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Saúde

Por que CoComelon é tão viciante? Entenda os riscos da animação para as crianças

Redação Informe 360

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O desenho CoComelon conquistou um lugar de destaque nos lares de muitas crianças pelo mundo todo nos últimos anos. Com animações 3D estimulantes, um visual colorido e músicas simples e alegres, o programa se tornou uma febre global, reunindo bilhões de visualizações por mês em seu canal oficial do YouTube.

Isso garantiu que a série animada conquistasse a atenção das crianças e a simpatia de seus pais, que se divertem com seus filhos ao assistirem os episódios. Contudo, existe um fato que está preocupando diversos especialistas, a respeito dos impactos que o programa pode ter na saúde mental e desenvolvimento dos pequenos, por conta de seu efeito viciante.

Em seu perfil no Instagram, o médico Sermed Mezher alerta que as características super estimulantes do desenho podem “dificultar que as crianças se concentrem em atividades mais lentas e reais”.

A seguir, conheça mais sobre a série e o motivo pelo qual ela faz tanto sucesso, a ponto de se tornar viciante para crianças de diversas faixas etárias.

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O que é CoComelon?

O desenho CoComelon é voltado para o público infantil, feito de canções educativas simples e animações envolventes, que se tornaram responsáveis pelo sucesso da série fenômeno entre as crianças. Seu canal foi criado como hobby na Califórnia em 2006 por Jay Jeon, que começou com o nome “checkgate”, para entreter e educar seus filhos e de sua esposa, autora de livros infantis.

O canal principal do YouTube é um dos maiores da plataforma, batendo a marca de 196,3 bilhões de visualizações em janeiro de 2025, e o canal em português atingiu 3,2 bilhões. Além do YouTube, onde o desenho ficou em terceiro lugar em assinaturas em setembro de 2024, com 182 milhões de assinantes, também é possível assistir à animação na Netflix e na Prime Video.

Os episódios trazem conteúdos que têm como objetivo ensinar sobre os sentidos, alimentação saudável, organização pessoal, higiene e muitos outros assuntos, de forma dinâmica e com roteiro pensado para prender a atenção dos pequenos. Os personagens são diversificados na aparência, trazendo como referência crianças do mundo real para estimular a identificação.

CoComelon também faz sucesso por conta de seus episódios curtos, que possuem uma média de cinco minutos, e trazem atividades de coordenação motora, para os sentidos, temas sobre bons hábitos e experiências do dia a dia de crianças pequenas. Os vídeos apresentam crianças, adultos e animais interagindo entre si no dia a dia.

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O foco do CoComelon em manter a atenção das crianças virou tema de discussão do The New York Times. O pesquisador de mídia Jordy Kaufman, que dirige o centro de pesquisa Babylab na Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália, diz que o efeito do tempo de tela no desenvolvimento infantil ainda é uma grande questão sem respostas claras.

elenco do desenho cocomelon
O canal principal do YouTube é um dos maiores da plataforma, batendo a marca de 196,3 bilhões de vizualizações em janeiro de 2025. (Imagem: Divulgação)

Por que Cocomelon é tão viciante?

Apesar de ser um sucesso e ser bastante amado entre pais e crianças, CoComelon também é alvo de críticas e preocupação entre especialistas em desenvolvimento infantil, uma vez que é considerado uma animação viciante. Isso porque a série animada libera dopamina no cérebro das crianças, o que pode criar uma sensação de prazer imediato.

O desenho tem a habilidade de prender a atenção das crianças, e essa técnica não é por acaso, sendo uma estratégia que tem sido aperfeiçoada ao longo dos anos e usada em diversos programas. A quantidade de mudanças rápidas de cena, as cores vibrantes e a musicalidade constantes não servem apenas para entreter, mas também para prender os olhos dos pequenos de forma quase hipnótica.

