Saúde
Os efeitos da ressaca pioram com a idade? Entenda!

Se você já ouviu algum amigo comentar que não consegue mais tolerar a mesma quantidade de bebida de quando era jovem, saiba que ele não exagerou. Alguns estudos sobre o assunto revelam que os efeitos da ressaca pioram mesmo com a idade.
Então, talvez seja por isso que na manhã seguinte a uma festa, a sua cabeça sinta ainda mais o peso por ter bebido na noite anterior. Ou o enjoo agora é ainda mais intenso do que você estava acostumado a sentir, quando tinha seus vinte e poucos anos. Entenda, agora, porque isso acontece e quais são exatamente os principais sinais de que você está passando por uma ressaca.
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O que é a ressaca e como ela afeta o corpo?
De acordo com o Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo dos Estados Unidos (Niaaa, sigla em inglês), a ressaca é o conjunto de sintomas mentais e físicos que ocorrem por conta do consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Sobretudo, os sinais mais comuns que uma pessoa com ressaca pode apresentar são: dor de cabeça, cansaço, fraqueza, náuseas, vômitos, dor muscular, tontura, sensibilidade à luz e ao som, sudorese, irritação, dentre outros.

No entanto, esse conjunto de sintomas que resulta em uma intoxicação decorrente de alterações bioquímicas e inflamatórias acontece por conta de alguns fatores. Tais como:
- Desidratação: devido a maior vontade de urinar e a perda de líquido em excesso;
- Irritação gastrointestinal: quando ingerimos álcool em excesso acontece maior liberação de ácido e, com isso, o intestino fica irritado, aumentando a sensação de desconforto.
- Inflamação: o composto acetaldeído é uma substância liberada quando o álcool é metabolizado em nosso corpo, gerando inflamação no fígado, intestino, pâncreas e outros órgãos.
Algumas ações são fundamentais para prevenir a ressaca. Entre essas, estão: manter a hidratação antes e depois de consumir álcool; alimentar-se antes e depois de beber álcool (opte por carboidratos e proteínas); proteger o fígado com vitaminas B e C antes de beber; evitar bebidas que não hidratem como refrigerantes, por exemplo; e dormir bem (na noite anterior e após a ingestão de bebidas).
Embora o Engov não seja indicado diretamente para esta finalidade, o medicamento é, sim, uma opção para aliviar certos efeitos da ressaca, tais como: dores de cabeça, desconfortos no estômago e mal-estar. Isso acontece, porque o Engov tem uma ação analgésica, antiácida e estimulante.
Os efeitos da ressaca pioram com a idade? Entenda o que é verdade ou mito
Sim, é verdade que os efeitos da ressaca pioram com a idade. Isso porque a nossa capacidade de metabolizar a absorção do álcool no nosso corpo fica ainda mais limitada. A principal mudança está no fígado, afinal depois de uma certa idade a resposta desse órgão as bebidas é mais lenta, e isso faz com que os efeitos da ressaca pareçam ainda piores.
Uma vez que o álcool é uma bebida tóxica para nossas células, ao ser decomposto no metabolismo, ele é transformado em uma substância também tóxica, como já mencionamos, o acetaldeído. Dessa forma, o processo para que essa substância seja eliminada do nosso corpo é o seguinte: primeiro se transforma em acetado, depois em água e, por fim, em dióxido de carbono.

Contudo, com o passar dos anos, ao envelhecemos, as enzimas do fígado tornam-se menos eficientes, deixando a metabolização do álcool e seus subprodutos mais lenta. Por isso, esses químicos ficam no corpo por mais tempo que antes.
Sem contar que com o passar dos anos, o fígado também mais estar menos eficaz na formação de glicose, o que leva o organismo a maiores episódios de hipoglicemias. Isso, por sua vez, afeta a energia necessária para o funcionamento dos neurônios e, assim, a sensação de cansaço é ainda maior.
Contudo, não é só o fígado que intensifica os efeitos da ressaca com a idade. Existem também maiores possibilidades de desidratação, pois com a redução de músculos e acúmulo de mais gorduras, o corpo possui menos quantidade de água.
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Saúde
O que é Procrastinação de Vingança na Hora de Dormir (PVD)?

