Saúde
EUA aprovam primeiro teste caseiro para câncer do colo do útero

A FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA) aprovou o primeiro autoteste doméstico para rastreamento do câncer cervical, oferecendo uma alternativa menos invasiva ao tradicional exame Papanicolau.
Desenvolvido pela startup Teal Health, o novo dispositivo — chamado Teal Wand — promete uma experiência mais confortável, com potencial para aumentar as taxas de rastreamento, especialmente entre mulheres que evitam consultas ginecológicas.
Ao contrário do Papanicolau, que exige o uso de um espéculo em consultório médico, o Teal Wand permite que a própria paciente colete a amostra em casa com um cotonete vaginal.
A amostra é enviada por correio a um laboratório para análise do HPV (vírus responsável por quase todos os casos de câncer de colo do útero). Estudos demonstraram que o teste de HPV é altamente preciso e que o autoteste tem eficácia comparável ao método tradicional.
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- Como vírus HPV pode dar câncer no ânus?
- SUS: novo teste vai substituir papanicolau contra câncer de colo do útero
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Mulheres preferem fazer a coleta em casa
- A aprovação ocorre após ensaios clínicos que indicaram que a maioria das mulheres prefere a coleta em casa e estaria mais propensa a manter os exames em dia com essa opção.
- Cerca de 13 mil casos de câncer cervical são diagnosticados anualmente nos EUA, com mais de 4 mil mortes.
- Apesar da eficácia dos exames, cerca de 25% das mulheres estão com o rastreamento em atraso — especialmente entre mulheres negras e indígenas, que têm maior risco de mortalidade pela doença.
Autoteste exige receita médica
O autoteste da Teal Health começará a ser oferecido no próximo mês na Califórnia, mediante receita médica por meio de um serviço de telessaúde.
Inicialmente, será destinado a mulheres de 25 a 65 anos com risco médio. A empresa afirma estar em negociação com planos de saúde para garantir a cobertura do teste.
Dispositivos semelhantes já são utilizados em países como Austrália e Suécia, e fazem parte de uma tendência global de tornar o rastreamento do câncer cervical mais acessível e menos invasivo.

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Saúde
SUS amplia arsenal contra Alzheimer com novo medicamento para quadros graves

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar o tratamento oferecido a pessoas com Alzheimer. A partir de agora, o medicamento donepezila, antes restrito a casos leves e moderados, também será disponibilizado para pacientes com a forma grave da doença.
A ampliação foi oficializada nesta quinta-feira (15) e divulgada pelo Ministério da Saúde. A donepezila atua na preservação das funções cognitivas e da capacidade funcional de pacientes com Alzheimer.
Com a nova diretriz, o medicamento poderá ser utilizado isoladamente ou em combinação com a memantina, já oferecida pelo SUS para quadros graves. Em 2023, mais de 58 mil pessoas fizeram uso da combinação entre os dois medicamentos.
Ampliação vai beneficiar milhares de novos pacientes
- A decisão surgiu durante a revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença de Alzheimer, conduzida pelo Ministério da Saúde.
- A expectativa é que cerca de 10 mil novos pacientes sejam beneficiados já no primeiro ano da ampliação.
- Segundo Fernanda De Negri, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, a medida reflete um compromisso com a inovação e a dignidade no cuidado de uma população cada vez mais envelhecida.
- “Reafirmamos a importância de políticas públicas baseadas em evidência, que respondem aos desafios do envelhecimento com qualidade e equidade”, afirmou.
Leia mais:
- Como o Alzheimer afeta o corpo e o cérebro do ser humano?
- 5 sinais na fala que podem indicar Alzheimer
- Quem foi pessoa mais jovem já diagnosticada com Alzheimer?

Importância da donepezila no tratamento
Estudos analisados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) mostram que a continuidade do uso da donepezila pode aliviar sintomas como apatia, confusão mental e agitação — comuns nos estágios mais avançados da doença — e até adiar a necessidade de institucionalização.
Além da donepezila, o SUS também oferece memantina (para casos graves), rivastigmina e galantamina (para quadros leves e moderados), conforme previsto no PCDT.
O tratamento vai além dos medicamentos, com ações de cuidado multidisciplinar, terapias não medicamentosas e suporte psicossocial a pacientes e familiares.
O atendimento a pessoas com Alzheimer é realizado por equipes especializadas em centros de referência e, quando necessário, também no domicílio, por meio do programa Melhor em Casa.
Entre janeiro e março de 2025, foram registrados mais de 7 milhões de atendimentos ambulatoriais e 576 hospitalizações relacionadas à doença no país.

