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Saúde

Covid-19 pode ajudar a desvendar mistérios sobre outra doença

Redação Informe 360

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A pandemia de Covid-19 introduziu um novo termo na medicina. A chamada covid longa ocorre quando os sintomas da doença persistem, ou aparecem pela primeira vez, meses após a contaminação pelo SARS CoV-2.

A condição vem sendo bastante estudada por cientistas, o que abriu uma nova janela para pesquisas sobre um outro problema de saúde que é pouco compreendido até hoje. A fadiga pós-viral é caracterizada pela exaustão persistente, vivenciada por algumas pessoas depois que se recuperam de outros tipos de infecções.

Doença está relacionada com vírus

Por muitos anos, ela foi menosprezada e considerada uma doença de origem psicológica. No entanto, ela já foi relacionada a diversas infecções, como Sars, Ebola, vírus Epstein-Barr e a gripe, além de infecções por patógenos transmitidos por carrapatos, como a bactéria Borrelia burgdorferi, causadora da doença de Lyme.

Para entender melhor sobre esta condição, a pesquisadora acadêmica da Universidade de Aberdeen, Rosalind Adam, deu início a um estudo com 40 pessoas que sofrem de diversas formas de fadiga problemática, desde pacientes de covid longa até insuficiência cardíaca ou câncer.

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Vírus da Covid
Casos de covid longa podem ajudar a entender melhor a condição de fadiga extrema (Imagem: Fusion Medical Animation/Unsplash)

Os pacientes receberam sensores digitais que acompanham uma série de parâmetros físicos, incluindo velocidade da respiração, temperatura corporal, qualidade do sono, atividade cardíaca e níveis de atividade. Com eles, foi fornecido um aplicativo para avaliar sua fadiga física e mental ao longo do dia.

O objetivo é usar a inteligência artificial para identificar padrões nos dados que possam representar o que Adam chama de “fadigótipos”, características distintas que poderão ser empregadas para categorizar subtipos de fadiga com maior precisão. Ela espera que as conclusões possam finalmente trazer testes clínicos mais específicos para a fadiga e, possivelmente, abrir caminho para novos medicamentos.

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Mulher sentada no chão na ponta da cama
Relatos de fadiga aumentar após pandemia (Imagem: fizkes/Shutterstock)

Pesquisadores não sabem exatamente o que causa a condição

  • Uma das teorias sobre os motivos que podem levar o Sars-CoV-2 e outros vírus a gerar a fadiga pós-viral é que pequenas quantidades do vírus podem persistir em algumas partes do corpo.
  • No entanto, em outros casos, acredita-se que o motivo da fraqueza muscular e da debilitação física seja um estado de autoimunidade induzido pela infecção inicial.
  • Ele altera o comportamento das células imunológicas, levando-as a atacar as próprias fibras nervosas que permitem a contração dos músculos.
  • Uma terceira possibilidade se refere ao comprometimento da eliminação de resíduos.
  • O trabalho excessivo faz com que as mitocôndrias gerem muito estresse oxidativo, mas o corpo não consegue se limpar adequadamente, já que o sistema imunológico se encontra em estado de prolongada exaustão.
  • Esta situação pode contribuir para os sintomas físicos, como o nevoeiro mental e a fadiga muscular, prejudicando a nossa capacidade de movimentação e funcionamento normal.
  • A expectativa é que o novo estudo possa aumentar a compreensão da ciência sobre esta condição.
  • As informações são do G1.

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Saúde

Conheça a Argiria, a doença que deixa a pele azul

Redação Informe 360

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Imagine acordar um dia e perceber que sua pele começou a adquirir um tom azulado permanente. Por mais estranho que pareça, essa condição existe e tem nome: argiria. Rara, a doença é causada pelo acúmulo de prata no organismo e pode provocar mudanças definitivas na pigmentação da pele.

A argiria é uma doença que ganhou notoriedade por casos que chegaram aos noticiários, incluindo o de Paul Karason, um norte-americano que ingeriu prata coloidal por anos e ficou conhecido como ‘Papai Smurf’ devido sua pele azulada. Mas como a argiria ocorre? Ela pode ser evitada? E, acima de tudo, existe cura? Vamos explorar, a seguir, todos esses aspectos.

O que é e como se contrai a Argiria?

A argiria é uma condição de pigmentação anormal causada pelo acúmulo excessivo de prata no organismo. Desse modo, o acúmulo pode ocorrer por inalação, contato direto com a pele ou ingestão prolongada de compostos contendo prata.

Além disso, embora seja uma doença rara, sua incidência está relacionada principalmente à exposição ocupacional e ao uso de prata coloidal, um suplemento sem comprovação científica amplamente promovido na medicina alternativa.

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Sintomas e efeitos no corpo

O principal sintoma da argiria é a mudança gradual na cor da pele, que assume um tom azul-acinzentado. Essa alteração ocorre porque partículas microscópicas de prata se acumulam nos tecidos, interagindo com a luz e resultando na coloração anormal.

