Saúde
Passar muito tempo no celular prejudica a visão?

De acordo com um levantamento do portal Electronics Hub, os brasileiros passam em média 9 horas e 13 minutos de visualização de telas diariamente. Dessa forma, o país ocupa o segundo lugar em ranking de uso de telas em 2024. Paralelamente, também estudamos cada vez mais as consequências do uso excessivo de aparelhos eletrônicos. Será que passar muito tempo no celular prejudica mesmo a visão?
Por um lado, a tecnologia ajuda com o desenvolvimento de telas que prejudicam menos a vista, mas por outro, as pessoas estão ultrapassando o limite de tempo recomendado. Mas quais são os riscos de se passar muito tempo no celular? Entenda a seguir.
Passar muito tempo no celular prejudica a visão?
De acordo com um estudo da revista Scientific Reports, passar muito tempo no celular, bem como o uso excessivo de eletrônicos como computador e tablets, pode sim prejudicar a visão.
Sobretudo, a saúde dos olhos é prejudicada pela exposição excessiva a telas, que pode comprometer as membranas plasmáticas das células oculares. Isso pode acabar prejudicando algumas das principais estruturas dos olhos, desde a retina até a córnea.

Além disso, passar muito tempo no celular prejudica a visão uma vez que a luz azul-violeta emitida pelas telas tem um curto comprimento de onda, que por sua vez gera uma alta energia e aumenta a taxa de absorção pela retina.
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Entre outras coisas, esse excesso no uso do celular, juntamente com essa constante exposição à luz, causam cansaço nos olhos, deixando-os mais secos e irritados.
Especialistas também afirmam que o hábito de mexer muito no celular prejudica a vista, principalmente por conta de a luz azul-violeta estar associada à degeneração macular. Vale lembrar que essa degeneração é uma das maiores causas de cegueira no mundo.
Complicações para os olhos do uso excessivo de celular
Sobretudo, passar muito tempo no celular pode prejudicar a visão com diversas complicações, tais como: cansaço, degeneração macular, dores de cabeças frequentes, vermelhidão, olhos ressecados e coceiras, visão embaçada ou dupla e ainda pode dificultar a concentração.

Então, para evitar tais consequências, o ideal é seguir a quantidade de tempo recomendada para exposição de telas. Saiba qual é a quantidade de horas indicada de acordo com cada idade aqui: “Qual o tempo de tela ideal para cada idade?”.
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Saúde
Paralisia: saiba mais sobre o avanço histórico brasileiro no combate à doença

Uma proteína desenvolvida a partir da placenta humana reacendeu a esperança de pacientes com lesão na medula espinhal — condição que pode causar paralisia parcial ou total dos movimentos e que, até hoje, não conta com tratamento capaz de reverter o dano.
A substância, chamada polilaminina, vem sendo estudada há mais de 20 anos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trata-se de uma versão recriada em laboratório da laminina, proteína presente no desenvolvimento embrionário e que auxilia os neurônios a se conectarem.
A expectativa é que, quando aplicada no ponto da lesão, a polilaminina estimule os nervos a criarem novas rotas e restabeleçam parte dos movimentos.

Resultados em cães com paralisia
Em agosto, um estudo publicado na revista Frontiers in Veterinary Science avaliou os efeitos da proteína em seis cães paraplégicos, incapazes de andar mesmo após cirurgia e meses de fisioterapia — alguns sem se movimentar havia anos.
Após a aplicação direta da polilaminina na medula, quatro dos animais conseguiram voltar a dar passos e apresentaram melhora na firmeza da marcha, enquanto dois mostraram avanços mais discretos. O acompanhamento durou seis meses e não foram registrados efeitos colaterais graves, apenas um episódio de diarreia sem relação comprovada com o medicamento.
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Testes em voluntários com paralisia
Além dos experimentos com animais, a polilaminina já foi aplicada em pequenos grupos de pacientes brasileiros, dentro de protocolos acadêmicos experimentais.
Segundo os pesquisadores, dos oito voluntários testados, alguns que haviam perdido completamente os movimentos abaixo da lesão recuperaram parte da mobilidade, com relatos que variaram de pequenos movimentos a ganhos mais amplos, como controle do tronco e, até, passos com auxílio. Os cientistas, no entanto, ressaltam que os resultados ainda são iniciais e precisam ser confirmados em estudos maiores e controlados.
Posição da Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que ainda não há autorização para uso da polilaminina em humanos fora dos protocolos acadêmicos. “A empresa responsável precisa complementar as informações de segurança antes que os testes em humanos, dentro das regras regulatórias, possam começar”, afirmou a agência, ao g1.

De acordo com a agência, os dados apresentados até agora se referem apenas à fase não clínica — ou seja, resultados de laboratório e em animais.
Caminho até o SUS
Para que a polilaminina possa chegar a hospitais e ao Sistema Único de Saúde (SUS), será necessário concluir uma série de etapas:
- Finalizar os estudos pré-clínicos, comprovando ausência de riscos em animais;
- Iniciar ensaios clínicos regulatórios em humanos, começando pela fase 1, voltada à segurança em grupos pequenos;
- Ampliar os testes para as fases 2 e 3, que avaliam eficácia, doses adequadas e possíveis efeitos adversos em populações maiores;
- Solicitar o registro sanitário, etapa final para que o medicamento possa ser comercializado.
Esse processo é rigoroso, envolve análises detalhadas e costuma levar anos até ser concluído.
Expectativa e cautela
Os resultados obtidos em animais e em um grupo reduzido de voluntários sugerem um caminho promissor. No entanto, até que todas as etapas sejam cumpridas e a eficácia confirmada em larga escala, não há tratamento disponível. Mesmo assim, a polilaminina desponta como uma das pesquisas mais relevantes em um campo que busca, há décadas, uma solução definitiva para a regeneração da medula espinhal.

