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Saúde

Surto de diarreia em vários municípios de Goiás tem causa revelada

Redação Informe 360

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Um surto de diarreia aguda atingiu 74 municípios de Goiás nesta semana. Foram mais de 12 mil casos de Doença Diarreica Aguda e outros 160 mil casos isolados registrados. A Secretaria Estadual da Saúde (SES-GO) revelou, nesta terça-feira (27), o principal responsável pelo surto: o rotavírus.

O aumento dos casos já era esperado entre os meses de julho e setembro, devido ao calor que propicia a circulação do vírus.

(Imagem: Patcharanan/Shutterstock)
Sintomas da diarreira aguda surgem subitamente (Imagem: shisu_ka/Shutterstock)

Surto de diarreia chegou a 74 municípios de Goiás

De acordo com Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, ao g1, havia algumas suspeitas para o causador do surto de diarreia aguda: uma bactéria transmitida na água e nos alimentos; um vírus transmitido entre pessoas; e parasitas e fungos.

Amorim explicou que, nesses casos, são feitas coletas para analisar a bactéria e os vírus. A partir dos resultados, foi possível pontuar uma predominância dos vírus, entre eles, o rotavírus e o norovírus. O rotavírus foi o principal causador dos surtos deste ano, segundo a SES-GO. O norovírus esteve presente em apenas um surto específico, em uma das cidades.

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Em Campos Belos (GO), também foi verificada a contaminação da água de poços particulares com bactéria causadora da diarreia. Ainda assim, a maioria dos casos por lá foi devido ao rotavírus.

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Em uma das cidades, foi constatada contaminação pela bactéria Escherichia coli (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

Como é a transmissão do rotavírus

De acordo com a superintendente, a doença pelo rotavírus é transmitida por via oral ou fecal. Em alguns casos, crianças ou adultos podem deixar de lavar as mãos depois de ir ao banheiro e contaminar água, alimentos e objetos. Ela recomenda que as pessoas doentes evitem ir ao trabalho ou à escola.

Leia mais:

O que é a diarreia aguda

  • A diarreia aguda é um quadro de diarreia súbita, que acomete uma pessoa sem motivo aparente durante alguns dias. Há também os casos crônicos, em que a condição persiste por mais tempo, podendo durar meses;
  • O tratamento da diarreia aguda depende do agente causador, mas, no geral, é indicado se manter hidratado e se alimentando com comidas leves, com pouca fibra;
  • Entre os sintomas, estão febre, dor e cólicas abdominais, náusea e vômitos. Em alguns casos, há sangue nas fezes.
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Prevenção do vírus envolve higiene pessoal (Imagem: Maridav/Shutterstock)

Municípios de Goiás com surto de diarreia

De acordo com a SES-GO, cinco dos 74 municípios com surtos registrados estão fazendo monitoramento exclusivo para o rotavírus: Goiânia, Rio Verde, Jataí, Aparecida de Goiânia e Anápolis.

Outros 12 estão coletando amostras. Todos possuem unidades de saúde em alerta e monitorando os casos. Veja a lista dos municípios com surto de diarreia aguda:

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  • Abadia de Goiás;
  • Americano do Brasil;
  • Anápolis;
  • Aparecida do Rio Doce;
  • Aporé;
  • Araçu;
  • Aragoiânia;
  • Aurilândia;
  • Britânia;
  • Buriti de Goiás;
  • Cachoeira Alta;
  • Cachoeira de Goiás;
  • Cachoeira Dourada;
  • Caiapônia;
  • Caldas Novas;
  • Campestre de Goiás;
  • Campinorte;
  • Campos Belos;
  • Catalão;
  • Caturai;
  • Cavalcante;
  • Cezarina;
  • Colinas do Sul;
  • Córrego do Ouro;
  • Corumbá de Goiás;
  • Cromínia;
  • Damolândia;
  • Doverlândia;
  • Firminópolis;
  • Flores de Goiás;
  • Gameleira de Goiás;
  • Goianápolis;
  • Goiânia;
  • Goianésia;
  • Goiatuba;
  • Gouvelândia;
  • Guaraíta;
  • Guarani de Goiás;
  • Inaciolândia;
  • Inhumas;
  • Ipameri;
  • Itaberaí;
  • Maguari;
  • Jandaia;
  • Jaraguá;
  • Joviânia;
  • Minaçu;
  • Mineiros;
  • Monte Alegre de Goiás;
  • Mossâmedes;
  • Nova Crixás;
  • Nova Iguaçu de Goiás;
  • Nova Roma;
  • Novo Planalto;
  • Ouvidor;
  • Panamá;
  • Perolândia;
  • Portelândia;
  • Quirinópolis;
  • Rialma;
  • São João da Paraúna;
  • São Miguel do Passa Quatro;
  • Sanclerlândia;
  • Santa Isabel;
  • Santa Tereza de Goiás;
  • Santo Antônio de Goiás;
  • São Luiz do Norte;
  • Senador Canedo;
  • Serranópolis;
  • Santa Terezinha de Goiás;
  • Santa Rita do Araguaia;
  • Santo Antônio da Barra;
  • Trindade;
  • Valparaíso de Goiás.

