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Saúde

Venda de cigarros eletrônicos continua no Brasil, apesar de proibida

Redação Informe 360

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Apesar de ser proibida a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil, boa parte dos jovens brasileiros usa esse produto. A proibição foi determinada pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não há, portanto, autorização no Brasil para quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, os chamados DEFs, independentemente de sua composição e finalidade.

Em julho de 2022, a Anvisa manteve a proibição da importação e a venda dos DEFs, ou vapes, no Brasil, mas a compra continua ocorrendo pela internet e em pontos de venda do comércio, incluindo camelôs, além de festas e boates.

Nesta quinta-feira (6), a Anvisa reiterou à Agência Brasil que a importação de DEFs, acessórios, refis e essências desses produtos é proibida no Brasil e que o descumprimento da norma é passível de sanções. As penalidades previstas variam de advertência a multas, conforme a gravidade do fato e o porte da empresa, de acordo com o previsto nas leis nº 6437/77 e  9294/96. Em caso de propaganda irregular, além das penalidades, as empresas são notificadas a retirar o site com conteúdo irregular da internet.

No âmbito das ações de fiscalização, tendo como fundamento o princípio da descentralização político-administrativa, cabe primordialmente às vigilâncias sanitárias locais a fiscalização de tais produtos, conforme prevê o Artigo 7º da Lei nº 8.080 /1990, cominado com a Lei nº 9.782/1.999, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa, contudo, “vem reforçando e integrando as ações de fiscalização em cooperação com estados e municípios e atuando na capacitação das vigilâncias sanitárias locais”. A Anvisa informou ainda que não possui competência legal para regular o uso individual de cigarro eletrônico.

De acordo com relatório divulgado em maio do ano passado pelo sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, pelo menos um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. Do mesmo modo, a última pesquisa Covitel, desenvolvida pela organização global de saúde pública Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostra que os adultos jovens apresentaram as maiores prevalências de experimentação de cigarro eletrônico (19,7%) e de narguilé (17%), no país, no ano passado. O consumo desses produtos é considerado modismo no Brasil e segue comportamento observado em outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, onde é permitida a comercialização.

CDC

Estudo recente, divulgado no fim de junho pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), informa que as vendas mensais de cigarros eletrônicos aumentaram 46,6%, passando de 15,5 milhões de unidades, vendidas em janeiro de 2020, para 22,7 milhões, em dezembro de 2022 naquele país. Esse incremento considera somente as vendas de varejo, excluindo o comércio online.

A sondagem mostrou que os e-cigarros com sabores são os preferidos do consumidor, evoluindo de 29,2% para 41,3%. A indústria está também em franca expansão, diz o CDC. O número de marcas que oferecem produtos eletrônicos à base de tabaco subiu de 184 para 269, alta de 46,2%. Já a Pesquisa Nacional de Tabaco Juvenil de 2022, aponta que mais de 2,5 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio dos Estados Unidos disseram usar o cigarro eletrônico, com um a cada quatro alunos relatando usar diariamente o vaporizador.

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No Reino Unido, escolas estão trocando detectores de fumaça por sensores de calor para evitar o disparo de alertas, em razão do uso de vape pelos alunos, em especial nos banheiros das instituições, informou o jornal britânico Daily Mail. Na St George’s Academy em Sleaford, em Lincolnshire, a diretora Laranya Caslin estimou que um em cada quatro alunos na faixa etária de 11 a 18 anos deixa as aulas habitualmente para usar o e-cigarro, visando a aumentar os níveis de nicotina no organismo.

Perigos

Falando nesta quinta-feira (6) à Agência Brasil, o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, demonstrou preocupação com os perigos que o avanço desse tipo de derivado do tabaco entre os jovens brasileiros pode trazer para a saúde.

Na Europa e nos Estados Unidos, onde a venda é permitida, as indústrias argumentam que os vapes constituem uma maneira de as pessoas pararem de fumar. Maltoni afirmou que o argumento é falso e está fazendo o efeito inverso, que é atrair cada vez mais jovens para o hábito de fumar e o consumo de tabaco. “A permissão para vender o cigarro eletrônico tem criado uma nova onda de crescimento da indústria do tabaco no mundo.”

