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O que a tecnologia reserva para nossa saúde bucal? Descubra

Redação Informe 360

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Já pensou se, um dia, apenas um medicamento fosse capaz de regenerar um dente quebrado/perdido? E que nanorrobôs fizessem o papel de sua escova de dente, ajudando em nossa saúde bucal?

Cientistas dizem que esse cenário, aparentemente utópico, está cada vez mais próximo de virar realidade, como diz o Dr. Hyun (Michel) Koo, diretor cofundador do Centro de Inovação e Odontologia de Precisão da Universidade da Pensilvânia (EUA) ao The Wall Street Journal: “Estamos, de fato, procurando por tecnologia disruptiva.”

Nesse âmbito, confira, a seguir, algumas das inovações tecnológicas e descobertas que podem inovar nossa saúde bucal no futuro (não tão distante assim).

Nanorrobôs limpando nossos dentes

Vários nanorrobôs poderão limpar nossos dentes e nos economizar um tempão que gastamos diariamente escovando-os. Sem contar que, teoricamente, eles vão alcançar lugares que nem mesmo o fio dental consegue.

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Koo explica que é uma solução três em um, pois, por meio de sistema automatizado, os nanorrobôs funcionariam como escova de dentes, fio dental e, até, enxaguante bucal.

A tecnologia vem sendo desenvolvida por Koo e Edward Steager, pesquisador sênior da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade da Pensilvânia.

Ela utiliza nanopartículas de compostos de óxido de ferro, aprovadas pela FDA (espécie de Anvisa dos EUA) para uso desde imagens até corantes alimentícios. Isso é possível por conta de sua capacidade de assunção de três tonalidades distintas: vermelha, amarela ou marrom.

Koo explica que o usuário dessa tecnologia “pode comê-los”, inclusive. Juntas, as nanopartículas formam nanorrobôs capazes de realizar tarefas complexas.

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  • Ímãs guiam o conjunto de nanorrobôs para assumirem diversas formas, como cerdas para escovação ou um fio alongado semelhante a um fio dental;
  • Com apenas um botão, nossa rotina de higiene bucal diária torna-se automática por meio da programação de quando e onde tais ímãs se ligam;
  • Hoje, os cientistas têm dois protótipos: um que lembra um protetor bucal e outro que se assemelha a uma escova de dentes;
  • Basta ligar os ímãs e injetar uma solução com os nanorrobôs e peróxido de hidrogênio, conhecido agente de limpeza;
  • Os nanorrobôs atuam como enxaguante bucal desinfectante ao serem combinados com o peróxido de hidrogênio;
  • Quando as nanopartículas ativam quimicamente o peróxido de hidrogênio, matam bactérias e quebram a placa de sujeira mais eficazmente do que o desinfectante por si só, explica Koo;
  • O sistema consegue eliminar 100% da placa em modelo de dentes e gengivas humanos impresso em 3D e 80% em animais;
  • A expectativa dos pesquisadores é a de melhorar esse número em animais até o fim dos testes com eles, previsto para acontecer até o fim deste ano.

Eles também trabalham em diminuir o tempo de limpeza, que, hoje, leva entre cinco e dez minutos, de acordo com Steager.

Já Koo tranquiliza ao dizer que o protótipo atual custaria menos do que uma escova de dentes elétrica mais sofisticada. No Brasil, um equipamento como esse ultrapassa facilmente os R$ 1 mil.

O valor é estimado com base no dispositivo que usa eletrônicos simples e nanopartículas de baixo custo produzíveis no laboratório dos pesquisadores. Eles enxergam o mercado-alvo inicial como sendo o das pessoas com deficiências que os impedem, ou dificultam, a escovação dos dentes.

Contudo, os cientistas responsáveis pela tecnologia também veem outros usos eventuais para quem busca conforto e conveniência ao cuidar da saúde bucal. “Tenho um filho que odeia escovar os dentes”, exemplifica Koo.

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Ilustração de nanorrobôs limpando dentes
Já pensou se nanorrobôs fizessem todo o “trabalho sujo”? (Imagem: Rodrigo Mozelli [gerado com IA]/Olhar Digital)

Mais saúde: bactérias bucais usadas como remédio

Outro estudo quer que as bactérias contidas na boca de uma pessoa possam ser utilizadas como remédio para outra, melhorando sua saúde. Como? A partir dos transplantes de microbiota total.

Basicamente, trata-se da transferência de bactérias da boca de um doador saudável para um paciente, similar aos transplantes de órgãos, por exemplo, mas com menor complexidade e risco (em tese).

Cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia e da Universidade de Adelaide (Austrália) entendem que tal tratamento será capaz, no futuro, de conter a cárie e a doença gengival.

Como isso seria possível?

Todos os seres humanos possuem cerca de 200 espécies de bactérias na boca, a depender da dieta adotada, bem como da genética e estilo de vida, segundo Laura Weyrich, professora associada da Penn State que lidera uma equipe desenvolvedora do tratamento.

Bactérias são capazes tanto de causar doenças orais, como de preveni-las e manter nossa saúde em dia. Durante dois anos, os pesquisadores procuraram por um “super doador”, ou seja, alguém que tivesse o melhor equilíbrio possível de bactérias boas e ruins na boca, e sem quaisquer cáries ou doenças gengivais.

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O escolhido foi um jovem adulto que escova os dentes somente uma vez por dia, não usa fio dental e não vai ao dentista há cinco anos (e, acreditem, ele não tem cáries). A Dra. Sonia Nath, da Universidade de Adelaide, disse que o microbioma do jovem tem tanta saúde que os hábitos de higiene bucal dele não faziam efeito contrário.

Escolhido o super doador, os cientistas pegaram a placa (no caso, espécie de gosma que reveste dentes e gengivas) da boca dele, misturaram com gel e passaram em dentes de ratos. Os roedores demonstraram queda considerável no número de cáries.

Os testes em humanos já estão perto de acontecer, pois a equipe espera começar essa etapa em 2025.

Nos estudos, eles estão tentando identificar se esse transplante funciona em pessoas, bem como se ele também funcionará em demografias distintas e com qual frequência ele deverá ser renovado (assim como precisamos renovas nossas vacinas, por exemplo).

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Por se tratar de bactérias, esse tratamento precisaria ser armazenado em temperaturas baixíssimas e, apesar de ainda estarem analisando o tempo médio de cada aplicação, o prazo inicial seria de meses entre uma e outra durante a visita ao seu dentista.

“Você faz um transplante rápido e, então, sua boca está resolvida”, estima Weyrich.

Terapia de luz vermelha para melhorar a saúde da gengiva

Os implantes dentários atuais podem causar o chamado peri-implante, doença desencadeada por bactérias que destrói o tecido ósseo ao seu redor e a gengiva. Pensando nisso, Geelsu Hwang, professor associado do departamento de ciências preventivas e restauradoras da Universidade da Pensilvânia, entende ter encontrado a solução.

Já pensou um implante que possui tecnologia suficiente para realizar terapia de luz vermelha em sua gengiva, capaz de aumentar a imunidade? E tudo sem a necessidade de bateria? Essa é a tônica do experimento de Hwang.

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A equipe do pesquisador descobriu que tanto a luz vermelha como a infravermelha próxima podem estimular o tecido gengival a liberar peptídeos antimicrobianos – proteínas do sistema imunológico que matam bactérias –, melhorando a saúde bucal.

Para isso, eles optaram pela luz infravermelha próxima por ser invisível. Essa luz atinge a gengiva ao redor do implante e a ajuda no combate a bactérias que causa infecções. “Tenho certeza de que muitas pessoas não gostariam de ter uma luz vermelha visível na boca”, opinou Hwang.

O implante em si é feito de titanato de bário, um material piezoelétrico, ou seja, gera eletricidade após estímulo físico. Movimentos, como a mastigação, ajudam a alimentar os LEDs da terapia de luz contido no implante, sem contar que o titanato de bário já afasta, por conta própria, as bactérias.

Só há uma grande desvantagem: ele é mais fraco que o zircônio, material cerâmico comumente utilizado para a confecção de implantes dentários. Contudo, Hwang disse que ele e sua equipe trabalham para deixar o titanato de bário mais forte.

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Esse implante terapêutico foi testado em células do tecido gengival cercadas por bactérias que causam doenças, descobrindo assim que 90 minutos diários de luz conseguem minimizar a inflamação. Além disso, eles analisam se o tratamento precisa ser contínuo.

Ainda este ano, eles vão testá-lo em porcos, visando, em breve, passar a realizar os testes em seres humanos.

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  • Por quanto tempo devemos escovar os dentes?
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Reconstrução do esmalte dos dentes

O esmalte é a camada externa e dura dos dentes. Ela os protege de vários danos. O problema é que o corpo não é capaz de regenerá-lo conforme ele se erode. Tampouco pode ser substituído.

