Saúde
A Covid-19 já pode ser considerada uma doença sazonal?

Já se passaram mais de 4 anos desde os primeiros casos registrados de Covid-19. Especialistas estimam que cerca de 360 milhões de pessoas tenham contraído o vírus nesse período. Mais de 7 milhões morreram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pesquisadores de todo o mundo continuam estudando o coronavírus e suas novas variantes. E tentam entender qual será o comportamento desse organismo no futuro. Será que uma nova cepa pode causar um novo pico de Covid? Será que a doença já se tornou algo sazonal?
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Entender a sazonalidade de um vírus é um fator essencial na elaboração de políticas públicas de saúde. A gripe comum, por exemplo, pode matar. E é por isso que o Ministério da Saúde promove todo ano uma campanha nacional de vacinação. Para evitar que as pessoas peguem a doença – ou que, pelo menos, desenvolvam uma gripe mais fraca.
Você já se deu conta também que as campanhas ocorrem na mesma época todos os anos? Sim, pode começar a perceber: os anúncios na TV e em outros meios começam sempre em abril, às vezes no fim de março. E a ação costuma ir até maio ou junho. São os meses que antecedem o inverno.
E a gripe, provocada pelo vírus Influenza, tem essa característica da sazonalidade: ela costuma aparecer com força e mais frequência nos meses mais frios.

Dito isso, volto à questão da Covid. Será que ela já pode ser considerada uma doença sazonal? Números recentes vindos do Hemisfério Norte confirmam o que muitos médicos já vinham dizendo: a resposta é não.
Aumento de casos no Hemisfério Norte
- O número de casos de Covid-19 na Europa aumentou cinco vezes em oito semanas.
- O alerta foi feito pelo diretor do escritório da OMS no Velho Continente, Hans Kluge, no X (antigo Twitter).
- Segundo ele, a quantidade de internações na região é 51% maior do que há quatro semanas, enquanto as mortes aumentaram 32% no período.
- O mesmo fenômeno ocorre nos Estados Unidos, onde as taxas de Covid estão altas em vários estados, como Arizona, Califórnia, Havaí e Nevada.
- O próprio presidente Joe Biden testou positivo para o SARS-CoV-2 nas últimas semanas, o que atrapalhou sua campanha e contribuiu para a sua desistência da disputa.
- Vale destacar que o Hemisfério Norte vive hoje o verão, ou seja, a tendência natural era que essas doenças respiratórias dessem uma trégua.
- A Covid-19, porém, vem experimentando esse avanço – o que comprova a tese de médicos de que ela ainda não é sazonal.
- E que ela ainda deve ser levada a sério, apesar de ter saído dos holofotes no noticiário, por exemplo.
Mas a Covid-19 poderá se tornar uma doença sazonal um dia?
Esse último surto no verão europeu mostra que ainda é cedo para responder essa pergunta.
Como já exibimos aqui no Olhar Digital, vários especialistas dizem que sim, que ela se tornará sazonal, e têm suas próprias estimativas de quando isso vai acontecer.
Nesse caso mais recente, por exemplo, os médicos afirmam que um dos fatores que levou à explosão de casos teria sido a Eurocopa. Sim, o torneio continental de futebol. Muitas pessoas saíram de casa e foram a bares assistir aos jogos, o que teria facilitado a circulação do vírus.
Vale destacar que esse novo pico tem a ver também com o fato de que muita gente ainda não “pegou” o coronavírus. E pode demorar décadas até que isso aconteça. A humanidade têm convivido e sido exposta à gripe e a outros vírus comuns há centenas de anos. Um caminho longo até chegarmos às características que conhecemos hoje. Um caminho longo que a Covid pode percorrer até se tornar sazonal de fato.

