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Novo Mapa Global da Tecnologia

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Em um mundo cada vez mais movido por dados, algoritmos e soluções em nuvem, os profissionais de tecnologia tornaram-se não apenas protagonistas de uma nova era econômica como também de uma nova geografia do trabalho. Se antes os talentos iam até as empresas, hoje é comum que as empresas se ajustem à localização deles.

A mobilidade global dos colaboradores, impulsionada por uma cultura digitalizada e pelo avanço do trabalho remoto, vem transformando não só o mercado de trabalho, mas também as políticas públicas de imigração e desenvolvimento econômico.

A disputa não é mais apenas entre empresas, mas entre países. Governos de diferentes partes do mundo têm lançado programas de atração de talentos, com destaque para engenheiros de software, cientistas de dados e executivos de tecnologia.

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Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo atual tem reforçado o uso do visto EB-2 NIW (National Interest Waiver), que permite a profissionais com alto grau de formação em áreas STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática) solicitarem residência permanente sem a exigência de uma oferta formal de emprego, desde que comprovem que seu trabalho atende ao interesse nacional.

É uma porta para profissionais como Stephanie de Souza, cientista da computação. “Por ser da área de TI, eu sabia que teria um bom mercado. Isso foi o que me impulsionou a viver em um país que considero mais seguro e com mais oportunidades”, afirma a brasileira.

Além do EB-2 NIW, o EB-5, voltado a investidores que aportam ao menos US$ 800 mil em áreas de emprego- alvo, continua sendo uma via sólida e estratégica para obter o Green Card. Cidades como Austin, Seattle, Miami e a região da Bay Area, na Califórnia, seguem como os principais destinos, com uma combinação de ecossistemas de inovação, alta qualidade de vida e acesso facilitado à residência permanente.

Nos Emirados Árabes Unidos, a estratégia é ainda mais explícita. A Dubai Chamber of Digital Economy vem ampliando investimentos em startups e programas de capacitação. No primeiro trimestre de 2025, apoiou 127 empresas digitais, crescimento de 135% em relação ao ano anterior. Com 729 profissionais treinados em novas tecnologias e 12 roadshows internacionais realizados, o país busca consolidar sua posição como hub global de inovação. “Dubai está se consolidando como centro que une talento, capital e inovação”, afirma João Paulo Paixão, chefe da Dubai Chamber em São Paulo.

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Divulgação

Os Emirados Árabes Unidos se consolidam como polo global de tecnologia e inovação

A GITEX Global e a Expand North Star, organizadas em Dubai, já se posicionam entre os principais encontros de tecnologia e inovação do mundo, reunindo 200 mil participantes, 6.500 empresas e 1.200 investidores. Em 2025, o Brasil será o país foco do evento, entre 13 e 17 de outubro. A Apex-Brasil planeja levar um número expressivo de startups brasileiras.

Na Europa, o movimento é igualmente intenso por profissionais de TI. A Irlanda se destaca com o Critical Skills Employment Permit, voltado a profissionais de áreas estratégicas como tecnologia da informação, engenharia e saúde, oferecendo um caminho direto para residência e cidadania em médio prazo.

A Alemanha fortaleceu o uso do Blue Card EU, um programa que facilita o recrutamento de profissionais estrangeiros em áreas STEM, especialmente em inteligência artificial, sistemas embarcados e automação industrial.

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Outros países, como a Estônia, investem em soluções digitais e atraem desenvolvedores e especialistas em blockchain com programas como o e-Residency, que permite operar negócios remotamente com base legal europeia. Portugal, com o Tech Visa, criou um ambiente de recepção para profissionais de TI que queiram atuar em startups e scale-ups tecnológicas com base no país.

O Reino Unido, por sua vez, implementou o Global Talent Visa, que prioriza profissionais com histórico de excelência em tecnologia, ciência e inovação, permitindo inclusive que fundadores e líderes técnicos se estabeleçam sem vínculo empregatício prévio.

Esses programas demonstram que o continente está disposto a competir diretamente pelos melhores nomes do setor.

A Leao Group Global está atenta a esse cenário dinâmico, adaptando-se às transformações da cultura migratória e às demandas dos profissionais altamente qualificados.

