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Saúde

Calcular nutrientes ao preparar uma refeição ficou mais fácil

Redação Informe 360

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Pesquisadoras do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da USP publicaram um e-book sobre a composição química dos alimentos, com o objetivo de subsidiar prescrições dietéticas. O guia prático é a primeira publicação no mundo a detalhar o passo a passo desse trabalho.

O livro aborda os princípios do cálculo de composição, fatores que precisam ser considerados ao estimar a composição química de uma preparação a partir da receita. Também explica três opções de métodos que podem ser usados para fazer esses cálculos.

Estimar a composição química de alimentos é importante para nutricionistas e outros profissionais da área de saúde, pois as receitas são compostas com diversos ingredientes, que passam por transformações durante o preparo.

Kristy Soraya Coelho, nutricionista e uma das autoras do e-book.

Metodologia

A autora explica que, para o e-book, foi utilizado um método diferente, referenciado no livro Food Composition Data da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a Food and Agriculture Organization (FAO).

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“Esse método utiliza a proporção dos ingredientes dentro de uma receita a partir de dados analíticos de alimentos já preparados, algo que temos encontrado em várias publicações científicas no Brasil”, afirma Coelho.

O método, baseado em dados de alimentos já preparados, é mais realista em relação aos hábitos de consumo, comparado a utilizar informações de alimentos crus.

“Ao invés de se utilizar dados do arroz e do brócolis, ainda crus, e aplicar alguns fatores em cima deles, consideramos mais próximo da realidade usar dados analíticos de ingredientes cozidos, assados, grelhados ou fritos. E é isso o que essa metodologia permite”, acrescenta.

Tabela de composição de alimentos (Taco)

Entretanto, esse tipo de cálculo nem sempre está presente em tabelas de composição de alimentos, pois elas apresentam dados de ingredientes crus ou de preparações sem a desagregação das receitas.

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Há várias tabelas, nacionais e internacionais, mas nem todas seguem padrões de qualidade. Até pouco tempo atrás, no Brasil, eram usadas tabelas dos Estados Unidos, com alimentos e métodos de preparo diferentes.

Atualização

No Brasil, o Taco é uma das tabelas mais completas, mas não inclui todas as formas de preparo. Nos últimos anos, contudo, houve avanços na publicação de informações sobre a composição dos alimentos consumidos no país, enriquecendo o cálculo.

Atualmente, em sua sétima versão, a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA) possui dados de 34 componentes de 5.700 alimentos (nacionais e importados), sendo 4 mil preparações, com formas de apresentação diversas.

(Imagem: Daria-Yakovleva/Pexels)

Próximos passos

Segundo a autora, a variedade de combinações de alimentos resulta em inúmeras receitas. Do ponto de vista econômico, realizar análises laboratoriais para todas essas preparações é impraticável, mas é viável calcular a composição das preparações consumidas por diferentes populações.

Isso, no entanto, deve ser feito a partir de vários critérios que devem ser adotados por quem produz e por quem utiliza essa informação. A publicação desse livro tem o intuito justamente de mostrar como isso é feito, ampliando e padronizando essas estimativas.

O próximo passo dos autores é traduzir o e-book para o espanhol. Além disso, eles também pretendem criar um portal com informações de composição de alimentos para toda a América Latina.

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A iniciativa faz parte da Latinfoods – braço da Rede Internacional de Sistemas de Dados de Alimentos (Infoods), da FAO.

O livro “Metodologia para cálculo da composição química de preparações a partir de receitas: um Guia Prático” pode ser adquirido nesse site. As informações são Agência Fapesp.

Por: Olhar Digital.

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Saúde

Poluição de ar pode proteger do câncer de pele, mas os riscos são grandes

Redação Informe 360

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Um novo estudo sugere que a poluição do ar pode oferecer certa proteção contra o melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele, ao reduzir o risco de exposição à radiação ultravioleta (UV). No entanto, é fundamental interpretar esses resultados com cautela.

O estudo, realizado na Itália e publicado na revista Jeadv, é observacional e não prova causalidade, ou seja, não se pode afirmar que a poluição do ar seja a responsável pela redução do risco de melanoma.