No Brasil, ele disse que o volume de jovens e adolescentes que já experimentaram o cigarro eletrônico em algum momento ou fazem uso desse produto só não é maior porque existe uma política no país que proíbe o cigarro eletrônico por normatização. “De certa forma, a gente ainda consegue manter índices muito inferiores aos de nações onde é liberada a venda”.

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Convenção-quadro

Maltoni destacou a reativação da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Controle do Tabaco, que tinha parado de funcionar durante a pandemia da covid-19 e vai voltar agora à carga total. A convenção é assinada por mais de 100 países que acordaram que o cigarro e seus derivados constituem item de grande prejuízo para a saúde no mundo e exige políticas de controle dos signatários. “O ideal é que a gente possa erradicar o tabagismo do mundo”. Na Convenção-Quadro, há uma série de determinações que devem ser cumpridas pelos signatários. Maltoni lembrou que o último relatório sobre controle de tabaco do mundo foi lançado pela OMS no Rio de Janeiro, porque o Brasil tinha atingido todos os níveis mínimos necessários para controle do tabaco no mundo. “Foi uma deferência ao Brasil como um dos países que mais avançaram no controle ao tabaco”. Uma das questões da convenção é o cigarro eletrônico.

De acordo com o CDC, é alarmante o número de casos de inflamação aguda de pulmão que o aumento do tabagismo tem provocado nos Estados Unidos. O diretor executivo da Fundação do Câncer afirmou que não há nenhum estudo clínico que demonstre que o cigarro eletrônico seja indutor da cessação do tabagismo. “Pelo contrário, nenhum [estudo] comprovou que é um método eficaz para a cessação. Existem outros métodos já estabelecidos, que incluem uso de medicamentos, antidepressivos, aconselhamento individual ou em grupo, uso de adesivos de nicotina de reposição para que o dependente vá reduzindo a dose. Tem uma série de mecanismos para ajudar o tabagista a parar de fumar”.

Maltoni insistiu que o cigarro eletrônico é um indutor e tem foco nos mais jovens para criar dependência. “E, a partir daí, ele se torna não só um consumidor do cigarro eletrônico, mas também do cigarro convencional. Ele ressaltou que, além de doenças pulmonares, as substâncias tóxicas presentes no cigarro tradicional e nos eletrônicos contribuem para as doenças obstrutivas crônicas (DOCs) e doenças cardiovasculares, além de vários tipos de câncer. “O cigarro eletrônico tem outro agravante. Como é um composto eletrônico, causa lixo que não é biodegradável, polui o ambiente, provocando um problema ambiental cada vez mais significativo”, disse o especialista.

Fora isso, há também um grande número relatado de explosões que deixam queimaduras em boa parte do corpo das pessoas, acrescentou.

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Universidades

Além do trabalho de divulgação para ao público dos malefícios do tabagismo, em especial do cigarro eletrônico, junto a outros parceiros, como a Ecoponte, a Fundação do Câncer pretende expandir este ano as ações realizadas em universidades públicas e privadas, para sensibilizar professores, pais e alunos sobre como a questão do tabagismo é importante para a preservação da saúde.

Direta

A ONG Direta — Diretório de Informações para Redução dos Danos do Tabagismo – diz que já existem evidências científicas de que o uso de produtos alternativos ao cigarro tradicional pode ajudar na diminuição do número de fumantes. Segundo a ONG, o caso mais emblemático é o da Suécia, que “está próxima de ser o primeiro país europeu livre do tabagismo, por ter regulamentado a venda e o uso desse tipo de dispositivo. A OMS confirmou que, na Europa, a Suécia tem a menor taxa de mortalidade entre os homens em todos os tipos de câncer”.

“Negar que os vaporizadores sejam comercializados legalmente como alternativa ao tabagismo é condenar milhões de tabagistas que querem deixar o vício ao consumo de produtos sem controle de qualidade ou procedência conhecida”, afirma o presidente da Direta, Alexandre Lucian.

