Saúde
Jaca e seus inúmeros benefícios para a saúde

Maior fruto comestível do mundo, a jaca é cultivada em todas as regiões tropicais do Brasil. Fonte de fibras, proteína, minerais e vitaminas, a jaca pode ser consumida de diversas maneiras, porém é vítima de preconceito por boa parte da população por ser uma fruta diferente: possui casca áspera, odor forte e sabor marcante.
Vamos entender um pouco mais sobre esse fruto tão peculiar?
A jaqueira
A árvore de jaca impressiona por seu tamanho, pode atingir 25 metros de altura e seus frutos podem alcançar 90 centímetros de comprimento e pesar até 36 quilos. O rendimento de uma jaqueira varia de 50 a 100 frutos por ano.
A jaqueira é nativa do sul e sudoeste da Ásia, originária da Índia e foi trazida ao Brasil pelos portugueses no século XVIII. A jaqueira se adaptou muito bem ao clima brasileiro, o que não é de se admirar pois ela é fácil de ser cultivada: cresce rápido, resiste a pragas e suporta secas e altas temperaturas.
Enquanto outros vegetais básicos da alimentação humana, como trigo e milho, sofrem com as mudanças climáticas (aumento da temperatura da Terra, chuvas imprevisíveis, entre outras) a jaca se destaca por sua resistência.
Todas essas características chamaram a atenção de pesquisadores ao redor do mundo que sugerem o consumo de jaca como solução ao combate à fome.
Mas você deve estar pensando: a jaca é só um fruto, como usá-la para substituir outros alimentos, como vegetais e carnes, na nossa alimentação.
Você sabia?
Cerca de dez ou doze gomos da jaca são suficientes para alimentar uma pessoa por metade de um dia.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reconheceu toda a potencialidade da jaca e a apontou como uma fruta promissora, há alguns anos. A partir daí, a jaca caiu de vez no gosto dos veganos e vegetarianos que passaram a utilizar sua versão in natura, ainda verde, para substituir a carne no seu cardápio alimentar.
Da jaca, aproveita-se tudo, sem desperdício de alimentos, quer ver?
Fibra
Com a jaca ainda verde, seus gomos são mais firmes e não tem sabor adocicado. As fibras que envolvem os bagos podem ser cozidas gerando uma polpa macia e consistente que depois de picada ou desfiada absorve muito bem os temperos adicionados.
Dessa forma, ela pode ser utilizada como substituta da carne, gerando receitas como: salgadinhos, sanduíches, hambúrgueres, tortas, entre outros.
Semente ou caroço
A semente de jaca é rica em amido, fibras, carboidratos e em antioxidantes. Ela pode ser consumida torrada no forno ou até mesmo ao ar livre em dias de sol quente.
As sementes torradas e trituradas formam uma espécie de farinha que pode ser usada em várias receitas, como bolos, biscoitos, pães e quibes.
As sementes ainda podem ser cozidas em panela de pressão com água e sal e consumidas em seguida, seu sabor lembra o do pinhão.
Folha
Tem ação antifúngica e antibacteriana e pode ser utilizada no preparo de chás.
Polpa madura
Quando a fruta está madura, polpa doce que recobre os caroços é muito saborosa e pode ser consumida in natura. Além disso, ela serve para produção de doces e geleias.
Dica:
A jaca solta uma seiva grudenta ao ser manuseada. Para driblar esse efeito desagradável, unte as mãos e utensílios que serão utilizados no seu preparo com óleo de soja e, se preferir, use também luvas descartáveis.
A jaca é um fruto rico em carboidratos, minerais, como cálcio, fósforo, iodo, cobre e ferro. Contém vitaminas A, C e do complexo B. Desse modo, seu consumo é muito benéfico para a saúde.
Benefícios da jaca para seu organismo
Combate a pressão alta: por ser rica em potássio, a jaca ajuda a prevenir problemas cardiovasculares, como o derrame ou o ataque cardíaco, além de diminuir os níveis da pressão arterial. Seu consumo regular também auxilia na queda dos níveis de sódio no sangue.
Auxilia na boa digestão: o consumo da jaca está diretamente ligado ao combate às úlceras e outros transtornos digestivos graças à grande quantidade de fibras presentes em sua composição, ajudando a prevenir a constipação e favorecendo uma boa digestão.
Previne anemia: a jaca repõe nutrientes essenciais para o organismo, além de ter a vitamina C em sua composição, que aumenta a absorção de ferro, mineral fundamental para a prevenção e o combate à anemia.
Retarda o envelhecimento da pele: os antioxidantes compostos na jaca também são responsáveis por retardar o envelhecimento precoce das células, proporcionando uma pele bonita, sem rugas ou flacidez. O consumo da fruta ajuda também a combater a ação dos radicais livres, prevenindo diversas doenças crônicas.
Ossos saudáveis: com alta quantidade de cálcio, a fruta tropical é aliada ao combate do envelhecimento celular e à perda da massa muscular. A jaca ajuda a promover ossos saudáveis e resistentes, prevenindo o desenvolvimento futuro da osteoporose.
Aumenta a energia: a fruta é rica em açúcares, como a frutose, o que confere ao corpo bons níveis de energia para executar as atividades diárias.
Visão mais saudável: a vitamina A presente na jaca protege seus olhos dos raios UV e previne catarata. Devido a seu efeito antioxidante, ela é eficaz para evitar a degeneração da retina.
Repõem nutrientes essenciais: por ser rica em fibras, carboidratos, potássio, cálcio, fósforo, ferro e vitaminas A e C, ao ingeri-la, repomos nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo.
Auxilia no combate ao câncer: a jaca tem alto teor antioxidante e por isso existem diversos estudos que associam a fruta ao auxílio da prevenção do câncer.
Agora que você já conhece toda a versatilidade da jaca, aproveite a primavera, que é sua estação mais fértil, para consumir este fruto tão rico em nutrientes e usufruir todos os benefícios que ele pode proporcionar à sua saúde.
Fonte: fundacaocargill.org.br/
Saúde
Vício em doces é real — e agora a Ciência consegue medi-lo

