Saúde
Covid-19: vacina da AstraZeneca tem raro efeito colateral; saiba qual

A AstraZeneca, uma das principais fabricantes de vacinas contra a Covid-19, sofre processo judicial de pacientes britânicos que afirmam ter sofrido com complicações de saúde após tomarem a vacina da empresa desenvolvida com a Universidade de Oxford.
As pessoas estão sofrendo com um raro efeito colateral provocado pelo imunizante: a trombose em combinação com trombocitopenia, que pode matar. Ao todo, são 51 supostas vítimas e familiares que estão pedindo até 100 milhões de libras (R$ 645 milhões, na conversão direta) de indenização, segundo o The Telegraph.
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Por ora, a AstraZeneca contesta as acusações, mas “confirmou” que sua vacina da Covid-19 é capaz de causar esse raro efeito colateral e associado à trombose em combinação com trombocitopenia.

AstraZeneca processada por raro efeito colateral do imunizante da Covid-19
- Em fevereiro, a AstraZeneca enviou ao Tribunal Superior da Inglaterra o seguinte documento: “Admite-se que a vacina AZ [AstraZeneca] pode, em casos muito raros, causar TTS [trombose em combinação com trombocitopenia]. O mecanismo causal não é conhecido”;
- Em contrapartida, a farmacêutica explica que é preciso analisar cada caso individualmente para entender em quais deles a complicação foi resultada de efeito colateral;
- Em abril de 2021, a documentação do imunizante AstraZeneca/Oxford foi atualizada para indicar que ele é, em raros casos, ser gatilho para trombose em combinação com trombocitopenia;
- Na época, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) entendeu que os benefícios dessa vacina contra a Covid-19 superavam os riscos, inclusive de contrair a doença;
- Essa avaliação é sempre revisável e, atualmente, o composto da AstraZeneca não é mais tão popular.
E no Brasil?
Por aqui, os supostos efeitos colaterais da vacina da farmacêutica anglo-sueca também são amplamente discutidos. Em julho de 2021, a Anvisa alertava para possíveis raros casos de trombose em combinação com trombocitopenia associados ao composto contra a Covid-19. No Brasil, existem registros da enfermidade.
Só que não são somente os que tomaram a vacina da AstraZeneca que podem apresentar a complicação. Todos os que foram imunizados por qualquer uma das vacinas com a tecnologia de vetor viral, que também inclui a fórmula da Janssen.
Ainda em 2021, a Anvisa manteve a recomendação de imunizações, uma vez que o imunizado não tivesse sofrido com efeitos colaterais após a primeira dose e nem estivesse grávida.
Em caso de efeito adverso, a agência também pregava a importância de diagnóstico e tratamento precoces.

Entenda o que é a trombose em combinação com trombocitopenia
A trombose em combinação com trombocitopenia é causada por formação de coágulo ou trombo no sangue, capaz de obstruir a circulação de um vaso sanguíneo, com possibilidade de desenvolver diversas complicações a depender de onde se desenvolve.
A Anvisa aponta alguns importantes sinais para detectar possíveis casos da condição:
Sintomas, como falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes, visão turva, confusão, convulsões, petéquias (pequenas manchas vermelhas ou marrom em partes do corpo), hematomas ou outras manifestações hemorrágicas fora do local da vacinação, após a administração da vacina, devem servir de alerta para a investigação de possíveis eventos trombóticos.
Anvisa
O médico responsável por avaliar o possível quadro clínico desfavorável também precisa analisar casos possíveis de embolia pulmonar, isquemia arterial e queda na contagem de plaquetas.
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Saúde
Vacinas de mRNA contra Covid-19 potencializam tratamento de câncer

Vacinas de mRNA, como as utilizadas contra a Covid-19, podem auxiliar no tratamento do câncer. Essa descoberta foi apresentada hoje no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) de 2025. O estudo foi liderado por Steven Lin, M.D., Ph.D., professor de Oncologia Radioterápica, e Adam Grippin, M.D., Ph.D., residente sênior na mesma área.
Esses imunizantes podem funcionar como ‘ativadores imunológicos’. Isso significa que eles podem treinar o sistema de defesa do corpo para eliminar células cancerígenas, mesmo que o mRNA não seja direcionado diretamente aos tumores.
Essa constatação surgiu de pesquisas conduzidas por Grippin durante seu doutorado na Universidade da Flórida, no laboratório de Elias Sayour, M.D., Ph.D.
Um estudo que incluiu mais de 1.000 pacientes tratados entre agosto de 2019 e agosto de 2023 mostrou que indivíduos com câncer que receberam vacinas contra a Covid baseadas em mRNA em até 100 dias após o início da terapia com inibidores de checkpoint imunológico tiveram o dobro de chance de estarem vivos três anos após o começo do tratamento.
Os checkpoints imunológicos são mecanismos regulatórios cruciais do sistema imunológico. Eles atuam como “freios” ou “interruptores” para controlar a ativação e inibição das células de defesa.