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A consultoria acompanha de perto e atua com rotas personalizadas de mobilidade internacional, conectando profissionais a oportunidades em destinos como Vale do Silício, Austin, Dubai e Dublin. Em comum, todos esses lugares compartilham o entendimento de que, no século 21, talento é política de Estado.

*Infomercial é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.

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“O Futuro Chegou”: as Previsões de Amy Webb para o Brasil e a Tecnologia

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

“Eu sou Amy Webb, sua brasileira honorária favorita.” Foi assim, em português mesmo, com a voz clonada com a ajuda da inteligência artificial da ElevenLabs, que a futurista americana começou sua palestra no Rio Innovation Week, conferência que acontece esta semana no Rio de Janeiro.

CEO do Future Today Strategy Group, empresa que aconselha algumas das maiores companhias do mundo, Webb compartilhou suas principais apostas para o futuro. Ganhou o público com referências brasileiras, como a influenciadora Virginia Fonseca. Também com uso da IA, dessa vez do Veo 3, do Google, projetou um vídeo em que aparece passando um creme da marca da influenciadora no rosto. “Se isso te assustou – o que deveria, porque me assustou –, vou mostrar o que vem depois disso: modelos generativos que podem prever e simular qualquer tipo de dado.”

Sem alarmismo, a futurista se propõe a chacoalhar executivos e chamar atenção para um futuro que está batendo à porta. “O futuro está prestes a ser radicalmente diferente do que o presente”, diz. “Você está realmente inovando? Ou apenas seguindo?”

Muitas empresas não estavam preparadas no começo da internet ou do mobile. Eu vejo a mesma coisa acontecendo agora. As empresas estão falando sobre IA, mas não vejo uma inovação acontecendo.
Amy Webb

De jornalista a futurista

Muito antes de lotar palcos, projetar tendências e aconselhar executivos e suas companhias, Amy Webb começou a carreira como jornalista. “Sempre fui interessada em trabalhar no futuro”, disse à Forbes.

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Ainda na escola, aos 12 anos, participou de um clube acadêmico chamado Future Problem Solver (Solucionadores de Problemas do Futuro). “Desde então, queria fazer isso como trabalho.”

Há cerca de 20 anos, deixou a carreira no jornalismo para tentar o que de fato brilhava seus olhos: solucionar os “problemas realmente difíceis”. “Estudei, tirei certificações e comecei a escrever sobre o futuro fazendo pesquisas profundas e consultorias. Foi rápido, e foi assim que aconteceu.”

Ela não sabia exatamente qual caminho seguir, mas tinha muita certeza sobre o destino. “Esse é um bom conselho para qualquer pessoa. Você precisa se ver no futuro e saber exatamente o que você quer, mas ser muito flexível em como chegar lá.”

A seguir, confira os principais insights de Amy Webb e suas apostas para o futuro

IA e futuro

“Quando falamos de AI, e quando pensamos no futuro do AI, estamos olhando de uma forma muito estreita. Assumimos que o futuro será como hoje, apenas mais. Ou, que o futuro da IA será como o que vimos nos filmes, mas talvez não tão ruim. O futuro na verdade não é nenhuma dessas coisas. As pessoas podem pensar que isso não tem nada a ver com elas e seus negócios, mas isso é um grande erro, porque tem tudo a ver com você e o futuro.”

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AI2C

“Quantas de vocês já procuraram o vestido preto perfeito? É um desafio, eu sei. Em breve, não teremos que procurar mais. A internet vai ser ‘searchless’, sem cliques, o que representa uma grande mudança de onde estamos agora. Em vez disso, sistemas de IA colaborativos vão fazer o trabalho por nós. No futuro, o usuário vai dizer ‘eu quero um vestido curto preto’. E ao invés de mostrar algo totalmente genérico, em um corpo que não pareça com o dela, você pode entregar o vestido exato que ela gostaria junto com uma imagem que se pareça com ela. Digamos que ela realmente queira esse vestido. Esse sistema de IA poderia usar as medidas exatas da mulher para criar um modelo, enviar direto para uma fábrica e mandar fazer especificamente para o corpo dela. Então, ao invés de B2B ou B2C, isso seria AI2C, IA para o consumidor. A IA cria, fabrica, envia exatamente o que o consumidor quer, e todos os intermediários, como a loja, por exemplo, e o shopping, são eliminados. Alguns de vocês podem estar pensando como isso vai funcionar. E a resposta é: eu fiz. Treinei o sistema, dei as minhas medidas, encontrei um fabricante, ele fez tudo. Isso representa um futuro totalmente diferente.”

