Ligue-se a nós

Saúde

O que o Escitalopram faz no corpo?

Redação Informe 360

Publicado

no

Recentemente, o termo “Escitalopram” viralizou no X e atingiu uma posição de destaque nos Trendings Topics da plataforma. As postagens compartilharam desde memes até relatos pessoais, e frustrações por causa da substância psicoativa e sobre o que ela faz no corpo.

Mas você sabe para quem o remédio é indicado, como ele age no cérebro e quais os efeitos colaterais mais comuns deste antidepressivo? A seguir, confira as respostas para essas e outras perguntas a respeito do Escitolapram.

O que é e como o Escitalopram funciona?

O Escitalopram é um medicamento classificado como antidepressivo, o qual só deve ser prescrito por médicos psiquiatras a pacientes que apresentam alguns transtornos mentais, como diferentes graus de ansiedade generalizada e depressão. De forma geral, pertence à classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina. Vamos explicar melhor.

cérebro humano iluminado por luzes de diferentes cores
Cérebro humano (Reprodução: Milad Fakurian/Unsplash)

O cérebro possui neurônios, que são células responsáveis pela comunicação elétrica cerebral, e nós denominamos de “sinapse” toda vez que um neurônio se comunica com outro. A cada sinapse realizada, diferentes substâncias são enviadas de um neurônio para o outro e elas se chamam neurotransmissores (hormônios cerebrais). Essas substâncias são importantes porque nos ajudam a acordar, sentir forme, dormir, sentir medo, controlam nossa temperatura, nosso prazer e até o humor.

Leia mais:

Anúncio

Quimicamente falando, os transtornos psiquiátricos aparecem quando há uma falha na transmissão de um ou mais neurotransmissores: em outras palavras, esses hormônios são enviados numa quantidade reduzida, e é aí que os antidepressivos agem.

O Escitalopram trabalha no cérebro aumentando a quantidade de Serotonina disponível, o que ajuda a regular problemas de humor e de sono, por exemplo. Além disso, também garante que ela fique disponível nos neurônios por mais tempo ao invés de ser reabsorvida rapidamente. A longo prazo, o remédio auxilia a corrigir a química cerebral e a tratar os sintomas de transtornos depressivos e ansiosos.

Quais os efeitos colaterais do Escitalopram?

Qualquer remédio ou vacina que realmente funciona possui efeitos colaterais, isso é inevitável. Contudo, nem todas as pessoas vão senti-los, já que isso é uma questão particular de cada organismo. Além disso, alguns efeitos são temporários, enquanto outros podem apresentar certa permanência.

homem com a mão na cabeça, sentindo dores
Homem sentindo dor de cabeça (Reprodução: Usman Yousaf/Unsplash)

Sempre converse com seu médico psiquiatra para encontrar uma dose adequada para o seu problema, mas que não limite a sua vida cotidiana.

Confira, a seguir, alguns efeitos comuns do uso do Escitalopram, que estão presentes na bula do remédio:

  • Dificuldade em sentir prazer sexual
  • Aumento de peso
  • Enjoo
  • Dor de cabeça
  • Alteração no sono, etc.

O post O que o Escitalopram faz no corpo? apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo
Anúncio

Saúde

Eli Lilly: novo medicamento contra obesidade traz resultados expressivos

Redação Informe 360

Publicado

no

A Eli Lilly anunciou que seu medicamento experimental de próxima geração para perda de peso, o retatrutide, levou pacientes a reduzir até 28,7% do peso corporal após mais de um ano de tratamento, resultado considerado significativamente superior ao obtido por drogas já disponíveis no mercado.

Segundo a companhia, o desfecho positivo pode abrir caminho para um novo produto de alto potencial de vendas, ampliando o momento de forte desempenho da Lilly no segmento de emagrecimento, impulsionado pelas altas receitas de medicamentos para diabetes e perda de peso, como Mounjaro e Zepbound. Após, o anúncio, as ações da empresa subiram 1,2% nas negociações pré-mercado.

Logo da Lilly em um smartphone que está em uma mão; atrás, notebook com um gráfico
Ações e valor de mercado da Eli Lilly subiram após divulgação dos resultados (Imagem: MacroEcon/Shutterstock)

Como funciona o retatruride, da Eli Lilly?

  • O retatrutide pertence à mesma categoria geral de fármacos, como Ozempic e Wegovy, da Novo Nordisk, e Mounjaro e Zepbound, também da Eli Lilly;
  • A droga atua imitando três hormônios intestinais que regulam o apetite e podem aumentar o gasto energético;
  • A Eli Lilly conduziu um estudo de Fase 3 com pacientes que tinham obesidade e osteoartrite no joelho e não eram diabéticos;
  • No início do teste, todos apresentavam índice de massa corporal (IMC) de pelo menos 35, considerado um nível elevado de obesidade. Eles receberam injeções semanais do medicamento ou de placebo durante 68 semanas;
  • Os participantes que tomaram a dose mais alta do retatrutide perderam, em média, 32,2 kg — o equivalente a 28,7% do peso corporal;
  • Para efeito de comparação, a dose máxima do Zepbound mostrou capacidade de redução média de 22,5% do peso, enquanto o Wegovy, da Novo Nordisk, proporciona uma perda média abaixo de 20%.
Caneta emagrecedora de Zepbound
Zepbound é o medicamento mais eficaz dentre os que estão em circulação, mas perde para o retatruride (Imagem: oleschwander/Shutterstock)

Leia mais:

Benefício adicional e efeitos colaterais

O estudo também constatou que o retatrutide ajudou a aliviar a dor no joelho causada pela osteoartrite.

