Saúde
Crises de cefaleia podem ser agravadas na quarentena, alerta médica

A cefaleia é considerada a segunda condição médica mais comum da humanidade e atinge, aproximadamente, 15% da população brasileira, ou seja, cerca de 30 milhões de pessoas. As fortes dores de cabeça provocadas pela doença a classificam como incapacitante. Segundo a secretária do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), a neurologista Célia Roesler, a patologia causa um grande impacto socioeconômico e é um dos principais motivos de falta ao trabalho. “Ela interrompe, muitas vezes, bons e importantes momentos da vida”.
Para conscientizar sobre a doença, especialistas em neurologia trabalharam durante o mês de maio, Mês Nacional de Combate à Cefaleia, em uma campanha para alertar a população sobre as dores de cabeça e orientar sobre os riscos e formas de prevenção.
Além disso, devido à quarentena, houve um aumento de queixas dos pacientes que tiveram as crises agravadas nesse período. Célia explica que isso acontece porque um indivíduo diagnosticado com cefaleia não pode sair muito da rotina.
“Com a pandemia, eles estão comendo diferente, com o sono desregulado, ingerindo alimentos mais calóricos e não estão fazendo atividades físicas. Além disso, há também o estresse, o sentimento de incerteza e a angústia de ficar o tempo todo dentro de casa”, explica a neurologista.
Crises durante o isolamento
A doula e educadora perinatal Laura Mulher viu suas crises de cefaleia voltarem durante o isolamento social. “Tive muito problema de cefaleia na minha adolescência e no início da fase adulta fiz um tratamento com acupuntura e nunca mais tive. Não sou de reclamar de dor de cabeça, é muito difícil, mas este ano já tive várias crises de cefaleia, uma dor incômoda, impressionante”.
Laura conta que recorreu à aromaterapia e ao do-in (técnica de automassagem de origem oriental), para aliviar a dor. “Como a cefaleia é uma dor que acomete algumas grávidas e até puérperas, eu aprendi algumas técnicas de aromaterapia para dor de cabeça e do-in e apliquei em mim. Utilizei os óleos essenciais próprios para alívio de dor de cabeça e já ajudou bastante”.
Três ou mais dores de cabeça por mês
Quando um paciente apresenta três ou mais dores de cabeça por mês, durante três meses seguidos, é indispensável a procura por ajuda especializada. A campanha da Academia Brasileira de Neurologia também alerta sobre a contraindicação da automedicação, pois o uso constante e excessivo de analgésicos pode tornar crônica aquela dor que aparecia esporadicamente.
Apesar de não ter cura, contar com acompanhamento médico e cuidado adequado são ferramentas essenciais para melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a doença. O tratamento preventivo é feito por uma combinação entre medicamentos e terapias não medicamentosas.
Os métodos alternativos podem auxiliar no alívio e na diminuição da frequência das crises. Célia recomenda, principalmente durante a quarentena, fazer meditação, alongamento, pegar quinze minutos de sol para ajudar a sincronizar o sono, procurar dormir nos horários habituais, alimentar-se de forma regrada, fazer atividade física regular e terapia cognitiva comportamental. “Tudo isso pode ajudar e evitar a piora do quadro”, recomenda a neurologista. Fonte: AgenciaBrasil Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Saúde
Pesquisadores descobrem como o sistema imunológico retarda a perda de gordura

O corpo consegue proteger a gordura mesmo em situações de estresse metabólico, como jejum ou frio, e essa descoberta pode mudar a forma como entendemos obesidade e metabolismo. Pesquisadores da Universidade de San Diego, na Califórnia, descobriram que o corpo pode manter a gordura para um benefício maior.
Como a ciência mostra que o sistema imunológico protege a gordura?
Pesquisadores da Universidade de San Diego na Califórnia publicaram na revista Nature que descobriram que os neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, atuam no tecido adiposo branco liberando IL-1β, um sinal que suprime a lipólise. Ou seja, o corpo reduz a queima de gordura quando precisa conservar energia.
Essa função vai além da defesa contra infecções: é como um “freio interno” que mantém o equilíbrio energético, especialmente em situações de jejum, frio ou estresse metabólico.
Por que essa descoberta faz sentido para nosso corpo?
O estudo mostrou que, em resposta ao frio ou ativação do sistema nervoso simpático, os neutrófilos rapidamente se infiltram no tecido adiposo visceral. Eles liberam sinais que controlam a quebra de gordura, protegendo reservas essenciais.
Análises genéticas indicam que, em pessoas com obesidade, os genes dessa via imunometabólica têm atividade aumentada, mostrando que esse mecanismo é relevante para a fisiologia humana e possivelmente para tratamentos futuros.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Como podemos aplicar esse conhecimento sobre a queima de gordura no dia a dia?
Saber que o corpo tem guardiões internos da gordura muda a visão sobre dietas restritivas e jejum. É um lembrete de que a perda de peso não depende apenas de esforço externo, mas de processos biológicos complexos.
Incorporar hábitos de alimentação consciente, alternar períodos de descanso e exposição ao frio moderado de forma segura pode potencializar a saúde metabólica sem prejudicar reservas de energia essenciais.
Leia também:
- Como e onde o sangue é produzido no nosso corpo?
- Nosso corpo ainda guarda segredos que não desvendamos completamente
- Buracos negros primordiais podem atravessar o corpo humano?
Que curiosidades e insights a ciência nos oferece?
Além do papel dos neutrófilos, outros fatores influenciam como o corpo gerencia energia. Conhecer esses elementos ajuda a entender melhor a fisiologia e aplicar estratégias inteligentes:
- O sistema nervoso simpático ativa a lipólise em momentos de frio ou estresse.
- A IL-1β funciona como um sinal químico que “freia” a queima de gordura.
- A resposta do corpo é rápida e localizada no tecido adiposo visceral.
- Manipular neutrófilos ou IL-1β em camundongos acelerou a perda de gordura, mostrando potencial terapêutico.
Esses pontos reforçam como ciência e biologia estão interligadas ao nosso metabolismo diário.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Quais impactos essa descoberta pode ter no futuro?
Entender essa interação entre imunidade e metabolismo abre portas para novos tratamentos da obesidade, síndrome metabólica e distúrbios relacionados, criando alternativas baseadas em ciência e tecnologia. A pesquisa também oferece insights sobre estratégias personalizadas de saúde, mostrando como a biologia do corpo pode ser respeitada e potencializada para resultados mais seguros e duradouros.
A ciência revela que nosso corpo é mais inteligente do que imaginamos, cuidando da energia e da saúde interna mesmo sem que percebamos. Com atenção, hábitos conscientes e curiosidade, podemos usar esse conhecimento para viver de forma mais equilibrada, produtiva e saudável.
O post Pesquisadores descobrem como o sistema imunológico retarda a perda de gordura apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Ciência tenta quebrar a “capa de invisibilidade” do Ebola