Naturalmente, devido à correria do dia a dia, muitas pessoas são encontram um tempo disponível para si mesmas na agenda. Dessa forma, para compensar um dia cheio, acabam deixando esse “momento de lazer” para a hora de dormir.
É nesse contexto que acontece a Procrastinação de Vingança. Um bom exemplo disso, é quando ficamos rolando o feed do celular tarde da noite, mesmo sabendo que precisa acordar cedo no outro dia.
Esse comportamento, comum e aparentemente inofensivo, tem nome: Revenge Bedtime Procrastination (RBP) em inglês. O termo surgiu em pesquisas na Holanda para descrever o ato de adiar o sono propositalmente.
Mas foi na China que ganhou um novo contorno – o da “vingança” –, refletindo uma rotina intensa de trabalho que empurra o lazer para as horas em que o corpo pede descanso. A seguir, descubra se você está caindo na armadilha da Procrastinação de Vingança na Hora de Dormir.
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Entenda o que é a Procrastinação de Vingança na Hora de Dormir

Como mencionado anteriormente, o termo Procrastinação de Vingança na Hora de Dormir ganhou mais força na China, país aonde maior parte da população enfrenta uma carga horária extensa de trabalho. Nesse contexto, as pessoas acabam por usar o tempo disponível para dormir, optando por fazer atividades de descanso e lazer, que fariam se tivessem tempo durante o dia.
No entanto, a responsável pela popularização do termo foi a jornalista Daphne K. Lee, que escreveu um tuíte tornou viral, ao descrever o que é muito comum em seu país, as pessoas buscarem essa sensação de liberdade ou tempo para si mesma na hora de dormir, negligenciando o sono.
Aprendi um termo muito comum hoje: “報復性熬夜” (procrastinação vingativa da hora de dormir), um observado em que pessoas que não têm muito controle sobre suas vidas diárias se recusam a dormir cedo para recuperar um pouco da sensação de liberdade durante as madrugadas.
Daphne K. Lee no X (antigo Twitter).
No entanto, muito além da China, a Procrastinação de Vingança na Hora de Dormir é uma realidade que faz parte da vida de muitas pessoas. Contudo, o que será que determina que uma pessoa sofre com essa condição na sua rotina? Confira a seguir!
Sinais da Procrastinação de Vingança na hora de dormir

De acordo com alguns pesquisadores do assunto na pesquisa intitulada “Um estudo exploratório sobre a procrastinação do sono: procrastinação na hora de dormir versus procrastinação na cama”, existem três sinais que apontam essa a procrastinação do sono:
- Redução significativa de horas de sono: esse atraso para dormir reduz, consequentemente, o tempo total de sono de uma pessoa por noite.
- Atraso para dormir sem causa aparente: esse atraso no sono não se deve a nenhum outro motivo, como estar doente por causa de uma fonte ambiental que interfere no sono ou até mesmo diagnóstico de distúrbios do sono.
- Consciência do círculo vicioso: geralmente, a pessoa que está vivendo com a Procrastinação de Vingança na hora de dormir tem plena consciência das consequências negativas, e mesmo assim, opta por praticar repetidamente tal comportamento.
Sobre essa última característica, existem até mesmo estudos que mostram porque isso acontece. Em uma publicação de 2014 na revista Frontiers in Psychology, pesquisadores apontaram que indivíduos que postergam o sono como forma de vingança tendem a apresentar dificuldades na autorregulação.
Ou seja, mesmo desejando ir para a cama, suas ações revelam o contrário – eles acabam trocando o descanso por outras atividades, mesmo cientes de que isso pode comprometer o bem-estar.
Por que e como evitar a Procrastinação de Vingança na hora de Dormir?

