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Saúde

HIV: qual a diferença entre PEP e PrEP?

Redação Informe 360

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Os antirretrovirais Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP) são métodos eficazes e seguros de proteção contra o vírus da Aids, o HIV. Ambos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e fazem parte da Prevenção Combinada, que associa diferentes métodos de prevenção ao HIV.

Mas enquanto a PrEP deve ser tomada antes da relação sexual a PEP é uma prevenção de urgência, uma vez que a situação de risco à infecção de HIV já ocorreu. Esses antirretrovirais, entretanto, não protegem contra outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Por isso, é importante manter o uso do preservativo durante relações sexuais

PEP: o que é e para que serve?

A pessoa pode procurar a PEP quando já passou por uma situação de risco. O antirretroviral atende indivíduos expostos ao HIV por diversos motivos além do sexo consentido (quando preservativo rompe, escapa ou não é usado), como violência sexual e acidente ocupacional. A PEP evita que o HIV alcance o sistema imunológico e se dissemine.

Para que a PEP tenha maior eficácia, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo até 72 horas depois. O antirretroviral deve ser tomado a partir de orientação de profissional da saúde durante 28 dias sem interrupção, segundo o Ministério da Saúde.

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Imagem: Niphon Subsri/Shutterstock

PrEP: o que é e para que serve?

Na PrEP, a pessoa toma os comprimidos antes da relação sexual. Isso permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. Uma vez utilizando a PrEP, o indivíduo realiza acompanhamento regular de saúde.

O antirretroviral consiste em dois medicamentos (tenofovir e entricitabina), que bloqueia alguns caminhos utilizados pelo vírus para infectar o organismo. Existem duas modalidades de PrEP, diária ou sob demanda:

  • PrEP diária: a pessoa deve tomar dois comprimidos por dia de forma contínua. Essa modalidade é indicada para qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade ao HIV.
  • PrEP sob demanda: nesse caso, a pessoa só toma o antirretroviral se tiver uma ocasião de possível exposição ao HIV. Entre 2 horas a 24 horas antes da relação sexual a pessoa deve tomar dois comprimidos. 24 horas após a primeira dose, o indivíduo deve tomar o segundo comprimido. A PrEP sob demanda é recomendada para quem tem relações sexuais com frequência menor do que duas vezes por semana e pode planejar quando vai acontecer.
A PEP é usada para prevenção de emergência ao HIV, quando a exposição já ocorreu, enquanto a PrEP deve ser tomada antes da relação sexual
Imagem: Shutterstock/Marc Bruxelle

Quais as diferenças entre PEP e PrEP?

A PrEP não é uma profilaxia de emergência como a PEP. Os antirretrovirais atendem a diferentes momentos na prevenção contra o HIV.

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Além disso, a PrEP foca em grupos específicos enquanto a PEP pode ser usada por um maior número de pessoas. O público prioritário para uso da PrEP são as populações que estão sob maior risco e concentram maior número de casos de HIV no país, como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH); pessoas trans; profissionais do sexo; e relações que envolvem uma pessoa infectada pelo vírus e outra não.

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Saúde

Brasil testa ferramenta para mapear e impedir avanço de epidemias

Redação Informe 360

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O avanço da ciência pode impedir a proliferação de doenças. É exatamente este o caso de uma nova ferramenta desenvolvida por pesquisadores do Instituto Pasteur de São Paulo (IPSP) que permite mapear surtos e auxiliar no combate de doenças infecciosas.

Ferramenta pode ser usada pelas autoridades

  • A ferramenta foi desenvolvida com base em dados disponíveis sobre uma epidemia de sarampo em Manaus.
  • O modelo mostrou que a compreensão da propagação espacial e temporal dos surtos da doença pode fornecer informações importantes para a tomada de decisões, podendo, inclusive, mitigar futuras epidemias.
  • Segundo os pesquisadores, ela é aberta e ficará totalmente disponível para as autoridades.
  • O objetivo é ajudar os gestores de políticas públicas a tomarem medidas que impeçam o avanço da transmissão de determinada doença.
Tecnologia pode ser usada para identificar avanço na transmissão de vírus em uma comunidade, por exemplo (Imagem: Peeradach R/ Shutterstock)

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Mapa visual facilita a identificação de epidemias

A pesquisa que levou ao desenvolvimento da ferramenta surgiu de uma verba da Bill & Melinda Gates Foundation para estudar a transmissão de malária. Os cientistas afirmam que perceberam que essas ferramentas epidemiológicas facilitavam a visualização de uma epidemia acontecendo, facilitando a tomada de ações por gestores públicos.