Independentemente da resposta, o diretor da OMS na Europa, Hans Kluge, trouxe uma importante lembrança na sua série de tuítes: precisamos continuar seguindo as recomendações das entidades de saúde.
Isso significa manter a vacinação atualizada, garantir rápido acesso a tratamentos para pacientes frágeis e manter distanciamento social em caso de diagnóstico positivo.
As informações são da BBC.
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Saúde
5 doenças que a inteligência artificial já auxilia no diagnóstico

A inteligência artificial tem transformado o diagnóstico médico ao permitir a identificação rápida e precisa de diversas doenças. Com algoritmos avançados, especialistas analisam grandes volumes de dados para detectar padrões sutis que passariam despercebidos em exames convencionais.
Essa tecnologia tem sido fundamental na detecção precoce de condições como glaucoma, doenças neurodegenerativas, enfermidades cardiovasculares e diabetes.
Quer saber como essa tecnologia está impactando diferentes áreas da medicina e tornando diagnósticos mais acessíveis e confiáveis? Descubra nos próximos tópicos como a IA está transformando a saúde e auxiliando na detecção precoce de várias doenças!
Avanços da inteligência artificial no diagnóstico de doenças
1 – Glaucoma
A inteligência artificial tem revolucionado o diagnóstico do glaucoma, uma doença ocular silenciosa que pode levar à cegueira se não for detectada precocemente.

Como os primeiros estágios da doença costumam ser assintomáticos, a IA auxilia na identificação de padrões sutis em exames oftalmológicos, como campo visual e tomografia de coerência óptica.
Algoritmos avançados analisam grandes volumes de dados e conseguem detectar alterações na estrutura do nervo óptico, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso.
Além da detecção precoce, a IA também contribui para prever a progressão do glaucoma, ajudando médicos a personalizar tratamentos de acordo com o risco de cada paciente.
Estudos indicam que sistemas inteligentes podem alcançar taxas de acerto superiores às de especialistas em alguns casos, tornando o diagnóstico mais acessível e eficiente. Com essa tecnologia, mais pessoas podem receber atendimento adequado antes que a doença comprometa sua visão.
2 – Alzheimer e Parkinson
O Alzheimer e o Parkinson, que atingem milhões de pessoas, agora também podem ser detectados precocemente com o auxílio da inteligência artificial.
No caso do Alzheimer, algoritmos de IA analisam exames de imagem cerebral, como ressonância magnética e tomografia, identificando padrões sutis que podem indicar o início da doença antes mesmo dos sintomas se tornarem evidentes.
Além disso, sistemas inteligentes processam dados de eletroencefalogramas (EEG) para detectar alterações na atividade elétrica do cérebro, permitindo uma abordagem mais precisa e acessível.
Já no diagnóstico do Parkinson, a IA auxilia na análise de movimentos motores e expressões faciais, identificando sinais precoces da doença que podem passar despercebidos em exames convencionais.
Modelos de aprendizado de máquina também avaliam dados clínicos e históricos médicos, ajudando neurologistas a prever a progressão da condição e a personalizar tratamentos para cada paciente.
3 – Doença arterial coronariana e arritmias
Entre as inovações médicas mais promissoras, o uso da inteligência artificial tem revolucionado a forma como doenças cardiovasculares são diagnosticadas, auxiliando médicos na identificação precoce de condições graves.

No caso da doença arterial coronariana, a IA analisa exames como angiografias e tomografias para detectar obstruções nas artérias.
Esse processo permite que especialistas intervenham antes que ocorram complicações, prevenindo ataques cardíacos e reduzindo a necessidade de procedimentos invasivos.
Já no caso das arritmias cardíacas, a IA é fundamental na análise de eletrocardiogramas e no monitoramento contínuo por dispositivos vestíveis, como smartwatches.
Essas tecnologias são capazes de detectar irregularidades nos batimentos cardíacos que poderiam passar despercebidas em exames convencionais, possibilitando um diagnóstico mais rápido e eficaz.
Além disso, sistemas inteligentes ajudam a prever complicações e a acompanhar pacientes remotamente, garantindo intervenções médicas oportunas.
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4 – Diabetes
A inteligência artificial tem sido uma ferramenta fundamental na identificação do diabetes, tornando o processo de diagnóstico mais ágil e confiável.