Os filovírus recebem esse nome a partir do latim filum, que significa fio — uma referência ao seu formato alongado e filamentoso.
Eles formam uma das famílias virais mais perigosas conhecidas, incluindo os vírus Ebola, Sudão, Bundibugyo e Marburg, responsáveis por surtos de febre hemorrágica com taxas de mortalidade extremamente elevadas.

Uma nova estratégia para um velho inimigo
- Parte da letalidade dos filovírus está ligada à instabilidade de suas proteínas de superfície, usadas pelo vírus para entrar nas células.
- Essas estruturas mudam de forma com facilidade e ficam parcialmente escondidas sob uma espessa camada de açúcares, o que dificulta tanto o reconhecimento pelo sistema imunológico quanto o desenvolvimento de vacinas eficazes.
- Um estudo publicado na Nature Communications por pesquisadores do Scripps Research apresenta uma nova geração de vacinas candidatas projetadas para oferecer proteção contra múltiplas cepas de filovírus.
- A estratégia consiste em exibir as proteínas de superfície viral em nanopartículas proteicas auto-montáveis, conhecidas como SApNPs. Essas partículas funcionam como “andaimes”, ajudando o sistema imunológico a identificar melhor os alvos corretos.
- Em testes com camundongos, as nanopartículas induziram respostas robustas de anticorpos contra diferentes filovírus, apontando para um caminho promissor de proteção mais ampla.
Leia mais
- O que é mpox e por que ela está se espalhando tão rápido?
- Vacina contra Mpox é eficaz, mostra pesquisa
- OMS lista 15 bactérias resistentes a antibióticos e que são ameaças globais

Superando a “capa de invisibilidade” viral
Segundo o autor sênior do estudo, Jiang Zhu, professor do Scripps Research, o desafio central é driblar a chamada “capa de invisibilidade” formada pelos glicanos que recobrem as glicoproteínas virais.
Em trabalhos anteriores, a equipe conseguiu estabilizar a proteína do Ebola em sua forma de pré-fusão — a mais eficaz para estimular o sistema imunológico — removendo regiões que atrapalhavam o reconhecimento.
Agora, os pesquisadores aplicaram essa abordagem a outras espécies de filovírus. As proteínas redesenhadas, fixadas em nanopartículas semelhantes a vírus, geraram anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar diferentes variantes.
Os resultados sugerem que a técnica pode abrir caminho para uma vacina mais abrangente, possivelmente universal, contra filovírus.
A equipe já planeja expandir a estratégia para outros patógenos de alto risco, como os vírus Lassa e Nipah, reforçando o potencial dessa plataforma de design racional de vacinas.

O post Ciência tenta quebrar a “capa de invisibilidade” do Ebola apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
Leia mais:
- Eli Lilly: novo medicamento contra obesidade traz resultados expressivos
- Nutriente comum ativa defesa do intestino contra diabetes, diz estudo
- Diabetes: tecnologia brasileira pode cortar amputações pela metade
O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
O post China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico

Saúde1 semana atrásEli Lilly: novo medicamento contra obesidade traz resultados expressivos

Negócios1 semana atrásConheça o Novo CEO da Vivara

Esporte1 semana atrásFlamengo vence Pyramids e vai encarar PSG na final do Mundial

Esporte7 dias atrásVasco se classifica e enfrentará o Corinthians na final da Copa do Brasil

Tecnologia1 semana atrásiFood acusa ex-funcionários que estão na 99Food de uso indevido de dados sigilosos

Saúde1 semana atrásFDA aprova implante auditivo para bebês a partir de 7 meses nos Estados Unidos

Tecnologia1 semana atrásO que é o Spotify Wrapped Party? Confira a novidade e como interagir com seus amigos

Negócios1 semana atrásSiemens Energy Anuncia Marcela Souza Como Vice-Presidente Sênior para a América Latina









































