Saúde
Muito tempo sem comer? Veja sintomas do jejum prolongado e os riscos para o corpo

Ficar longos períodos sem comer pode parecer uma forma rápida de perder peso ou compensar exageros alimentares. Porém, o jejum prolongado, especialmente quando feito sem orientação, pode provocar desequilíbrios metabólicos e prejudicar o funcionamento do organismo.
Mais do que apenas lidar com a fome, ficar muito tempo sem se alimentar altera o metabolismo, afeta o humor, reduz a concentração e pode comprometer a saúde a longo prazo.
A seguir os principais sintomas que o corpo apresenta em diferentes estágios de privação alimentar.
O que acontece no corpo durante o jejum
Fome intensa e irritabilidade

Nas primeiras horas sem comer, o corpo libera mais grelina, o “hormônio da fome”. Isso causa apetite exagerado, irritabilidade e alterações de humor, um estado popularmente conhecido como “hangry” (fome + raiva).
É uma reação natural do organismo, que tenta incentivar a busca por alimento para restaurar os níveis de energia.
Alterações na ação da insulina e risco de diabetes

Um dos efeitos mais preocupantes do jejum prolongado é o impacto sobre a ação da insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de glicose no sangue.
Mesmo que o corpo continue produzindo insulina, sua eficácia diminui quando há excesso de radicais livres gerados durante a privação alimentar. Isso dificulta a entrada da glicose nas células, reduzindo a energia disponível para o funcionamento do organismo.
Com o tempo, esse processo pode levar a um quadro semelhante à resistência à insulina, condição que antecede o diabetes tipo 2.
Fadiga, tontura e dor de cabeça

Com a queda da glicose no sangue, o cérebro e os músculos recebem menos energia. O resultado é cansaço, fraqueza, tremores e dificuldade de concentração.
As dores de cabeça tornam-se comuns, muitas vezes associadas à desidratação e à falta de nutrientes. A sensação de tontura ou visão turva também pode aparecer, especialmente se o jejum se estender por mais de 12 horas.
Dificuldade de concentração e “nevoeiro mental”

Quando a glicose acaba, o corpo prioriza funções vitais e reduz o gasto de energia no cérebro. O resultado é um raciocínio mais lento, dificuldade de lembrar informações e sensação de “mente nublada”.
Esse quadro, conhecido como brain fog (ou nevoeiro mental), é comum em jejuns longos e indica que o sistema nervoso está trabalhando com menos combustível do que precisa.
Hálito cetônico

A partir de alguns dias de jejum, o corpo entra em cetose intensa e passa a liberar cetonas, subprodutos da queima de gordura. Essas substâncias saem pelo hálito e conferem um cheiro adocicado ou semelhante à acetona.
Embora seja um sinal de que o corpo está usando gordura como energia, o hálito cetônico revela que o organismo está em estado de privação prolongada.
Leia mais
- Como o jejum intermitente afeta o seu cérebro?
- Jejum pode estar ligado a um maior risco de morte precoce
- Jejum intermitente não é mais eficaz do que dieta normal
Constipação e queda de pressão

A falta de ingestão regular de alimentos pode reduzir o estímulo intestinal e desacelerar o funcionamento do intestino, resultando em constipação, caracterizada por dificuldade para evacuar, fezes ressecadas e sensação de esvaziamento incompleto.
Além disso, a redução no consumo de líquidos e sais minerais pode levar à queda da pressão arterial, causando tontura e fraqueza ao se levantar. Esses sinais indicam desidratação e desequilíbrio eletrolítico, condições que exigem atenção e reposição adequada de líquidos e nutrientes.
Sensação de frio constante e distúrbios do sono

O metabolismo desacelera para conservar energia, o que reduz a produção de calor corporal. Assim, é comum sentir frio excessivo, mesmo em temperaturas amenas.
Além disso, a baixa energia e o aumento do cortisol (o hormônio do estresse) atrapalham o sono reparador, causando insônia e cansaço durante o dia.
Perda de massa muscular