Os pacientes registraram efeitos colaterais gastrointestinais — como náusea e diarreia —, comuns nessa categoria de medicamentos. O analista Chris Schott, do J.P. Morgan, explicou ao The Wall Street Journal que as taxas desses efeitos foram maiores com o retatrutide do que com drogas mais antigas, como Wegovy e Zepbound, mas ainda consideradas consistentes com o perfil do segmento.

Anúncio

Alguns participantes interromperam o tratamento por terem perdido peso demais. Schott afirmou que o público-alvo da medicação são pessoas com IMC elevado.

Foto aérea de uma pessoa em cima de uma balança
Analista disse que medicamento tem, como público-alvo, para pessoas com IMC elevado (Imagem: SofikoS/Shutterstock)

“Acreditamos que a retatrutida poderá se tornar uma opção importante para pacientes com necessidades significativas de perda de peso e certas complicações, incluindo osteoartrite do joelho”, disse Kenneth Custer, presidente da Lilly Cardiometabolic Health. A empresa prevê que outros sete estudos clínicos de Fase 3 com o retatrutide sejam concluídos em 2026.

O post Eli Lilly: novo medicamento contra obesidade traz resultados expressivos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Saúde

Mutação ligada a câncer é transmitida por doador a quase 200 crianças em 14 países

Redação Informe 360

Publicado

no

Uma investigação conduzida pela EBU Investigative Journalism Network revelou um caso inédito envolvendo reprodução assistida na Europa. Segundo o levantamento, uma mutação genética associada a câncer agressivo foi transmitida por um único doador de sêmen dinamarquês a pelo menos 197 crianças em 14 países. O caso expõe falhas profundas nos sistemas de controle de bancos de sêmen, no acompanhamento de pacientes e nas regras de rastreabilidade genética no continente.

O doador, identificado como “Doador 7069” ou “Kjeld”, teve amostras distribuídas por 17 anos, ultrapassando limites nacionais e resultando em uma rede de famílias expostas a uma alteração grave no gene TP53 — mutação responsável pela síndrome de Li-Fraumeni, condição conhecida por elevar drasticamente o risco de tumores ao longo da vida.

Síndrome de Li-Fraumeni: risco elevado e mutação difícil de detectar

A mutação no gene TP53 afeta o funcionamento do mecanismo celular responsável por reparar danos no DNA e evitar a multiplicação de células defeituosas. Quando esse sistema falha, o risco de câncer precoce, tumores múltiplos e sarcomas aumenta significativamente — inclusive na infância.

Estudo identifica sinal que desliga células T e mostra como reativar o sistema imune no combate ao câncer
A mutação no gene TP53 afeta o funcionamento do mecanismo celular responsável por reparar danos no DNA e evitar a multiplicação de células defeituosas (Imagem: Lightspring / Shutterstock)

No caso do doador dinamarquês, a alteração estava presente apenas em parte dos espermatozoides, quadro conhecido como mosaicismo gonadal. Como a mutação não afetava outras células do corpo, ela não aparecia nos testes convencionais da época, dificultando a identificação do risco genético.

A síndrome de Li-Fraumeni exige acompanhamento vitalício, com exames periódicos como ressonâncias magnéticas, ultrassons e avaliações clínicas frequentes para detecção precoce de tumores.

Anúncio

Distribuição continental, falhas sistêmicas e impacto nas famílias

Documentos analisados pela EBU mostram que as amostras foram distribuídas em larga escala pela European Sperm Bank, atingindo dezenas de clínicas e ultrapassando limites nacionais. Alguns exemplos:

  • Dinamarca: 99 crianças — o dobro do limite local.
  • Bélgica: 53 nascimentos — quase dez vezes acima do permitido.
  • Espanha: 35 crianças — apesar do limite de seis.
  • Alemanha, Suécia e Grécia: casos confirmados de crianças afetadas.
  • Irlanda, Polônia, Albânia e Kosovo: material distribuído, mas sem registros de nascimentos.

A falta de integração entre bancos de sêmen e sistemas de saúde permitiu que o uso das amostras se estendesse por quase duas décadas. O fluxo de pacientes que viajam para tratamentos em outros países agravou o problema, já que cada clínica registra apenas seu público local.

A European Sperm Bank confirmou à investigação que os limites foram ultrapassados, atribuindo o caso a falhas de comunicação, registros incompletos e ausência de sistemas centralizados.

imagem mostra células cancerígenas se reproduzindo
A síndrome de Li-Fraumeni exige acompanhamento vitalício (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

Consequências da mutação: desafios e lacunas regulatórias

A mutação no TP53 compromete o controle de divisão celular e eleva a probabilidade de câncer ainda nos primeiros anos de vida. Em diversas famílias, crianças já apresentaram tumores agressivos, múltiplos diagnósticos e casos fatais associados à síndrome.

