Saúde
Tratamento brasileiro é esperança contra o câncer de pênis

O tratamento contra o câncer é um dos maiores desafios da medicina atualmente. E um dos quadros mais preocupantes é o do câncer de pênis. Mas um novo tratamento criado por pesquisadores brasileiros pode ajudar a combater este problema.
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Câncer de pênis é mais comum no Norte Nordeste
- Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a doença causa 486 amputações no Brasil anualmente.
- Dados do Ministério da Saúde apontam que o câncer de pênis representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens no Brasil, e é mais comum nas regiões Norte e Nordeste.
- A maior incidência é em pessoas com mais de 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens.
- A doença tem relação com a falta de higiene íntima, mas também está associado à infecção pelo pipolmavírus humano (HPV).

Tratamento apresentou resultados promissores
O trabalho foi desenvolvido em conjunto com o Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG). De acordo com os pesquisadores, o tratamento conseguiu dobrar a taxa de resposta ao câncer.
No total, 33 pacientes receberam seis aplicações de imunoterapia e quimioterapia, além de 28 aplicações de imunoterapia isolada. Descrita em um estudo, a inovação foi apresentada no ASCO Annual Meeting 2024, considerado o maior congresso de oncologia do mundo.
A pesquisa começou em 2020 e, segundo os cientistas, 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução dos tumores. Em quase 40% dos casos, a diminuição foi considerada significativa.
Os pesquisadores ainda afirmam que o tratamento é importante em função de ter descoberto dois marcadores, chamados P16 e o TMB, que podem ajudar a criar uma melhor resposta ao tratamento. Segundo o estudo, os pacientes com P16 positivo tiveram taxa de respostas de 55,6%, enquanto os pacientes com TMB alto tiveram 75%.
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Saúde
Saúde alerta para casos de sarampo e queda na vacinação no Brasil

O Ministério da Saúde emitiu alerta nacional após registrar 34 casos confirmados de sarampo no país em 2025 até a Semana Epidemiológica 38 (29 de setembro a 5 de outubro). A medida visa reforçar a vigilância e as ações de prevenção nos estados e municípios, especialmente para evitar a reintrodução do vírus em território nacional.
Segundo a pasta, nove casos são de viajantes que retornaram do exterior, 22 estão relacionados a contatos com pessoas infectadas fora do país e três apresentam compatibilidade genética com vírus em circulação internacional. Atualmente, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso estão classificados como estados em surto ativo de sarampo, segundo a Jovem Pan.
Surtos se concentram em regiões com baixa vacinação
No Tocantins, o surto teve início em julho no município de Campos Lindos, após o retorno de quatro brasileiros que haviam estado na Bolívia. A baixa adesão à vacinação na comunidade local facilitou a rápida transmissão.

No Maranhão, foi confirmado um caso em uma mulher de 46 anos, não vacinada, moradora de Carolina, cidade que faz divisa com Campos Lindos. Já em Mato Grosso, o surto começou em Primavera do Leste, afetando três pessoas da mesma família, todas não vacinadas e que também estiveram na Bolívia.
À Agência Brasil, a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, alerta que a queda na cobertura vacinal é o principal fator para o retorno do sarampo. “Antes, o vírus até entrava, mas não causava surto porque a população estava protegida. Agora, encontra muitas pessoas suscetíveis”, explica.
Queda na cobertura vacinal preocupa autoridades
De acordo com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), em 2024, o Brasil registrou cobertura vacinal de 95,7% na primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e 74,6% na segunda. Já em 2025, houve queda para 91,2% e 74,6%, respectivamente, abaixo da meta de 95% definida pelo Ministério da Saúde.
Essa redução aumenta a vulnerabilidade à circulação do vírus, especialmente em regiões com cobertura irregular. Segundo Ballalai, “o Brasil tem dimensões continentais e realidades muito diferentes entre os municípios. Há locais com boas coberturas e outros muito abaixo do ideal”.

A especialista destaca ainda a falta de percepção de risco como uma das causas da baixa adesão. “Quando a população não vê perigo, não se mobiliza. Isso muda apenas quando há surto, como vimos com a febre amarela — só após as mortes as filas se formaram nos postos.”
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Situação do sarampo no mundo
O cenário global também é preocupante. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, entre janeiro e 9 de setembro de 2025, foram notificados 360.321 casos suspeitos de sarampo em 173 países, dos quais 164.582 foram confirmados.
As regiões com mais registros foram:
- Mediterrâneo Oriental: 34%;
- África: 23%;
- Europa: 18%.

