Saúde
Você pode estar segurando seu celular do jeito errado – e isso trará problemas no futuro
Não é segredo que o excesso de tempo na frente do celular tem consequências na saúde mental e nas relações interpessoais no usuário. Mas e as consequências físicas? Ficar com o pulso estendido por muito tempo ou aproximar o rosto demais da telinha também pode impactar em nossa saúde.
Inclusive, é muito provável que você esteja segurando seu celular do jeito errado, o que, a longo prazo, pode favorecer lesões, artrite e tendinite. Já o uso prolongado pode desencadear dores de cabeça.
O The Washington Post reuniu algumas dicas de como melhorar não só a postura, mas a forma como interagimos com os aparelhos para não ter (ainda mais) efeitos adversos.
Há jeito certo de segurar o celular
Segundo a professora-assistente de cirurgia ortopédica na Universidade da Califórnia (EUA), Lauren Shapiro, a forma certa de segurar o celular é em posição neutra, com o pulso reto ou apenas com leve curvatura.
Outra dica é fazer pausas no uso, principalmente se o seu celular for muito grande para a palma de sua mão. Parece difícil largar o aparelho, mas estratégias simples podem ajudar: opte por ligações no viva voz ou mensagens em áudio ao invés de texto.
Se houver um suporte na parte de trás da capinha do telefone, certifique-se de não apoiar todo o peso do aparelho em um único dedo. E, se for possível, use o celular apoiado em alguma superfície.
Do contrário, a flexão no pulso gera tensão e, em uso prolongado, estresse na região. De acordo com Shapiro, ainda não existam estudos que comprovam a ligação entre a forma como se segura o celular com lesões, mas é provável que, a longo prazo, isso favoreça problemas, como artrite e tendinite.
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Há jeito certo de ver e escutar
Parece clichê, mas é importante: o volume alto em fones de ouvido arriscam a audição. O Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios da Comunicação recomenda que o som fique abaixo de 70 decibéis. Para usuários de iPhone e Android, é possível ajustar o limite máximo do volume nas configurações.
Já na visão, encarar a tela iluminada (ou pouco iluminada) do celular pode causar fadiga ocular, que, a longo prazo, pode levar a outras condições mais graves. A recomendação é deixar o aparelho a pelo menos 30 centímetros de distância e fazer pausas a cada 20 minutos.
No iPhone especificamente, há um recurso chamado “Distância da Tela”, em que o próprio celular avisa quando o usuário estiver com o rosto muito perto.
Seu cérebro e coração também sofrem com o celular
- Você pode estar sentindo dores de cabeça e nem perceber, mas o motivo pode ser seu celular. Segundo o site, o uso contínuo do aparelho pode desencadear dores de cabeça e enxaquecas;
- Isso porque o usuário passa muito tempo fazendo poucos movimentos, encarando telas iluminadas com uma frequência menor de piscada (o que resseca os olhos) e em posições provavelmente desconfortáveis. Tudo isso contribui para as dores;
- O coração também sofre com o excesso de tela. Se você é daqueles que prefere ficar em casa mexendo nas redes sociais ou enviando mensagens do que deixá-lo de lado e praticar exercícios físicos, o risco de doenças cardíacas, derrame a alguns tipos de câncer aumenta;
- O motivo não é especificamente o celular, mas, justamente, a ausência dos exercícios.
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Saúde
Cirurgia inédita com uso de robôs é realizada no Brasil
Um procedimento inédito foi realizado no Hospital Santa Isabel, em Blumenau, em Santa Catarina. Uma mulher trans de 31 anos foi submetida a uma cirurgia de redesignação sexual com o uso de tecnologia robótica.
A operação levou mais de 5 horas e a paciente teve alta três dias depois. Segundo a equipe médica, ela está sem dor e não apresentou queixas pós-operatório. Natural de Belo Horizonte, a mulher permaneceu em Blumenau para se recuperar e realizar uma avaliação médica.
Cirurgia só havia sido realizada fora do país
- De acordo com a equipe da Transgender Center Brazil, responsável pelo procedimento, este foi o primeiro procedimento com a técnica no país.
- Os médicos informaram que a paciente relatou pouca pele na região genital para o forramento do canal vaginal na operação de redesignação.
- Para resolver a questão, foi escolhida a técnica peritoneal via robótica, que só havia sido realizada fora do país.
- Por se tratar de algo delicado, o uso do robô dá mais precisão nos movimentos e a recuperação é muito mais rápida, por ser um método menos invasivo.
- As informações são do G1.
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Técnica pode ganhar mais espaço no Brasil
A cirurgia consiste em retirar parte do peritônio, membrana que reveste a parede abdominal, que é bem fina e resistente, e implantá-la na cavidade vaginal. O resultado é um ganho de profundidade vaginal, sem impactos na estética da paciente.
Enquanto a vagina de inversão peniana chega a 15 centímetros, a técnica peritoneal pode chegar de 20 a 22 centímetros, porque o forramento da vagina é mais extenso pelo peritônio. Por isso é usada para quem tem pouca pele, ou já teve complicações em outras cirurgias.