Quando do surto de sarampo em Manaus, no ano de 2018, os pesquisadores decidiram testar a ferramenta, mesmo que ela ainda não estivesse totalmente finalizada. Os resultados foram promissores.

sarampo
Primeiro teste da ferramenta aconteceu durante surto de sarampo (Imagem: Romolo Tavani/Shutterstock)

Quando uma pessoa está com sintomas, está acontecendo um surto, existe uma notificação que os profissionais de saúde têm que mandar, que diz não só os sintomas e os resultados de exames, ou os resultados de exames de diagnóstico clínico, mas também diz onde que ela mora, por exemplo.

Helder Nakaya, coordenador o estudo

Pelo cadastramento dos CEPs é possível criar uma base de dados espacial e visual. A partir destas informações pode-se visualizar o avanço de epidemias. Isso também é fundamental para priorizar campanhas de vacinação em determinado local.

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Saúde

Neuralink: primeiro paciente com chip cerebral atualiza experiência com dispositivo

Redação Informe 360

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“As pessoas acham que é como Matrix.” É assim que, segundo Noland Arbaugh, as pessoas imaginam que ter um chip implantado no cérebro. Ele foi o primeiro humano a receber o implante da Neuralink, empresa de Elon Musk.

Arbaugh apareceu pela terceira vez em público após sofrer a intervenção cirúrgica. Pouco após sua cirurgia, a Neuralink detectou que cerca de 54 fios do chip que estavam conectados ao cérebro do rapaz se soltaram, comprometendo 85% do dispositivo.

Com apenas 15% restantes, a empresa optou por “recalibrar” os 15% restantes, evitando assim a necessidade de reconectar os fios soltos. 100 dias a implantação se passaram quando Arbaugh apareceu pela primeira vez para contar sua experiência.

Na época, ele conseguia navegar na internet e jogar games, como xadrez e “Mario Kart”, no computador, controlando o cursor de seu mouse com a mente.

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Ao completar seis meses com o chip, o rapaz deu nova entrevista, relatou que estava bem, assim como o dispositivo. Ele relatou também que não sente absolutamente nada, apenas se alguém pressiona a área de sua cabeça na qual está o implante, utilizado de oito a dez horas diárias.

Chip da Neuralink
Detalhe do Telepathy, chip cerebral da Neuralink (Imagem: Divulgação/Neuralink)

Como está o primeiro paciente da Neuralink após oito meses?

  • Oito meses se passaram desde a cirurgia, e Arbaugh voltou a contar como está sua vida após o implante cerebral;
  • Ao Euronews, o rapaz contar estar em ótimo momento: está em Paris (França) para participar de um campeonato de xadrez rápido;
  • “Antes do [chip da] Neuralink, era difícil para mim fazer coisas, como jogar xadrez. Isso coloca muito estresse no meu corpo. Só consigo jogar por um tempo. Talvez eu tenha que ficar sentado em uma determinada posição”, explicou;
  • Ele também exaltou a importância do dispositivo para si no dia a dia. “O que ele tem feito por mim é me ajudar a interagir melhor com meu computador para aprender coisas. Agora posso ficar deitado na cama se quiser e jogar xadrez por horas”;
  • Agora, ele evoluiu: não está apenas jogando, como, também, está aprendendo francês e japonês: “Tenho certeza de que as pessoas vão pensar que é como Matrix, onde você pode simplesmente baixar coisas para o seu cérebro”, brincou;
  • No passado, ele aprendia assistindo a vídeos no YouTube, sem poder participar muito, não podendo trabalhar a partir de uma pasta de trabalho e precisava de outra pessoa para avançar e pausar os vídeos;
  • Após o implante, ele passou a conseguir escrever, consultar jornais e reproduzir audiolivros, tudo avançando, pausando e retrocedendo por conta própria.

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“Agora, consigo aprender de acordo com minha agenda e consigo fazer muito mais, o que acho muito importante”, comemorou. Contudo, Arbaugh admite que o melhor jeito de se aprender um idioma é por meio da imersão:

“Adoraria ter outras pessoas ao meu redor que estivessem constantemente falando isso. Sei que essa é a melhor maneira de aprender. Estar em Paris é um começo”, salientou.