Potencial do Brasil

“As maiores indústrias desse país são indústrias dos séculos 19 e 20, mineração, agricultura, indústria pesada. Todas essas indústrias estão preparadas para a inovação. O Brasil pode e deveria ser um líder global no futuro da agricultura. Vocês têm grandes indústrias aqui, mas também têm pequenas empresas de família, e não há liderança que consistentemente diga ‘esse é o nosso futuro como país’. Tem essa frase no Brasil [“Brasil é o país do futuro], e vocês vêm dizendo isso há 100 anos. O futuro chegou. Vocês precisam reinventá-lo. E vocês podem. […] Eu acho que vocês deveriam ser mais confiantes e se arriscar mais. Eu gostaria de ver isso.”

“Ministério do futuro”

“O governo do Brasil deveria ter algo como um “ministério do futuro”, e as pessoas trabalhando lá não deveriam ser políticas, e deveriam se reunir a cada 10 anos. Ou seja, se você tiver novos líderes indo e vindo, o governo muda, mas é o mesmo negócio. E o seu trabalho deve ser ajudar a estabelecer uma visão para o longo prazo para o Brasil e começar a descobrir como juntar esses grupos diferentes. O trabalho não é tecnologia ou ciência, é pessoas. O ministério para o futuro deve ser o melhor do mundo em juntar diferentes grupos de pessoas para que possam colaborar. Se o governo brasileiro fizer isso e criar incentivos para todas essas diferentes partes, empresas e pessoas colaborarem, você começaria a ver mudanças. “

AGI

“Há três anos, eu estava com alguns executivos da OpenAI e de repente eles estavam chamando a empresa de uma empresa de AGI. Eu fiquei tipo: ‘o que vocês querem dizer com isso? Vocês já descobriram a AGI?’ Porque isso é uma surpresa, eu não vi nada sobre. Agora, a Meta está se chamando de uma empresa ‘superinteligente’. É tudo bobagem [bullshit], eu acho. Eu diria que nós já temos a AGI. Se você olhar a pesquisa da DeepMind, o que ninguém realmente faz, eles definitivamente superaram os benchmarks. Eu não acho que eles diriam ‘nós alcançamos a AGI’, mas você já pode ver isso.”

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IA e empregos

“A próxima vez que você ouvir alguém dizer que a IA vai tomar todos os empregos ou vai expandir desigualdades, ou o que for, essas são histórias fáceis de contar, mas não necessariamente corretas. O que eu quero que vocês façam como inovadores é ter o hábito de realmente olhar para os dados, fazer pesquisas e encontrar essas outras histórias mais plausíveis para contar. E ser aquele dentro da sua organização que vai contar essas histórias e deixar as pessoas nem animadas nem preocupadas, mas trabalhando no futuro.”

Agentfluence Marketing

“Basicamente, isso é sobre fazer e desenvolver agentes de IA autônomos como influenciadores digitais para marketing de ideias, produtos ou comportamentos – não para as pessoas, mas para outros agentes de IA. O que eu estou falando aqui não é da Virginia [Fonseca], mas de 3.000 versões de IA da Virgínia, não desenvolvidas para falar com você, mas para falar com outros influenciadores. Eu acho que vamos ter humanos e a IA como audiência. […] Então, como inovamos, como interagimos uns com os outros, como exercemos nossas habilidades, tudo isso vai ser radicalmente diferente no futuro.”

Confiança

“As pessoas confiam nos humanos até nos darem razão para não confiar. Nós usamos a inteligência artificial o tempo todo. Você usa o Waze, você usa o WhatsApp, a IA é parte desses sistemas. Nós não paramos e pensamos ‘nós confiamos neles?’ E eu acho que quanto mais complicados esses sistemas ficam, mais confiança nós vamos dar para eles, porque eles vão se tornar tão úteis para nós que não queremos parar de usá-los.”

