perspectiva para encarar os desafios da diplomacia.” Antes de desembarcar em Washington como residente, ela já havia estado por lá 16 vezes.

A agenda de um adido agrícola nos Estados Unidos é frenética. “Recebo missões diplomáticas e empresariais constantemente. Os EUA são uma vitrine do agronegócio mundial, e isso demanda atenção redobrada.” Apesar do ritmo intenso, Ana Lúcia acredita que a missão diplomática também exige uma abordagem humana: “Sou apaixonada por construir relações. Entender o interlocutor é tão importante quanto ter domínio técnico. Represento o Brasil, mas também carrego a responsabilidade de ser um ponto de referência para outros adidos agrícolas e para mulheres na carreira pública.”

Ana Lúcia lida com temas como sustentabilidade, inovação, transição energética e, claro, as tradicionais questões de barreiras sanitárias e fitossanitárias, identificando oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro e mantém a interlocução com representantes dos setores público e privado. O Brasil possui 40 adidos agrícolas em suas representações diplomáticas no exterior, mas até julho deste ano eram apenas 29. Entre eles, apenas 11 são mulheres.

Filha de um militar, hoje na reserva, e de uma dona de casa – Jandira e Sebastião são os nomes deles – Ana Lúcia conta que sua criação moldou seu olhar de mundo. “Você é poderosa, não tem lugar nenhum que não possa ir, não tem lugar nenhum que não possa entrar e não tem nenhum ambiente que você não possa participar dele. Os meus pais sempre me diziam isso”, afirma. “Eles nunca me disseram ‘isso aqui não é pra você’ e dentro dos limites da minha criação sempre soube me portar e nunca deixei ninguém me diminuir em lugar nenhum.”

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Ana Lúcia ainda vê um longo caminho pela frente na carreira pública. “O posto de adida é cíclico. Fico quatro anos fora, depois retorno ao Brasil para novos desafios. Minha visão de mundo se ampliou muito aqui. No futuro, quero continuar contribuindo para que o Brasil fortaleça sua posição no mercado global, seja em outro posto internacional ou em uma nova função no Mapa.” Ana é uma das poucas mulheres negras em cargos de liderança no agronegócio brasileiro. Ela reconhece a importância de sua representatividade e da mensagem que transmite às gerações mais jovens.

“É fundamental que as meninas vejam que podem ocupar qualquer espaço. Durante toda minha carreira, fui pioneira em vários ambientes, o que me ensinou que é preciso construir liderança com firmeza, respeito e competência.” Quando perguntada sobre como lida com o racismo, Ana é enfática: “Nunca fui preterida por ser negra, mas sei que o racismo estrutural ainda é uma barreira real. Nos espaços que ocupo, faço questão de abrir caminho para outros. Somos poucos, mas precisamos ser cada vez mais”, diz ela. “Quero que outras mulheres, especialmente negras, olhem para minha trajetória e vejam que é possível chegar lá. Temos muito a contribuir, e o futuro é nosso para moldar.”

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Antes de Traçar Metas para 2026, Faça Esta Autorreflexão

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À medida que 2025 chega ao fim, muitas profissionais passam a planejar o ano seguinte definindo metas, intenções e resoluções de ano novo. Esse olhar para o futuro pode ser valioso, mas muitas vezes pula uma etapa essencial: a autorreflexão.

Costumamos fazer algum tipo de autorreflexão durante as avaliações anuais de desempenho. No entanto, essas conversas raramente levam a percepções pessoais profundas. Elas tendem a se concentrar em resultados e entregas visíveis, em vez das dinâmicas internas e dos esforços invisíveis que moldam a sua confiança. Como resultado, a maioria sai dessas avaliações sabendo o que entregou, mas não como chegou até ali — nem o custo disso.

Antes de definir metas para 2026, faça uma auditoria interna

Esse processo de olhar para dentro ajuda a observar mais de perto como você conduziu o último ano: onde agiu, onde utilizou seus pontos fortes e onde a hesitação, a autossabotagem ou a aversão ao risco influenciaram seu comportamento. Esse nível de clareza facilita a definição de metas que fortaleçam tanto o desempenho quanto a confiança.