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Saúde

O que é cannabis medicinal e para que serve?

Redação Informe 360

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A Cannabis sativa tem uma longa história como planta medicinal que, de acordo com alguns estudos, começou a cerca de dois milênios. A planta da cannabis contém mais de 100 substâncias químicas diferentes, chamadas canabinoides, e cada uma delas tem um efeito diferente no corpo.

Apesar de serem confundidas, a cannabis medicinal e a maconha recreativa são duas categorias distintas. Quando usada para fins terapêuticos, a planta é cultivada e tratada de maneira específica. 

O que é cannabis medicinal e para que serve?

A cannabis é uma planta da família do cânhamo, também conhecida como hemp, e os seres humanos a cultivam e utilizam de várias formas há milhares de anos. Como mencionado, a cannabis medicinal é derivada dessa planta, e pode ser utilizada para tratar os sintomas de certas doenças, bem como os efeitos colaterais de alguns tratamentos.

No dia 13 deste mês, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou a decisão unânime de autorizar o cultivo de uma variedade da Cannabis sativa, destinada apenas para fins medicinais.

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Cânhamo via Crystalweed cannabis/Unsplash
Cânhamo via Crystalweed cannabis/Unsplash

Esse cultivo foi concedido exclusivamente a empresas, e deverá seguir as diretrizes que serão estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela União. Em outras palavras, será possível importar sementes e cultivar a variedade de cannabis chamada cânhamo industrial, que apresenta um baixo nível de THC.

Leia também:

O que é cannabis medicinal?

Dentre as substâncias presentes na planta estão o canabidiol (CBD), o tetra-hidrocarbinol (THC), e outros canabinoides como canabigerol (CBG) e canabigerol (CBN). Tanto o THC quanto o CBD possuem valor terapêutico e, em certas situações, podem ser combinados em fármacos para aumentar sua eficácia.

Enquanto o THC é associado aos efeitos recreativos, como o relaxamento e a vontade de rir, ele também tem características antidepressivas, anticonvulsivantes, anti inflamatórias. De maneira parecida, o CBD é responsável pelos efeitos relaxantes da cannabis, além disso, é amplamente utilizado como analgésico, sedativo e imunossupressor – mas não possui o princípio psicoativo da planta. 

Deste modo, as substâncias da cannabis medicinal atuam no organismo de forma a aliviar determinados sintomas.

cannabis
Imagem: OMfotovideocontent/Shutterstock

Para que serve cannabis medicinal?

De acordo com a Escola de Medicina de Harvard, a utilização mais comum da cannabis medicinal nos Estados Unidos é para o controle da dor, sendo bastante eficaz para as dores crônicas. 

A cannabis medicinal também é um relaxante muscular, e pode diminuir os tremores na doença de Parkinson. Sua utilização também tem efeitos positivos na fibromialgia e endometriose e em pacientes no tratamento de câncer. 

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Outras condições que apresentaram resultados positivos com o uso da cannabis medicinal incluem epilepsia, ansiedade, glaucoma, náusea e outros problemas gastrointestinais. Entretanto, é importante ressaltar que, tal como todos os medicamentos sujeitos a receita médica, os produtos provindos da cannabis medicinal podem ter efeitos secundários.

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Saúde

Nosso hálito pode indicar presença de câncer de pulmão; saiba como

Redação Informe 360

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Pesquisadores criaram sensores ultrassensíveis em nanoescala que podem indicar a presença de câncer de pulmão a partir do hálito. O dispositivo analisa níveis de isopreno, produto químico que pode estar relacionado ao tumor. 

No estudo, publicado na ACS Sensors, da Sociedade Química Americana, os cientistas chineses descrevem tentativas anteriores de criar sensores de gás concentrando óxidos de metal, em especial, o óxido de índio. No novo teste, decidiram refinar o equipamento para detectar isopreno no nível em que ele ocorre naturalmente na respiração.

O desafio era criar dispositivo altamente sensível, capaz de detectar níveis de isopreno na faixa de partes por bilhão (ppb). Além disso, seria necessário diferenciar o isopreno do vapor de água e dióxido de carbono exalados em conjunto.

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Nanoflocos detectados pelo sensor (Imagem: ACS Sensors)

Como foi feita a pesquisa para criar o dispositivo que detecta câncer de pulmão?

