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Hérnia de disco, pedra no rim, muscular: como diferenciar dores nas costas?

Redação Informe 360

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“Perdoe-me por não pular de alegria, mas minhas costas doem.” Quem sente dor nas costas com certa frequência compreende bem a lamentação de Scar, personagem do clássico infantil “O Rei Leão”. Mas, se assim como ele, você não sabe especificar a origem do problema, aqui vai uma ajudinha: VivaBem consultou especialistas que lidam com distúrbios que afetam essa região para tentar apontar hipóteses. Mas, lembre-se, não deixe de consultar um médico. As costas, assim como a frente do tronco, são uma grande área do corpo que compreende muitas partes. Ela se estende do alto das nádegas até a base do pescoço, sendo sua altura definida pela coluna vertebral e sua largura pela caixa torácica.

“Na coluna, as dores podem ser divididas em cervicalgias (no alto, na cervical), dorsalgias (na dorsal, no meio das costas), e lombalgias (na lombar, parte inferior). As dores também podem ter irradiações, ou seja, na cervical, irradiam para braços e mãos, e quando lombares, no trajeto do nervo ciático, passando por glúteo, perna e indo até o pé”, aponta Alberto Gotfryd, ortopedista e especialista em coluna pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Gotfryd continua que em se tratando de dores na altura da cervical, as causas mais comuns são estresse tensional, alterações posturais, vasculares e orgânicas, contrações e espasmos muito fortes (torcicolos) e hérnia de disco. Na coluna dorsal, ou torácica, de novo, condições musculoesqueléticas, mas ainda pulmonares e cardiovasculares. Quando lombares e no término da coluna, pode envolver tecidos e ossos lesionados, rins e até câncer de pâncreas. “O rim fica na região posterior do abdome, próximo à coluna vertebral, atrás do intestino grosso. Normalmente as pedras nos rins, quando estão paradas e sem infecção dentro do órgão, não causam dor”, explica Frederico Mascarenhas, chefe dos serviços de urologia, no Hospital São Rafael, e de cirurgia robótica, no Hospital Aliança, em Salvador (BA).

Mas o sintoma pode surgir numa situação contrária. “A dor geralmente acontece na lateral do abdome e irradia para a virilha, mas pode ser sentida na lombar”, completa Mascarenhas. Ainda no inferior das costas, lombalgias podem ser decorrentes de pinçamento nervoso, compressão por hérnia de disco, esforço mal realizado e sedentarismo. “Dor pélvica, na conexão entre coluna lombar e bacia, pode ter relação com as chamadas articulações sacrilíacas, que podem inflamar, sofrer degeneração e a causa mais comum são doenças reumatológicas”, acrescenta o especialista em coluna pelo Hospital Albert Einstein.

Diferenciando as dores Imagem:

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No topo das costas, na região cervical, a dor osteomuscular pode, além de irradiar para membros superiores, vir aguda e acompanhada de sensação de choque, principalmente quando se faz movimentos, inclina a cabeça e carrega peso. Quando tem a ver com infarto do miocárdio, que pode ser sentido ali, mas ainda na coluna torácica, sente-se dor local e no peito, com muito suor frio, formigamento no braço esquerdo e pescoço, náuseas e taquicardia —sintomas, em parte, parecidos com os de aneurisma de aorta torácica.

Dor de hérnia de disco é muito variável. Pode ser súbita ou contínua, localizada ou avançar por braços, ombros, pescoço, glúteos, pernas e vir com estalos de coluna, dormência e perda de força muscular. Há quem a compare ainda a uma sensação de fisgada, uma pontada profunda. “Problemas pulmonares normalmente cursam com outros sintomas [além da dor torácica], falta de ar, dificuldade para respirar, tosse, perda de peso, febre e secreção”, exemplifica Alexandre Fogaça Cristante, professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Agora, na lombar, dores musculoesqueléticas pioram com movimentos de maior amplitude, estiramentos, espasmos e rupturas fibrosas de disco. Já a renal independe da posição, mesmo em repouso não cessa, é uma cólica. De acordo com o urologista dos hospitais São Rafael e Aliança, na Bahia, quando grave aumenta muito de intensidade e acompanha febre e vômitos. No câncer de pâncreas, pode se ter dor lombar, mas ainda no abdome, icterícia (pele e mucosas amareladas), urina escura e fezes claras, emagrecimento, cansaço e falta de apetite.