Essa auditoria também ajuda a entender o que realmente importa. Em vez de se fixar em alguns momentos desconfortáveis ou interações emocionalmente carregadas, você passa a enxergar padrões. Esses padrões contam uma história muito mais precisa sobre sua confiança e suas capacidades do que qualquer episódio isolado.

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Para conduzir uma auditoria interna, reflita sobre as cinco perguntas a seguir.

1. Quando agi antes de me sentir pronta?

Pesquisas indicam que muitas mulheres querem se sentir confiantes antes de agir. Mas a confiança não vem primeiro; ela é resultado da ação imperfeita.

Esperar até se sentir pronta geralmente significa esperar indefinidamente. A confiança cresce com a exposição. Cada vez que você age mesmo diante da incerteza, seu cérebro aprende que o desconforto não é uma ameaça e que você é capaz de lidar com mais do que imagina.

Ao refletir sobre 2025, identifique momentos em que você avançou antes de se sentir pronta:

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  • Quando compartilhou uma ideia antes de ela estar totalmente amadurecida?
  • Quando assumiu uma nova responsabilidade ou um desafio fora da sua zona de conforto, sem experiência prévia?
  • Quando defendeu a si mesma, suas ideias ou suas necessidades, mesmo se sentindo desconfortável?

A confiança cresce quando você enfrenta o medo diretamente, em vez de organizar sua vida para evitá-lo.

2. Em quais pontos fortes eu me apoiei de forma mais consistente?

Como a principal prioridade do cérebro humano é a sobrevivência, um viés de negatividade faz com que as pessoas deem ênfase desproporcional às suas fraquezas e erros percebidos, minimizando seus pontos fortes e contribuições. Isso é ainda mais comum entre mulheres. Embora essa sensibilidade ao erro faça sentido do ponto de vista biológico, ela distorce a forma como muitas profissionais avaliam seu desempenho no trabalho.

Os pontos fortes costumam ser negligenciados porque aparecem como facilidade ou consistência — dois pontos fáceis de serem subestimados. Com o tempo, muitas mulheres passam a acreditar que só geram valor quando estão lutando ou se esforçando excessivamente, em vez de reforçar aquilo que já fazem bem. Para superar esse viés e reconhecer o que a diferencia das outras pessoas, é importante examinar seus pontos fortes de forma intencional.

  • Que tipo de trabalho foi mais natural para você, mesmo sob pressão?
  • Em quais situações outras pessoas buscaram com frequência sua opinião, perspectiva ou apoio?
  • Quais habilidades ou qualidades foram centrais para sua eficácia neste ano?

Seus pontos fortes aparecem naquilo que você faz bem repetidamente, mesmo que isso pareça comum. Esses padrões apontam diretamente para onde está o seu valor.

3. Quando deixei de agir, mesmo sendo capaz?

A hesitação costuma parecer um problema de confiança. Na realidade, ela pode sinalizar muitas coisas, como expectativas pouco claras, dinâmicas de poder ou falta de segurança psicológica. Entender por que você hesitou é mais importante do que a hesitação em si.

Reflita sobre as seguintes situações:

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  • Quando hesitou em se posicionar, compartilhar uma ideia ou assumir a liderança?
  • Quando escolheu a opção mais segura, mesmo estando qualificada para algo maior?
  • Que fatores — como medo de julgamento, experiências passadas ou normas organizacionais — influenciaram essas decisões?

Essa análise ajuda a diferenciar a autossabotagem interna de limitações externas, permitindo que você foque em resolver o problema certo.

4. Quais contribuições eu minimizei ou desvalorizei repetidamente?

A síndrome da impostora frequentemente leva mulheres de alta performance a subestimarem seu impacto e a supervalorizarem lacunas percebidas. Isso costuma aparecer na forma de minimizar elogios, reduzir a importância das próprias contribuições ou atribuir o sucesso à sorte ou ao momento certo. Com o tempo, esse padrão corrói a confiança e limita a visibilidade.

