Ligue-se a nós

Negócios

Do amor ao escritório: love bombing e gaslighting podem migrar para o trabalho

Redação Informe 360

Publicado

no

Love bombing é uma estratégia de manipulação que pode ter impacto na produtividade e segurança psicológica de um profissional

O termo “love bombing” é usado para descrever relações amorosas em que um parceiro dá atenção e carinho de forma exagerada à outra pessoa, geralmente no início do relacionamento. Mas logo depois corta essa “explosão de amor” e se afasta, dá um ghosting, criando uma confusão como forma de exercer controle.

Essa estratégia de manipulação não está restrita aos relacionamentos românticos e também se faz presente no ambiente profissional. O love bombing no trabalho envolve gestores que elogiam e recompensam seus funcionários de forma excessiva para criar um senso de lealdade e comprometimento. O objetivo pode ser atrair, reter, controlar e até explorar os profissionais.

  • Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Pode até parecer legal num primeiro momento, mas tem um impacto negativo sobre os trabalhadores e a própria empresa. O excesso de afeto é usado como uma tática sorrateira para tirar vantagem da pessoa e ter influência sobre ela. Curiosamente, alguns grupos religiosos também usam esse termo para atrair novos fiéis.

Depois de um tempo, quando acorda para a situação, a pessoa percebe os problemas de saúde mental que pode estar enfrentando. Mas não apenas isso, no ambiente de trabalho, a manipulação também prejudica a produtividade e pode levar o profissional a deixar a organização por causa de estresse e ansiedade.

Anúncio

Leia também:

Como o love bombing ajuda e depois prejudica o trabalho

O excesso de atenção e elogios faz com que um profissional se sinta valorizado e confiante. Embora haja consequências graves, a curto prazo, pode proporcionar um ambiente positivo, melhor envolvimento com os colegas de trabalho e com a empresa e um sentimento de pertencimento. Estar feliz no trabalho aumenta a produtividade, o que é reconhecido e recompensado pela liderança.

Mas essa tática de manipulação cria expectativas irrealistas e leva a uma sensação de decepção quando o empregador não cumpre suas promessas ou deixa de agir como antes. Isso promove uma cultura de medo e intimidação, em que os funcionários temem falar abertamente ou sair da empresa. Pode levar ao esgotamento e ao estresse, pois as pessoas se sentem obrigadas a expressar emoções positivas que provavelmente não são genuínas.

Como funciona na prática

Aqui está um exemplo de como o love bombing pode acontecer no ambiente de trabalho.

Um recrutador entra em contato com um potencial candidato para uma vaga aberta, elogiando essa pessoa e dizendo como suas habilidades, formação e experiências fariam dela uma excelente opção para a função. O recrutador explica que a remuneração é boa e que há um caminho rápido de crescimento na organização.

Anúncio

Quase todas as pessoas que o candidato conhece durante o processo de contratação também se mostram entusiasmadas e falam como ele é especial e como agregaria para a empresa.

Após meses de entrevistas, o diretor de recursos humanos diz que gostaria de fazer uma oferta de emprego. O candidato revisou previamente a descrição do cargo para saber a faixa salarial e conversou com os entrevistadores antes sobre como seria a remuneração total, benefícios, stock options e outros assuntos.

A oferta é menor do que o esperado. Como o candidato viveu essa “explosão de amor” durante todo o processo, ele acha que ainda vale a pena aceitar a oferta e se sente um pouco pressionado a fazê-lo.

À medida que o tempo passa, o trabalho não é o que o recrutador e os entrevistados disseram que seria. Em vez de pedirem desculpas, eles culpam o novo funcionário por não ter ouvido ou entendido direito o que foi dito nas discussões. Isso se chama gaslighting.

Anúncio

Gaslighting e breadcrumbing

Esse é outro termo retirado do universo da paquera e que chegou ao mercado de trabalho. É uma forma de manipulação psicológica em que uma pessoa ou grupo atribui a culpa de tudo à vítima e tenta fazer com que a pessoa duvide da sua percepção da realidade.

Isso acontece especialmente com as mulheres e os sinais podem ser sutis, levando a pessoa a se questionar sobre a sua memória e sanidade.

Quando você está em um longo processo seletivo, fazendo entrevistas com diferentes pessoas durante meses e sem nenhum objetivo certo à vista, você está sofrendo breadcrumbing, outro termo contemporâneo do mundo dos relacionamentos que pode ser emprestado para o universo do trabalho.

Significa levar alguém adiante quando não se tem a intenção de se comprometer com essa pessoa. O breadcrumber tem uma comunicação inconsistente e esporádica – como se espalhasse “migalhas” de atenção e afeto – para manter o interesse da outra pessoa.

Anúncio

Também é breadcrumbing quando seu chefe te faz acreditar que você vai receber aquele aumento, promoção ou bônus ou vai ganhar uma sala própria – mas sempre existe uma razão pela qual isso não pode acontecer agora.

Ele vai te oferecendo migalhas para te segurar, com informações sobre um novo projeto que te interessa, por exemplo, e as promessas vão ficando esquecidas. Por necessidade ou, muitas vezes, por falta de autoconhecimento e de leitura da situação, os profissionais aceitam essas migalhas.

O post Do amor ao escritório: love bombing e gaslighting podem migrar para o trabalho apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Anúncio
Continuar Lendo
Anúncio

Negócios

Conheça o Novo CEO da Vivara

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O conselho de administração da Vivara elegeu Thiago Lima Borges como novo CEO na quinta-feira (11). O executivo substitui Icaro Borrello, que ficou pouco mais de um ano à frente da companhia. É a quinta troca de liderança na companhia em menos de dois anos.