Contudo, os cientistas estão trabalhando em um gel capaz de reconstruí-lo, deixando nossos dentes mais fortes e menos sensíveis. Segundo Janet Moradian-Oldak, professora de ciências biomédicas e bioengenharia na Universidade da Califórnia do Sul (EUA), tal tecnologia é um sonho para muito há bastante tempo – e ela e sua equipe estão trabalhando em estudo justamente sobre isso.

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Moradian-Oldak passou os últimos 25 anos estudando as proteínas que constroem nosso esmalte e focou particularmente em uma delas: a amelogenina.

Construção do esmalte pelo corpo

A amelogenina é utilizada pelo corpo humano no início do desenvolvimento de nossos dentes para organizar cálcio e fosfato – minerais que constituem boa parte do esmalte – em camadas. Podemos comparar esse processo ao de assentamento de tijolos: a amelogenina organiza os minerais em padrão organizado e repetitivo.

A equipe da professora obteve avanços significativos em 2016, quando projetaram um peptídeo (cadeia curta de aminoácidos) baseados na amelogenina que imitou sua função com sucesso.

Uma vez que o peptídeo foi colocado em um gel e pintado na superfície de dentes do siso extraídos da boca de um paciente, uma nova camada similar ao esmalte se originou. E não foi só isso: o peptídeo conseguiu, ainda, remineralizar a dentina, camada localizada abaixo do esmalte.

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Como Moradian-Oldak afirmou, a tecnologia é buscada com altivez há tempos. Várias outras equipes mundo afora tentam obter sucesso com ela, como equipes da Universidade de Washington (EUA) e de instituições universitárias chinesas desenvolvendo algo similar.

Nos tratamentos tradicionais, o flúor atua formando manchas de depósitos minerais na superfície dos dentes, algo que não é capaz de preservar a resistência e as propriedades físicas do esmalte, tampouco as camadas estruturadas que o gel cria, segundo Moradian-Oldak.

Já os cremes dentais que contém cálcio e fosfato conseguem fornecer os blocos de consturção básicos para a mineralização, mas lhes falta o peptídeo necessário para a construção de camadas organizadas.

A professora líder do estudo tem perspectivas de que o gel seja capaz de prevenir a progressão da cárie ao reconstruir o esmalte perdido, sendo, assim, vital para nossa saúde bucal no futuro.

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Em sua opiniõa, pacientes que mais se beneficiarão (e usarão) o tratamento são aqueles com hipersensibilidade dentária, erosão dentária, lesões de manchas brancas (áreas de desmineralização) e um distúrbio genético denominado amelogênese imperfeita, que impede a formação correta do esmalte.

Existe uma chance, segundo ela, de que o gel também possa clarear os dentes ao formar nova camada sobre toda a superfície. Contudo, a equipe não realizou testes que comprovem (ou não) essa teoria. Dessa forma, “isso é apenas uma ideia”, explicou a professora.

Todavia, assim, como as demais tecnologias que apresentamos antes, esta também tem suas limitações. Por exemplo, são necessárias ao menos 16 horas para que uma camada organizada semelhante ao esmalte cresça.

Além disso, cada uma dessas camadas é fina – seriam necessárias centenas de camadas para corresponder à espessura do esmalte. “Ainda precisamos torná-los mais espessos, mais fortes”, reforçou Moradian-Oldak.

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Por fim, a líder do estudo disse que já patenteou o gel e, agora, está no processo de solicitação de aprovação da FDA para testes clínicos.

Dentes de uma pessoa sendo tratados
Alguns dos tratamentos citados seriam realizados de tempos em tempos durante visita ao dentista (Imagem: Volodymyr TVERDOKHLIB/Shutterstock)

Remédio que faz crescer dentes

Falamos de implantes que fazem tratamentos terapêuticos para impedir que bactérias ajam na gengiva e no entorno. Mas e se, ao invés de usar um implante, você usasse um remédio que faria um dente novinho em folha crescer no lugar de seu original?

É isso o que uma equipe do departamento de odontologia e cirurgia oral do Hospital Kitano em Osaka (Japão), liderada por Katsu Takahashi, está tentando criar.

No caso, o medicamento é um anticorpo projetado para bloquear a proteína USAG-1 que, normalmente, impede o crescimento de novos dentes. O bloqueio dessa proteína permite que os brotos dos dentes, primeiro estágio da formação dental, amadureçam.

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Testes realizados em camundongos portadores de anegesia dentária congênita (condição na qual os dentes estão ausentes graças ao seu mal desenvolvimento) a partir da injeção intevenosa do medicamento trouxe resultados promissores.