Embora a má qualidade do sono seja frequentemente relacionada a questões de saúde física, é essencial reconhecer seu papel decisivo na saúde mental e no equilíbrio emocional. Estudos indicam que distúrbios do sono podem não apenas intensificar, mas também contribuir para o surgimento de transtornos como depressão, ansiedade e até bipolaridade.
Pensando em eliminar tais consequências ruins, é importante seguir dicas que ajudam a evitar, de uma vez por todas, a Procrastinação de Vingança na hora de dormir, tais como:
- Saia do círculo vicioso: priorize o sono, evite fazer atividades que o deixarão com mais energia a noite.
- Estabeleça metas de sono: tenha horários definidos para dormir e crie um ambiente favorável para isso, ajustando luz e sons que estejam te atrapalhando a dormir.
- Faça uma avaliação séria da sua agenda: se o tempo de lazer e descanso estão ficando para mais tarde, então organize-se para estabelecer esse momento em outra parte do seu dia. Uma boa sugestão, é dormir mais cedo para acordar cedo e ter um tempo para si mesmo.
- Desligue os dispositivos de distração: evite ficar no celular até mais tarde ou assistir TV próximo ao horário de dormir.
- Estabeleça uma rotina noturna saudável: se deseja ficar um pouco no celular após um dia de trabalho, faça isso com moderação e em um horário mais cedo. Não deixe que esse hábito atrapalhe sua rotina de descanso. Estabeleça horário para jantar, tomar banho e dormir numa sequência saudável, evitando a armadilha de ficar rolando no feed, durante essa rotina.
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Saúde
Quer dormir melhor? Elimine estes 8 hábitos noturnos que atrapalham o sono

Você costuma ter dificuldade para dormir à noite? Tipo se deitar cansado, esperando pegar no sono rapidamente, mas ele não vem? Ou o sono até aparece, mas você acorda no meio da madrugada com a mente acelerada e não consegue mais dormir? Se for o seu caso, saiba que você não está sozinho.
O que muitos não percebem é que a qualidade do sono começa a ser definida antes mesmo de se deitar. Hábitos aparentemente inofensivos, praticados no fim do dia, podem comprometer o descanso de forma significativa. A seguir, listamos oito hábitos comuns que podem atrapalhar o seu sono.
8 hábitos noturnos que atrapalham o sono
Comer muito antes de deitar

Você costuma fazer uma refeição pesada no jantar? Se sim, isso pode ser um dos motivos da sua dificuldade para dormir.
Comer muito e logo em seguida ir dormir não é uma boa ideia. Em vez de relaxar, seu corpo está trabalhando na sua digestão, logo o adormecer será bem conflituoso. Além disso, deitar com o estômago cheio pode causar refluxo e azia.
Especialistas recomendam evitar refeições pesadas, em média, três horas antes de deitar.
Usar telas antes de dormir

No mundo de hoje, é quase impossível passar muito tempo sem olhar para as telas de celulares e notebooks, sendo comum usá-los até o momento de dormir. Porém, estudos mostram que a luz azul emitida por esses dispositivos pode prejudicar o sono.
Por exemplo, o artigo “Blue light has a dark side”, da Harvard Health Publishing, explica que a exposição à luz azul durante a noite interfere no ritmo circadiano. Essa interferência reduz a produção de melatonina, o hormônio que sinaliza ao corpo quando é hora de dormir.
O nosso corpo está sincronizado com o ciclo natural de luz e escuridão, que regula o ritmo circadiano, um relógio biológico de cerca de 24 horas. Durante o dia, a luz azul do sol mantém o cérebro alerta. À noite, o corpo produz melatonina para preparar o descanso.
Entretanto, quando nos expomos à luz azul artificial à noite, o nosso cérebro interpreta que ainda é dia. Isso atrasa a produção de melatonina e desregula o ritmo circadiano.
Dormir com as luzes acesas

Assim como a exposição às telas pode comprometer a qualidade do sono, a presença de luzes acesas no seu quarto exerce efeito semelhante.
A iluminação artificial de sua lâmpada ou abajur, mesmo em níveis baixos, também retarda a produção da melatonina, aquele hormônio fundamental para a regulação do ciclo do sono que mencionamos anteriormente.
De acordo com a Harvard Health Publishing (2024), uma luminosidade suave, de aproximadamente oito lux (equivalente a uma vela distante), já é suficiente para alterar a secreção desse hormônio e desorganizar o ritmo natural do sono.
Beber álcool antes de dormir

A imagem do bêbado que desmaia no meio de uma conversa é bastante conhecida e leva muita gente a pensar que o álcool facilita o sono. Porém, não é bem assim. Na verdade, o álcool altera as fases do sono.
Conforme um artigo publicado no The Conversation, o álcool realmente aumenta o sono profundo no início da noite, mas prejudica o sono REM, essencial para funções como memória e regulação emocional. Além disso, o álcool provoca um sono mais leve e fragmentado na segunda metade da noite, fazendo a pessoa acordar várias vezes.
Levar problemas para a cama