“Este estudo demonstra que vacinas comerciais de mRNA contra a Covid podem treinar o sistema imunológico dos pacientes para combater o câncer”, disse Grippin. “Quando combinadas com inibidores de checkpoint imunológico, essas vacinas produzem respostas antitumorais poderosas, associadas a melhorias significativas na sobrevida de pacientes oncológicos.”
Essa descoberta levou à hipótese de que outros tipos de vacinas de mRNA poderiam ter o mesmo efeito. A aprovação e o uso das vacinas contra a Covid-19 baseadas em mRNA criaram uma oportunidade para testar essa hipótese.
Como o estudo foi conduzido
- Os pesquisadores analisaram o histórico de pacientes do Centro de Câncer MD Anderson.
- Eles buscaram identificar se os pacientes que receberam os imunizantes de mRNA contra a Covid viveram mais do que aqueles que não foram vacinados.
- Após a análise de modelos pré-clínicos, descobriram que as vacinas de mRNA funcionam como um alarme, colocando o sistema imunológico em estado de alerta para reconhecer e atacar células cancerígenas.
Em resposta, as células cancerígenas passam a produzir a proteína de checkpoint imunológico PD-L1, que atua como um mecanismo de defesa contra as células de defesa. Felizmente, diversos inibidores de checkpoint imunológico são desenvolvidos para bloquear o PD-L1, criando um ambiente ideal para que esses tratamentos liberem o sistema imunológico contra a doença.

Embora os mecanismos ainda não sejam totalmente compreendidos, este estudo sugere que as vacinas de mRNA contra a Covid são ferramentas poderosas para reprogramar respostas imunológicas antitumorais.
“A parte realmente empolgante do nosso trabalho é que ele aponta para a possibilidade de que vacinas amplamente disponíveis e de baixo custo tenham o potencial de melhorar drasticamente a eficácia de certas terapias imunológicas”, afirmou Grippin. “Estamos esperançosos de que as vacinas de mRNA possam não apenas melhorar os resultados de pacientes tratados com imunoterapias, mas também levar os benefícios desses tratamentos a indivíduos com doenças resistentes à abordagem.”
Os cientistas planejam, agora, um novo estudo mais rigoroso (ensaio clínico de Fase III) para confirmar esses achados e verificar se a vacina de mRNA contra a Covid-19 deve ser incluída como parte do tratamento padrão para pacientes oncológicos.
Resultados do estudo
O estudo inicial incluiu diferentes tipos de câncer, comparando pacientes que foram vacinados em até 100 dias após iniciar a imunoterapia com aqueles que não receberam o imunizante. Os resultados mostraram uma diferença significativa: no grupo de pacientes com câncer de pulmão avançado, por exemplo, os 180 vacinados tiveram uma sobrevida média de 37,3 meses, contra 20,6 meses observados nos 704 pacientes não vacinados.

Em uma análise com pacientes com melanoma metastático, a sobrevida média ainda não foi atingida nos 43 vacinados, sugerindo uma melhora importante quando comparada à média de 26,7 meses dos 167 pacientes que não receberam a vacina.
É fundamental destacar que os benefícios na sobrevida foram mais acentuados em pacientes com tumores que tendem a não responder bem à imunoterapia. Esses pacientes, que apresentam baixíssima expressão da proteína PD-L1 em seus tumores, tiveram um aumento na sobrevida geral de três anos quase cinco vezes maior ao receberem a vacina contra a Covid-19. Os pesquisadores reforçam que esses resultados se mantiveram consistentes, mesmo após a análise de fatores como o fabricante do imunizante, o número de doses aplicadas e o centro médico onde o paciente foi tratado.
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Saúde
O que é a cocaína rosa? Entenda os riscos que ela representa à saúde

Nos últimos anos, emergiu no mercado de drogas uma substância apelidada de cocaína rosa (também chamada de pink cocaine, tusi, tucibi, tuci, entre outros). O nome sugere uma variação da cocaína tradicional, mas na prática raramente contém cocaína pura. Trata-se de uma mistura imprevisível de substâncias psicoativas, muitas delas sintéticas.
A cocaína rosa ganhou visibilidade internacional em 2024, especialmente após o exame toxicológico parcial no corpo do cantor Liam Payne (que morreu ao cair de um hotel em Buenos Aires), no qual foi detectada a presença dessa substância.
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Qual é a diferença entre cocaína rosa para a convencional?
Diferente da cocaína comum, que vem das folhas da planta Erythroxylum coca, a cocaína rosa é feita de outras drogas. Ela inclui MDMA, cetamina e 2C-B. Além disso, os traficantes adicionam corante alimentício e/ou aromas (como, por exemplo, de morango) para tornar a droga mais atraente.

Dessa forma, enquanto os efeitos da cocaína tradicional possui um efeito estimulante analgésico, a cocaína rosa carrega todos os efeitos de várias substâncias. Por conta dessa reunião de estímulos sintéticos, a cocaína rosa consegue ser ainda mais perigosa do que a tradicional.
Efeitos da cocaína convencional
Considerada a segunda droga ilícita mais consumida mundialmente pela ONU, a cocaína é uma droga fabricada a partir da coca. Originária da América Central e do Sul, essa planta era usada desde os tempos antigos pelos povos nativos, que a mastigavam para enfrentar o frio, controlar a fome e combater a fadiga.
A cocaína atua como um estimulante do sistema nervoso e inibe a enzima monoamina oxidase, que é encarregada da reabsorção de neurotransmissores como adrenalina e dopamina. Como a substância bloqueia a ação dessa enzima, os níveis de noradrenalina e dopamina no cérebro se elevam, resultando em efeitos típicos como euforia e uma sensação de prazer.

