Ligue-se a nós

Saúde

Taxa de mortalidade por câncer despenca no Reino Unido; entenda os motivos

Redação Informe 360

Publicado

no

Especialistas alertam que estamos vivendo uma verdadeira epidemia de câncer. A doença é uma das principais responsáveis por mortes em todo o mundo. Mas o Reino Unido talvez seja um exemplo a ser seguido para reverter este quadro.

Leia mais

câncer tumor
Reino Unido adotou medidas que reduziram mortalidade por câncer (Imagem: shutterstock/Kateryna Kon

Explicações para a queda nas mortes por câncer

Um estudo publicado na revista científica The BMJ aponta que as mortes por câncer tiveram uma queda significativa em território britânico entre 1993 e 2018. Os dados mostram que entre os homens de 35 a 69 anos houve uma queda de 37% na taxa de mortalidade por diversos tipos da doença. Entre as mulheres dessa faixa etária, a diminuição foi de 33%.

A diminuição na taxa de mortalidade foi observada em quase todos os tipos de câncer. As exceções foram câncer de fígado, boca e útero. Em homens, o melanoma também apresentou alta e, em mulheres, o câncer de pâncreas.

Segundo os pesquisadores, as reduções observadas nos 25 anos analisados são resultado de melhorias em diferentes áreas. O progresso na prevenção, por exemplo, foi impulsionado principalmente pela redução do tabagismo.

Anúncio

Para que isso acontecesse, diversas mudanças de políticas aconteceram no Reino Unido, incluindo a proibição de alguns tipos de publicidade, aumento de impostos, proibição de fumar em ambientes fechados e embalagens padronizadas.

O trabalho também aponta que o avanço da tecnologia e dos tratamentos disponíveis foi fundamental para a diminuição na taxa de mortalidade. E destaca outros pontos, como o sucesso das campanhas de prevenção de câncer e a detecção precoce da doença. As informações são do G1.

câncer
Queda no número de mortes pela doença chegou a 37% nos últimos 25 anos (Imagem: CI Photos/Shutterstock)

Casos continuam aumentando

  • Apesar da diminuição no número de mortes, a quantidade de casos confirmados de câncer aumentou no mesmo período.
  • Foi registrada uma alta de 57% entre os homens e de 48% entre as mulheres.
  • Isso pode estar associado aos níveis mais elevados de sobrepeso e obesidade e consumo excessivo de álcool na população britânica.
  • As incidências dos cânceres de próstata e de mama foram as que tiveram aumentos mais significativos em relação aos demais tipo da doença.
  • Uma das hipóteses para a alta é a realização de mais exames diagnósticos específicos.
  • A pesquisa analisou dados referentes à incidência de câncer na população no período de 25 anos, entre 1993 e 2018.
  • Foram considerados os casos e mortes pelos 23 tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres com idades entre 35 e 69 anos.
  • Os pesquisadores escolheram essa faixa etária específica como foco do estudo porque os dados disponíveis referentes a essas idades são mais confiáveis e fáceis de interpretar.
  • Além disso, a precisão do diagnóstico é maior do que se comparado a pacientes mais velhos, com outros problemas de saúde associados.

O post Taxa de mortalidade por câncer despenca no Reino Unido; entenda os motivos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Continuar Lendo
Anúncio

Saúde

Vírus comum pode ser a chave do lúpus, dizem cientistas

Redação Informe 360

Publicado

no

Pesquisadores da Stanford Medicine encontraram a evidência mais forte até hoje de que o vírus Epstein-Barr (EBV) — presente em até 95% dos adultos — pode ser o gatilho direto para o lúpus, doença autoimune crônica que atinge cerca de milhões de pessoas globalmente.

O estudo descreve como o vírus sequestra células do sistema imunológico e as transforma em “células motoras” da inflamação.

“Esta é a descoberta mais impactante da minha carreira”, afirmou William Robinson, chefe da Divisão de Imunologia e Reumatologia de Stanford. “Acreditamos que se aplica a 100% dos casos de lúpus.”

Cientistas descobrem novo tratamento para lúpus
Estudo de Stanford identifica mecanismo que transforma células de defesa em agentes inflamatórios – Imagem: Velimir Zeland / Shutterstock

Detalhes do estudo

  • A pesquisa mostra que o EBV se instala em células B, responsáveis por produzir anticorpos e ativar outras células imunológicas.
  • Em pessoas saudáveis, apenas uma em cada 10.000 células B carrega o vírus; em pacientes com lúpus, esse índice sobe para uma em cada 400 — um aumento de 25 vezes.
  • A chave desse processo é a proteína viral EBNA2, que reprograma as células B e ativa genes pró-inflamatórios.