Como agir nos diferentes casos

Dores leves nas costas podem ser tratadas em casa, ao passo que outras são emergências ou requerem investigação médica quando suportáveis, mas não passam. São sinais de alerta: extremos de idade (dor em crianças muito pequenas ou idosos, sendo este segundo grupo propenso a fraturas por osteoporose); históricos de trauma, câncer, doenças predisponentes e sintomas como fraqueza, mobilidade reduzida e alterações no funcionamento do organismo.

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Não ignore ainda formigamentos, febre, apatia, oscilações de pressão e dificuldade respiratória.

Guillermo Tierno, ortopedista e coordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador, explica que, em geral, lombalgias na coluna antes de algumas semanas não requerem investigação, apenas serem tratadas com medicações simples, como analgésicos, descanso e compressas térmicas, pois tendem a melhorar espontaneamente.

Gotfryd recomenda repouso relativo (sem necessidade de ficar deitado, mas reduzir o ritmo das atividades habituais) e usar gelo nas primeiras 48 horas e acima de três dias, calor local.

“No caso de dor intensa, ou associada com sangue na urina, ou que percorra a perna inteira, associada à paralisia, aí sim deve-se procurar um pronto-socorro para que seja analisada de maneira específica. Quando progressiva, pode ter relação também com órgãos alojados no retroperitônio [espaço atrás da cavidade abdominal], então exigem uma investigação maior”, continua o ortopedista baiano.

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Geralmente, dor renal de tamanha intensidade, incapacitante, impede de se fazer analgesia adequada por via oral. Na maioria das vezes, o paciente acaba tendo de procurar emergência.

Médicos, por meio de entrevistas pessoais e exames físicos e de imagem (raio-X, tomografia, ressonância) conseguem identificar o que pode ser a causa da dor nas costas para depois elaborarem tratamentos específicos.

As abordagens envolvem desde uso de medicamentos, correção postural, sessões de fisioterapia, revisão de hábitos (perder peso, mudar alimentação, adotar uma rotina de exercícios físicos) e, em alguns casos, cirurgias, radioterapia e quimioterapia.

Fonte: Uol.com.br    Por: Marcelo Testoni   Colaboração: VivaBem

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Operação contra o desmatamento da Mata Atlântica começa em 17 estados

Redação Informe 360

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Realizada anualmente, a maior ação de combate ao teve início nesta segunda-feira (16) em 17 estados. Chamada de Operação Mata Atlântica em Pé, a iniciativa é coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).

A operação ocorre simultaneamente em todos os estados em que o bioma está presente: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Resultado de uma ação conjunta entre os ministérios públicos estaduais e os órgãos ambientais relacionados, a ação tem quatro fases. Na primeira, são levantadas as áreas desmatadas com base em informações da Fundação SOS Mata Atlântica e do Mapbiomas Alerta. Em seguida, os proprietários são identificados pelos ministérios públicos, e as áreas são fiscalizadas pelos órgãos públicos e pelas polícias ambientais. Se detectado o desmatamento, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal.

Mata Atlântica

De 2022 para 2023, o desmatamento no bioma teve uma diminuição de 27%, passando de 20.075 hectares para 14.697. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que também mostram a queda do desmatamento em 13 dos 17 estados com cobertura do bioma — Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco foram as exceções. No último ano, também foi identificada a retirada ilegal de 17.931 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica pela Operação Nacional conduzida pelos ministérios públicos. 

Em nota, o promotor de justiça do Ministério Público do Paraná e presidente da Abrampa, Alexandre Gaio. defendeu que a operação consolidou uma cultura de fiscalização do desmatamento ilegal no bioma, por meio da utilização de inteligência e contínuo engajamento dos Ministérios Públicos e órgãos de fiscalização ambiental, “o que também tem contribuído para a redução dos índices de supressão ilegal e enfrentamento às mudanças climáticas”.