Autoridades estimam que nem todas as famílias foram informadas, e que parte das crianças potencialmente afetadas permanece sem monitoramento adequado. O setor de reprodução assistida, avaliado em cerca de R$ 285 bilhões globalmente, opera com regras fragmentadas na Europa, onde cada país define limites próprios para doadores — sem uma diretriz internacional unificada.

Leia mais:

Anúncio

A União Europeia planeja implementar normas mais rígidas em 2027, com bancos de dados interoperáveis. Ainda assim, não haverá limite europeu único para número de crianças por doador, o que mantém brechas para casos semelhantes.

Segundo especialistas, a Europa enfrenta três desafios imediatos: localizar todas as famílias expostas, ampliar o acesso a protocolos de rastreamento oncológico e revisar profundamente o modelo regulatório que permitiu a propagação de uma mutação ligada a câncer por quase 20 anos sem detecção.

O post Mutação ligada a câncer é transmitida por doador a quase 200 crianças em 14 países apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Saúde

Vacina do Butantan contra dengue começa a ser aplicada em janeiro

Redação Informe 360

Publicado

no

A nova vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan começará a ser aplicada a partir de janeiro de 2026. O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira (9), as diretrizes iniciais da campanha, que marca a estreia do primeiro imunizante de dose única produzido integralmente no Brasil. As primeiras doses serão direcionadas a quem atua na linha de frente do atendimento básico.

No anúncio, a pasta destacou que a distribuição inicial será destinada a profissionais da Atenção Primária, que trabalham em UBSs e em visitas domiciliares. Segundo o ministério, essa etapa é essencial para reduzir o risco entre os primeiros responsáveis por identificar casos suspeitos da doença.

butantan
Nova vacina contra a dengue foi desenvolvida pelo Instituto Butantan (Imagem: cadu.rolim / Shutterstock.com)

Primeiras doses da vacina contra a dengue do Butantan serão destinadas à Atenção Primária

As 1,3 milhão de doses já produzidas seguirão recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI). A previsão é que o lote esteja disponível até o fim de janeiro. Ao justificar a prioridade, o ministro Alexandre Padilha afirmou que proteger esses trabalhadores é uma forma de “garantir uma resposta mais rápida aos casos atendidos na porta de entrada do SUS”.

Em declaração feita durante o anúncio, Padilha ressaltou: “A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais.”

Com a expansão da capacidade produtiva, o ministério pretende ampliar a campanha para o público geral. A vacinação deve avançar por faixas etárias, começando por adultos a partir de 59 anos e seguindo até alcançar pessoas de 15 anos.

Anúncio
Vacinas
A destinação das doses vai avançar por faixas etárias, com a expansão da capacidade produtiva (Imagem: Momentum studio / Shutterstock.com)

Produção ampliada e parceria internacional

O aumento da oferta será viabilizado por uma cooperação entre o Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines, que ficará responsável por ampliar a produção e realizar transferência de tecnologia. A parceria permitirá acelerar o cronograma e garantir o abastecimento necessário para a expansão da campanha.

A definição das primeiras etapas de vacinação levou em conta critérios técnicos e o cenário epidemiológico atual. As decisões foram consolidadas durante reunião da CTAI realizada em 1º de dezembro.

Estudo em Botucatu vai medir impacto da imunização em massa

Parte das doses será direcionada a Botucatu (SP), que servirá como área de estudo para avaliar o impacto da vacinação em massa na transmissão da dengue. O município deverá iniciar antes do restante do país a imunização de toda a população entre 15 e 59 anos.

A projeção do Ministério da Saúde é de que, com adesão entre 40% e 50%, já seja possível notar redução significativa na circulação do vírus. Botucatu já participou de um estudo similar durante a pandemia de covid-19. Outros municípios com predominância do sorotipo DENV-3, que contribuiu para o aumento de casos em 2024, também são avaliados para compor a estratégia.

Leia mais:

Anúncio

Eficácia e comparação com vacina contra a dengue já disponível no SUS

Os dados apresentados pelo Butantan à Anvisa mostram que o imunizante registrou 74,7% de eficácia contra quadros sintomáticos em pessoas de 12 a 59 anos e 89% de proteção contra formas graves ou com sinais de alarme. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine (NEJM), com a informação exclusiva veiculada pelo próprio instituto.

SUS já oferece outra vacina contra a dengue, aplicada em duas doses (Imagem: Blossom Stock Studio / Shutterstock.com)

O SUS já oferece outra vacina contra a dengue, produzida por um laboratório japonês e aplicada em duas doses, indicada para adolescentes de 10 a 14 anos. Desde a incorporação desse imunizante à rede pública, em 2024, mais de 7,4 milhões de doses foram aplicadas. Para 2026, o ministério garantiu 9 milhões de doses, com previsão de mais 9 milhões para 2027.

O post Vacina do Butantan contra dengue começa a ser aplicada em janeiro apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Em Alta