A partir do uso da tecnologia do robô, aperfeiçoada nos Estados Unidos, foi possível conciliar as duas ações essenciais da cirurgia: a parte estética e o procedimento abdominal. A expectativa é que a técnica ganhe mais espaço no Brasil no futuro, gerando uma verdadeira revolução nas cirurgias de redesignação sexual.
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Saúde
Por que feridas tem difícil cicatrização em pessoas com diabetes?
O diabetes ocorre quando a glicose no sangue está muito alta. Com o tempo, o excesso de açúcar no sangue pode causar problemas de saúde, em alguns casos reduzindo a capacidade de regeneração da pele.
Em outras palavras, feridas podem não cicatrizar com a mesma rapidez ou eficácia. Essas feridas aparecem principalmente nos pés e nas pernas, e a cicatrização lenta pode aumentar o risco de desenvolver infecções e outras complicações.
O diabetes prejudica a forma como o corpo produz ou responde à insulina, um hormônio que permite que as células absorvam e usem a glicose da corrente sanguínea para obter energia. Quando o corpo tem dificuldade para metabolizar a glicose, isso pode levar a níveis elevados de açúcar no sangue.
Dentre os problemas de saúde que decorrem do nível elevado de açúcar no sangue está a difícil cicatrização de feridas. Até mesmo pequenos cortes podem se transformar em feridas crônicas que não cicatrizam e são vulneráveis a infecções.
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Por que feridas tem difícil cicatrização em pessoas com diabetes?
Conforme mencionado, a alteração da insulina associada ao diabetes torna mais difícil para o corpo controlar os níveis de glicose no sangue. Deste modo, quando a glicose no sangue permanece alta, ela prejudica a função dos glóbulos brancos.
Os glóbulos brancos são fundamentais no sistema imunológico. Quando os glóbulos brancos não conseguem funcionar corretamente, o corpo tem menos capacidade de combater bactérias e fechar feridas.
De acordo com pesquisas, o diabetes não controlado também pode afetar a circulação, fazendo com que o sangue se mova mais lentamente, dificultando o fornecimento de nutrientes às feridas. Como resultado, as lesões cicatrizam lentamente ou podem não cicatrizar.
A glicose é um tipo de açúcar, usado pelo corpo humano como fonte de energia. Outros tipos de açúcar, como a frutose e a lactose, são transformados em glicose pelo nosso corpo quando ingeridos.
Alguns alimentos ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, entre eles: aveia, amêndoas, brócolis, chia, linhaça, frutas cítricas, maçãs e ovos.
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Saúde
Consumo de álcool prejudica a capacidade de aprendizado do cérebro, diz estudo
É comum que as pessoas relaxem alguns cuidados com o corpo durante as festas de final de ano. Um comportamento típico deste período é o aumento do consumo de álcool. No entanto, é importante saber que isso tem efeitos também para o cérebro.
Segundo pesquisadores da Texas A&M University, dos Estados Unidos, a ingestão de bebidas alcoólicas prejudica a capacidade de aprender e se adaptar. Os maiores efeitos se dão nos interneurônios colinérgicos estriatais (CINs), fundamentais no controle da sinalização da dopamina, que influencia o aprendizado.
Efeitos negativos para o cérebro
- Os cientistas explicam que os CINs são responsáveis por um fenômeno que consiste em uma rápida explosão de atividade seguida por uma pausa.
- Isso é necessário para garantir o aprendizado e a adaptação.
- Testes realizados com animais, no entanto, mostraram que este padrão de disparo apresenta pausas mais fracas e mais curtas quando o organismo é exposto ao álcool.
- Em outras palavras, isso significa prejuízos para processos vitais como o aprendizado reverso, que permite que os indivíduos desaprendam comportamentos quando as regras ou circunstâncias mudam.
- Os resultados foram descritos em estudo publicado na revista Science Advances.
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Descoberta pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos
Durante os trabalhos, a equipe usou uma técnica chamada optogenética, que mistura óptica e genética para manipular neurônios específicos. A luz foi usada para controlar a atividade celular e biossensores geneticamente modificados foram empregados para detectar a liberação de acetilcolina em tempo real enquanto os indivíduos realizavam tarefas.
Isso permitiu que os cientistas observassem como as mudanças no disparo do CIN podem afetar o aprendizado. As conclusões apontam que a fase de explosão ajudou a “desaprender” comportamentos antigos (também conhecido como aprendizado de extinção) e a fase de pausa foi necessária para aprender novos comportamentos (aprendizado de reversão).
Além de explicar como a flexibilidade cognitiva pode ser afetada pelo álcool, as descobertas apontam para potenciais alvos terapêuticos para o tratamento do Transtorno por Uso de Álcool e outras condições cerebrais causadas por deficiências cognitivas. As conclusões sugerem que direcionar o padrão de disparo dos CINs pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos.
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