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Saúde
Obesidade infantil ultrapassa desnutrição no mundo, diz Unicef

Uma em cada cinco crianças e adolescentes no mundo está acima do peso – são 391 milhões de jovens. Desses, 188 milhões têm obesidade, que pela primeira vez na história superou a desnutrição como a principal forma de má nutrição infantil, segundo relatório do Unicef.
A análise, baseada em dados de mais de 190 países, mostra que a desnutrição entre 5 e 19 anos caiu de 13% em 2000 para 9,2% em 2025, enquanto a obesidade triplicou, passando de 3% para 9,4%. O problema só não é maior que a desnutrição na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

Situação no Brasil
- No Brasil, esse cenário se consolidou há décadas: a obesidade triplicou de 5% em 2000 para 15% em 2022, enquanto a desnutrição caiu para 3%.
- O sobrepeso também dobrou, atingindo 36% das crianças e adolescentes.
- Para o Unicef, a principal causa é a substituição de alimentos frescos por ultraprocessados, ricos em açúcar, sal e gordura.
- “Esses produtos dominam comércios e escolas, enquanto o marketing digital dá à indústria acesso poderoso ao público jovem”, alerta a entidade.

Leia mais
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- Alta da obesidade tem a ver com ultraprocessados no Brasil
- Até 2030 Brasil terá milhões de crianças obesas
Risco maior para várias doenças
O excesso de peso aumenta o risco de diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares e até câncer. O impacto econômico global pode superar US$ 4 trilhões anuais até 2035.
O Brasil é citado como exemplo positivo por adotar medidas como rotulagem frontal e restrição de alimentos ultraprocessados nas escolas.

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Saúde
Uso prolongado de Omeprazol faz mal à saúde?

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
Popularmente conhecido e, indiscriminadamente, usado pela população, o Omeprazol faz parte da família de medicamentos inibidores da bomba de prótons. Sobretudo, sua adesão está entre as mais altas desse tipo de fármaco.
Não é à toa, que sua venda só em 2022 foi de cerca de 64 milhões, segundo dados da Anvisa. No entanto, há um debate extenso sobre o seu uso prolongado, afinal Omeprazol realmente faz mal à saúde?
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Quando o uso do Omeprazol faz mal à saúde?

O omeprazol é um fármaco amplamente utilizado para tratar refluxo, gastrite e úlceras gástricas. Embora seja eficaz no controle da acidez estomacal, seu uso prolongado, especialmente por mais de três meses, pode fazer mal à saúde.
Como consequência do seu uso contínuo podem ocorrer: a má absorção de nutrientes como ferro, cálcio, magnésio e vitamina B12, além de aumentar o risco de infecções intestinais e alterações no microbioma.
Um estudo publicado em 2023 na revista Frontiers in Pharmacology também reforça que o uso prolongado de inibidores da bomba de prótons (como o omeprazol) está associado a efeitos adversos gastrointestinais, neurológicos e metabólicos. Por isso, o medicamento deve ser usado com acompanhamento médico e por tempo limitado, salvo em casos específicos.
Riscos para a saúde óssea: fraturas e osteoporose

Como vimos, anteriormente, especialmente pelo uso durante períodos superiores a três meses, o Omeprazol faz mal à saúde. Além disso, como compromete a absorção de nutrientes essenciais, como o cálcio, esse tipo de medicamento afeta diretamente a parte óssea do indivíduo que faz uso prolongado. Sobretudo, porque a deficiência desse mineral está associada ao aumento do risco de osteopenia, osteoporose e fraturas, principalmente em idosos.
Um estudo publicado na Revista Brasileira de Ortopedia revela exatamente isso, a pesquisa avaliou o impacto do uso crônico de inibidores da bomba de prótons (IBPs), como o omeprazol, na densidade mineral óssea.
Os autores observaram que pacientes que fazem uso contínuo desses medicamentos apresentam maior risco de fraturas por fragilidade, especialmente em vértebras e quadril. Afinal, o mecanismo está relacionado à redução da absorção de cálcio e à possível interferência na remodelação óssea.
Omeprazol e risco de câncer gástrico: o que dizem os estudos

Embora o omeprazol seja considerado seguro quando utilizado por períodos curtos e sob orientação médica, o uso prolongado levanta preocupações importantes, especialmente em relação ao risco de alterações gástricas que podem evoluir para câncer.
Segundo estudo apresentado nos Anais do Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS (SEPE/UFFS), o uso contínuo de omeprazol está associado à hipergastrinemia, uma condição caracterizada pelo aumento da produção do hormônio gastrina.
Esse desequilíbrio hormonal estimula o crescimento excessivo da mucosa gástrica, favorecendo o surgimento de pólipos de glândulas fúndicas (alterações que, embora inicialmente benignas, podem evoluir para quadros mais graves).
Dessa forma, o estudo alerta que essas alterações celulares, induzidas pela hipergastrinemia, criam um ambiente propício para o desenvolvimento de neoplasias gástricas, como o adenocarcinoma, um dos tipos mais comuns de câncer de estômago.
Contudo, a associação não implica que o omeprazol cause diretamente o câncer, mas indica que seu uso prolongado pode favorecer condições que aumentam esse risco.
Além disso, a supressão prolongada do ácido gástrico pode favorecer a colonização por bactérias como Helicobacter pylori, que também está associada ao câncer gástrico. Embora ainda sejam necessários mais estudos para confirmar essa relação, o alerta já é reconhecido por especialistas.
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