Reflita sobre onde isso apareceu para você:

  • Quais aspectos do seu trabalho você considerou como “o esperado” ou “nada demais”?
  • Quais conquistas você atribuiu à sorte, ao timing ou às circunstâncias, em vez de às suas habilidades?
  • Em que situações escolheu a segurança ou a invisibilidade em vez de ser vista e reconhecida?

Suas contribuições podem parecer comuns para você por estar muito próxima do trabalho. No entanto, o impacto acumulado delas é fundamental para que sua equipe alcance seus objetivos.

5. Quais crenças sobre mim mesma precisam mudar para apoiar minhas metas de 2026?

Essa última pergunta amarra toda a reflexão. Por trás de metas e comportamentos existem crenças limitantes e expectativas que moldam silenciosamente o que parece possível, arriscado ou digno de ser buscado. Quando essas crenças não são examinadas, novas metas acabam reforçando padrões antigos.

Ao se preparar para 2026, olhe além das metas que está estabelecendo:

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  • Quais histórias sobre você mesma parecem ultrapassadas, imprecisas ou incompletas?
  • Que crenças ou expectativas podem estar limitando silenciosamente as metas que você se sente confiante em perseguir?
  • Que nova crença daria mais suporte ao nível de impacto e confiança que você deseja alcançar no novo ano?

Quando crenças e expectativas mudam, novos comportamentos surgem com mais naturalidade, e as metas se tornam mais sustentáveis.

O valor de uma auditoria de confiança não está apenas no exercício de autorreflexão, mas na oportunidade de promover um realinhamento estratégico. Sem esse nível de reflexão, as metas costumam ser moldadas por suposições, crenças e expectativas não questionadas — e por lacunas de confiança que permanecem sem nome. Com o tempo, isso reforça justamente os padrões que muitas mulheres estão tentando superar.

Dedicando tempo para avaliar com cuidado como você se posicionou, o que sustentou sua confiança, o que a limitou e quais crenças você gostaria de atualizar, você entra no novo ano com informações mais claras sobre si mesma. Essa clareza leva a decisões mais fortes, metas mais alinhadas e ações mais intencionais, fortalecendo tanto seu desempenho quanto sua confiança.

*Kim Meninger é colaboradora da Forbes USA. É coach de liderança e palestrante, especializada em fortalecer a confiança de mulheres e jovens profissionais. 

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CEOs Indicam Seus Livros Preferidos do Ano

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

No balanço final de 2025, quando a agenda desacelera e as metas dão lugar às retrospectivas, muitos líderes encontram nos livros um espaço de pausa e reflexão. Para os executivos que integram a lista Forbes Melhores CEOs de 2025, mais do que hábito, a leitura é uma ferramenta estratégica de desenvolvimento, autoconhecimento e apoio para a tomada de decisão.

Entre clássicos da literatura brasileira, biografias de grandes empreendedores e reflexões sobre liderança, propósito e resiliência, essas obras ajudaram a organizar ideias, ampliar repertórios e olhar para o futuro com mais clareza.

A seguir, confira os melhores livros que acompanharam esses líderes ao longo do ano, e que servem de inspiração para fechar 2025 ou começar 2026 com novas perguntas, e não apenas respostas.

CEOs indicam seus livros favoritos do ano

Adriana Aroulho, CEO da SAP para América Latina e Caribe

Adriana Aroulho, CEO da SAP para América Latina e Caribe
Divulgação

Adriana Aroulho, CEO da SAP para América Latina e Caribe

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“Conversas que tive comigo”, de Nelson Mandela

“Ele oferece uma visão íntima e profunda sobre a jornada de Nelson Mandela, não apenas como líder político, mas como ser humano. A obra reúne reflexões pessoais, cartas e pensamentos que revelam coragem, resiliência e a capacidade de manter princípios mesmo diante das maiores adversidades. Para mim, é um lembrete poderoso de que liderança não se resume a autoridade, mas sim a empatia, integridade e propósito. Em um mundo que muda tão rápido, essas lições continuam atuais e essenciais.”

