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Cultura

É Lei: Forró é reconhecido como manifestação cultural nacional do Brasil 

Redação Informe 360

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Lei foi sancionado pelo presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (7) a lei que reconhece o forró como manifestação cultural nacional do Brasil.

Com isso, o ritmo se junta a outras manifestações culturais reconhecidas como expressões autênticas da cultura do país, como escolas de samba, festas juninas e a música gospel.

O projeto para tornar a expressão artística – símbolo do Nordeste – em manifestação cultural nacional é do deputado federal Zé Neto (PT-BA). No Senado Federal, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) foi a relatora.

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O que muda com a lei?

Em seu relatório, a senadora lembrou que o forró é “um gênero musical e uma dança que evoca a beleza e a riqueza das tradições do nordeste do Brasil ” e que “desempenha um papel fundamental na preservação e celebração da diversidade cultural do país”.

“Além de sua importância cultural, o forró também tem grande importância para a economia brasileira. Festivais de forró atraem turistas de todo o País e do mundo e injetam recursos nas comunidades locais, promovendo o desenvolvimento econômico dessas regiões”, afirmou a relatora.

Quando a proposta foi aprovada pelo Senado, o professor e especialista em história do Brasil colonial Estevam Machado apontou os possíveis benefícios para o gênero a partir da nova lei.

Segundo ele, setores envolvidos no fomento ao ritmo musical podem ter benefícios com recursos advindos, por exemplo, da Lei Rouanet.

“Essa conquista do forró como manifestação cultural brasileira vai além do ponto de vista simbólico como valorização da cultura nordestina. Ela também aponta para a direção de políticas públicas de fomento e valorização que vão preservar esse patrimônio que está no coração, na alma do povo brasileiro”, afirmou Machado.

Manifestações culturais reconhecidas

Com a nova lei, o forró se torna a 12ª de uma lista de práticas, locais e eventos reconhecidos legalmente como manifestações culturais nacionais e/ou patrimônios culturais imateriais do país desde 2010.

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Naquele ano, uma lei sancionada por Lula, então no fim de seu segundo mandato, reconheceu a Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, como Patrimônio Cultural Imaterial.

Só este ano, outras três quatro leis manifestações culturais foram igualmente reconhecidas: as festas juninas, as escolas de samba, o Carnaval de Novas Russas, no Ceará e o uso do transporte de passageiros conhecido como “pau de arara” em romarias religiosas.

Veja abaixo a lista de práticas, locais e eventos reconhecidos como manifestações culturais nacionais ou patrimônios culturais imateriais e o ano em que receberam a classificação:

  • Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro (2010);
  • Música gospel (2012);
  • Caminhada com Maria, em Fortaleza (CE) (2015);
  • Rodeio e vaquejada (2019);
  • Carnaval de Aracati (CE) (2021);
  • Torneio de montaria, Freio de Ouro, em Esteio (RS) (2022);
  • Marcha de resistência do cavalo crioulo (2022);
  • Festas juninas (2023);
  • Escolas de samba (2023);
  • Carnaval de Nova Russas (CE) (2023);
  • Uso de “pau de arara” em romarias religiosas (2023).

Há ainda sete projetos que tramitam no Congresso Nacional com o mesmo objetivo para outras práticas:

  • Carnaval de Pernambuco;
  • Cristianismo;
  • Modos de produção dos instrumentos musicais de samba;
  • Rodeio crioulo;
  • Artesanato em Capim Dourado;
  • Produção de artesanato com a palha de ouricuri do Pontal de Coruripe (AL);
  • Fabricação de redes em São Bento (PB).

Forrobodó

De acordo com o professor Estevam Machado, a palavra forró é uma derivação de forrobodó que, por sua vez, deriva de “forbodó”. A palavra seria uma versão aportuguesada de uma palavra francesa: faux-bourdon, um tipo de música tocado na idade média.

O ritmo que deu origem ao forró chegou ao Brasil no século XIX, trazido pelos portugueses e se firmou no interior do Brasil, principalmente no interior do Nordeste.

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“Só na década de 50 que o nome forró passa a ser utilizado para o ritmo musical e a gente deve muito isso à figura do Luiz Gonzaga, com a música ‘Forró de Mané Vito’, que realmente criou esse gênero que é tão importante para a cultura nordestina”, justificou Machado.

Conheça abaixo um pouco sobre a história do forró no Brasil:

Gerações do Forró — Foto: Editoria de Arte/G1

Gerações do Forró — Foto: Editoria de Arte/G1

Por Pedro Henrique Gomes, g1 — Brasília

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Cidades

Campos: “A Convivência é uma Ilha” de sexta a domingo no Teatro de Bolso Procópio Ferreira

Redação Informe 360

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O Teatro de Bolso Procópio Ferreira receberá, neste final de semana, o espetáculo teatral “A Convivência é uma Ilha”, com o Grupo Erosão. Nesta sexta-feira (31) e no sábado (1º), as apresentações serão às 20h. No domingo (2), a encenação terá início às 19h. Os ingressos custam R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira) e estão à venda (AQUI) e na bilheteria do teatro, uma hora antes de cada sessão. O espetáculo tem classificação 14 anos.