Velocidade das mudanças

“Não me sinto sobrecarregada [overwhelmed]. Eu acho que é porque eu dou muita atenção ao que está acontecendo, então nada me parece novo. Quando você está vivendo a sua vida e de repente ouve algo, parece que o futuro está acontecendo muito rápido. Então tente ouvir mais e preste atenção, não nas histórias escandalosas, não esqueça os influenciadores de IA, há muitos em todo o lugar, (especialmente no LinkedIn). Encontre professores entediantes e faça com que eles te expliquem o que está acontecendo. Você não sentirá a mesma sensação de estar por fora.”

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Zuckerberg Desperdiçou Seu Talento em IA, Agora, Está Gastando Bilhões para Substituí-lo

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Meta estava repleta de talentos de ponta em IA, até que parou de funcionar. Anos antes da onda de compras de Mark Zuckerberg, a empresa contratou os pesquisadores e engenheiros que, em última análise, partiriam para fundar grandes empresas de IA: os fundadores da Perplexity, Mistral, Fireworks AI e World Labs, todos vieram do laboratório de IA da empresa controladora do Facebook. E, à medida que o boom da IA impulsionou a construção de modelos cada vez mais capazes, outros migraram para rivais como OpenAI, Anthropic e Google.

A fuga de talentos dos últimos anos tem sido difícil, disseram três ex-funcionários da Meta AI à Forbes . “Eles já tinham os melhores profissionais e os perderam para a OpenAI… Este é o Mark tentando desfazer a perda de talentos”, disse um ex-funcionário da Meta AI. E mesmo com Zuckerberg fazendo ofertas impressionantes para pesquisadores de IA de ponta, a gigante das mídias sociais continua perdendo os que sobraram.

Hoje em dia, quando se trata de recrutar pesquisadores de IA de alto calibre, a Meta costuma ser deixada de lado. Fontes de algumas das maiores empresas de IA do Vale do Silício disseram que, antes das novas contratações dos últimos meses, os talentos da Meta não atendiam aos requisitos de contratação. “Podemos estar interessados em contratar algumas das novas pessoas que o Mark está contratando agora . Mas já faz um tempo que não nos interessamos particularmente pelas pessoas que já estavam lá”, disse à Forbes um executivo sênior de uma das principais empresas de IA de ponta .

Um fundador de startup de IA

O Google contratou menos de duas dúzias de funcionários de IA da Meta desde o outono passado, de acordo com uma pessoa familiarizada com as contratações do Google, em comparação com as centenas de pesquisadores e engenheiros de IA que contratou no mesmo período. Essa pessoa disse à Forbes que a “crença predominante” é que a Meta não tinha muitos talentos disponíveis para recrutar. O Google não quis comentar.

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Isso deu um ar de desespero às tentativas de Zuckerberg de atacar empresas como a OpenAI e a Thinking Machine Labs, a startup iniciante liderada pela ex-CTO da OpenAI, Mira Murati, com ofertas de nove dígitos e promessas de computação quase ilimitada. Em pelo menos dois casos, o CEO da Meta ofereceu pacotes salariais no valor de mais de US$ 1 bilhão, distribuídos ao longo de vários anos, de acordo com o The Wall Street Journal. Ele teria contratado pelo menos 18 pesquisadores da OpenAI, mas muitos também o recusaram, apostando em maior impacto e melhores retornos sobre seu patrimônio.

A Meta negou veementemente ter tido problemas com talentos e retenção de IA. “Os fatos subjacentes claramente não corroboram essa história, mas isso não impediu que fontes anônimas com interesses pessoais divulgassem essa narrativa ou que a Forbes a publicasse”, disse o porta-voz Ryan Daniels em um comunicado.

O CEO da Anthropic, Dario Amodei, disse ter conversado com funcionários da Anthropic que receberam ofertas da Meta e não as aceitaram, acrescentando que sua empresa não renegociaria os salários dos funcionários com base nessas ofertas. “Se Mark Zuckerberg joga um dardo em um alvo e acerta seu nome, isso não significa que você deva receber dez vezes mais do que o cara ao seu lado que é tão habilidoso e talentoso quanto você”, disse ele no mês passado no Big Technology Podcast. A Anthropic não quis comentar.