Embora o estudo mostre uma associação entre níveis elevados de material particulado (PM10 e PM2,5) e menores taxas de melanoma, isso não significa que a poluição seja benéfica à saúde.

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Médico examinando pinta que pode ser câncer de pele
O melanoma é o tipo mais perigoso do câncer de pele (Imagem: damiangretka/iStock)

A poluição do ar está associada a uma série de problemas graves, como doenças respiratórias, cardiovasculares, e até câncer de pulmão. Além disso, pode afetar o cérebro, causar distúrbios neurológicos e prejudicar a saúde durante a gravidez.

Não devemos olhar para a poluição do ar como uma solução

  • A exposição à poluição também agrava condições dermatológicas como envelhecimento precoce e psoríase.
  • Embora a poluição do ar possa, de fato, reduzir a exposição aos raios UV, ela não deve ser vista como uma solução para a proteção solar.
  • A maneira mais saudável de se proteger contra os danos do sol é usar protetor solar, roupas adequadas e buscar sombra nos horários de pico da radiação.

O estudo oferece uma perspectiva interessante, mas os riscos da poluição do ar superam amplamente quaisquer benefícios potenciais. É essencial continuar defendendo políticas de redução da poluição e manter práticas de proteção solar para reduzir o risco de câncer de pele.

A mensagem clara é que o ar limpo é vital para nossa saúde, e não há substitutos para a proteção contra a poluição e a radiação UV.

Poluição de ar em cidade grande
Não devemos tratar a poluição do ar como uma alternativa viável para nos protegermos dos raios de sol (Imagem: hxdbzxy/Shutterstock)

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Saúde

Estamos perto de detectar o Alzheimer mais cedo que o habitual

Redação Informe 360

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Pesquisadores da Universidade de Lancaster (Reino Unido) e do Centro Médico da Universidade de Ljubljana (Eslovênia) fizeram descoberta promissora ao examinar a unidade neurovascular do cérebro (NVU, na sigla em inglês) para melhorar a detecção precoce do Alzheimer.

Tradicionalmente, o diagnóstico da doença depende de exames invasivos ou caros, como análise do líquido cefalorraquidiano ou tomografia por emissão de pósitrons, que não são acessíveis a todos.

A nova pesquisa, publicada na revista Brain Communications, focou na oxigenação cerebral e nos padrões respiratórios, oferecendo abordagem menos invasiva.

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Síndrome respiratória SRAG
Estudo conseguiu identificar como padrões respiratórios mais rápidos estão associados ao Alzheimer (Imagem: mi_viri/Shutterstock)

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Alzheimer detectado mais cedo que o habitual?

  • A equipe usou combinação de dispositivos para monitorar a atividade elétrica cerebral, a frequência cardíaca e os padrões respiratórios de pacientes com Alzheimer e de um grupo de controle saudável;
  • Por meio dessa análise tripla, eles descobriram que, nos pacientes com Alzheimer, os ciclos de oxigenação e fluxo sanguíneo estavam descoordenados, indicando possível disfunção na nutrição cerebral devido a falhas na vasculatura;
  • Além disso, observaram que a frequência respiratória de indivíduos com Alzheimer era significativamente maior, sugerindo inflamação cerebral que poderia ser tratada para prevenir estágios graves da doença no futuro.

“De forma bastante inesperada, também detectamos que a frequência respiratória em repouso é significativamente maior em indivíduos com doença de Alzheimer”, disse Aneta Stefanovska, autora principal do estudo, ao New Atlas. “Esta é uma descoberta interessante — na minha opinião, revolucionária — que pode abrir mundo totalmente novo no estudo do Alzheimer.”

Esses resultados podem representar avanço significativo na detecção precoce e acessível do Alzheimer, abrindo caminho para novas formas de diagnóstico não invasivas. A equipe está considerando a criação de empresa spin-off para continuar o desenvolvimento dessa técnica inovadora.

exame de sangue alzheimer
Pesquisa pode abrir caminho para diagnósticos de Alzheimer por meio de exames menos invasivos (Imagem: joel bubble ben/Shutterstock)

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Saúde

Por que casos de diarreia aumentam no verão?

Redação Informe 360

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O verão é a estação preferida de muitos brasileiros, marcada por viagens, idas à praia e atividades ao ar livre. Porém, essa época também demanda maior atenção à saúde e à higiene.