Algoritmos avançados analisam grandes volumes de dados clínicos, incluindo exames de sangue, padrões de glicose e fatores de risco individuais, para identificar sinais precoces da condição.
Além disso, sistemas de IA conseguem prever complicações potenciais, como neuropatia diabética e retinopatia, ajudando médicos a personalizar tratamentos e melhorar o acompanhamento dos pacientes.
Um estudo publicado no Mayo Clinic Proceedings: Digital Health demonstrou que um modelo de IA foi capaz de diagnosticar diabetes tipo 2 com 89% de precisão para mulheres e 86% para homens, apenas analisando gravações de voz de pacientes.
Essa tecnologia inovadora pode facilitar significativamente o diagnóstico, tornando-o mais acessível e menos invasivo. Com esses avanços, a IA está revolucionando a forma como o diabetes é identificado e tratado, proporcionando melhores resultados para milhões de pessoas.
5 – Microangiopatias Trombóticas e mais doenças raras
As Microangiopatias Trombóticas (MATs) são doenças raras que provocam coágulos sanguíneos e podem comprometer órgãos vitais.
Como seus sintomas são semelhantes a outras condições, sistemas avançados de IA analisam exames laboratoriais e dados clínicos para identificar padrões precoces.
Um estudo publicado pela Revista FT destacou a importância da tecnologia na diferenciação dessas doenças, ajudando médicos a tomar decisões rápidas e assertivas. Além disso, algoritmos inteligentes cruzam informações genéticas e biomarcadores, tornando o diagnóstico mais preciso e acessível.
A IA também tem sido essencial na identificação de doenças raras, especialmente as de origem genética. Novos exames baseados em inteligência artificial permitem a detecção de mais de 90 condições ao analisar alterações químicas no DNA.
Isso acelera o diagnóstico de enfermidades que, antes, levavam anos para serem reconhecidas, garantindo intervenções médicas mais eficazes. Médicos podem contar com algoritmos que processam grandes volumes de dados e indicam caminhos personalizados para cada paciente.
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Saúde
Tremer de frio pode ajudar a queimar calorias?

Se você já enfrentou uma manhã gelada sem casaco e ficou tremendo como uma “vara verde”, saiba que esse incômodo pode ter efeitos surpreendentes. Estudos apontam que tremer queima calorias, e não poucas. Apenas 10 a 15 minutos de tremores provocados pelo frio podem resultar na queima de gordura em níveis semelhantes aos de uma hora de exercício físico moderado.
A razão por trás disso está na reação do organismo às baixas temperaturas. Para se aquecer, o corpo aciona mecanismos que ativam a gordura marrom, mais eficiente na geração de calor e na queima de energia. Mas quais são os benefícios dessa resposta térmica? E o que diz a medicina sobre essa curiosa relação entre frio e metabolismo? É o que você vai descobrir neste artigo.
Como tremer de frio pode acelerar o gasto calórico

O estudo conhecido como ICEMAN revelou que a exposição ao frio pode aumentar significativamente a quantidade de gordura marrom no corpo humano, um tipo de gordura que queima energia para gerar calor.
Durante o experimento, voluntários passaram por diferentes temperaturas ao longo de quatro meses, e os resultados mostraram que ambientes mais frios estimularam o crescimento da gordura marrom em até 40%, enquanto temperaturas mais quentes reduziram esse efeito.
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Na pesquisa, voluntários que passaram de 10 a 15 minutos tremendo em ambiente refrigerado a 12 e 18 graus centígrados liberaram a mesma quantidade do hormônio responsável pela conversão de gordura quanto aqueles que pedalaram por uma hora em ritmo moderado.
O coordenador do estudo, Paul Lee, cientista do Instituto Garvan de Pesquisas Médicas e endocrinologista, explicou que ao sentir frio, o corpo ativa primeiro a gordura marrom, que gera calor ao queimar energia. Se isso não for suficiente, o corpo recorre aos tremores musculares como mecanismo adicional para produzir calor.
Segundo o endocrinologista, o frio estimula dois hormônios: irisina, liberada pelos músculos ao tremer, e FGF21, liberado pela gordura marrom. Esses hormônios aceleram a queima de gordura branca, fazendo com que ela passe a produzir calor.
Lee também observou que pedalar por uma hora em ritmo moderado gera a mesma quantidade de irisina que 10 a 15 minutos de tremores provocados pelo frio. Ele sugere que a contração muscular causada pelo exercício físico simula o ato de tremer, e que a produção de irisina durante atividades pode ter evoluído a partir dessa resposta natural ao frio.
Exposição ao frio: uma aliada inesperada na saúde metabólica