Takahashi afirmou que “uma molécila tem potencial para formar um dente inteiro”. Espera-se que, até o mês que vem, seja realizado o primeiro teste em um humano. Contudo, essa primeira tentativa avaliará somente a segurança da injeção em adultos saudáveis.

Caso esse primeiro teste traga resultados positivos, a próxima etapa será testar a medicação em crianças entre dois e sete anos que não possuem dentes justamente por terem a agenesia dentária congênita.

Segundo o líder do estudo, crianças com essa condição chegam a possuir brotos dentários, mas eles não se desenvolvem como deveriam por conta de fatores genéticos e ambientais.

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A equipe do pesquisador hipotetiza que o medicamento em testes pode sim formar dentes permanentes. Todavia, o teste pode levar de três a cinco anos, tempo habitual para que um dente permanente cresça, saindo do estágio de broto na mandíbula e e surja através da gengiva.

Por último, Takahashi explicou que o grupo continuará realizando sua pesquisa básica, na esperança de expandir os usos potenciais do medicamento em adultos.

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Olhar Espacial: como saberíamos se fôssemos visitados por uma nave alienígena?

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O 3I/ATLAS, o terceiro visitante interestelar a cruzar nosso Sistema Solar, vem intrigando a ciência. Alguns chegaram a levantar a hipótese de que ele seria uma nave alienígena – mas estudos científicos e a NASA rapidamente descartaram essa hipótese.

Mas e se, de fato, fôssemos visitados por uma espaçonave de fora da Terra? Como a ciência distinguiria se tratar de um alien e não um fenômeno natural?

Esse é o tema do programa Olhar Espacial de hoje, com o astrônomo Marcelo Zurita. Confira!

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O que é o Modo Investigar do ChatGPT? Entenda o recurso da inteligência artificial

Redação Informe 360

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Se você acompanha o mundo da inteligência artificial, já deve ter ouvido falar que o ChatGPT está ficando mais inteligente, capaz de realizar pesquisas complexas e “pensar” antes de responder. Termos como “Modo Investigar”, “Busca Profunda” e “Modo Thinking” começaram a surgir, mas o que exatamente eles significam?

A verdade é que, embora o “Modo Investigar” seja um nome popular, o recurso oficial que está revolucionando a pesquisa na ferramenta chama-se, na verdade, “Busca Profunda” (ou Deep Research). Trata-se de uma ferramenta muito mais robusta do que a simples pesquisa na web que já conhecíamos.

Vamos desvendar o que é essa ferramenta, como ela se difere de outras funções e quem pode usá-la.

O que é a Busca Profunda (Deep Research) do ChatGPT?

Esqueça as respostas instantâneas clássicas do ChatGPT. A Busca Profunda (também chamada de “Modo Investigar”) não é um bate-papo rápido, mas sim um assistente de pesquisa autônomo.

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Função Deep Research no Chat GPT
Função Deep Research no ChatGPT (Imagem: Reprodução/OpenAI)

Em vez de apenas consultar o Bing para encontrar um fato rápido, a Busca Profunda funciona como um agente de IA que recebe uma tarefa de pesquisa complexa e “sai para trabalhar”.

O objetivo é lidar com perguntas que exigiam horas de pesquisa manual. Ela é projetada para sintetizar informações de múltiplas fontes confiáveis, analisar dados e, ao final, entregar um relatório detalhado.

Leia mais:

  • ChatGPT 4 ou 5? Veja um comparativo de qual o melhor
  • Busca profunda no ChatGPT: o que é, como funciona, e como usar
  • Como usar ChatGPT sem abrir mão de seus dados e privacidade

Quando você ativa a Busca Profunda para uma pergunta (por exemplo: “Qual é a análise de mercado e as projeções de crescimento para o setor de energia solar no Brasil até 2030?”), o ChatGPT informa que iniciará uma pesquisa aprofundada. Esse processo pode levar de 2 a 5 minutos (ou até mais).

Durante esse tempo, a IA está:

  1. Analisando a pergunta.
  2. Criando múltiplos caminhos de pesquisa.
  3. Consultando dezenas de fontes na web.
  4. Filtrando o conteúdo irrelevante.
  5. Sintetizando os dados encontrados em um relatório coeso.
  6. Gerando citações para as fontes utilizadas.

Este é um recurso premium do ChatGPT, logo não é gratuito. A Busca Profunda consome muito mais computação que uma resposta normal, por isso, está disponível apenas para assinantes de planos pagos, como o ChatGPT Plus e Pro, e geralmente possui um limite de quantas pesquisas podem ser feitas por dia ou mês.