Por que é tão difícil parar no primeiro biscoito ou chocolate? Para muitas pessoas, doces não são apenas prazerosos — despertam desejo, culpa e sofrimento emocional.
Um novo estudo da Fundação FitMIND propõe a primeira escala validada voltada especificamente para identificar comportamentos semelhantes ao vício em açúcar: a FFSAS (Escala de Dependência de Doces da FitMIND).
Publicada na Nutrients, a pesquisa envolveu 344 adultos na Polônia e revelou que mais de 60% dos participantes se identificaram como “viciados em doces”, com muitos relatando consumo diário, tentativas frustradas de redução e sentimentos de culpa.

Como a escala deve funcionar
- Diferente das escalas alimentares tradicionais, a FFSAS se concentra apenas em doces e avalia não só a frequência do consumo, mas também o impacto emocional e cognitivo do comportamento.
- A escala foi inspirada na YFAS 2.0, usada para dependência alimentar em geral, e adaptada para mapear sintomas com base nos critérios de vício do DSM-5.
- Os pesquisadores encontraram forte consistência interna e destacaram que emoções negativas, como remorso e vergonha, foram indicadores mais relevantes do que a quantidade consumida.
Leia mais:
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Encontrando respostas sobre a dependência do açúcar
Embora o estudo seja piloto, ele destaca a necessidade de compreender a dimensão emocional do consumo de açúcar, muitas vezes ignorada em avaliações nutricionais. A equipe agora trabalha em validações mais amplas e em versões resumidas da ferramenta para uso clínico e educacional.
A mensagem é clara: o vício em doces vai além da falta de disciplina — envolve padrões psicológicos reais. Reconhecê-los pode ser o primeiro passo para estratégias de alimentação mais saudáveis e sustentáveis, com apoio emocional adequado.

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Saúde
O que acontece no cérebro durante a gravidez?

Durante a gestação, as transformações físicas são evidentes: a barriga cresce, os seios se modificam, a pele pode apresentar mudanças e o inchaço pode ser intenso. Mas o que acontece no cérebro durante a gravidez? Apesar de pouco discutido, ele também passa por adaptações surpreendentes que influenciam emoções, memória e comportamento.
Na gravidez, muitas mulheres vivenciam lapsos de memória, dificuldade de concentração e névoa mental, fenômeno conhecido como “baby brain”.
Com o objetivo de desvendar esses e outros aspectos, pesquisadores analisaram o cérebro antes, durante e depois da gestação, revelando descobertas importantes sobre suas transformações. Confira!
O que ocorre no cérebro humano durante uma gestação?
Um estudo, realizado pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (nos EUA) e publicado na revista Nature Neuroscience, acompanhou as alterações neuroanatômicas observadas ao longo da gestação. Em outras palavras, os neurocientistas investigaram o que acontece no cérebro durante a gravidez.

Emily Jacobs, autora do estudo, destacou que essa pesquisa representa o primeiro mapa detalhado do cérebro humano durante a gestação, trazendo novas perspectivas sobre as transformações cerebrais nesse período. O mais interessante é que esse acompanhamento aconteceu em tempo real, mais precisamente no cérebro da cientista Elizabeth Chrastil (38 anos).
Como a gravidez altera a estrutura do cérebro?
Durante o estudo, os pesquisadores analisaram 26 exames de imagem do cérebro de Elizabeth. A partir daí descobriram alterações significativas em áreas responsáveis pela socialização e pelo processamento das emoções.