Leia também:

Pesquisa pode redefinir estratégias de prevenção e tratamento do lúpus – Imagem: Ratchaneekorn – Shutterstock

Como o vírus desencadeia a autoimunidade

Essa reprogramação leva as células B infectadas a ativarem células T auxiliares, provocando uma cascata inflamatória que ataca o próprio material celular do organismo — marca registrada do lúpus. Mulheres são as mais afetadas, por motivos ainda desconhecidos.

Embora muitos pacientes controlem a doença com medicação, cerca de 5% enfrentam complicações graves.

Anúncio

As conclusões também reforçam a hipótese de que o EBV possa participar do desenvolvimento de outras doenças autoimunes, como esclerose múltipla e artrite reumatoide. Agora, cientistas investigam se apenas certas cepas do vírus são capazes de acionar esse mecanismo.

Robinson e colegas trabalham em novas abordagens terapêuticas, incluindo a eliminação profunda de células B infectadas. “Pela primeira vez, temos uma explicação biológica clara para o papel do EBV no lúpus”, disse ele. O estudo foi publicado na Science Translational Medicine.

Letras formando a palavra "Lúpus"'
Mecanismo identificado abre caminho para novas terapias focadas em células B infectadas – Imagem: Fox_Ana/Shutterstock

O post Vírus comum pode ser a chave do lúpus, dizem cientistas apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Saúde

Especialistas defendem preparo uso seguro da IA na medicina

Redação Informe 360

Publicado

no

A inteligência artificial na medicina já não é uma promessa distante — ela está acontecendo agora. Para especialistas, o debate atual não gira mais em torno do “se”, mas do “como” usar essa tecnologia com segurança e responsabilidade. O tema ganhou força justamente pelo impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas.

Mesmo entre defensores da inovação, permanece a preocupação central: garantir que os algoritmos sejam confiáveis e sustentados por boas práticas. Sem essa base, a tecnologia corre o risco de comprometer diagnósticos e condutas, como destaca reportagem do G1.

Impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas intensifica o debate sobre critérios, segurança e qualidade dos algoritmos.
Impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas intensifica o debate sobre critérios, segurança e qualidade dos algoritmos. Créditos: Phanphen Kaewwannarat / iStock

IA na saúde exige responsabilidade

Os debates mais recentes deixam evidente que a IA já está no cotidiano da medicina. Mas, como alertou o médico Charles Souleyman, diretor-executivo da Rede Total Care, usar tecnologia apenas para acelerar atendimentos pode gerar efeitos indesejados.

Ele critica modelos de telemedicina baseados em consultas rápidas e pouco aprofundadas. “O resultado é uma consulta de péssima qualidade, com um agravante: provavelmente, será solicitado um número excessivo de exames”.

O desafio, portanto, é incorporar essas ferramentas sem transformar o atendimento em algo automático ou sem critério. A IA pode ser uma aliada poderosa, mas precisa ser usada de maneira cuidadosa.

Anúncio
Debates mostram que incorporar IA sem avaliação rigorosa pode tornar o atendimento automático e menos preciso.
Debates mostram que incorporar IA sem avaliação rigorosa pode tornar o atendimento automático e menos preciso. Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock

Algoritmos bem treinados fazem toda a diferença

Para que a inteligência artificial realmente contribua com decisões clínicas, ela precisa se apoiar em bases de dados sólidas. Isso torna a qualidade e a validação dos algoritmos fatores essenciais.

Os dados precisam de robustez e é fundamental saber se o algoritmo foi bem treinado, se a validação é consistente.

Carlos Sacomani, urologista e especialista em projetos de telemedicina, durante o FISweek 2025, evento dedicado a inovação e tendências em saúde.

Ele também chama atenção para um ponto importante: alguns produtos do mercado prometem resolver qualquer demanda, mas nem sempre entregam o que anunciam. Sem validação adequada, a IA pode gerar uma falsa sensação de precisão — algo perigoso em ambientes médicos.

O que torna um algoritmo confiável?