Nas Américas, foram confirmados 11.691 casos, com 25 mortes em dez países. Os números mais altos vieram do Canadá (5.006), México (4.703) e Estados Unidos (1.514). Na América do Sul, há surtos ativos na Bolívia (320 casos), Paraguai (50), Peru (4) e Argentina (35).
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenção. O objetivo é impedir que o vírus, já eliminado do Brasil em 2016, volte a se estabelecer no território.
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Saúde
Casos de câncer entre adultos com até 50 anos crescem quase 4x no SUS, alerta site

O número de casos de câncer em adultos com até 50 anos aumentou quase quatro vezes no SUS (Sistema Único de Saúde) entre 2013 e 2024, conforme dados do DataSUS levantados com exclusividade pelo G1.
A tendência preocupa especialistas porque revela uma mudança no perfil da doença, antes associada ao envelhecimento, e agora mais frequente em pessoas mais jovens, ativas e em plena fase produtiva da vida.
Segundo os dados levantados pela repórter Talyta Vespa, tumores de mama, colo do útero e colorretal estão entre os três que mais crescem nesse grupo, impulsionados por fatores como dieta, estilo de vida e dificuldade de rastreamento.
O câncer de mama lidera os diagnósticos, com aumento expressivo entre mulheres abaixo dos 50 anos. Médicos ouvidos pelo G1 alertam: o estilo de vida moderno e a falta de rastreamento precoce estão abrindo espaço para uma nova geração de casos.

Câncer em jovens: principais pontos do levantamento
- O número de diagnósticos de câncer em adultos de até 50 anos aumentou 284% em 11 anos. Em números, foram 45.506 casos em 2013 e 174.938 em 2024.
- O câncer de mama é o mais frequente, seguido por colo do útero, colorretal, de estômago e de fígado.
- A má alimentação, o sedentarismo e a obesidade são os fatores mais associados ao crescimento.
- O diagnóstico precoce ainda é raro nessa faixa etária, o que agrava o prognóstico.
- Especialistas defendem que protocolos de rastreamento incluam pessoas abaixo dos 50 anos.
Por que o câncer está aparecendo mais cedo?
O tumor colorretal é um dos mais preocupantes para os médicos. Conforme o oncologista Samuel Aguiar, do A.C.Camargo Cancer Center, explica ao G1, “só 5% dos casos são hereditários; mais de 90% têm relação com alimentação, sedentarismo e obesidade”.
Segundo a reportagem, essa geração, exposta desde a infância ao consumo de ultraprocessados e ao estresse contínuo, carrega um risco que antes era típico de faixas etárias mais avançadas.
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O resultado são diagnósticos cada vez mais precoces e, em muitos casos, descobertos tardiamente por falta de cultura preventiva.

Apesar da explosão de casos em pacientes mais jovens, o sistema de saúde público ainda não acompanha essa realidade, conforme alerta a médica nuclear Sumara Abdo, do INCA (Instituto Nacional do Câncer) ao G1.
Os protocolos de rastreamento ainda são voltados para pessoas acima dos 50 anos. Mas a realidade mudou. Já temos evidências de que tumores como o de mama e o colorretal vêm aumentando muito antes dessa idade.
Sumara Abdo, médica nuclear, em entrevista ao G1.
A importância da prevenção e do diagnóstico precoce
Manter uma rotina saudável continua sendo a melhor forma de reduzir o risco. Dieta rica em fibras, frutas e vegetais, prática regular de exercícios e menos ultraprocessados e álcool são recomendações que fazem diferença.

Além disso, buscar atendimento médico diante de sinais como perda de peso inexplicável, sangue nas fezes, nódulos persistentes e fadiga extrema é essencial para detectar a doença a tempo. Afinal, o diagnóstico precoce é a principal parte no tratamento do câncer.
Infelizmente, conforme um estudo da Nature Medicine (2022) citado pela reportagem, o aumento de casos de câncer em pessoas com até 50 anos não é uma exclusividade do Brasil. Atualmente, os casos precoces representam até 20% dos novos diagnósticos anuais nos Estados Unidos e Reino Unido.
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Saúde
O que a cocaína faz no cérebro e corpo humano?