Com mais de 20 anos de experiência executiva, Borges já atuou como CFO e diretor de relações com investidores do Grupo Smart Fit. Além disso, coleciona passagens por empresas como Arezzo&Co e Braskem. Formado em administração pela Universidade Salvador, também possui MBA pela Stanford University.

Thiago Lima Borges, novo CEO da Vivara
Reprodução/LinkedIn

Thiago Lima Borges, novo CEO da Vivara

Anúncio

Além do novo CEO, o colegiado da Vivara também elegeu Cassiano Lemos da Cunha para o cargo de diretor de operações, no lugar de Bruno Kruel Denardin.

Vivara avança mais de 2% após anunciar troca de CEO

As ações da Vivara figuravam entre os destaques positivos do Ibovespa nesta sexta-feira (12), com alta de mais de 2%, um dia após a rede de joalherias anunciar as mudanças na gestão.

Analistas do Bradesco BBI/Ágora Investimentos afirmaram ver a nomeação de Borges como positiva, dado seu histórico no setor e reconhecimento pelo mercado. “Apesar de mais uma mudança no C-level (alta administração) parecer exaustiva, entendemos a decisão do conselho de administração da Vivara como parte da nova fase estratégica iniciada em 2025, com maior foco em governança e alinhamento aos minoritários”, afirmaram em relatório a clientes.

“Acreditamos que, à medida que Borges e Lemos consolidem suas funções, os controladores devem reduzir a atuação executiva e concentrar-se no conselho”, acrescentaram Pedro Pinto e Flávia Meireles. “Mantemos recomendação neutra e preço-alvo de R$36 (para a ação), porém, aguardando sinais de execução e estabilidade na gestão para reavaliar as perspectivas.”

Anúncio

Por volta de 10h25, as ações da Vivara tinham alta de 2,37%, a R$35,01, entre as maiores altas do Ibovespa, que subia 0,61%.

O post Conheça o Novo CEO da Vivara apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

Siemens Energy Anuncia Marcela Souza Como Vice-Presidente Sênior para a América Latina

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Siemens Energy anunciou Marcela Souza como nova vice-presidente sênior para a América Latina, cargo que ela assumirá em 12 de janeiro de 2026. Atualmente diretora jurídica no Brasil e diretora de compliance para a região, Marcela é a primeira mulher a ocupar o posto mais alto de gestão da empresa na América Latina. Ela sucede André Clark, que deixa a companhia após oito anos para assumir a liderança da farmacêutica Viveo.

Com 17 anos de Siemens Energy e mais de duas décadas de carreira, Marcela já ocupou diferentes posições de liderança e acumula experiência em gestão reputacional. Formada em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, possui MBA em administração de empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Na nova função, liderará a estratégia operacional da empresa em uma região que reúne nove fábricas e escritórios distribuídos por 13 países. Sua missão inclui elevar o desempenho de uma equipe de 7.200 funcionários. No Brasil — maior operação da Siemens Energy na América Latina, com cinco fábricas e três centros de serviços — ela será responsável por 3.100 colaboradores.

O post Siemens Energy Anuncia Marcela Souza Como Vice-Presidente Sênior para a América Latina apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Negócios

Coca-Cola Nomeia Brasileiro como Novo CEO

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Coca-Cola anunciou nesta quarta-feira (10) a nomeação do brasileiro Henrique Braun como seu novo presidente-executivo, substituindo James Quincey, enquanto as empresas de alimentos tentam ajustar suas estratégias para consumidores que buscam bebidas e lanches mais saudáveis e acessíveis.

O portfólio de bebidas sem açúcar da Coca-Cola, bem como suas linhas de produtos mais premium, como o leite Fairlife, tem mantido a empresa em melhor situação em um cenário de consumo instável, ao contrário de rivais como a PepsiCo.

Tanto Quincey quanto Braun ingressaram na empresa em 1996 e ocuparam cargos de liderança em todo o mundo na Coca-Cola. Braun, de 57 anos, passa a liderar a gigante de bebidas em 31 de março.

Há três décadas na Coca-Cola, Braun foi presidente da companhia para China e Coreia, Brasil e América Latina.

Anúncio

O brasileiro foi nomeado diretor de operações da Coca-Cola em janeiro, trazendo consigo experiência na empresa em áreas como cadeia de suprimentos, desenvolvimento de novos negócios e operações de engarrafamento. “Vou me concentrar em dar continuidade ao impulso que construímos com nosso sistema. Trabalharemos para desbloquear o crescimento futuro em parceria com nossos engarrafadores”, disse Braun em comunicado.

O preço das ações da Coca-Cola subiu quase 63% desde que Quincey, de 60 anos, assumiu o cargo de presidente-executivo em maio de 2017.

Quincey esteve à frente da empresa durante um período em que a fabricante de refrigerantes intensificou seu foco em bebidas sem açúcar e com baixas calorias, além de adicionar linhas de produtos como leite, água com gás, café e bebidas energéticas por meio de aquisições.

“Quincey estabeleceu um padrão elevado. Os investidores podem esperar que o novo presidente-executivo continue a renovar o portfólio de marcas”, disse Kimberly Forrest, diretora de investimentos da Bokeh Capital Partners.

Anúncio

O setor de bens de consumo passou por uma série de mudanças em cargos de alta direção este ano, à medida que as empresas se adaptam a um ambiente de consumo dividido, além de desafios operacionais e na cadeia de suprimentos devido às tarifas.

O post Coca-Cola Nomeia Brasileiro como Novo CEO apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Em Alta