De acordo com especialistas, programas que alteram de cena a cada segundo e mantém as crianças em um ciclo constante de estímulos visuais podem parecer divertidos, mas também podem ter efeitos prejudiciais. Alguns outros programas, como “My Little Pony” trocam de cenário a cada quatro ou cinco segundos, enquanto CoComelon faz isso em intervalos bastante menores.

De acordo com profissionais do Espaço Clínico Ápice, clínica especializada em áreas como psicologia, psiquiatria e terapia ocupacional de crianças e adultos, essa rapidez apresentada nas cenas de animações como CoComelon pode prejudicar a capacidade de concentração das crianças, tornando-as mais propensas a dificuldades de foco e também distúrbios de atenção.

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personagem JJ da série animada Cocomelon
A série animada libera dopamina no cérebro das crianças, o que pode criar uma sensação de prazer imediato. (Imagem: Divulgação)

Como já dito anteriormente, outro ponto crítico da animação é a relação com a dopamina, o hormônio do prazer. Assim como nos videogames e nas redes sociais, a liberação constante de dopamina em resposta a mudanças rápidas de cena pode provocar sensação de prazer imediato.

O problema disso é a liberação de dopamina em excesso, que cria um tipo de “dependência” e faz com que as crianças busquem cada vez mais por esse estímulo instantâneo. Isso provoca um ciclo vicioso de prazer imediato, afetando as habilidades cognitivas e sociais dos pequenos.

Em algumas crianças, as consequências já estão sendo vistas. Existem pais que perceberam mudanças no comportamento dos filhos depois de assistirem à animação, apresentando birras e gritos depois que a TV, tablet ou celular são desligados. Esse pode ser um dos sinais mais evidentes de que o programa está provocando um efeito viciante.

Isso porque, depois de se acostumarem com o ritmo rápido do desenho, fica difícil para elas se adaptarem a uma rotina mais tranquila. Há relatos de reações intensas, como raiva e inquietação, quando os pais tentam limitar o tempo de tela. Em alguns casos, isso pode se estender por dias.

Como solucionar esse problema

Como outras questões da vida, a moderação é a chave para evitar problemas com o consumo de conteúdos como CoComelon. É preciso que os pais estejam atentos ao que os filhos estão assistindo, equilibrando o tempo de tela com outras atividades como brincadeiras ao ar livre, leitura e interações sociais. É importante ressaltar que não há problema em deixar as crianças se divertirem com desenhos, contanto que o consumo seja feito de forma responsável.

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Também é importante que os pais estejam atentos aos sinais de dependência e aos efeitos que os estímulos excessivos podem ter na saúde mental dos pequenos. Isso garante que as crianças tenham uma infância equilibrada e saudável, sem depender de estímulos rápidos.

Onde assistir CoComelon?

Está disponível para assistir na Netflix, no Prime Video e no YouTube.

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Quais crianças podem assistir a CoComelon?

As músicas e animações da série são centradas nas experiências de crianças pequenas, principalmente as de idade pré-escolar, para ajudá-las a aprender letras, números, sons de animais, cores e mais.

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personagens do desenho cocomelon
A moderação é a chave para evitar problemas com o consumo de conteúdos como CoComelon. (Imagem: Divulgação)

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Saúde

China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Redação Informe 360

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Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.

O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto promete reduzir glicemia e oferecer novas opções para tratar diabetes tipo 2 e obesidade.
Peptídeo Masto promete reduzir glicemia e oferecer novas opções para tratar diabetes tipo 2 e obesidade. Imagem: phakphum patjangkata/iStock

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes

Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.

O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.

Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.

A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

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Pesquisa revela que resistência à insulina e gordura visceral podem ser melhor gerenciadas com novo peptídeo.
Pesquisa revela que resistência à insulina e gordura visceral podem ser melhor gerenciadas com novo peptídeo. Imagem: Alberto Garcia Guillen / Shutterstock

Diabetes na China: um desafio nacional

O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.