Carregar as preocupações do dia a dia para a hora de dormir é um convite à insônia. Estudos concordam que martelar os problemas na cabeça na hora de dormir gera pensamentos acelerados e ansiedade, que ativam o cérebro e impedem o relaxamento.
De acordo com a American Psychological Association (2024), o estresse afeta negativamente a qualidade e a duração do sono tanto em adultos, como em adolescentes e crianças. Assim, o estresse piora o sono, e o sono ruim aumenta o estresse, criando um ciclo difícil de quebrar.
Caso o estresse, a ansiedade ou a insônia não melhorem, considere consultar um profissional de saúde.
Dormir em um ambiente desfavorável

Para alguns, pode parecer bem óbvio, mas muitos subestimam seu local de descanso, pensando que basta estar cansado de uma rotina exaustiva diária para cair na cama no fim do dia.
Juntando as já citadas iluminações das telas e das lâmpadas, que atrapalham a produção de melatonina, barulhos, colchões e travesseiros desconfortáveis, temperaturas inadequadas e roupas pesadas comprometem a qualidade do sono.
O nosso corpo precisa de condições propícias para relaxar. Ambientes escuros, silenciosos, ventilados e com roupas de cama adequadas são preciosos.
Ter horários irregulares

Você tem um horário definido para ir para a cama? Ter um horário regular para dormir é muito importante. Alterar constantemente o momento de repouso confunde o relógio biológico. O corpo opera com base em ritmos e precisa de consistência para funcionar corretamente.
Como afirma a Harvard Medical School (2025), esse relógio interno deve ser sincronizado todos os dias e ajustado ao ciclo natural de 24 horas. Desvios desse padrão podem desregular o ritmo circadiano, afetar o metabolismo e até contribuir para a insônia.
Cochilar por longos períodos

Tirar sonecas ao longo do dia é irresistível quando temos essa possibilidade, e elas são muito bem-vindas, desde que não sejam muito longas.
Segundo a Mayo Clinic (2024), cochilos longos podem atrapalhar o sono noturno e causar sensação de grogue ao acordar. Esse grogue dará dificuldade de atenção e raciocínio, e essa sensação pode durar até 35 minutos após acordar. Além disso, a Mayo Clinic também afirma que cochilos longos ou frequentes podem dificultar o adormecer ou a manutenção do sono à noite.
Se você for cochilar, uma soneca curta de 20 ou 30 minutos, no início da tarde, não trará problemas à noite.
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Saúde
Como a doença de Parkinson age no cérebro?

A doença de Parkinson é uma das condições neurológicas mais estudadas, mas ainda causa muitas dúvidas sobre seu funcionamento interno. Ela afeta principalmente o cérebro, interferindo na capacidade de controlar os movimentos e provocando sintomas que impactam diretamente a qualidade de vida.
Mas o que acontece de verdade dentro do cérebro quando alguém desenvolve essa doença? Como a doença de Parkinson age no cérebro e por que seus efeitos são tão específicos?
Entender os processos biológicos e químicos por trás dessa doença é essencial para avançar no diagnóstico precoce e no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Aqui, vamos destrinchar o que ocorre dentro do cérebro, as áreas afetadas, as alterações químicas e as consequências dessas mudanças no corpo.
O que é a doença de Parkinson?
Antes de falar do cérebro, é fundamental esclarecer o básico: a doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que afeta o sistema nervoso central.
Ela provoca a morte gradual dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor vital para o controle dos movimentos. A falta de dopamina gera os principais sintomas da doença, como tremores, rigidez muscular, lentidão e instabilidade postural.

Essa doença é crônica, ou seja, não tem cura definitiva até o momento, mas pode ser manejada com medicamentos, terapias e, em alguns casos, cirurgia. A maioria dos pacientes começa a apresentar sintomas após os 60 anos, mas existem casos de Parkinson precoce, que ocorrem em idades menores.
Leia também:
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- Parkinson pode não começar no cérebro, aponta estudo
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A base cerebral do Parkinson: a substância negra
No centro do problema está uma região do cérebro chamada substância negra (ou substantia nigra), localizada na parte média do cérebro, no mesencéfalo. É ali que ficam os neurônios dopaminérgicos que produzem a dopamina, neurotransmissor fundamental para a coordenação dos movimentos voluntários.
Na doença de Parkinson, esses neurônios da substância negra começam a degenerar e morrer. Com a diminuição da produção de dopamina, as vias neurais que controlam os movimentos ficam comprometidas, causando os sintomas motores típicos da doença.