Entre os benefícios apontados pelo estudo ICEMAN, destaca-se que pequenas variações na exposição à temperatura podem ativar mecanismos naturais de defesa do organismo e melhorar a saúde metabólica. Essa descoberta abre caminho para novas abordagens no tratamento da obesidade e de doenças relacionadas ao metabolismo.
Além disso, a pesquisa liderada por Paul Lee demonstrou que a exposição prolongada ao frio aumenta a sensibilidade à insulina, ou seja, o corpo passa a utilizar menos insulina para manter os níveis de glicose sob controle, uma vantagem importante para pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2.
Entre outras coisas, os achados do estudo ICEMAN, coordenado por Paul Lee, ganham força ao serem comparados com outras pesquisas internacionais que também demonstram os efeitos do frio sobre o metabolismo humano.
Um estudo realizado no Japão mostrou que pessoas expostas diariamente a 17 °C por duas horas durante seis semanas apresentaram redução significativa da gordura corporal, além de aumento na atividade da gordura marrom, que é metabolicamente ativa e contribui para a queima de energia.
Já na Universidade de Maastricht, na Holanda, pesquisadores observaram que indivíduos submetidos a seis horas diárias a 15 °C por dez dias tiveram um crescimento nos depósitos de gordura marrom, o que facilitou a adaptação ao frio e elevou o gasto energético basal.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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Saúde
Nova descoberta sobre a dopamina revoluciona entendimento do cérebro

Uma nova pesquisa da Universidade do Colorado, publicada na revista Science, desafia a visão tradicional sobre a dopamina.
Ao contrário da crença de que esse neurotransmissor se espalha amplamente pelo cérebro de forma contínua, os cientistas descobriram que ele atua por meio de disparos ultrarrápidos e precisos, atingindo grupos específicos de neurônios com alta seletividade temporal e espacial.

Detalhes do estudo
- Usando microscopia de dois fótons, os pesquisadores observaram que a dopamina é liberada em “pontos críticos” do cérebro em rajadas milimétricas e momentâneas — comparáveis a faíscas — e não como uma névoa difusa, como se pensava.
- Esse novo modelo de “sinalização de precisão” revela que o cérebro pode modular comportamentos e decisões com muito mais especificidade do que se imaginava.
- Segundo o professor Christopher Ford, autor principal do estudo, esse mecanismo refinado de liberação pode explicar como a dopamina regula uma ampla gama de comportamentos.
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Descoberta pode mudar nossa compreensão sobre doenças e distúrbios
A descoberta inaugura uma nova compreensão sobre o papel da dopamina em distúrbios como TDAH, doença de Parkinson, esquizofrenia, dependência química e depressão.
Além das rajadas localizadas, a equipe identificou também uma camada de sinalização mais lenta e difusa, sugerindo que a dopamina atua em dois níveis: de forma precisa para ajustes momentâneos e de modo geral para regular funções cognitivas complexas como aprendizado e tomada de decisões.
Esses achados desafiam abordagens terapêuticas atuais, que ainda se baseiam em medicamentos de efeito amplo. A longo prazo, entender essa complexa dinâmica pode levar ao desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, personalizados e com menos efeitos colaterais.

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