Essas mudanças foram tão marcantes que ainda eram perceptíveis dois anos após o parto, indicando que a gravidez pode ter efeitos duradouros na estrutura cerebral.
Essas descobertas não apenas trazem dados inéditos sobre as mudanças cerebrais na gravidez, mas também podem contribuir para uma melhor compreensão dos primeiros indícios de condições como depressão pós-parto e pré-eclâmpsia.
Ao aprofundar o conhecimento sobre essas alterações, os cientistas esperam melhorar a identificação precoce e o tratamento dessas questões de saúde que afetam muitas mães no período gestacional e pós-parto.
Durante a gravidez, o cérebro passa por adaptações significativas. No estudo, constatou-se que aproximadamente 80% das regiões cerebrais da participante apresentaram uma redução de cerca de 4% no volume de massa cinzenta, estrutura essencial para funções como movimento, emoções e memória.
Essa diminuição teve apenas uma leve recuperação após o parto, sugerindo que algumas alterações podem ser duradouras.
Por outro lado, a integridade da massa branca, responsável por garantir conexões eficientes entre diferentes áreas do cérebro, aumentou nos primeiros meses da gestação, indicando um possível fortalecimento da comunicação neural nesse período.
No entanto, essa melhora foi temporária, retornando aos níveis normais logo após o nascimento do bebê.
Esses achados reforçam a complexidade das mudanças cerebrais na gravidez e ajudam a compreender melhor seus impactos na cognição e na saúde mental materna.
Durante a gestação, a participante não percebeu sinais do chamado “cérebro de grávida”, como lapsos de memória ou dificuldade de concentração. No entanto, no terceiro trimestre, ela sentiu um aumento no cansaço e notou-se mais emotiva.
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Por que saber o que ocorre no cérebro durante a gravidez é importante?
Outra neurocientista que fez parte do estudo, Laura Pritschet, também reforçou as informações reveladas na pesquisa no podcast “Chasing Life”.

Ela apontou que as mudanças neuroanatômicas ocorridas durante a gravidez podem ter impactos significativos na compreensão da vulnerabilidade a transtornos de saúde mental, assim como nas variações individuais do comportamento parental.
Em outras palavras, o estudo pode ajudar a mapear e compreender problemas como depressão pós-parto, dores de cabeça, enxaquecas, epilepsia, derrame e comportamento.
Contudo, Pritschet enfatiza que essa é uma área que ainda exige muitas pesquisas e um aprofundamento significativo no contexto, destacando a importância de uma compreensão mais ampla sobre as mudanças cerebrais na gravidez.
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Saúde
Dieta vegana pode prevenir diabetes, sugere estudo

Os alimentos que você consome impactam diretamente na sua saúde. Isso não é uma novidade, mas novos estudos vêm descobrindo novas informações importantes sobre a relação entre a dieta e o combate a algumas doenças.
Este é o caso de um novo trabalho publicado na revista Frontiers in Nutrition. Nele, pesquisadores do Comitê de Médicos para Medicina Responsável identificaram que os alimentos presentes na dieta vegana podem auxiliar na prevenção do diabetes.

Consumo de alimentos veganos diminui a carga ácida do corpo
- De acordo com a equipe responsável pela pesquisa, o veganismo é capaz de diminuir significativamente a carga ácida do corpo em comparação com a dieta mediterrânea.
- Os pesquisadores explicam que este efeito é causado pela ingestão de produtos como carne, ovos e laticínios.
- Isso pode causar uma inflamação crônica que interrompe o metabolismo e pode levar ao aumento do peso corporal.
- No entanto, ao substituir alimentos de origem animal por produtos à base de plantas, como frutas e legumes, é possível promover o emagrecimento e criar um microbioma intestinal saudável.
- Ao mesmo tempo, a adoção desta dieta pode reduzir as chances de desenvolvimento de diabetes, uma vez que a carga ácida é um fator de risco para a doença.
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Dieta vegana também pode auxiliar na perda de peso
No novo estudo, os cientistas analisaram 62 pacientes adultos com sobrepeso. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro adotou uma dieta mediterrânea, enquanto o segundo consumiu apenas alimentos veganos com baixo teor de gordura.
O tempo total de experimento foi de 36 semanas. Ao final deste período, os pesquisadores calcularam a carga ácida de cada participante. Este trabalho é feito a partir da análise da Carga Ácida Renal Potencial (PRAL) e da Produção Líquida de Ácido Endógeno (NEAP). Uma pontuação maior nestes indicadores sugere uma carga ácida dietética mais alta.

A equipe observou que as duas pontuações diminuíram significativamente na dieta vegana, mas não apresentaram mudanças significativa na dieta mediterrânea. A redução da carga ácida ainda promoveu uma perda de peso média de quase seis quilos nos participantes que adotaram o veganismo.
Os principais alimentos utilizados na dieta vegana analisada foram vegetais (principalmente folhas verdes, brócolis, beterraba, aspargos, alho, cenoura e repolho), frutas (como maçãs, cerejas, damascos ou melão), leguminosas (por exemplo, lentilhas, grão de bico, ervilha, feijão ou soja) e grãos (quinoa ou painço).
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