Como a dopamina funciona e seu papel no movimento
A dopamina é como uma moeda de troca química entre os neurônios. Ela ajuda a transmitir sinais que regulam o movimento e o equilíbrio, além de influenciar o humor e a motivação. No sistema motor, a dopamina atua em conjunto com outras áreas do cérebro, especialmente os gânglios da base, que são grupos de neurônios que coordenam os movimentos.
Quando há menos dopamina disponível, o circuito que liga a substância negra aos gânglios da base não funciona direito, resultando em dificuldade para iniciar movimentos, tremores e rigidez muscular.
O processo degenerativo: morte dos neurônios dopaminérgicos
Por que os neurônios da substância negra morrem? Essa é uma questão complexa e ainda parcialmente misteriosa, mas pesquisas indicam que o processo está ligado a fatores genéticos, ambientais e celulares.
Um dos principais suspeitos é o acúmulo anormal de uma proteína chamada alfa-sinucleína dentro dos neurônios. Essa proteína forma agregados chamados corpos de Lewy, que são tóxicos e prejudicam o funcionamento celular. Com o tempo, a presença dessas proteínas anormais causa estresse oxidativo, inflamação e danos nas mitocôndrias (as “usinas de energia” das células), levando à morte celular.

Além disso, mutações genéticas em certos genes (como LRRK2 e PARK7) aumentam o risco de desenvolver Parkinson. Fatores ambientais, como exposição a pesticidas e metais pesados, também parecem contribuir para esse processo.
O papel dos gânglios da base e do circuito motor
Os gânglios da base são um conjunto de núcleos profundos no cérebro que modulam o movimento. Eles recebem sinais da substância negra e outras áreas para planejar e executar movimentos suaves e coordenados.
Na doença de Parkinson, com a queda da dopamina, o equilíbrio dentro desses circuitos é quebrado. Isso provoca um excesso de atividade em certas vias que inibem o movimento, o que explica a lentidão (bradicinesia) e a rigidez muscular. Esse desbalanceamento causa também o tremor em repouso, outro sinal clássico do Parkinson.
Sintomas não motores e o cérebro
Embora a doença de Parkinson seja conhecida pelos sintomas motores, ela também afeta outras funções cerebrais. Muitas vezes, sintomas como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, problemas cognitivos e perda de olfato aparecem antes mesmo dos sinais motores.
Esses sintomas surgem porque o Parkinson não ataca apenas a substância negra, mas também outras áreas do cérebro, como o sistema límbico (envolvido nas emoções) e o córtex pré-frontal (ligado à cognição).

Como o diagnóstico reflete as mudanças cerebrais
Atualmente, o diagnóstico do Parkinson é clínico, baseado nos sintomas e exame neurológico. Exames de imagem, como a ressonância magnética, geralmente não mostram alterações evidentes no início da doença.
No entanto, técnicas mais avançadas, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET) e a SPECT, podem avaliar a função dos neurônios dopaminérgicos, revelando a perda progressiva desses neurônios na substância negra.
Tratamentos e seu impacto no cérebro
Os tratamentos atuais para a doença de Parkinson visam compensar a falta de dopamina. O mais comum é o uso de levodopa, que é convertida em dopamina no cérebro, melhorando os sintomas motores.
Outros medicamentos agem estimulando diretamente os receptores de dopamina ou bloqueando vias que inibem o movimento. Além disso, a estimulação cerebral profunda (DBS) é uma intervenção cirúrgica que utiliza eletrodos para modular a atividade dos gânglios da base, restaurando o equilíbrio do circuito motor.
Embora esses tratamentos não revertam a degeneração dos neurônios, eles permitem que os pacientes mantenham a qualidade de vida por mais tempo.

Pesquisas e o futuro: o que pode mudar no entendimento da doença
O que está no horizonte para a doença de Parkinson? A comunidade científica está atrás de tratamentos que vão além do controle dos sintomas, tentando frear ou até mesmo impedir a progressão da degeneração cerebral.
Pesquisas em terapias gênicas, uso de células-tronco para substituir neurônios perdidos e novos medicamentos para prevenir o acúmulo da alfa-sinucleína estão em andamento.
Além disso, o estudo de biomarcadores para diagnóstico precoce pode revolucionar o combate à doença, permitindo intervenções antes do cérebro estar gravemente comprometido.
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