A Anthropic tem uma taxa de retenção de 80%, a mais alta entre os laboratórios de fronteira, de acordo com um relatório de maio da empresa de capital de risco SignalFire . As descobertas se baseiam em dados coletados para todas as funções de tempo integral, incluindo engenharia, vendas e RH, e não especificamente para pesquisadores de IA. Em comparação, a DeepMind tem 78%, a OpenAI 67% e a Meta fica atrás, com 64%.

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Um relatório de agosto da empresa, com foco amplo em talentos de engenharia, observou que a Meta está contratando engenheiros agressivamente em toda a empresa duas vezes mais rápido do que os perde. “Algumas movimentações de saída ajudam a explicar por que a Meta está investindo tanto na reconstrução e expansão de seu banco de dados técnico”, disse Jarod Reyes, chefe da comunidade de desenvolvedores da SignalFire. “Isso reflete a intensidade da competição por talentos seniores em IA e a pressão que até mesmo as grandes empresas sentem para complementar a experiência enquanto escalam novas iniciativas.”

Em junho, Zuckerberg contratou Alexandr Wang, ex-CEO de 28 anos da gigante de rotulagem de dados Scale AI, e adquiriu uma participação de 49% na empresa. Wang foi encarregado de liderar um novo laboratório dentro da Meta focado na construção da chamada “superinteligência” — um sistema de inteligência artificial que supera os humanos em uma série de tarefas cognitivas. Ele foi acompanhado por Nat Friedman, um importante investidor focado em IA e ex-CEO do GitHub, bem como cerca de uma dúzia de pesquisadores de ponta recém-contratados da OpenAI, Google DeepMind e Anthropic, alguns dos quais teriam recebido ofertas de US$ 100 milhões a US$ 300 milhões em pacotes de pagamento distribuídos por quatro anos. (A Meta disse que o tamanho das ofertas estava sendo deturpado.)

No final de junho, a Meta contratou Daniel Gross, importante investidor em IA e ex-CEO da startup de IA Safe Superintelligence, avaliada em US$ 32 bilhões, que ele cofundou com o ex-chefe de pesquisa da OpenAI, Ilya Sutskevar.
Não estamos oferecendo US$ 2 bilhões para as pessoas se juntarem. Não precisamos. Também não temos US$ 2 bilhões para oferecer. Zuckerberg também tentou reconquistar pessoas que a Meta havia perdido anteriormente, recontratando o ex-diretor sênior de engenharia da empresa, Joel Pobar, e o ex-engenheiro de pesquisa Anton Bakhtin, que havia saído para trabalhar na Anthropic em 2023, de acordo com o The Wall Street Journal. Eles não responderam aos pedidos de comentário.

Enquanto isso, pessoas continuam deixando a empresa. Em 2024, a empresa controladora do Facebook foi a segunda gigante da tecnologia mais contratada entre todos os cargos de tempo integral , com 4,3% dos novos funcionários em laboratórios de IA vindos da empresa, de acordo com o relatório SignalFire de maio . (O Google — excluindo sua unidade DeepMind — foi a gigante da tecnologia mais contratada.)

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Na semana passada, a Anthropic contratou Laurens van der Maaten, ex-pesquisador renomado da Meta, que coliderou a estratégia de pesquisa para os principais modelos Llama da gigante social, como membro da equipe técnica da Anthropic. Em junho, a startup de IA empresarial Writer recrutou Dan Bikel, ex-pesquisador sênior e líder de tecnologia da Meta, como seu chefe de IA. Na Meta, Bikel liderou pesquisas aplicadas para agentes de IA, sistemas que podem executar ações específicas de forma autônoma. Cristian Canton, que liderou a Responsible AI na Meta, deixou a empresa em maio para ingressar no centro de pesquisa público Barcelona Supercomputing Center. A empresa perdeu Naman Goyal, ex-engenheiro de software da FAIR, e Shaojie Bai, ex-pesquisador sênior de IA, para o Thinking Machine Labs em março. E a Microsoft teria criado uma lista de seus engenheiros e pesquisadores da Meta mais procurados e também determinou que as ofertas da empresa fossem equiparadas, de acordo com o Business Insider.