Quanto ao número crescente de jovens interessados no cigarro eletrônico, a ONG ressalta que a proibição não diminui a demanda ou o consumo. De acordo com a a Direta, a saída para o Brasil é a regulamentação desse tipo de produto, para que sejam criados mecanismos para controle e venda para menores de idade, como já acontece no caso de cigarros convencionais e de bebidas alcoólicas.

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Texto ampliado às 18h06 para inclusão do posicionamento da Direta

Fonte: Agência Brasil – Edição: Nádia Franco

Saúde

Inteligência artificial melhora eficiência de transplantes de órgãos

Redação Informe 360

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Médicos e pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial capaz de prever, com alta precisão, se um órgão de doador estará dentro do tempo viável para transplante.

A tecnologia promete reduzir em 60% os procedimentos cancelados, tornando o processo mais eficiente e aumentando o número de pacientes que podem receber um fígado adequado, explica o The Guardian.

IA desenvolvida em Stanford ajuda a prever órgãos viáveis, reduzindo cancelamentos e aumentando chances de transplantes bem-sucedidos.
IA ajuda a prever órgãos viáveis, reduzindo cancelamentos e aumentando chances de transplantes bem-sucedidos. Imagem: Akarawut/Shutterstock

A corrida contra o relógio nos transplantes

O grande desafio dos transplantes de fígado envolvendo doações após morte circulatória (DCD), ou seja, quando o coração para de bater, é que o tempo entre a retirada do suporte de vida e o óbito não pode ultrapassar 45 minutos. Quando isso não acontece, o órgão é rejeitado pelos cirurgiões, e metade desses procedimentos é cancelada.

Muitos transplantes iniciam os preparativos sem a garantia de que o órgão chegará ao receptor, gerando desperdício de recursos, pressões operacionais e frustração para equipes médicas e pacientes.

O modelo de aprendizado de máquina desenvolvido pelos pesquisadores foi treinado com dados de mais de 2 mil doadores nos Estados Unidos. Ele analisa informações neurológicas, respiratórias e circulatórias para prever, com maior precisão que especialistas humanos, se o doador atingirá o tempo limite necessário.

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Tecnologia pode ampliar o número de transplantes, mantendo precisão mesmo com dados incompletos e oferecendo decisões mais seguras para os pacientes.
Tecnologia pode ampliar o número de transplantes, mantendo precisão mesmo com dados incompletos e oferecendo decisões mais seguras para os pacientes. Imagem: Inside Creative House/Shutterstock

IA supera decisões humanas e reduz cancelamentos

Ao comparar o desempenho da ferramenta com o julgamento clínico de cirurgiões renomados, os resultados impressionam: a taxa de coletas fúteis caiu 60%, tanto em testes retrospectivos quanto prospectivos.

Ao identificar quando um órgão provavelmente será útil antes mesmo do início dos preparativos para a cirurgia, este modelo pode tornar o processo de transplante mais eficiente.
Dr. Kazunari Sasaki, professor clínico de transplante abdominal e autor sênior do estudo, ao The Guardian.

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Ele acrescenta que a tecnologia também “tem o potencial de permitir que mais candidatos que precisam de um transplante de órgão o recebam”, impactando milhares de pessoas que esperam por uma chance de sobreviver.

A ferramenta mantém sua confiabilidade mesmo quando parte dos dados do doador está incompleta, comum em ambientes clínicos, garantindo decisões seguras e precisas.

IA em transplantes prevê o momento da morte com precisão, reduzindo desperdício e aumentando órgãos disponíveis para pacientes.
IA em transplantes prevê o momento da morte com precisão, reduzindo desperdício e aumentando órgãos disponíveis para pacientes. Imagem: Dan Race/Shutterstock

Por que essa tecnologia importa tanto?

A previsão mais certeira do momento da morte evita que equipes iniciem processos complexos e caros que acabam sendo descartados. Isso ajuda hospitais, reduz custos e otimiza a alocação de recursos médicos, especialmente em centros com alta demanda.