No futuro, o homem de 30 anos visa seguir estudando. “Sabia há muito tempo na escola que queria cursar direito. Isso é algo que ainda está no meu radar, algo que acho que é possível. Eu teria que voltar para a escola, terminar meu curso e depois ir para a faculdade de direito. Então seria um longo processo. Mas estou esperando e tentando voltar para lá”, contou.

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Contudo, ele não está seguro em seguir a carreira, pois participar do estudo da Neuralink o fez se interessar pela neurociência.

Após os problemas com a fiação do chip, Arbaugh disse que ele está funcionando bem, pois, anteriormente, o foco do implante estava em eletrodos individuais, nos fios e em locais e neurônios bem específicos.

“Agora, eles estão mais focados em grupos deles para poderem eliminar grupos que estão enviando sinais fortes e ouvir apenas os mais fortes”, explicou ao portal.

“Depois que fizeram isso, as coisas melhoraram muito e eles perceberam que talvez devêssemos ter feito isso desde o começo de qualquer maneira”, acrescentou.

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Por fim, sobre o futuro da tecnologia, o rapaz tem esperanças de que, um dia, permitirá que pessoas com paralisia voltem a se mover. “Sei que é possível. Ache que vai acontecer na minha vida”, desabafou.

Elon Musk conversando com médicos
No dia da cirurgia, Arbaugh passou por mais baterias de exames; Elon Musk foi conferir de perto (Imagem: Reprodução/Neuralink)

Segundo implante

No mês passado, Elon Musk confirmou que a Neuralink realizou o segundo implante de chip cerebral em um humano. Até o momento, não foram observadas retrações dos fios, como houve com Arbaugh.

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Saúde

Startup quer cultivar sangue em laboratório; entenda o motivo

Redação Informe 360

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Uma startup criou uma solução para enfrentar a escassez de sangue utilizado para transfusões de emergência. A ideia consiste em produzir glóbulos vermelhos em escala, criando reservas de sangue cultivado em laboratório.

Mundo enfrenta escassez de sangue

  • No mês passado, a Cruz Vermelha dos EUA declarou escassez de sangue de emergência depois que suas reservas caíram mais de 25% em julho.
  • A entidade coleta e distribui cerca de 40% do suprimento de sangue dos Estados Unidos e tem feito repetidos apelos para que mais pessoas doem.
  • A falta de sangue pode representar a morte de pacientes internados.
  • Nestas situações, os médicos precisam escolher quem precisa mais das transfusões.
Processo visa criar reservas para uso por emergências médicas (Imagem: divulgação/Safi Biotherapeutics)

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Objetivo é reduzir custos e aumentar velocidade de produção

Os cientistas já descobriram como cultivar glóbulos vermelhos a partir de células-tronco, mas este é um processo caro e complexo, que normalmente produz pequenas quantidades por vez. Em novembro de 2022, pesquisadores no Reino Unido chegaram a produzir com sucesso cerca de uma ou duas colheres de chá de sangue como parte de um ensaio clínico.

O objetivo da startup Safi Biotherapeutics é aproveitar esses avanços e produzir grandes quantidades de sangue que possam eventualmente ser usadas comercialmente para ajudar a cuidar dos pacientes e evitar a escassez nas emergências médicas.

Para isso, a empresa recebeu mais de US$ 16 milhões (cerca de R$ 90 milhões) até o momento do Departamento de Defesa dos EUA. Ela ainda anunciou recentemente um financiamento inicial adicional de US$ 5 milhões liderado pela J2 Ventures.

Sangue cultivado em laboratório (Imagem: divulgação/Safi Biotherapeutics)

A Safi inicia seu processo de produção com uma célula “progenitora”, ou seja, uma célula adaptável que pode crescer em diferentes tipos. As células progenitoras vêm de células-tronco dentro da medula óssea, e são transformadas em glóbulos vermelhos.

A startup projeta que atualmente é capaz de produzir uma unidade por menos de US$ 2.000 (quase R$ 10 mil). O objetivo é reduzir os custos para menos de US$ 500 ou até US$ 300 por unidade, o que é comparável ao preço do sangue original doado.

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Além disso, a Safi Biotherapeutics quer aumentar a quantidade de sangue que pode ser produzido a cada ciclo. Isso, no entanto, é um processo longo e pode levar pelo menos 7 anos, segundo a própria startup. As informações são da CNBC.

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