Na startup francesa de IA Mistral, pelo menos nove cientistas de pesquisa em IA vieram diretamente da Meta desde a fundação da startup em abril de 2023, de acordo com pesquisas no LinkedIn realizadas pela Forbes . Na Meta, eles trabalharam no treinamento de versões iniciais do Llama. Duas dessas contratações foram feitas nos últimos três meses. E Elon Musk afirmou recentemente que a xAI recrutou vários engenheiros da Meta, sem desembolsar quantias “insanas” e “insustentavelmente altas” em remuneração. Desde janeiro, a xAI contratou 14 engenheiros da Meta, informou o Business Insider .

Uma Cultura de Caos

Em dezembro de 2013, a Meta lançou o FAIR, seu laboratório interno dedicado à IA. (Lançado como Facebook AI Research, o F foi reaproveitado para “Fundamental” após a empresa mudar de nome para Meta em 2021.) Liderado pelo renomado professor da NYU, Yann LeCun, o laboratório era considerado na época um dos melhores empregadores para quem buscava desenvolver IA de ponta. O laboratório contribuiu para pesquisas pioneiras em visão computacional e processamento de linguagem natural. Aqueles foram os “anos dourados da pesquisa em IA”, disse um ex-cientista pesquisador da Meta.

Em fevereiro de 2023, a empresa consolidou sua pesquisa de IA sob uma equipe mais focada em produtos chamada GenAI em vez de FAIR. Embora a FAIR ainda esteja por aí, ela tem “morrido lentamente” dentro da Meta, onde recebeu menos recursos de computação e sofreu com grandes saídas . “Zuck nunca deveria ter tornado a FAIR menos importante”, disse o cientista pesquisador. A Meta negou na época que a FAIR tivesse perdido importância e, em vez disso, disse que é um novo começo para o laboratório, onde pode se concentrar em projetos de longo prazo. A Meta disse que a FAIR e a GenAI trabalham juntas, o que ajuda a coordenar melhor as duas equipes e a tomar decisões mais rapidamente.

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A equipe recém-formada da GenAI foi solicitada a correr, trabalhando até altas horas da noite e nos fins de semana para lançar produtos de IA, como o assistente de IA conversacional da Meta e os personagens de IA que Zuckerberg mais tarde revelaria ao mundo na Meta Connect de 2023, a conferência anual de produtos da empresa, disse um terceiro ex-pesquisador sênior. “Basicamente, tivemos seis meses para ir do zero ao lançamento”, disse o pesquisador sênior, que foi retirado de outra equipe para se juntar à GenAI, que começou com 200 a 300 funcionários e cresceu para quase 1.000.

Mercenários versus Missionários

Para os rivais que tentam se defender dos incentivos financeiros de Zuckerberg para causar choque e espanto, a visão é que ele está apelando para mercenários disponíveis para quem pagar mais. A ideia é que eles são antitéticos à Meta porque atraem verdadeiros crentes e “missionários”.

“Tenho orgulho de como nossa indústria é orientada para missões como um todo; é claro que sempre haverá alguns mercenários”, escreveu Sam Altman, chefe da OpenAI, em uma carta aos funcionários em julho. “Missionários vencerão mercenários”, acrescentou, observando: “Acredito que as ações da OpenAI têm muito, muito mais potencial de valorização do que as da Meta. Mas acho importante que uma grande valorização venha depois de um grande sucesso; o que a Meta está fazendo, na minha opinião, levará a problemas culturais muito profundos.” A OpenAI respondeu à pressão, supostamente ajustando salários e oferecendo bônus de até milhões de dólares às equipes de pesquisa e engenharia.

“As grandes empresas de tecnologia têm uma visão tão mercenária dessa corrida pela necessidade de controlar a produção da tecnologia que todos nós almejamos, a IA”, disse May Habib, CEO da startup de IA empresarial Writer. “Há uma humanidade que eu acho que se perdeu, pois ouvi os candidatos descreverem a cultura interna das empresas que estão deixando.”

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Um fundador de startup de IA descreveu uma “mudança cultural” dentro da Meta, dizendo que começou a ver um grupo maior de candidatos vindos da empresa. “Tendemos a contratar mais missionários do que mercenários. Então, não estamos oferecendo US$ 2 bilhões para as pessoas se juntarem. Não precisamos. Também não temos US$ 2 bilhões para oferecer salários às pessoas”, disse ele.