Com o passar dos dias, o corpo começa a quebrar proteínas dos músculos para obter energia, já que as reservas de gordura se tornam insuficientes.
Isso leva à perda de massa magra, diminuição da força física e maior sensação de fraqueza, além de desacelerar o metabolismo e dificultar a recuperação depois do jejum.
Diante de todos esses efeitos, fica evidente que o jejum prolongado não deve ser feito de forma improvisada ou para “compensar” excessos. Cada organismo reage de um jeito, e o que pode funcionar para uma pessoa pode ser prejudicial para outra.
Por isso, antes de iniciar qualquer estratégia de jejum (seja intermitente ou por longos períodos) é essencial buscar orientação de um médico ou nutricionista. São esses profissionais que poderão avaliar seu estado de saúde, solicitar exames quando necessário e indicar a melhor abordagem para o seu caso.
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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
Leia mais:
- Eli Lilly: novo medicamento contra obesidade traz resultados expressivos
- Nutriente comum ativa defesa do intestino contra diabetes, diz estudo
- Diabetes: tecnologia brasileira pode cortar amputações pela metade
O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
Leia mais:
- Anvisa encontra agrotóxicos irregulares em 20% dos alimentos analisados
- Anvisa proíbe venda de creatina de quatro marcas e de paracetamol irregular
- Anvisa proíbe suplementos alimentares, vinagre de maçã e produtos com creatina
Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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Saúde
Longevidade vai além do DNA: o que Harvard diz sobre viver mais

A longevidade está menos ligada ao DNA do que às escolhas feitas ao longo da vida. É o que destaca a Harvard Health Publishing, segundo a qual a genética responde por cerca de 25% da expectativa de vida, enquanto o restante depende, em grande parte, de hábitos cotidianos que afetam a saúde física e emocional.
Entre esses comportamentos, um se destaca pela simplicidade e pelo impacto: a socialização regular. Um estudo citado pela instituição, realizado com cerca de 28 mil pessoas, aponta que manter interações sociais frequentes está diretamente associado a viver mais e melhor.
A pesquisa indica que encontros regulares, participação em atividades coletivas e vínculos sociais sólidos ajudam a proteger contra o declínio emocional e cognitivo ao longo do envelhecimento.

Leia mais:
- Falta de sono pode reduzir a expectativa de vida mais do que dieta e exercício
- Por que há tantas mulheres com mais de 100 anos no Japão?
- Nem carne, nem frango ou peixe: essa proteína está associada à longevidade
Socialização como fator-chave da longevidade
De acordo com a análise assinada por Lisa Catanese, quanto maior a frequência de interações sociais, maior a probabilidade de um envelhecimento saudável.
Em contrapartida, o isolamento prolongado está associado a níveis mais altos de estresse, sintomas depressivos e piora do bem-estar geral, fatores que afetam diretamente a saúde ao longo do tempo.
Alimentação, sono e hidratação fazem diferença
- A Harvard Health também reforça o papel de uma alimentação baseada em vegetais, associada à redução do risco de doenças crônicas.
- Um estudo da JAMA Network Open citado pela instituição aponta uma queda de 23% na mortalidade entre mulheres que seguem o padrão da dieta mediterrânea.
- O sono é outro pilar essencial. Adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cardiovascular, metabólica e cerebral.
- Já a hidratação adequada foi associada, em um estudo com mais de 11 milhões de participantes, a menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade.

Movimento, hábitos e atitude mental
A atividade física segue como um fator relevante. As diretrizes americanas recomendam 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular duas vezes por semana.
Caminhar, pedalar, nadar e até tarefas domésticas contribuem para a saúde muscular e cardiovascular.
Por fim, Harvard destaca outros três hábitos decisivos: não fumar, limitar o consumo de álcool e cultivar o otimismo. Estudos indicam que uma atitude positiva está associada a maior longevidade e melhor saúde emocional, reforçando que viver mais envolve tanto o corpo quanto a mente.

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