Exemplos práticos:

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  • Acadêmico: “Faça uma revisão de literatura sobre os efeitos da meditação mindfulness na redução da ansiedade, citando estudos dos últimos 3 anos.”
  • Negócios: “Compare os principais concorrentes do software X, analisando seus recursos, preços e avaliações de clientes.”
  • Técnico: “Descreva detalhadamente a arquitetura do modelo de IA ‘Mixtral 8x7B’ e explique suas vantagens sobre o ‘LLaMA 2’.”

Qual a diferença entre os modos Busca Profunda, Raciocínio (Thinking) e a busca padrão?

Aqui é onde a confusão geralmente acontece. Os termos “Busca Profunda” (Deep Research) e “Modo de Raciocínio” (Thinking Mode) não são a mesma coisa.

A melhor forma de diferenciá-los é pelo propósito e pelo funcionamento:

Busca Padrão (Browsing)

  • Para que serve? Respostas rápidas e factuais sobre eventos atuais.
  • Como funciona: A IA faz uma busca rápida na web (via Bing) para encontrar informações pontuais. Ela lê algumas páginas e responde em segundos.
  • Exemplo: “Quem ganhou o jogo de ontem?” ou “Qual a previsão do tempo para amanhã?”
  • Disponibilidade: disponível para assinantes pagos e, em alguns momentos, para usuários gratuitos.
Mulher mexendo em notebook com Chat GPT
Mulher mexendo em notebook com ChatGPT (Imagem: frimufilms/freepik)

Modo de Raciocínio (Thinking Mode / Step-by-Step Reasoning)

  • Para que serve? Resolver problemas lógicos complexos ou perguntas que exigem “pensar” em etapas, usando seu conhecimento interno ou dados de uma busca simples.
  • Como funciona: Este não é um “modo” que você seleciona, mas sim uma capacidade de modelos mais avançados (como o GPT-5 ou o o3-mini-high). A IA identifica que a pergunta é difícil (como um problema de matemática ou um quebra-cabeça de lógica) e ativa um processo de “raciocínio passo a passo” antes de dar a resposta final. É mais rápido que a Busca Profunda, mas mais lento que a busca padrão.
  • Exemplo: “Se 5 programadores levam 5 dias para fazer 5 aplicativos, quanto tempo 100 programadores levam para fazer 100 aplicativos?” (A IA vai “pensar” sobre a lógica antes de responder).
  • Disponibilidade: É uma característica intrínseca dos modelos mais avançados, disponível para assinantes pagos.

Busca Profunda (Deep Research)

  • Para que serve? Pesquisa e análise exaustiva de um tópico, resultando em um relatório detalhado.
  • Funcionamento: É um modo que o usuário ativa intencionalmente. É lento (vários minutos), caro em termos computacionais e vasculha a web extensivamente para sintetizar um documento novo e citado.
  • Exemplo: “Crie um relatório completo sobre o impacto da IA na logística de transporte marítimo, incluindo desafios e oportunidades futuras.”
  • Disponibilidade: Exclusivo para planos pagos (como o Pro) e com limites de uso mais restritos.

Em resumo, enquanto a Busca Padrão busca um fato, o Modo de Raciocínio resolve um problema lógico, e a Busca Profunda escreve uma monografia.

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Como e quando fazer a manutenção da suspensão do carro?

Redação Informe 360

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Pense na suspensão como os “sapatos e joelhos” do seu carro. Ela é que trabalha sem parar para garantir, por exemplo, que seu café não derrame no seu colo enquanto você passa por aquela rua esburacada. Ela garante que a viagem seja suave, mesmo quando o asfalto está irregular.

Mas, ela também se “cansa” e precisa de cuidados. Ignorar a manutenção da suspensão não é apenas sinônimo de menos conforto, mas é um risco direto à segurança, afetando como o carro freia, faz curvas e mantém os pneus no chão.

Então, vamos entender quando e como dar a esse sistema a atenção que ele merece, sem precisar virar um especialista em mecânica.

O que é a suspensão do carro e para que ela serve?

Se você já andou de carroça (ou viu em filmes), sabe exatamente o que acontece quando não existe suspensão: cada pedrinha é sentida na alma. Basicamente, o sistema de suspensão é o conjunto de peças que conecta as rodas ao chassi (a “carroceria”) do veículo.