Foto PeopleImages.com – Yuri A
Entre os sinais de dependência de cocaína estão: irritabilidade, agitação, episódios de paranoia, ansiedade intensa, depressão, dificuldades para dormir, perda de peso, complicações cardíacas, convulsões e comportamentos impulsivos.
Originária da América Central e do Sul, a cocaína é extraída das folhas de coca (plantas do gênero Erythroxylum). A planta era usada desde os tempos antigos pelos povos nativos, que a mastigavam para enfrentar o frio, controlar a fome e combater a fadiga.
De acordo com dados das Nações Unidas (ONU), a cocaína é a segunda droga ilícita mais consumida mundialmente. Estima-se que existem entre 14 e 20 milhões de usuários de cocaína no mundo e que, em 2009, o mercado dessa droga movimentou cerca de 75 bilhões de dólares.
Efeitos da cocaína rosa
Os efeitos da droga encontrada no laudo toxicológico do cantor Liam Payne são ainda piores que a cocaína tradicional. Isso porque a cocaína rosa carrega os efeitos de sintéticos como ecstasy (MDMA), cetamina e drogas 2C. Enquanto o ecstasy e as drogas 2C tem propriedades psicodélicas, a cetamina causa efeitos sedativos e alucinógenos.

Especialistas alertam para as consequências do uso de cocaína rosa, pois a quantidade de cada substância que compõe a droga é praticamente imprevisível. Dessa forma, os efeitos podem ser trágicos. O abuso da cetamina, por exemplo, pode levar à inconsciência e dificuldade de respirar.
De acordo com um artigo do Hospital Santa Mônica, o pó rosa é considerado um alucinógeno e seus usuários podem sofrer com a distorção da realidade. Alguns sintomas possíveis são alucinações auditivas, paranoia ou pânico, gerando um perigo para si e para outros.
Por que é a cocaína rosa é mais perigosa?
A cocaína rosa é especialmente perigosa por uma combinação de fatores. Sua composição é imprevisível: o usuário nunca sabe exatamente o que está ingerindo: pode ser um estimulante leve, uma mistura de substâncias sedativas e estimulantes ou até conter opioides potentes, o que eleva consideravelmente o risco de sobredosagem, segundo a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA).
Além disso, a droga apresenta uma mistura de efeitos antagônicos, já que combina compostos com ações opostas. Essa interação confunde o organismo e sobrecarrega o sistema cardiovascular e respiratório, de acordo com análises da LAPPA e da Rehabs UK.
Outro fator alarmante é a associação com opioides e substâncias extremamente potentes, como o fentanil (identificado em alguns lotes), que pode levar à falência respiratória ou à morte, conforme alerta a DEA.
Por fim, há o efeito disfarçado pelo marketing: a cor rosa e o nome “cocaína rosa” criam a falsa impressão de uma droga mais “leve” ou “diferenciada”, mascarando seus riscos reais e potencialmente letais.

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Saúde
Brasil firma parceria com a Índia para desenvolver novas vacinas

O governo brasileiro firmou nesta semana um acordo internacional de cooperação em vacinas com a empresa indiana Biological E Limited, durante agenda do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do vice-presidente Geraldo Alckmin em Nova Délhi.
O entendimento marca mais um passo na estratégia de ampliar a cooperação científica e tecnológica entre países do Sul Global, dentro dos compromissos firmados entre Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

Pesquisa e desenvolvimento conjunto
- O acordo estabelece bases para o desenvolvimento compartilhado de vacinas virais e bacterianas, por meio de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de imunobiológicos.
- Entre os projetos prioritários está a vacina pneumocócica 24 valente, que passará por estudos de eficácia e segurança em parceria com a empresa indiana.
- Também está prevista a transferência de tecnologia da vacina pneumocócica 14 valente (VPC14), que permitirá produção nacional e fornecimento direto ao SUS.
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Avanço técnico e inovação
O acordo prevê cooperação técnica e científica para ampliar a capacidade produtiva nacional e garantir o abastecimento contínuo do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Entre os objetivos específicos estão o intercâmbio de conhecimento, o apoio à vigilância epidemiológica e o incentivo à inovação e propriedade intelectual.
A Biological E Limited contribuirá com dados técnicos e experiência em desenvolvimento de vacinas, enquanto a Fiocruz oferecerá sua estrutura, rede de pesquisa e integração com o sistema de saúde brasileiro.
Considerado um passo estratégico para a soberania tecnológica do Brasil, o acordo reforça a autonomia do país na produção de imunizantes e impulsiona o desenvolvimento de novas gerações de vacinas.
O objetivo é garantir o fornecimento contínuo ao SUS, fortalecer o PNI e ampliar o acesso da população a vacinas seguras e eficazes.

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