Alberto Kuba, CEO da WEG

Alberto Kuba, CEO da WEG
Divulgação/Raphael Gunther

Alberto Kuba, CEO da WEG

“Ambidestria Corporativa”, de Luis Rasquilha e Marcelo Veras

“O livro traz uma reflexão essencial: eficiência operacional e inovação são forças complementares e indissociáveis. Essa abordagem traduz com precisão o que vivemos na WEG: excelência no presente com olhos atentos ao futuro. É uma leitura que inspira líderes a conciliar entrega e transformação com consistência, responsabilidade e visão de longo prazo.”

Ana Célia Biondi, CEO da JCDecaux Brasil

Ana Célia Biondi
Victor Affaro

Ana Célia Biondi, CEO da JCDecaux Brasil

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“Os Flamingos”, de Rodrigo Duarte Garcia

“É uma delícia para começar o ano viajando por lugares incríveis em diferentes épocas. Vale a leitura.”

Augusto Martins, CEO da JHSF

Augusto Martins, CEO da JHSF
Diego Mello

Augusto Martins, CEO da JHSF

“Same as Ever”, de Morgan Housel

“Em um mundo obcecado por prever o futuro, o livro reforça algo em que acredito: os grandes resultados vêm principalmente da compreensão do que não muda. Disciplina, visão de longo prazo, qualidade, formação contínua e decisões bem fundamentadas atravessam qualquer ciclo. Na JHSF, crescemos e inovamos constantemente, mas sempre sustentados por valores inegociáveis. Esse livro traduz bem essa filosofia de construir com planejamento, coerência e foco no que é durável.”

Diego Barreto, CEO do iFood

Diego Barreto, CEO do iFood
Divulgação

Diego Barreto, CEO do iFood

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“O Lado Difícil das Situações Difíceis”, de Ben Horowitz

“O livro nos ajuda a refletir sobre os desafios da jornada empreendedora e como, nas situações difíceis enquanto empreendemos, é essencial ter uma visão clara, usar a transparência e o conflito produtivo para alcançar o que você deseja e vai atrás para conquistar.”

Edgard Corona, CEO da SmartFit

Edgard Corona
Diego Mello

Edgard Corona, CEO da SmartFit

“A máquina que pensa: Jensen Huang, Nvidia e o microchip mais cobiçado do mundo”, de Stephen Witt

“É um livro que fala sobre a resiliência de um empreendedor. Uma história de superação.”

Fernanda Hoe, CEO da Elanco Brasil

Fernanda Hoe, CEO da Elanco Brasil
Diego Mello

Fernanda Hoe, CEO da Elanco Brasil

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“Água Viva”, de Clarice Lispector

“É uma obra profundamente marcante, composta por uma sucessão de pensamentos, sensações e reflexões sobre a vida, o tempo e a criação artística. Com uma escrita que parece ‘pintar com palavras’, Clarice traduz sentimentos complexos com precisão e intensidade. É um livro que não oferece respostas prontas, mas amplia a escuta interna e nos reconecta com o instante.”

Lorice Scalise, CEO da Roche Farma Brasil

Lorice Scalise
Divulgação/Vivian Koblinsky

Lorice Scalise, CEO da Roche Farma Brasil

“Suor”, de Jorge Amado

“É incrível como um livro de quase 100 anos, escrito por um jovem de 22 anos, pode ser ainda tão atual, um retrato tão verdadeiro das multifacetas deste país-continente. Naquele cortiço do Pelourinho, cada personagem é, até hoje, um representante fiel da nossa sociedade. E só quando entendemos nossa sociedade, quando somos curiosos em compreendê-la, é que podemos pensar em contribuir para as mudanças que desejamos ver.”

Pedro Zannoni, CEO da Lacoste

Pedro Zannoni, CEO da Lacoste
Diego Mello

Pedro Zannoni, CEO da Lacoste

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“From Strength to Strength”, de Arthur C. Brooks

“É uma leitura muito acessível e que pode ajudar bastante executivos e empreendedores a se prepararem para a segunda metade da vida. O livro fala sobre como nossas capacidades e habilidades mudam com o tempo e como é essencial entender isso e se adaptar para continuar tendo sucesso — e também prazer — no que fazemos. Ele traz a ideia de transição do sucesso baseado em performance para um sucesso mais ligado a significado e impacto.”