Dessa forma, a pigmentação pode ser localizada, afetando áreas específicas do corpo, ou generalizada, cobrindo grandes extensões da pele.

Além da pele, mucosas e unhas também podem ser afetadas. Em casos raros e de exposição extrema, a prata pode se depositar em órgãos internos, mas não há registros de danos graves à saúde.

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Existe tratamento ou cura?

Atualmente, não há cura para a argiria. Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology analisou casos da dornça e confirmou que a coloração azulada ocorre devido ao acúmulo de prata na pele e sua interação com a luz.

Imagem de um homem com a pele em tom azul intenso devido à iluminação. O fundo é escuro e uniforme
Homem com a pele azul (Reprodução: @Freepik/Freepik)

O estudo também avaliou tratamentos a laser como forma de reduzir a pigmentação, embora sem garantir reversão completa.

Quem está mais suscetível?

Pessoas expostas profissionalmente à prata, como trabalhadores da indústria de joias, fotografia e laboratórios, têm maior risco de desenvolver argiria.

Além disso, o uso prolongado de prata coloidal também é um fator de risco significativo, especialmente entre aqueles que consomem esse suplemento acreditando em seus supostos benefícios à saúde.

Como prevenir a argiria?

A prevenção envolve evitar a exposição desnecessária à prata, especialmente em ambientes de trabalho sem proteção adequada.

O uso de equipamentos de segurança e ventiladores industriais pode minimizar os riscos ocupacionais. Além disso, é fundamental evitar o consumo de prata coloidal, pois, além de não ter comprovação científica relacionada a qualquer benfeitoria, pode, pelo contrário, trazer riscos à saúde.

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Argiria tem cura?

Não. A coloração azulada é permanente, mas alguns tratamentos podem reduzir sua intensidade.

Argiria é transmissível?
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Não. A doença não é contagiosa, pois não é causada por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos.

Argiria pode matar?

Não. Apesar da mudança na coloração da pele, a doença não afeta órgãos vitais e não representa risco de vida.

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Saúde

Quais as causas da calvície? Veja por que a queda de cabelo acontece

Redação Informe 360

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Conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgadas em 2023, 42 milhões de brasileiros sofrem com a alopecia androgenética, doença que é mais conhecida pelo nome de calvície

Na estimativa, 25% das pessoas que sofrem com o problema são jovens com idade entre 20 e 25 anos. Vale destacar que a alopécia afeta tanto homens quanto mulheres, levando a consequências importantes para a vida emocional e social das pessoas. A seguir, saiba todos os detalhes sobre essa doença. 

Calvície: o que é e quais as causas?

De acordo com o Ministério da Saúde, a calvície é a ausência, redução ou queda, seja em um estágio transitório ou definitivo, dos cabelos ou pelos em uma determinada região ou na cabeça inteira. 

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Segundo o Hospital Albert Einstein, podem existir várias causas para a doença, sejam elas temporárias ou permanentes. Entre as possibilidades estão a utilização de determinados medicamentos, como os quimioterápicos para câncer, o pós-cirúrgico nos primeiros meses também pode acarretar o problema, além de partos. 

Imagem: Freepik

A perda de cabelos também pode ser um efeito de situações emocionais, uso em excesso de produtos químicos, falta de vitaminas, desnutrição e traumas na região capilar. 

O Hospital ainda cita que existe a possibilidade de a calvície ser provocada por uma origem hormonal, imunológica, genética e até ambiental. Há alguns casos que são associados a doenças da tireoide, doenças autoimunes (como vitiligo e lúpus), diabetes, alergias, infecções provocadas por bactérias e fungos. 

Além disso, recentemente, pesquisadores da Austrália e de Cingapura identificaram que as células-tronco do folículo piloso (HFSCs) necessitam da proteína MCL-1 para que o crescimento capilar aconteça. Eles notaram que quando há uma redução da substância, o processo falha. 

Todavia, vale ressaltar que nem toda queda de cabelo é uma calvície. O ideal é procurar um dermatologista apenas em casos nos quais os cabelos estão caindo de forma rápida e em grande volume, ou então que o couro cabeludo esteja vermelho, com coceira ou ardência. Além disso, a caspa e a oleosidade excessiva também são sinais de alerta. 

Tipos de alopécia

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein, existem dois tipos de alopécia que são os mais comuns, a Androgenética e a Alopecia areata, que é mais conhecida como “pelada”.

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androgenética é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. O órgão brasileiro afirma que homens e mulheres podem ser afetados pela doença, que tem início na adolescência e passa a ser aparente apenas aos 40 e 50 anos.

Acontece que, na adolescência, a partir do estímulo hormonal, cada ciclo de cabelo passa a vir com os fios mais finos, sendo justamente o principal sintoma do problema. 