Entre os benefícios centrais da nova abordagem, destacam-se:

  • Redução de 60% nas coletas fúteis.
  • Previsões mais precisas que especialistas humanos.
  • Uso de dados clínicos detalhados para maior confiabilidade.
  • Menor desperdício de recursos financeiros e operacionais.
  • Possível ampliação do número de órgãos realmente utilizados.

Os pesquisadores consideram essa tecnologia um avanço significativo na prática de transplantes, reforçando “o potencial das técnicas avançadas de IA para otimizar a utilização de órgãos de doadores falecidos após parada cardiorrespiratória”.

O próximo passo é adaptar o sistema para transplantes de coração e pulmão, ampliando ainda mais seu impacto na área da saúde.

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Saúde

Variante H5N5 da gripe aviária é registrada pela primeira vez em humano nos EUA

Redação Informe 360

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Autoridades de saúde dos Estados Unidos investigam o primeiro caso humano registrado da variante H5N5 da gripe aviária, identificado em uma moradora do Condado de Grays Harbor, no Estado de Washington.

A infecção inédita foi confirmada pelo Departamento de Saúde estadual e gerou alerta devido ao fato de essa cepa nunca ter sido observada em humanos. A paciente, uma idosa que possuía uma pequena criação de galinhas, apresentou sintomas graves e de rápida progressão. As informações são do Metrópoles.

Pessoa com roupa de proteção para evitar contágio segurando uma galinha nas mãos.
Gripe aviária é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas (Imagem: Freepik [gerado com IA])

A investigação busca esclarecer se houve contato direto com aves infectadas e se existem outros casos com sinais semelhantes na região. Embora o episódio tenha reforçado a necessidade de vigilância, autoridades afirmam que o risco populacional permanece baixo, já que não há transmissão de gripe aviária entre humanos.

Gripe aviária: como o vírus age e quais são os riscos

A gripe aviária — ou influenza aviária — é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas.

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O vírus influenza tipo A, responsável pelas variantes, como H5N1 e H5N5, circula globalmente entre aves aquáticas selvagens e pode ocasionalmente infectar outros animais, incluindo mamíferos e humanos, geralmente após contato direto com aves contaminadas.

Apesar de existirem relatos de humanos infectados após exposição a animais doentes, as autoridades reforçam que nenhuma forma conhecida da gripe aviária é transmissível de pessoa para pessoa. Isso significa que, mesmo com a confirmação da variante H5N5 em um paciente, não há indícios de risco epidemiológico mais amplo.

Veterinário com galinhas, em uma granja.
Apesar de o caso da variante H5N5 tenha evoluído rapidamente, a paciente permanece em condição estável (Imagem: Pordee_Aomboon/Shutterstock)

Leia mais:

Principais sinais de gripe aviária em aves incluem:

  • Dificuldade respiratória;
  • Secreção nasal ou ocular;
  • Espirros;
  • Problemas de coordenação;
  • Torcicolo;
  • Diarreia;
  • Alta mortalidade.

Todas as suspeitas da doença devem ser notificadas às autoridades agropecuárias, especialmente quando há sinais respiratórios, neurológicos ou mortes súbitas em aves.

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Ilustração de um vírus corporal
Não há indícios que a variante seja transmitida entre humanos (Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock)

Orientações de prevenção e monitoramento

Embora o caso da variante H5N5 tenha evoluído rapidamente, a paciente permanece em condição estável e segue monitorada por equipes estaduais e nacionais. O governo de Washington reforça a importância de relatar aves doentes ou mortas e orienta criadores a usar equipamentos de proteção, como luvas, máscaras, proteção ocular e roupas impermeáveis, ao manipular animais.

Além disso, medidas de prevenção incluem evitar contato com animais selvagens vivos ou mortos e não consumir alimentos crus, como leite não pasteurizado. A vacinação sazonal contra a gripe também pode reduzir o risco de agravamento em caso de exposição ao vírus aviário.