“Greenlights”, de Matthew McConaughey

“Ainda estou terminando, mas também me marcou bastante. Gostei muito da forma como ele escreve — direta, honesta e cheia de histórias de vida. O livro traz a ideia de ‘greenlights’ como sinais de avanço que surgem mesmo após momentos difíceis. É uma leitura fácil, mas que faz pensar bastante sobre decisões, persistência e autoconhecimento.”

Sergio Zimmermann, CEO da Petz

Sergio Zimerman, CEO da Petz
Victor Affaro

Sergio Zimerman, CEO da Petz

“Um café com Sêneca: Um guia estoico para a arte de viver”, de David Fideler

“Achei o livro muito interessante por tratar do estoicismo, uma filosofia antiga que, de certa forma, sigo intuitivamente na minha vida. Ver que essas ideias já eram pensadas há tanto tempo gera uma identificação para mim.”

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Hapvida Anuncia Novo CEO Em Meio a Pressão da Dívida de R$ 4,25 Bilhões

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Hapvida anunciou, nesta segunda-feira (22), que o atual vice-presidente financeiro, Luccas Augusto Adib, assumirá a presidência da companhia no lugar de Jorge Pinheiro. A transição no comando será realizada de forma gradual ao longo de 2026, conforme fato relevante divulgado ao mercado.

Com a mudança, Jorge Pinheiro deixará a posição de CEO e passará a atuar exclusivamente como chairman executivo do grupo, substituindo Candido Pinheiro, também dentro do cronograma previsto para 2026.

Segundo a empresa, a escolha de Adib está alinhada ao plano de acelerar as transformações estratégicas da Hapvida. Entre as prioridades do novo presidente estão a revisão do portfólio de produtos, o aumento da eficiência operacional e o reforço da disciplina na alocação de capital, com foco na geração de valor e na sustentabilidade dos resultados.

A companhia destacou ainda que o processo de sucessão foi planejado e conduzido pelo conselho de administração, garantindo continuidade estratégica e estabilidade na gestão.

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Quem é o novo presidente

Adib está na Hapvida há seis anos e construiu uma trajetória de crescimento marcada por entregas consistentes em áreas e projetos estratégicos, segundo a Hapvida. Ele assumiu o cargo de diretor financeiro em dezembro de 2023 e passou a acumular também a função de diretor de tecnologia a partir de abril de 2025, liderando reestruturações profundas com foco em pessoas, processos e tecnologia.

Segundo o fato relevante, na presidência, Adib terá como missão acelerar as transformações que a companhia vem conduzindo nos últimos anos, com ênfase na construção de uma cultura organizacional de alta performance. 

“Dentre as prioridades de seu mandato, estão a centralidade na experiência do usuário, a revisão de produtos, o posicionamento estratégico e a transformação digital, bem como o extremo rigor e a disciplina na alocação de capital”, diz o texto.

Pressão da dívida

Apesar de registrar lucro líquido de R$ 337,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, a operadora segue pressionada por um passivo bilionário que continua a crescer. A dívida líquida da companhia alcançou R$ 4,25 bilhões, avanço de 3,7% na comparação anual.

O elevado nível de endividamento pesou fortemente sobre a percepção do mercado, levando as ações da empresa a recuarem quase 40% logo após a divulgação dos resultados.

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A pressão financeira é reforçada pela queda de 2,1% no Ebitda ajustado, que totalizou R$ 746,4 milhões no trimestre. O desempenho operacional foi impactado pelo aumento da sinistralidade, que chegou a 75,2%, refletindo custos mais elevados com a utilização dos serviços e a expansão da rede própria.

Embora a Hapvida tenha apresentado crescimento de receita e do tíquete médio, a manutenção da alavancagem em 1 vez a relação dívida/Ebitda indica que o equilíbrio entre a expansão da operação e o peso da dívida segue como um ponto crítico para a gestão.

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