Um dos problemas mais recorrentes desse período é o aumento de infecções por vírus. No verão de 2024, por exemplo, houve um crescimento de cerca de 40% nos registros de viroses no litoral paulista.

A diarreia é uma consequência comum dessas infecções, despertando preocupação entre profissionais de saúde e a população. Mas por que esse problema se intensifica durante o verão? A seguir, vamos entender as causas desse fenômeno e os cuidados necessários para prevenir complicações.

O que é a diarreia e por que ela ocorre?

A diarreia é caracterizada por alterações no funcionamento do intestino, resultando em fezes mais líquidas e frequentes. A causa pode variar desde infecções por vírus (como Norwalk e Rotavírus), alguns tipos de bactérias (como Escherichia coli, Salmonella e Shigella), parasitas, toxinas bacterianas, intolerâncias alimentares e ao estresse.

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Ilustração de uma mulher com dor no intestino causada por parasitas intestinais
Ilustração de uma mulher com dor no intestino causada por parasitas intestinais (Reprodução: New Africa/Shutterstock)

Além disso, o paciente pode apresentar sintomas como náuseas e vômitos, febre, dores no corpo, cólicas abdominais, queda do estado geral, além de sangue e muco nas fezes.

As diarreias podem ser classificadas conforme a duração:

  • Agudas: menos de 14 dias, geralmente resolvem-se sozinhas em poucos dias;
  • Persistentes: entre 2 e 4 semanas;
  • Crônicas: mais de um mês.

Casos de diarreia: por que as doenças diarreicas tendem a aumentar no verão?

O aumento dos casos de diarreia no verão tem relação direta com as altas temperaturas, que favorecem a proliferação de microrganismos nos alimentos. Isso acontece porque o calor compromete a conservação de alimentos e facilita a disseminação de bactérias, vírus e parasitas.

homem cor dor de barriga, segurando papel higienico, de pé, em um banheiro
Homem com papel higiênico no banheiro (Reprodução: shisu_ka/Shutterstock)

Locais como barracas de praia e ambulantes são especialmente vulneráveis. Muitas vezes, os alimentos não são armazenados em condições adequadas, permitindo o crescimento de microrganismos. Esses, por sua vez, podem produzir toxinas prejudiciais à saúde. A manipulação inadequada também aumenta os riscos de contaminação.

ilustração de um intestino sendo desenhado por um médico
Ilustração de um intestino sendo desenhado por um médico (Reprodução: mi_viri/Shutterstock)

A transmissão ocorre por meio de:

  • Água e alimentos contaminados;
  • Contato das mãos com superfícies ou objetos contaminados e posterior contato com boca, olhos ou nariz;
  • Locais compartilhados, como banheiros, refeitórios e transporte público.

Em casos graves, a diarreia pode ser acompanhada por vômitos intensos, dificultando a hidratação oral e a administração de medicamentos. Isso exige intervenção médica para evitar complicações como desidratação severa.

Leia mais:

Como se proteger?

Para minimizar os riscos de contrair doenças diarreicas no verão, adote medidas de prevenção simples, mas eficazes:

Quiosques de alimentos em uma praia
Quiosques de alimentos em uma praia (Reprodução: lazyllama/Shutterstock)
  • Higiene alimentar: lave bem os alimentos e cozinhe-os adequadamente.
  • Armazenamento correto: refrigere os alimentos perecíveis o mais rápido possível;
  • Evite alimentos de procedência duvidosa: prefira locais que sigam boas práticas de manipulação e conservação. Tome cuidado e avalie criteriosamente ao consumir alimentos vendidos por vendedores ambulantes e quiosques. Verifique a higiene do local e certifique-se de que os ingredientes estão em bom estado;
  • Higiene pessoal: lave as mãos com água e sabão antes de comer e após usar o banheiro;
  • Consuma água potável: use filtros ou ferva a água antes do consumo, caso não tenha certeza da qualidade.

O aumento dos casos de diarreia no verão reforça a necessidade de atenção redobrada com a saúde intestinal. A prevenção é o melhor caminho para aproveitar a estação mais quente do ano com tranquilidade.

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