Saúde
EUA: agência reguladora limita acesso a vacinas da covid-19

O diretor médico e científico da FDA, Dr. Vinay Prasad, vetou a aplicação generalizada das vacinas contra a Covid-19 da Novavax e da Moderna, contrariando as recomendações unânimes de especialistas da própria agência. As informações dão do New York Times.
Ele alegou que a ameaça do vírus diminuiu e que os riscos conhecidos e desconhecidos das vacinas podem superar os benefícios para pessoas jovens e saudáveis.
A decisão faz parte de uma reviravolta na política da FDA, que agora limita a vacinação a pessoas com 65 anos ou mais, ou a menores de 65 com condições médicas de alto risco.
A FDA, sigla para Food and Drug Administration, é uma agência reguladora dos EUA, com atuação equivalente ao que temos no Brasil com a Anvisa.

Vacinas com eficácia alta estão sendo vetadas
- A equipe da FDA havia aprovado ambas as vacinas com base em ensaios envolvendo dezenas de milhares de pessoas e dados que mostraram segurança e eficácia.
- A Novavax, por exemplo, demonstrou 90% de eficácia.
- Já a vacina atualizada da Moderna, a mNexspike, foi considerada segura e ligeiramente mais eficaz que a versão anterior.
- No entanto, Prasad afirmou que até eventos adversos raros devem ser levados em conta na nova fase da pandemia.
A medida foi criticada por especialistas que apontam o esquecimento dos efeitos da própria Covid-19, como a Covid longa, miocardite e complicações cardiovasculares.
Também foram levantadas preocupações éticas, especialmente porque as restrições podem limitar o acesso às vacinas — exigindo prescrição off-label, o que pode não ser coberto por seguros.

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Políticas conservadoras na FDA geram descontentamento
As decisões de Prasad se inserem em um movimento maior de reformulação da FDA, com mudanças na liderança e uma política mais conservadora quanto a aprovações. Críticos alertam que esse novo enfoque pode comprometer a saúde pública ao dificultar a imunização de amplas faixas da população.
A FDA informou que novos estudos serão conduzidos para avaliar a segurança das vacinas em pessoas de 50 a 64 anos.

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Saúde
Ciência tenta quebrar a “capa de invisibilidade” do Ebola

Os filovírus recebem esse nome a partir do latim filum, que significa fio — uma referência ao seu formato alongado e filamentoso.
Eles formam uma das famílias virais mais perigosas conhecidas, incluindo os vírus Ebola, Sudão, Bundibugyo e Marburg, responsáveis por surtos de febre hemorrágica com taxas de mortalidade extremamente elevadas.

Uma nova estratégia para um velho inimigo
- Parte da letalidade dos filovírus está ligada à instabilidade de suas proteínas de superfície, usadas pelo vírus para entrar nas células.
- Essas estruturas mudam de forma com facilidade e ficam parcialmente escondidas sob uma espessa camada de açúcares, o que dificulta tanto o reconhecimento pelo sistema imunológico quanto o desenvolvimento de vacinas eficazes.
- Um estudo publicado na Nature Communications por pesquisadores do Scripps Research apresenta uma nova geração de vacinas candidatas projetadas para oferecer proteção contra múltiplas cepas de filovírus.
- A estratégia consiste em exibir as proteínas de superfície viral em nanopartículas proteicas auto-montáveis, conhecidas como SApNPs. Essas partículas funcionam como “andaimes”, ajudando o sistema imunológico a identificar melhor os alvos corretos.
- Em testes com camundongos, as nanopartículas induziram respostas robustas de anticorpos contra diferentes filovírus, apontando para um caminho promissor de proteção mais ampla.
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Superando a “capa de invisibilidade” viral
Segundo o autor sênior do estudo, Jiang Zhu, professor do Scripps Research, o desafio central é driblar a chamada “capa de invisibilidade” formada pelos glicanos que recobrem as glicoproteínas virais.
Em trabalhos anteriores, a equipe conseguiu estabilizar a proteína do Ebola em sua forma de pré-fusão — a mais eficaz para estimular o sistema imunológico — removendo regiões que atrapalhavam o reconhecimento.
Agora, os pesquisadores aplicaram essa abordagem a outras espécies de filovírus. As proteínas redesenhadas, fixadas em nanopartículas semelhantes a vírus, geraram anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar diferentes variantes.
Os resultados sugerem que a técnica pode abrir caminho para uma vacina mais abrangente, possivelmente universal, contra filovírus.
A equipe já planeja expandir a estratégia para outros patógenos de alto risco, como os vírus Lassa e Nipah, reforçando o potencial dessa plataforma de design racional de vacinas.

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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
Leia mais:
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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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