Com performances voltadas para produção de memória coletiva e fortalecimento da cultura de comunidades tradicionais ribeirinhas, pequenos agricultores e moradores de favela, a peça vai além dos palcos, oferecendo diversas possibilidades de interatividade com o público.

O cenário do espetáculo — em forma de vídeo instalação — poderá ser visitado, pelo público, antes e depois da encenação. Nele, momentos dos ensaios e da preparação dos atores, cenas de oficinas em comunidades e trechos da construção do espetáculo em si. Dessa forma, a peça acontece na fronteira entre o teatro e o audiovisual, causando uma experiência única.

O Grupo Erosão, responsável por toda a criação do projeto, propõe reflexões importantes em áreas impactadas por catástrofes ambientais ou construções de empreendimentos com graves impactos socioambientais.

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A peça tem direção de Fernando Codeço e produção da CasaDuna – Centro de Arte, Pesquisa e Memória de Atafona, com assistência de direção de Guilherme Mattos. A encenação ficará a cargo dos atores Jailza Mota, Julia Naidin, Lucia Talabi, Mariana Moraes, Paul Macalli, Rachell Rosa e do ator convidado Anderson Barreto.

Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Lei Paulo Gustavo, apresentam o Grupo Erosão em “A Convivência é uma Ilha”.

Fonte: Secom/PMCG – Por: Antônio Filho – Foto: Mariana Moraes / Divulgação 

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Cidades

SJB: evento com enfoque na cultura urbana acontece neste sábado

Redação Informe 360

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O evento cultural Poder das Ruas, com programação composta de roda de conversa, grafite, DJ, oficinas de dança e apresentação “Talento das Ruas”, acontece no sábado, 27, no entorno da Praça São João Batista, em São João da Barra, a partir das 10h. O objetivo é oportunizar o acesso de todos e estreitar a relação com a cultura urbana, reunindo diferentes manifestações artísticas ligadas às danças urbanas nas ruas da cidade.

Realizado por meio da Lei Paulo Gustavo – Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo de Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro – o evento tem produção da Lima Produção e coprodução da Cia de Dança Jhonatan Martins, com apoio da Prefeitura de São João da Barra. Irão participar diversos profissionais com conhecimento e experiência.

“A ideia é explorar a origem das danças urbanas a partir das construções sociais vivenciadas pelos artistas, notando a difusão das manifestações culturais da dança urbana, proporcionando espaço de expressão, liberdade, comunicação e troca de conhecimentos a partir da participação. A produção desse evento promove um diálogo entre as diferentes culturas, entendendo as raízes de sua origem na contemporaneidade”, explica o idealizador do projeto, Arthur Lima.

Talento das Ruas – Encerrando a programação do “Poder das Ruas”, o evento “Talento das Ruas” consiste em apresentações culturais, nas suas mais variadas manifestações, sendo necessário que os interessados em participar se inscrevam pelo link (aqui).

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10h – Abertura

10h15 – Roda de conversa com o tema “Danças urbanas e suas influências”

12h – A arte do grafite

12h30 – DJ

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13h30 – Oficina de Vogue (Prof. Bruno Germano)

14h30 – Oficina de Street (Prof. Arthur Lima)

15h30h – Oficina de Hip Hop (Prof. Vini Santos)

16h 30 – Oficina de Locking (Prof. Michell Baes)

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17h30 – Encerramento: “Talentos das Ruas”

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Cultura

Carnaval 2024: Governo do Rio investe mais de R$ 26,5 milhões em escolas de samba do Grupo Especial

Redação Informe 360

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No último domingo (11/02), a Passarela do Samba recebeu seis das doze escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do RJ. Para apoiar as agremiações, o Governo do Estado repassou R$ 26,5 milhões para as agremiações, verba investida no desenvolvimento do enredo e do desfile, na contratação de profissionais e de fornecedores, além das despesas com logística.

– O Carnaval proporciona um ciclo virtuoso na economia. Estamos investindo no nosso povo, na nossa cultura, no nosso patrimônio, e queremos proporcionar uma experiência única tanto para quem mora aqui quanto para quem vier festejar com a nossa gente – declarou o governador Cláudio Castro.

Foram distribuídos R$ 10 milhões, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, para os Grêmios Recreativos Escolas de Samba Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense , Mocidade Independente de Padre Miguel, Portela, Unidos de Vila Isabel, Estação Primeira de Mangueira, Paraíso do Tuiuti e Unidos do Viradouro.

O segundo apoio financeiro ficou por conta da Fundação de Artes do Estado do Rio (Funarj), que investiu mais de R$ 1,3 milhão em cada uma das doze escolas do grupo. Para a secretária de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, o investimento no Carnaval é garantia de retorno através do turismo.

– O Estado do Rio de Janeiro reafirma sua posição de celeiro da arte e motor da economia criativa no âmbito nacional nos últimos anos. E investir no maior espetáculo da terra é garantia de retorno através do turismo, da geração de emprego e renda. O Carnaval deste ano está garantido e vai celebrar a cultura rica e plural do nosso estado, valorizando a identidade do cidadão fluminense – destaque Danielle Barros.

Fonte: Governo do Rio

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