  • Uso de bases de dados amplas e representativas.
  • Validações consistentes antes da aplicação clínica.
  • Transparência sobre limitações e cenários de uso.
  • Atualizações frequentes conforme surgem novos estudos.
  • Revisão constante por profissionais especializados.
IA ajuda médicos a priorizar dúvidas, sugerir abordagens e otimizar o fluxo interno, elevando a qualidade do atendimento.
IA ajuda médicos a priorizar dúvidas, sugerir abordagens e otimizar o fluxo interno, elevando a qualidade do atendimento. Imagem: Shutterstock/Adisak Riwkratok

Profissionais precisam ser treinados para usar IA

Souleyman também destaca um problema que ainda está longe de ser resolvido: a formação dos profissionais de saúde para trabalhar com IA. Segundo ele, a capacitação ainda não faz parte das grades das faculdades de medicina, criando uma lacuna importante.

Esse preparo é indispensável. Afinal, a tecnologia exige médicos capazes de fazer as perguntas certas e interpretar sugestões com senso crítico.

Leia mais:

Anúncio

Além disso, consultas assistidas por IA podem melhorar a experiência do paciente. A ferramenta pode ajudar o médico a organizar dúvidas comuns, sugerir falas mais acolhedoras e até indicar exames complementares — sempre com supervisão humana. No dia a dia, a IA também pode agilizar fluxos internos, otimizar o tempo do especialista e tornar o atendimento mais eficiente.

As discussões do FISweek 2025 mostram que a inteligência artificial tem potencial para transformar tanto o cuidado ao paciente quanto a gestão hospitalar. Mas isso só será viável com validação rigorosa, critérios bem definidos e profissionais preparados para usá-la de maneira ética e consciente.

O post Especialistas defendem preparo uso seguro da IA na medicina apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Saúde

Suplementos pré-natais podem reduzir risco de autismo em até 30%

Redação Informe 360

Publicado

no

Uma revisão abrangente conduzida por pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália, em parceria com instituições da Etiópia, indica que a suplementação pré-natal com ácido fólico e multivitamínicos está associada a um risco até 30% menor de desenvolvimento de transtorno do espectro autista (TEA) em crianças.

A análise reuniu evidências de revisões sistemáticas e meta-análises que, juntas, incluem mais de três milhões de participantes.

O TEA, que atinge cerca de 1% das crianças globalmente, afeta habilidades sociais, comunicação e comportamento, podendo coexistir com condições como ansiedade, TDAH, distúrbios do sono e epilepsia.

A nutrição materna pré-natal é considerada um dos fatores ambientais modificáveis mais importantes para o neurodesenvolvimento.

Anúncio
Ácido fólico na gravidez mostra efeito protetor contra autismo, dizem pesquisadores – Imagem: Shutterstock/Doucefleur

Leia mais:

Evidências reunidas e queda consistente no risco

  • A revisão, publicada na PLOS One, avaliou oito revisões sistemáticas que investigaram o uso materno de ácido fólico e multivitamínicos.
  • A maioria apontou associação entre o uso desses suplementos e menor risco de TEA, embora algumas análises anteriores tenham apresentado resultados contraditórios.
  • No conjunto, a nova avaliação encontrou uma redução média de 30% no risco entre mães que utilizaram ácido fólico ou multivitamínicos durante o período pré-natal.
  • Em subanálises, multivitamínicos mostraram redução de 34% no risco e o ácido fólico isolado, de 30%.
  • Os resultados mantiveram consistência mesmo quando cada revisão foi retirada individualmente da análise.
Estudo comprova: Paracetamol na gravidez não causa autismo
Revisão de estudos revela queda consistente no risco de TEA entre mulheres que usaram suplementos antes e durante a gestação (Imagem: Prostock-studio / Shutterstock)

Efeito protetor reforçado

Os autores classificam as evidências como “altamente sugestivas” de um efeito protetor dos suplementos no desenvolvimento cerebral fetal.

O ácido fólico desempenha papel central na formação do tubo neural e na regulação epigenética, enquanto os multivitamínicos contribuem para equilíbrio imunológico e metabolismo de neurotransmissores.

Segundo os pesquisadores, a força do padrão observado sustenta recomendações para que mulheres utilizem ácido fólico e multivitamínicos antes da concepção e nas primeiras fases da gravidez.

autismo
Evidências mostram redução significativa no risco de autismo, sustentando políticas públicas de suplementação materna – Imagem: Veja/Shutterstock

O post Suplementos pré-natais podem reduzir risco de autismo em até 30% apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Em Alta