Embora não exista risco imediato para a população, especialistas destacam que acompanhar a evolução do vírus é essencial para impedir sua disseminação entre animais e humanos.

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Saúde

Canetas emagrecedoras têm efeito positivo para o coração, diz estudo

Redação Informe 360

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A semaglutida, substância presente em canetas emagrecedoras amplamente usadas no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, mostrou um efeito benéfico significativo que vai além do emagrecimento. Uma nova análise do estudo SELECT, publicada na revista científica The Lancet, revela que o medicamento reduz o risco de problemas cardíacos independentemente da quantidade de peso perdida.

A descoberta reforça a ideia de que seu impacto sobre a saúde cardiovascular envolve mecanismos adicionais aos já conhecidos efeitos sobre o apetite e o peso corporal.

Mecanismos além do emagrecimento chamam atenção de pesquisadores

Os pesquisadores identificaram que a perda de circunferência abdominal — refletindo queda na gordura visceral — esteve associada a melhores resultados para a saúde do coração. Ainda assim, a própria quantidade de peso eliminada não foi determinante para a proteção observada, o que reforça o interesse científico em compreender como a semaglutida atua além da balança.

injeção ozempic
A perda de circunferência abdominal esteve associada a melhores resultados para a saúde do coração (Imagem: Carolina Rudah/iStock)

A semaglutida é o princípio ativo de medicamentos como Ozempic e Wegovy, que se tornaram populares pelas chamadas canetas emagrecedoras. A substância imita a ação do hormônio GLP-1, que reduz o apetite e aumenta a saciedade, permanecendo mais tempo no organismo por resistir à degradação da enzima DPP4.

O estudo SELECT acompanhou mais de 17 mil adultos com IMC igual ou superior a 27, todos com doenças cardiovasculares já estabelecidas, comparando os resultados de quem recebeu semaglutida e quem recebeu placebo. Pesquisas anteriores já mostravam que o medicamento podia reduzir em até 20% os eventos cardiovasculares em pessoas sem diabetes.

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Benefícios adicionais reforçam relevância das canetas emagrecedoras

Além do impacto cardiovascular e do emagrecimento, outras análises indicam que a semaglutida contribui positivamente para a saúde hepática. Estudos recentes apontam que:

  • 63% dos participantes apresentaram redução da inflamação do fígado após 72 semanas de uso
  • Nos EUA, o medicamento já possui autorização para tratamento de doença hepática grave
  • No Brasil, a Novo Nordisk aguarda aprovação da Anvisa para uso ampliado da substância
Além de contribuir com a saúde cardiovascular e com o emagrecimento, outras análises indicam que a semaglutida contribui positivamente para a saúde hepática (Crédito: MillaF – Shutterstock)

A presença de gordura no fígado é comum, mas níveis acima de 5% exigem tratamento adequado, já que a evolução do problema pode levar a inflamação, hepatite gordurosa, cirrose e até câncer hepático.

O mecanismo de atuação da semaglutida também se diferencia de medicamentos mais recentes, como a tirzepatida, por simular apenas o GLP-1. Ainda assim, seu impacto é expressivo: o estudo STEP 1, publicado no New England Journal of Medicine, mostra uma perda de peso média de 17% com a formulação de 2,4 mg, com um terço dos pacientes superando 20%.

Leia mais:

Funcionamento das canetas emagrecedoras com semaglutida

As canetas injetáveis que utilizam semaglutida funcionam prolongando o efeito do GLP-1 no corpo, o que reduz o apetite, aumenta a sensação de saciedade, auxilia na perda de peso e ainda contribui para a melhora de diversos indicadores metabólicos.

O tratamento, porém, deve sempre ser feito com acompanhamento médico, já que a estratégia precisa ser personalizada e alinhada ao histórico clínico do paciente.

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Canetas e caixa de injeção semaglutida Ozempic. Ambas tem cor azul e logo com partes vermelha e azul.
Apesar dos benefícios, é imprescindível que o paciente passe por uma consulta para avaliar a necessidade da aplicação das canetas emagrecedoras (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

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