O Facebook, é claro, também lidou com sua parcela de bagagem que pode dificultar sua venda para novatos. Na última década, a gigante da tecnologia tem se arrastado em meio a controvérsias relacionadas à interferência eleitoral, radicalização, desinformação e à saúde mental e bem-estar de adolescentes. LeCun, que não respondeu aos pedidos de entrevista, já havia reconhecido que esses “olhos roxos” também poderiam impactar a percepção pública do laboratório de pesquisa da empresa. “A Meta está se recuperando lentamente de um problema de imagem”, disse ele à Forbes em 2023. “Certamente há uma atitude um pouco negativa.”

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IA, Carreira e Remuneração: Os 3 Pilares da Retenção de Talentos

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

É impossível não se deparar diariamente com pelo menos uma matéria na sua timeline sobre a rotatividade dos profissionais, o menor engajamento das novas gerações ou a dificuldade de atrair e reter talentos.

Esse movimento é real e traz diferentes níveis de impacto para as organizações, desde a perda de conhecimento até a queda na produtividade, além do aumento dos custos com recrutamento, treinamento e escalada nos valores salariais para a atração de profissionais qualificados.

Não tem sido fácil manter a aderência à estratégia de remuneração quando o estado geral é de constante urgência, num eterno apagar de incêndios. Se não há substitutos internos e não há opção de se fazer um processo seletivo mais longo, de forma a encontrar as pessoas com os níveis de experiência, de expectativa salarial e com o alinhamento cultural adequados para a realidade da empresa, esse ciclo vicioso não tem fim.

Mas qual seria a solução para esse dilema?

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Pesquisas indicam que uma das principais razões para os profissionais deixarem seus empregos é a falta de perspectiva de carreira. Eles também estão em busca de mais flexibilidade, qualidade de vida, acolhimento e reconhecimento. Mas de forma prática, a empresa precisa dar oportunidade de crescimento e mostrar que valoriza o resultado entregue pelos profissionais.

IA na gestão e retenção de talentos

Abrir portar reais de aprendizado e de desenvolvimento traz melhorias nos índices de retenção de funcionários, além de melhorar o desempenho corporativo. Em estudo recente da Korn Ferry, mais de dois terços dos 10 mil participantes disseram que permaneceriam em uma empresa se ela oferecesse oportunidades de aprimoramento e desenvolvimento profissional, mesmo que estivessem insatisfeitos com suas atribuições. E para dar conta desses anseios, uma pesquisa da Gartner estima que 30% das grandes empresas globais implementarão marketplaces de talentos impulsionados por IA este ano.

É possível aproveitar a tecnologia para a construção de um banco de dados robusto para a gestão de talentos internos, agilizando a criação e atualização de perfis dos funcionários, além de permitir o cruzamento de dados a partir das necessidades da empresa e dos interesses e aspirações de carreira dos profissionais.

Esses sistemas de gestão de talentos também trazem às organizações uma visão mais aprofundada sobre as habilidades que lhes faltam internamente, para que possam desenvolver estratégias de planejamento da força de trabalho mais robustas, sem precisarem pagar mais caro para trazer o conhecimento pronto quando o calo aperta.

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Movimentos laterais na carreira

A promoção de alguém a um cargo maior depende de uma necessidade do negócio e não somente do profissional estar pronto para o novo papel. Mas ainda que não haja espaço para crescimento vertical na área atual, sempre há oportunidade de oferecer desenvolvimento, desafios, projetos e experiências lateralmente, em outros processos da área ou em outras áreas da empresa. Fazer sempre a mesma coisa por muito tempo cansa e frustra!

Sim, o gestor ainda “perderia” um membro de alta performance da equipe, mas manteria o conhecimento dentro da empresa, sendo que o profissional ainda pode atuar como mentor do novo ocupante de seu cargo anterior. As movimentações internas resultam em maior retenção, mais agilidade no preenchimento de vagas, redução de custos de recrutamento e ganhos de produtividade.

Mas a tecnologia, sozinha, não faz milagres. É necessário preparar as lideranças para serem protagonistas do desenvolvimento de suas equipes, além de ter um modelo de remuneração com critérios claros e sustentáveis para esta dança das cadeiras.

No fim das contas, a gestão de pessoas é uma engrenagem estratégica — e quem não souber operá-la com precisão vai perder competitividade, uma demissão por vez.

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