A cocaína é uma droga estimulante poderosa e altamente viciante que afeta diretamente o sistema nervoso central. Seu consumo desencadeia uma cascata de reações químicas no cérebro, gerando uma intensa, porém breve, sensação de euforia e energia. No entanto, os danos que ela causa ao organismo são profundos e duradouros, impactando desde a saúde cardiovascular até o equilíbrio mental.
É necessário compreender a ação dessa droga no organismo para reconhecer os graves riscos associados ao seu uso, que podem levar a complicações médicas severas e à dependência. O caminho da euforia inicial rapidamente se transforma em um ciclo de abuso com consequências devastadoras para a saúde física e psicológica do usuário, além de afetar suas relações sociais e familiares.
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O que é a cocaína e de onde ela vem?
A cocaína é uma droga estimulante produzida a partir das folhas da planta de coca (Erythroxylon coca), nativa da América do Sul. O extrato da folha é processado quimicamente para criar diferentes formas da droga.
Por milhares de anos, povos indígenas sul-americanos mastigaram as folhas de coca por seus efeitos estimulantes moderados. A substância química purificada, o cloridrato de cocaína, foi isolada pela primeira vez há mais de 100 anos.

- Cloridrato de cocaína: É a forma mais comum, um pó branco e cristalino. Geralmente é inalado (“cheirado”) ou dissolvido em água e injetado.
- Base livre (freebase): uma forma da droga processada com amônia para remover o cloridrato, resultando em uma substância que pode ser fumada.
- crack: cristais produzidos pelo processamento da cocaína com bicarbonato de sódio e água, que também são fumados. O nome deriva do som de estalo que faz ao ser aquecido.
O que a cocaína faz no cérebro e corpo humano?
A cocaína atua como um potente estimulante do sistema nervoso central, alterando fundamentalmente a comunicação entre os neurônios. O cérebro funciona com mensageiros químicos chamados neurotransmissores, que são liberados por um neurônio para enviar um sinal a outro.
Após a transmissão do sinal, um transportador especializado remove o neurotransmissor da sinapse (o espaço entre os neurônios) para encerrar o sinal.

A cocaína interfere especificamente nesse processo, principalmente com o neurotransmissor dopamina. Ela se liga ao transportador de dopamina e o bloqueia, impedindo a remoção da dopamina da sinapse. Esse bloqueio causa um acúmulo de dopamina, que amplifica continuamente o sinal para os neurônios receptores.
Essa inundação de dopamina no circuito de recompensa do cérebro é o que causa a euforia intensa e os sentimentos de prazer associados ao uso da droga. No entanto, essa manipulação artificial tem um custo alto.
Com o uso repetido, o cérebro se adapta à presença excessiva de dopamina, tornando-se menos sensível a ela e a reforçadores naturais, como comida e interações sociais. Isso leva ao desenvolvimento de tolerância, em que o usuário precisa de doses cada vez maiores para atingir o mesmo efeito.
Efeitos de curto prazo
Os efeitos aparecem quase que imediatamente e podem durar de alguns minutos a uma hora, dependendo da forma de uso.
- Psicológicos: euforia extrema, aumento de energia, alerta mental, hipersensibilidade à luz, som e toque, irritabilidade e paranoia.
- Fisiológicos: vasos sanguíneos contraídos, pupilas dilatadas, aumento da temperatura corporal, da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Vício e efeitos a longo prazo:
O uso contínuo leva a mudanças duradouras nos sistemas cerebrais, resultando em dependência. A perda de controle sobre o uso da droga e o desejo compulsivo de consumi-la, apesar das consequências negativas, caracterizam o vício. A longo prazo, os efeitos são devastadores para o corpo e a mente.
Foto Colaborador Israfoto
- Cardiovasculares: danos ao coração, incluindo arritmias, infartos e inflamação do músculo cardíaco.
- Respiratórios: ao ser fumada (crack), pode causar danos pulmonares. A inalação pode levar à perda do olfato, sangramentos nasais e perfuração do septo nasal.
- Neurológicos: aumento do risco de derrames, convulsões e desenvolvimento de distúrbios do movimento, como a doença de Parkinson. O uso crônico também prejudica funções cognitivas como tomada de decisão e memória.
- Psiquiátricos: crises de ansiedade, ataques de pânico, paranoia severa e até mesmo uma psicose temporária com alucinações auditivas e visuais.
O vício em cocaína é uma doença crônica, mas tratável. Embora não haja uma “cura” no sentido de erradicar a doença, a recuperação é possível através de tratamentos contínuos, como terapias comportamentais e apoio de grupos, que ajudam a pessoa a gerenciar a condição e a manter a abstinência.
O tempo para desenvolver o vício varia muito entre os indivíduos, dependendo de fatores como genética, frequência de uso, via de administração e saúde mental. Algumas pessoas podem desenvolver dependência rapidamente, especialmente com formas mais potentes como o crack, que pode levar ao vício após o primeiro uso em alguns casos.
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