Saúde
Startup quer cultivar sangue em laboratório; entenda o motivo
Uma startup criou uma solução para enfrentar a escassez de sangue utilizado para transfusões de emergência. A ideia consiste em produzir glóbulos vermelhos em escala, criando reservas de sangue cultivado em laboratório.
Mundo enfrenta escassez de sangue
- No mês passado, a Cruz Vermelha dos EUA declarou escassez de sangue de emergência depois que suas reservas caíram mais de 25% em julho.
- A entidade coleta e distribui cerca de 40% do suprimento de sangue dos Estados Unidos e tem feito repetidos apelos para que mais pessoas doem.
- A falta de sangue pode representar a morte de pacientes internados.
- Nestas situações, os médicos precisam escolher quem precisa mais das transfusões.
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Objetivo é reduzir custos e aumentar velocidade de produção
Os cientistas já descobriram como cultivar glóbulos vermelhos a partir de células-tronco, mas este é um processo caro e complexo, que normalmente produz pequenas quantidades por vez. Em novembro de 2022, pesquisadores no Reino Unido chegaram a produzir com sucesso cerca de uma ou duas colheres de chá de sangue como parte de um ensaio clínico.
O objetivo da startup Safi Biotherapeutics é aproveitar esses avanços e produzir grandes quantidades de sangue que possam eventualmente ser usadas comercialmente para ajudar a cuidar dos pacientes e evitar a escassez nas emergências médicas.
Para isso, a empresa recebeu mais de US$ 16 milhões (cerca de R$ 90 milhões) até o momento do Departamento de Defesa dos EUA. Ela ainda anunciou recentemente um financiamento inicial adicional de US$ 5 milhões liderado pela J2 Ventures.
A Safi inicia seu processo de produção com uma célula “progenitora”, ou seja, uma célula adaptável que pode crescer em diferentes tipos. As células progenitoras vêm de células-tronco dentro da medula óssea, e são transformadas em glóbulos vermelhos.
A startup projeta que atualmente é capaz de produzir uma unidade por menos de US$ 2.000 (quase R$ 10 mil). O objetivo é reduzir os custos para menos de US$ 500 ou até US$ 300 por unidade, o que é comparável ao preço do sangue original doado.
Além disso, a Safi Biotherapeutics quer aumentar a quantidade de sangue que pode ser produzido a cada ciclo. Isso, no entanto, é um processo longo e pode levar pelo menos 7 anos, segundo a própria startup. As informações são da CNBC.
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Saúde
Alerta! Mais de 30 milhões devem morrer pela resistência aos antibióticos
Um estudo global publicado no The Lancet alerta que, nos próximos 25 anos, mais de 39 milhões de pessoas podem morrer devido a infecções resistentes a antibióticos.
A pesquisa, conduzida pelo Projeto Global Research on Antimicrobial Resistance (GRAM), é a primeira análise global das tendências de resistência antimicrobiana (RAM) ao longo do tempo.
Entre 1990 e 2021, mais de um milhão de mortes anuais foram diretamente causadas por RAM. A pesquisa projeta que, até 2050, as mortes diretas anuais por RAM poderão subir para 1,91 milhão, representando um aumento de quase 70% em relação a 2022.
Além disso, o número de mortes associadas à RAM deverá aumentar de 4,71 milhões para 8,22 milhões por ano. As mortes por RAM entre crianças menores de cinco anos diminuíram pela metade desde 1990, mas as mortes entre pessoas com 70 anos ou mais aumentaram em mais de 80%.
O estudo revela que a resistência antimicrobiana é um problema crescente, com mortes diretamente atribuídas a patógenos resistentes aumentando significativamente. A resistência a antibióticos críticos, como o MRSA e os carbapenêmicos, tem mostrado um crescimento alarmante.
Em 2021, o MRSA foi responsável por 130.000 mortes, mais do que o dobro de 1990. A resistência a carbapenêmicos também aumentou de 127.000 para 216.000 mortes no mesmo período.
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Resistência a antibióticos pode vitimar milhões
- O estudo prevê que, entre 2025 e 2050, a RAM causará mais de 39 milhões de mortes diretas e estará associada a 169 milhões de mortes mais amplas.
- As mortes entre crianças menores de cinco anos devem continuar a diminuir, mas isso será superado pelo aumento nas mortes em faixas etárias mais avançadas, especialmente entre aqueles com 70 anos ou mais, com um aumento de 146% até 2050.
- O Sul da Ásia, incluindo países como Índia e Paquistão, deverá enfrentar o maior número de mortes diretas por RAM, com 11,8 milhões previstas entre 2025 e 2050.
- Outras regiões afetadas incluem o Sudeste Asiático, o Leste Asiático e a África Subsaariana.