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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

China investe em medicamentos inovadores e IA para acelerar pesquisas e criar terapias mais precisas para combater a diabetes
China investe em medicamentos inovadores e IA para acelerar pesquisas e criar terapias mais precisas para combater a diabetes. Imagem: Syda Productions/Shutterstock

Avanços da indústria farmacêutica chinesa

O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:

  • Novos alvos terapêuticos
  • Terapias celulares, como CAR-T
  • Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento

Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.

O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.

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Saúde

Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

Redação Informe 360

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A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.

A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos irregulares do mercado, reforçando o cuidado com produtos sem registro ou promessas não autorizadas.
A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos irregulares do mercado, reforçando o cuidado com produtos sem registro ou promessas não autorizadas. Imagem gerada por inteligência artificial-GPT

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa

A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:

  • Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
  • Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
  • Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
  • Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.

Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Foto: Saowanee K/Shutterstock

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas

No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.

Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Um dos suplementos estava à venda na Shopee, mas apresentava divergências visuais em relação ao original.
Um dos suplementos estava à venda na Shopee, mas apresentava divergências visuais em relação ao original. Imagem: AnaLysiSStudiO/Shutterstock

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida

A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.

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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.

A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.

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Saúde

Longevidade vai além do DNA: o que Harvard diz sobre viver mais

Redação Informe 360

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A longevidade está menos ligada ao DNA do que às escolhas feitas ao longo da vida. É o que destaca a Harvard Health Publishing, segundo a qual a genética responde por cerca de 25% da expectativa de vida, enquanto o restante depende, em grande parte, de hábitos cotidianos que afetam a saúde física e emocional.

Entre esses comportamentos, um se destaca pela simplicidade e pelo impacto: a socialização regular. Um estudo citado pela instituição, realizado com cerca de 28 mil pessoas, aponta que manter interações sociais frequentes está diretamente associado a viver mais e melhor.

A pesquisa indica que encontros regulares, participação em atividades coletivas e vínculos sociais sólidos ajudam a proteger contra o declínio emocional e cognitivo ao longo do envelhecimento.

Estudo com 28 mil pessoas aponta a socialização regular como fator-chave da longevidade – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

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Socialização como fator-chave da longevidade

De acordo com a análise assinada por Lisa Catanese, quanto maior a frequência de interações sociais, maior a probabilidade de um envelhecimento saudável.

Em contrapartida, o isolamento prolongado está associado a níveis mais altos de estresse, sintomas depressivos e piora do bem-estar geral, fatores que afetam diretamente a saúde ao longo do tempo.

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Alimentação, sono e hidratação fazem diferença

  • A Harvard Health também reforça o papel de uma alimentação baseada em vegetais, associada à redução do risco de doenças crônicas.
  • Um estudo da JAMA Network Open citado pela instituição aponta uma queda de 23% na mortalidade entre mulheres que seguem o padrão da dieta mediterrânea.
  • O sono é outro pilar essencial. Adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cardiovascular, metabólica e cerebral.
  • Já a hidratação adequada foi associada, em um estudo com mais de 11 milhões de participantes, a menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade.
De relações sociais ao otimismo, ciência aponta caminhos para envelhecer melhor – Imagem: Hyejin Kang/Shutterstock

Movimento, hábitos e atitude mental

A atividade física segue como um fator relevante. As diretrizes americanas recomendam 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular duas vezes por semana.

Caminhar, pedalar, nadar e até tarefas domésticas contribuem para a saúde muscular e cardiovascular.

Por fim, Harvard destaca outros três hábitos decisivos: não fumar, limitar o consumo de álcool e cultivar o otimismo. Estudos indicam que uma atitude positiva está associada a maior longevidade e melhor saúde emocional, reforçando que viver mais envolve tanto o corpo quanto a mente.

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Além de dieta e exercícios, interações frequentes protegem corpo e mente ao longo do envelhecimento – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

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