Após os testes com nanoflocos baseados em óxido de índio, os pesquisadores observaram que a combinação com platina e níquel apresentou o melhor desempenho. Os resultados mostraram níveis de isopreno tão baixos quanto 2 ppb, o que indica a alta sensibilidade do dispositivo, além da consistência de dados após nove usos.

Fora do laboratório, os cientistas incorporaram a tecnologia em equipamento portátil para uso médico. Eles introduziram a respiração coletada anteriormente de 13 pessoas, cinco delas com câncer de pulmão.

Leia mais:

Cientistas incorporaram a tecnologia em equipamento portátil para uso médico (Imagem: utah778/iStock)

O sensor detectou níveis de isopreno menores que 40 ppb em amostras de participantes com câncer e mais de 60 ppb de participantes sem câncer. Isso mostra, de acordo com o estudo, novo caminho para diagnóstico preciso da doença em clínicas.

“Nosso trabalho não apenas fornece avanço na triagem de câncer não invasiva e de baixo custo por meio da análise da respiração, mas, também, traz avanço ao design racional de materiais de detecção de gás de ponta”, dizem os pesquisadores.

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Saúde

É possível parar de envelhecer? Entenda o que diz a ciência

Redação Informe 360

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Imagine que seja possível retardar o envelhecimento, quanta coisa mudaria com isso não é mesmo? No entanto, será que isso é mesmo real? Segundo alguns cientistas alguns hábitos podem ajudar a “parar de envelhecer”.

Contudo, alguns estudos ainda estão em andamento e podem demorar a comprovar tal afirmação, ou encontrar uma solução para o que parece ser inevitável. Em um laboratório na Universidade Harvard, por exemplo, há uma pesquisa sobre porque envelhecemos. No entanto, conseguir parar de envelhecer pode não ser assim tão simples. Confira!

Leia mais

Será que é possível parar de envelhecer?

Com mais de 200 mil seguidores no X (Twitter), o cientista David Sinclair ganhou notoriedade e muitos prêmios ao defender que é possível parar de envelhecer. De acordo com Sinclair, responsável pelo laboratório na Universidade Harvard que estuda sobre o envelhecimento, retardar essa etapa da vida é real. O cientista acredita que adotar alguns hábitos simples é a chave para alcançar mais tempo de vida.

mulher de cabelos curtos brancos fazendo pilates
Imagem Pexels Mikhail Nilov

No entanto, longe de parecer tão óbvio, o cientista acredita que em breve será possível ter medicamentos, que ainda estão sendo testados para esse fim, e afirma que com isso será provável conseguir até mesmo reverter o envelhecimento.

Sobretudo, retardar o envelhecimento pode não estar tão distante, segundo Sinclair. Afinal, o pesquisador tem trabalhado ativamente para isso: ele já reúne 35 patentes e fundou ou está envolvido com uma série de empresas de biotecnologia, incluindo aquelas focadas em evitar o envelhecimento.

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Além disso, os investimentos nesse tema não estão para brincadeira, segundo um artigo da BBC, o banco Merrill Lynch avaliou essa indústria em 2019 e afirma que ela movimenta US$ 110 bilhões, com expectativas de atingir US$ 600 bilhões em 2025.

Sinclair, que é referência no assunto, também carrega em seu currículo um best-seller do The New York Times, o livro intitulado “Tempo de Vida”. É nessa publicação que ele afirma a frase polêmica: “[…] ao contrário do que pensamos hoje, envelhecer não é inevitável.”

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Envelhecer é inevitável? Para o cientista David Sinclair, não. (Imagem: fizkes / Shutterstock.com)

Telômeros associados ao envelhecimento celular

Além de Sinclair, outros cientistas ficaram conhecidos por suas descobertas relacionadas a possibilidade de parar o envelhecimento. Uma delas, é a brilhante Elizabeth H. Blackburn, ganhadora do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2009.

A descoberta da sequência dos telômeros em Tetrahymena por Elizabeth abriu caminhos para entender que os telômeros recrutam proteínas específicas para a ponta dos cromossomos que irão estabilizá-lo e conferir proteção. Sendo assim, há a aplicação sobre a relação entre telômeros, envelhecimento e câncer.

Desenvolvimento de mecanismos celulares

De acordo com o gerontologista e biomédico Aubrey de Grey, é possível estender a vida humana se dominarmos mecanismos de rejuvenescimento celular.

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Com mais de duas décadas de pesquisas, Aubrey conquistou o reconhecimento por ter desenvolvido o conceito das estratégias para a senescência negligenciada projetada.  

Essa sequência seria um conjunto abrangente de métodos para reverter o efeito do tempo no corpo humano, prevenindo problemas de saúde e mortalidade relacionados à idade. Ou seja, seu foco está na reversão do tempo nas células humanas e não nas doenças que possam afetar um indivíduo.

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