Dessa maneira, os cabelos vão ficando ralos e o couro cabeludo mais aberto. Nos homens, o problema fica mais visível nas regiões da coroa e na parte frontal, as famosas “entradas”. Já nas mulheres, o problema costuma afetar mais a região central. Nelas, a doença tem chances de ser associada a obesidade, irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos no corpo. 

O outro tipo, alopecia areata, se caracteriza pela queda de cabelo ou pelos em regiões ovais ou arredondadas do couro cabeludo ou outros locais do corpo, como barba e até as sobrancelhas. Ele pode surgir a qualquer idade e atinge cerca de 1% a 2% da população. Também ocorre em homens e mulheres.

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Questões genéticas, estresse e até a presença de micro-organismos podem ser as causas do distúrbio.

Tratamentos

Homem se preparando para o procedimento de implante capilar
Homem se preparando para o procedimento de implante capilar – Imagem: Freepik

Segundo o Dr. Paulo Müller Ramos, dermatologista especialista em tricologia e transplante capilar, coordenador do ambulatório de Alopecias da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) desde 2010, pesquisador e orientador do programa de doutorado da mesma instituição, existem seis formas de tratamento para a calvície. 

A primeira delas é o uso do medicamento minoxidil, uma substância que estimula o nascimento e prolonga o tempo de crescimento dos fios. Ele age de forma direta na raiz do cabelo e deve ser aplicado no couro cabeludo. Além disso, o especialista afirma que os resultados são demorados, levando pelo menos quatro meses para aparecerem. 

Outro tratamento destacado é o uso da finasterida, um comprimido que precisa ser tomado diariamente, se a calvície for em um homem. O remédio Dutasterida também é uma opção, só que, segundo o médico, ele é mais potente. Há ainda os medicamentos Antiandrogênicos (Espironolactona/Ciproterona/Bicalutamida) para o uso em casos de calvície feminina.

O médico ainda cita o MMP Capilar, um tratamento capilar que tem o objetivo de colocar princípios ativos diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento de novos fios e aumentar a espessura dos que já estão no local. Por último, Müller destaca o transplante capilar, procedimento responsável por restaurar as áreas sem cabelo na cabeça da pessoa. 

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ATENÇÃO! Para adotar tanto o uso dos medicamentos quanto os procedimentos citados como forma de tratamento, é essencial que você procure um especialista. Não faça uso sem uma consulta médica individualizada e a recomendação do dermatologista.

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Saúde

Por que sentimos coceira só de ver alguém se coçando?

Redação Informe 360

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Você está sentado, tranquilo, até que vê alguém se coçando e, de repente, começa a sentir coceira também. Essa reação é mais comum do que parece e tem explicações científicas ligadas ao cérebro, à empatia e até a instintos primitivos de proteção. Mas por que isso acontece?

Neste artigo vamos explicar esse fenômeno. Acompanhe!

O que é a coceira contagiosa?

O fenômeno é chamado de coceira contagiosa e acontece quando sentimos vontade de nos coçar ao ver outra pessoa se coçando, mesmo que não haja nenhum motivo físico para isso. O curioso é que essa reação pode ocorrer presencialmente, ao ver vídeos, ao ler ou até ao ouvir falar de coceira. Aliás, talvez você esteja se coçando agora…

Homem jovem coçando a mão/ Crédito: AYO Production (Shutterstock/reprodução)

Neurônios-espelho: o cérebro que imita

Uma das principais explicações para esse fenômeno está nos neurônios-espelho: células cerebrais ativadas tanto quando realizamos uma ação quanto quando vemos outra pessoa realizando essa mesma ação. Esses neurônios são fundamentais para nossa capacidade de imitar comportamentos e sentir empatia.

Quando vemos alguém se coçando, essas áreas do cérebro são ativadas como se estivéssemos sentindo aquela coceira na pele. É como se o cérebro “simulasse” a experiência observada, levando o corpo a reagir automaticamente.

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Mulher coçando o braço em fundo cinza / Crédito: Dragana Gordic (Shutterstock/reprodução)

Uma resposta evolutiva de proteção

Outra teoria fascinante vem da evolução humana. Em comunidades primitivas, notar que alguém estava se coçando podia ser um alerta para a presença de parasitas, como piolhos ou carrapatos. A coceira contagiosa teria, assim, uma função de autoproteção, instigando os demais membros do grupo a se coçar também, evitando infestações.

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Esse reflexo coletivo teria aumentado as chances de sobrevivência, tornando-se parte do nosso comportamento automático ao longo do tempo.

Homem coçando a mão / Crédito: vchal (Shutterstock/reprodução)

O cérebro sente com os olhos

Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro pode ativar áreas sensoriais mesmo quando estamos apenas observando comportamentos físicos, como ver alguém se machucar, bocejar ou se coçar. É o mesmo princípio por trás da empatia tátil: o cérebro reage como se aquela sensação estivesse acontecendo conosco.

Isso explica por que a coceira, embora seja uma experiência física, pode ser desencadeada por estímulos puramente visuais ou simbólicos.

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