O estudo também sugere que a melhoria no tratamento de infecções e o acesso a antibióticos pode prevenir 92 milhões de mortes entre 2025 e 2050. Além disso, o desenvolvimento de novos antibióticos direcionados a bactérias Gram-negativas poderia evitar 11,08 milhões de mortes globalmente no mesmo período.
Os pesquisadores destacam a necessidade urgente de novas estratégias para enfrentar a RAM, incluindo melhorias na vacinação, no uso de antibióticos e no desenvolvimento de novos medicamentos. Eles também ressaltam a importância de investir na coleta de dados e na infraestrutura de saúde para obter estimativas mais precisas e enfrentar o desafio crescente da RAM.
Em resumo, a resistência antimicrobiana representa uma ameaça significativa para a saúde global, e sem ações eficazes, a situação pode se agravar, resultando em milhões de mortes adicionais nos próximos anos.
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Saúde
Como a IA pode nos ajudar caso ocorra uma nova pandemia
Nas próximas décadas, há uma chance de 25% de surgirem novos surtos de doenças em escala similar à da Covid-19, podendo ser gripe, coronavírus ou uma nova doença. Na possibilidade de uma nova pandemia surgir, um artigo da BBC analisa como a IA poderia ser útil.
Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) e da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) estão desenvolvendo um sistema de alerta precoce baseado em IA, financiado pelo programa Predictive Intelligence for Pandemic Prevention da National Science Foundation (NSF) dos EUA.
Este sistema analisará postagens em redes sociais para detectar sinais iniciais de pandemias, utilizando um banco de dados de 2,3 bilhões de tweets coletados desde 2015.
Como a IA poderia “prever” a próxima pandemia
- O projeto liderado pelo Prof. Chen Li da UCI usa aprendizado de máquina para identificar e categorizar eventos significativos que possam indicar futuros surtos, além de avaliar a eficácia de políticas de saúde pública.
- No entanto, a ferramenta enfrenta desafios, como a dependência do X (anteriormente Twitter), que não está acessível em alguns países e a escassez de dados internacionais.
- Além disso, uma ferramenta desenvolvida pela Harvard Medical School e pela Universidade de Oxford, chamada EVEScape, está prevendo novas variantes do coronavírus e pode ser útil para fabricantes de vacinas e desenvolvedores de tratamentos.
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A AstraZeneca também usa IA para acelerar a descoberta de anticorpos, reduzindo o tempo de identificação de alvos de meses para dias.
A Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) veem a IA como uma ferramenta crucial para melhorar a preparação para pandemias, mas alertam que a IA ainda depende da qualidade das informações inseridas e não pode, por si só, prevenir ou desacelerar pandemias.
É essencial ter confiança e colaboração entre os envolvidos para maximizar o potencial da IA e melhorar a resposta a futuras emergências de saúde.
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Saúde
Brasil testa ferramenta para mapear e impedir avanço de epidemias
O avanço da ciência pode impedir a proliferação de doenças. É exatamente este o caso de uma nova ferramenta desenvolvida por pesquisadores do Instituto Pasteur de São Paulo (IPSP) que permite mapear surtos e auxiliar no combate de doenças infecciosas.
Ferramenta pode ser usada pelas autoridades
- A ferramenta foi desenvolvida com base em dados disponíveis sobre uma epidemia de sarampo em Manaus.
- O modelo mostrou que a compreensão da propagação espacial e temporal dos surtos da doença pode fornecer informações importantes para a tomada de decisões, podendo, inclusive, mitigar futuras epidemias.
- Segundo os pesquisadores, ela é aberta e ficará totalmente disponível para as autoridades.
- O objetivo é ajudar os gestores de políticas públicas a tomarem medidas que impeçam o avanço da transmissão de determinada doença.
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Mapa visual facilita a identificação de epidemias
A pesquisa que levou ao desenvolvimento da ferramenta surgiu de uma verba da Bill & Melinda Gates Foundation para estudar a transmissão de malária. Os cientistas afirmam que perceberam que essas ferramentas epidemiológicas facilitavam a visualização de uma epidemia acontecendo, facilitando a tomada de ações por gestores públicos.
Quando do surto de sarampo em Manaus, no ano de 2018, os pesquisadores decidiram testar a ferramenta, mesmo que ela ainda não estivesse totalmente finalizada. Os resultados foram promissores.
Quando uma pessoa está com sintomas, está acontecendo um surto, existe uma notificação que os profissionais de saúde têm que mandar, que diz não só os sintomas e os resultados de exames, ou os resultados de exames de diagnóstico clínico, mas também diz onde que ela mora, por exemplo.
Helder Nakaya, coordenador o estudo
Pelo cadastramento dos CEPs é possível criar uma base de dados espacial e visual. A partir destas informações pode-se visualizar o avanço de epidemias. Isso também é fundamental para priorizar campanhas de vacinação em determinado local.
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