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O resultado da edição da operação deste ano será apresentado ao final das ações de fiscalização, em 27 de setembro, com transmissão on-line e ao vivo pelo Ministério Público de Minas Gerais.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Edição: Aline Leal

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Candidata a vereadora e sua irmã são mortas após sequestro e tortura

Redação Informe 360

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Duas irmãs, Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25 anos, foram brutalmente assassinadas a facadas após serem sequestradas e torturadas por um grupo de sete pessoas em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, neste sábado (14). Rayane, que era candidata a vereadora na cidade, e sua irmã, donas de um circo, foram atacadas após deixarem um festival de pesca local. Além das duas vítimas fatais, outras duas pessoas foram sequestradas e feridas no incidente.

A Polícia Civil informou que o grupo foi levado para um cativeiro na Rua Marechal Cândido, no centro da cidade, onde as agressões ocorreram. Um dos sobreviventes conseguiu escapar e buscar ajuda, relatando à polícia o sequestro e tortura a que ele e os outros foram submetidos. De acordo com o Boletim de Ocorrência, o sobrevivente revelou que os agressores, que se identificaram como membros de uma facção criminosa, exigiram dinheiro das vítimas em troca de pouparem suas vidas.

No local do crime, a polícia encontrou um jovem gravemente ferido, com mutilações no dedo e orelha, além de cortes na nuca. Nos cômodos da casa, foram localizados dedos e fios de cabelo de uma das irmãs, e no último quarto, os corpos de Rayane e Rithiele, ambos com sinais de tortura causados por arma branca e com os cabelos cortados.

As investigações apontam que o crime teria sido motivado por uma foto tirada pelas vítimas no Rio Jauru, em que faziam um gesto associado a uma facção rival da que comandou o ataque. Durante a tortura, os suspeitos pressionaram as vítimas por dinheiro em troca de suas vidas.

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Alertas de desmatamento na Amazônia caem 10,6% em agosto

Redação Informe 360

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Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal tiveram queda de 10,6% em agosto deste ano, comparados ao mesmo mês de 2023, e de 69,7% em relação a agosto de 2022. “É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa”, informou o governo federal, em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (13).

Em agosto de 2023, o sistema registrou 563,09 quilômetros quadrados (km²) sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal. Já no mês passado, foram 503,65 km². A queda é bem maior quando comparada a agosto de 2022, quando houve alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.

Nove estados compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter-B), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolvido para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novas alterações na cobertura florestal. O Deter-B identifica e mapeia desmatamentos e demais alterações na floresta com área mínima próxima a um hectare.

Já a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecida, desde 1988, pelo Programa de Cálculo do Desmatamento da Amazônia (Prodes). As imagens utilizadas são do satélite Landsat, com maior resolução, que detecta exclusivamente desmatamentos tipo corte raso superiores a 6,25 hectares.

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Sistemas de monitoramento

O Deter e o Prodes formam o conjunto de sistemas para monitoramento e acompanhamento dos biomas brasileiros, que tem como ano referência sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte.

De agosto de 2023 a julho de 2024, os alertas de desmatamento na Amazônia – detectados pelo Deter – caíram 45,7% em relação ao período anterior. O número de 4.314,76 km² desmatados é o menor da série histórica iniciada em 2016.

Já os dados consolidados de desmatamento do Prodes de 2023/2024 são divulgados no fim do ano. No período de agosto de 2022 a julho de 2023, o desmatamento na Amazônia Legal alcançou 9.001 km², o que representa queda de 22,3% em relação ao ano anterior (2021/2022).

No bioma Cerrado, o Deter-B verificou aumento de 9% de supressão da vegetação de agosto de 2023 a julho de 2024, em relação ao período anterior, chegando a 7.015 km² de área sob alerta. No caso do Pantanal, a área sob alerta está em 1.159,98 km². Como essa medição começou em agosto do ano passado, ainda não é possível o comparativo.

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Mesmo com a retomada das políticas ambientais pelo atual governo – que resultaram em sucessivas reduções de desmatamento na Amazônia – a degradação também é uma preocupação e afeta uma área três vezes maior que o desmatamento. Camuflados por frágeis vegetações, distúrbios ambientais causados pelo homem avançam sobre a biodiversidade, longe do alcance das imagens de satélite e do monitoramento governamental.

Edição: Kleber Sampaio

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