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Saúde
Descobertas genéticas prometem tratamentos mais precisos para o TOC

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes, afetando cerca de 1 em cada 50 pessoas no mundo.
Caracterizado por obsessões e compulsões que impactam significativamente a vida cotidiana, ele ainda carrega muitas incógnitas sobre suas causas e tratamentos. Uma nova pesquisa publicada na Nature Genetics oferece avanços importantes ao identificar marcadores genéticos associados ao TOC.
Por meio da análise do DNA de mais de 53 mil pessoas com TOC e 2 milhões sem o transtorno, pesquisadores identificaram 30 regiões do genoma ligadas à condição, totalizando 249 genes de interesse.
“Esses achados não revelam genes únicos causadores, mas mostram como diferentes regiões genéticas influenciam o risco de forma conjunta”, explica Carol Mathews, professora de psiquiatria da Universidade da Flórida.
Leia mais:
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Os genes mais relevantes estavam ativos em áreas cerebrais associadas a funções como tomada de decisão, regulação emocional e formação de hábitos — todos processos afetados em pessoas com TOC.
O que a genética nos ensina sobre o TOC
A pesquisa identificou relações entre os genes associados ao TOC e outros transtornos neurológicos e psiquiátricos.
- Os genes ligados ao TOC também aparecem em quadros como depressão, esquizofrenia e epilepsia.
- Algumas regiões genéticas associadas ao TOC estão envolvidas na imunidade adaptativa, sugerindo possíveis relações entre inflamação e saúde mental.
- Neurônios espinhosos médios, ligados à formação de hábitos, mostram forte associação com os genes do TOC. Eles também são alvo de medicamentos usados no tratamento do transtorno.
- As descobertas podem ajudar a explicar por que o TOC se manifesta de formas tão variadas e por que os tratamentos não funcionam da mesma maneira para todos.
Caminhos para tratamentos mais eficazes
Embora o TOC ainda represente um grande desafio clínico, pesquisas genéticas como essa trazem esperança de que, no futuro, os tratamentos possam ser adaptados ao perfil genético e sintomático de cada paciente.
Além disso, as conexões com o sistema imunológico, regiões cerebrais ainda pouco estudadas e a relação com outros transtornos sugerem novos caminhos para investigação.
O avanço genético pode não apenas melhorar a compreensão do TOC, mas também influenciar como entendemos e tratamos a saúde mental de forma mais ampla.
“Com o tempo, isso poderá levar a tratamentos mais personalizados e eficazes, melhorando a vida de milhões de pessoas que vivem com TOC em todo o mundo”, completa Carol.
As informações são do site The Conversation.

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Saúde
Inédito: cientistas filmam estágio inicial de formação do coração

Pela primeira vez, pesquisadores filmaram um coração se formando em tempo real usando imagens 3D captadas de um embrião de camundongo vivo. A gravação foi feita pelo Instituto de Saúde Infantil Great Ormond Street da University College London.
A equipe utilizou uma técnica chamada microscopia avançada de lâmina de luz em um modelo de camundongo especialmente projetado. Neste método, a iluminação permite captar imagens detalhadas de pequenas amostras sem causar danos ao tecido vivo.
“Esta é a primeira vez que conseguimos observar células cardíacas tão de perto, por tanto tempo, durante o desenvolvimento de mamíferos. Primeiro, tivemos que cultivar os embriões de forma confiável em uma placa de cultura por longos períodos, de algumas horas a alguns dias, e o que descobrimos foi totalmente inesperado”, disse o autor sênior, Dr. Kenzo Ivanovitch.
As descobertas do estudo, publicado no The EMBO Journal, podem revolucionar a maneira como os cientistas entendem e tratam defeitos cardíacos congênitos, dizem os pesquisadores. Assista clicando aqui.

O que as imagens revelam sobre o coração?
Os cientistas conseguiram identificar as origens celulares do coração: desde um estágio crítico de desenvolvimento conhecido como gastrulação até o ponto em que o órgão primitivo começa a tomar forma.
A gastrulação é o processo pelo qual as células começam a se especializar e se organizar nas estruturas primárias do corpo, incluindo o coração. Em humanos, isso ocorre durante a segunda semana de gestação.
Os pesquisadores usaram marcadores fluorescentes em células do músculo cardíaco para criar uma espécie de árvore genealógica, o que ajudou a ver como as células se movem, se dividem e formam as primeiras partes de um embrião.
Leia mais:
- Qual a relação entre energéticos e problemas cardíacos?
- Conheça o homem com dois corações – e o que aconteceu quando ambos pararam de funcionar
- Cérebro de camundongo é mapeado em nível inédito

Movimentos não esperados
- Nos estágios iniciais, as células embrionárias eram capazes de se transformar em vários tipos celulares;
- No início da gastrulação, as células que contribuem exclusivamente para o coração se comportaram de maneiras altamente organizadas, segundo o artigo;
- Em vez de se moverem aleatoriamente, eles seguem caminhos distintos para desempenhar suas funções, seja para os ventrículos (câmaras de bombeamento do coração) ou átrios (por onde o sangue entra no coração).
“Nossas descobertas demonstram que a determinação do destino cardíaco e o movimento direcional das células podem ser regulados muito mais cedo no embrião do que os modelos atuais sugerem. O que parece ser uma migração celular caótica é, na verdade, governado por padrões ocultos”, afirmou o Dr. Ivanovitch.
“No futuro, esperamos que este trabalho ajude a descobrir novos mecanismos de formação de órgãos. Isso informará os princípios de design para programar, com precisão, padrões e formas de tecidos para a engenharia de tecidos”, afirmou.
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