Saúde
Como o corpo sabe onde está a cama no meio do sono para não cairmos no chão?

Durante o sono, ficamos em um estado de relaxamento profundo, mas curiosamente conseguimos permanecer dentro dos limites da nossa cama sem cair. Mesmo em camas estreitas ou dormindo em posições desconfortáveis, nosso corpo tem uma notável capacidade de se manter seguro.
Mas como isso acontece? A resposta envolve uma combinação de fatores neuromusculares e sensoriais que continuam ativos mesmo quando estamos inconscientes.
Como o corpo sabe onde está a cama no meio do sono para não cairmos no chão?

Para entender como o corpo “sabe” onde está a cama mesmo dormindo, é preciso conhecer três mecanismos fundamentais: o tônus muscular, a propriocepção e o sistema vestibular. Eles funcionam juntos para manter nossa postura e localização espacial durante o sono, mesmo que estejamos inconscientes da posição exata do nosso corpo.
Tônus muscular: a base do controle postural
O tônus muscular é a contração leve e constante dos músculos, mesmo em repouso. É essa tensão mínima que garante que os músculos estejam sempre prontos para agir e manter a postura, inclusive durante o sono leve. Graças ao tônus, nosso corpo pode perceber pressões, desconfortos e até a borda da cama, realizando pequenos ajustes automáticos para evitar quedas.

Durante a fase REM do sono, em que ocorrem os sonhos mais vívidos, esse tônus diminui drasticamente. Acontece a chamada atonia REM: uma espécie de paralisia temporária que impede a movimentação do corpo, com exceção dos músculos dos olhos e da respiração. Isso impede que a gente “encene” nossos sonhos, e também reduz o risco de movimentos bruscos que poderiam nos jogar para fora da cama.
Propriocepção: o “GPS” interno do corpo
A propriocepção é uma espécie de sexto sentido que nos permite saber a posição das partes do corpo mesmo sem olhar para elas. Esse sistema envia sinais dos músculos, articulações, tendões e pele ao cérebro, indicando continuamente onde estão nossas pernas, braços, cabeça e tronco.

Durante o sono, a propriocepção continua funcionando, ainda que de forma reduzida, e ajuda o cérebro a monitorar se o corpo está próximo da borda da cama.
Esse sentido é tão refinado que conseguimos virar de lado, nos cobrir, mudar de posição e ainda assim permanecer dentro da cama, sem sequer acordar.
Sistema vestibular: equilíbrio mesmo dormindo
O sistema vestibular, localizado no ouvido interno, também contribui para que não caiamos durante o sono. Ele é responsável por perceber movimentos da cabeça e mudanças de orientação no espaço.
Mesmo que os olhos estejam fechados, ele continua operando e ajuda o cérebro a detectar se o corpo está em uma posição perigosa, como inclinado demais para fora da cama.

Esse sistema é mais ativo durante o dia, mas não se desliga completamente à noite. Quando há risco de queda, ele pode disparar reflexos automáticos para corrigir a postura do corpo. Em outras palavras, mesmo dormindo, temos sensores trabalhando para nos manter equilibrados.
Memória motora e hábitos de sono
Outro fator que contribui para nossa segurança à noite é a memória motora. Ao longo da vida, o cérebro aprende padrões de movimento e comportamento relacionados ao sono: como deitar, como se virar, como se acomodar. Essa memória é ativada inconscientemente e ajuda a manter nossos movimentos dentro de limites seguros, mesmo em camas pequenas.
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Por que as crianças caem mais da cama?

Crianças têm mais probabilidade de cair durante o sono porque seu sistema proprioceptivo ainda está em desenvolvimento. O tônus muscular também é mais instável, e a integração sensorial, ou seja, a capacidade de unir informações do corpo e do ambiente, ainda está se ajustando. Conforme crescem, esses sistemas se tornam mais eficientes e as quedas noturnas se tornam cada vez mais raras.
Quando os sistemas falham
Em casos raros, certas condições podem comprometer esse sistema de autorregulação do sono. Pessoas com distúrbios comportamentais do sono REM, doenças neurológicas, intoxicação ou em uso de certos medicamentos podem perder temporariamente o controle motor, o que aumenta o risco de quedas.
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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
Leia mais:
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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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Saúde
Longevidade vai além do DNA: o que Harvard diz sobre viver mais

A longevidade está menos ligada ao DNA do que às escolhas feitas ao longo da vida. É o que destaca a Harvard Health Publishing, segundo a qual a genética responde por cerca de 25% da expectativa de vida, enquanto o restante depende, em grande parte, de hábitos cotidianos que afetam a saúde física e emocional.
Entre esses comportamentos, um se destaca pela simplicidade e pelo impacto: a socialização regular. Um estudo citado pela instituição, realizado com cerca de 28 mil pessoas, aponta que manter interações sociais frequentes está diretamente associado a viver mais e melhor.
A pesquisa indica que encontros regulares, participação em atividades coletivas e vínculos sociais sólidos ajudam a proteger contra o declínio emocional e cognitivo ao longo do envelhecimento.

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Socialização como fator-chave da longevidade
De acordo com a análise assinada por Lisa Catanese, quanto maior a frequência de interações sociais, maior a probabilidade de um envelhecimento saudável.
Em contrapartida, o isolamento prolongado está associado a níveis mais altos de estresse, sintomas depressivos e piora do bem-estar geral, fatores que afetam diretamente a saúde ao longo do tempo.
Alimentação, sono e hidratação fazem diferença
- A Harvard Health também reforça o papel de uma alimentação baseada em vegetais, associada à redução do risco de doenças crônicas.
- Um estudo da JAMA Network Open citado pela instituição aponta uma queda de 23% na mortalidade entre mulheres que seguem o padrão da dieta mediterrânea.
- O sono é outro pilar essencial. Adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cardiovascular, metabólica e cerebral.
- Já a hidratação adequada foi associada, em um estudo com mais de 11 milhões de participantes, a menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade.

Movimento, hábitos e atitude mental
A atividade física segue como um fator relevante. As diretrizes americanas recomendam 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular duas vezes por semana.
Caminhar, pedalar, nadar e até tarefas domésticas contribuem para a saúde muscular e cardiovascular.
Por fim, Harvard destaca outros três hábitos decisivos: não fumar, limitar o consumo de álcool e cultivar o otimismo. Estudos indicam que uma atitude positiva está associada a maior longevidade e melhor saúde emocional, reforçando que viver mais envolve tanto o corpo quanto a mente.

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