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suspensão de um carro
Suspensão de um carro (Imagem: Mercedes/Reprodução)

Sua missão principal é dupla:

  1. Conforto: absorver os impactos de buracos e irregularidades do solo, impedindo que essa vibração chegue aos passageiros.
  2. Segurança: manter os pneus em contato constante com o solo. É isso que garante a estabilidade, a tração e a eficiência na hora de frear ou desviar de um obstáculo.

Ela fica ali, “escondida” atrás das rodas. E não, ela não é exclusividade dos carros. Motocicletas, caminhões, bicicletas e até alguns trens usam complexos sistemas de suspensão.

Esse sistema é um time que, conforme detalhado pela Fiat em publicação, inclui peças cruciais como:

  • Amortecedores: controlam o movimento das molas, impedindo que o carro fique “pulando” sem parar após passar em uma lombada.
  • Molas: são as primeiras a absorver o impacto (sejam helicoidais, como uma mola de caneta gigante, ou feixes de mola, comuns em picapes).
  • Bandejas (ou braços oscilantes): ligam a coluna da roda (onde o pneu está preso) ao chassi do carro.
  • Pivôs e terminais: permitem que as rodas virem (direção) e subam e desçam (suspensão) de forma articulada.
  • Buchas: pequenas peças de borracha que ficam nas junções, absorvendo vibrações menores e impedindo o atrito de metal com metal.

Como e quando fazer a manutenção da suspensão do carro?

A suspensão geralmente não falha de um dia para o outro, mas ela dá sinais. O problema é que, como o desgaste é gradual, muitos motoristas se acostumam com o “carro batendo” e só percebem quando dirigem um carro novo.

Homem checando suspensão de carro com lanterna
Homem checando suspensão de carro com lanterna (Imagem/freepik)

Fique atento a estes sintomas clássicos:

  • Barulhos estranhos: o sinal mais óbvio. Ouvir “toc-toc”, rangidos (como uma porta velha) ou batidas secas ao passar em lombadas ou buracos é o sistema gritando por ajuda.
  • Instabilidade: se o carro parece “flutuar” em altas velocidades, balança demais em curvas (inclinando a carroceria) ou “puxa” para um lado ao fazer curvas ou frear, desconfie.
  • “Mergulho” ao frear: a frente do carro afunda mais do que o normal quando você pisa no freio, ou a traseira “agacha” muito ao acelerar.
  • Desgaste irregular dos pneus: se os pneus estão ficando “carecas” mais por dentro ou por fora (o famoso “comer pneu”), a culpa é quase sempre de problemas na suspensão ou desalinhamento, como alertam grandes fabricantes de autopeças.
  • Amortecedores “suados”: se você puder espiar por trás da roda (com o carro parado e frio) e vir o cilindro do amortecedor visivelmente melecado de óleo, é sinal de vazamento. Ele perdeu sua função.

Saiba mais:

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A manutenção preventiva é a chave

Diferente do óleo do motor, a suspensão não tem uma “data de validade” única em quilômetros. A durabilidade de um amortecedor pode variar de 40.000 km a mais de 100.000 km, dependendo muito de onde você anda (um carro que só pega asfalto liso versus um que enfrenta paralelepípedos diariamente).

A manutenção, portanto, é focada na inspeção.

Revisão preventiva

A regra de ouro é: faça uma inspeção visual completa do sistema. Mecânicos e publicações especializadas recomendam uma verificação a cada 10.000 ou 20.000 quilômetros, geralmente aproveitando o momento do alinhamento e balanceamento.

Nessa inspeção, o profissional verificará o estado dos amortecedores (buscando vazamentos ou perda de pressão), a integridade das molas (se não estão quebradas ou cansadas) e, principalmente, as folgas nas buchas, pivôs e terminais.

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Troca de peças

Se uma peça estiver ruim, ela deve ser trocada. No caso dos amortecedores e molas, a regra inegociável é fazer a troca sempre aos pares (os dois dianteiros ou os dois traseiros) no mesmo eixo. Colocar apenas um novo desequilibra totalmente o carro, tornando-o perigoso.

Alinhamento

Por fim, qualquer reparo significativo na suspensão (troca de amortecedor, pivô, bandeja) exige que o carro passe por um alinhamento de direção (ou geometria) logo em seguida. Mexer nessas peças altera os ângulos das rodas, e só o alinhamento os coloca de volta no lugar certo.

Cuidar da suspensão é, no fim das contas, cuidar do seu conforto e, principalmente, da sua segurança. Na dúvida, ou se ouvir aquele barulhinho novo, não hesite: passe na sua oficina de confiança.

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