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Saúde

Encolhimento de área do cérebro é importante sinal de Alzheimer, segundo estudo

Redação Informe 360

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Pesquisadores descobriram que um encolhimento no hipocampo provoca declínio cognitivo independentemente de o paciente ter as proteínas tau e amiloide em excesso no cérebro. Segundo o site The Conversation, esse achado pode mudar o tratamento de pacientes com Alzheimer e outras condições neurodegenerativas.

Para você entender o impacto da descoberta, precisamos primeiro lembrar o que é o hipocampo. Essa é uma pequena área do cérebro, do tamanho de um cavalo-marinho, responsável por diversas funções, além do aprendizado, como:

  • regular emoções;
  • transformar memórias de curto prazo em memórias de longo prazo;
  • permitir a navegação espacial.

À medida que envelhecemos, naturalmente o nosso hipocampo diminui um pouco em tamanho. No entanto, esse encolhimento é mais acentuado em pessoas que têm determinados hábitos de vida nocivos – como alimentação inadequada e consumo excessivo de álcool – e também com doenças, entre elas, Alzheimer. Por isso, essa perda de volume tende a vir antes de sinais de declínio cognitivo.

Alimentação saudável preza pela qualidade dos alimentos
Imagem: LightField Studios / Shutterstock

Outros biomarcadores também são importantes no diagnóstico e tratamento do Alzheimer e de outras doenças cerebrais. É o caso das proteínas tau e beta amiloide, que são importantes para o bom funcionamento do órgão, mas que são prejudiciais quando estão em excesso.

De forma mais detalhada, os emaranhados de tau destroem os neurônios por dentro, enquanto as placas amiloides se aglomeram na parte externa dos neurônios.

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Como o estudo foi feito?

idosos
Imagem: evrymmnt/Shutterstock

O estudo, publicado na revista Neurology, coletou dados de 128 idosos durante dez anos. No início da pesquisa, esses participantes não apresentavam sinais de comprometimento cognitivo.

Além de registrar o desempenho dos participantes em testes cognitivos, eles fizeram exames de imagem cerebral para observar o volume do hipocampo e ainda rastrearam as proteínas tau e amiloide.

Ao longo da década, eles descobriram que:

  • O encolhimento do hipocampo estava relacionado com o declínio cognitivo.
  • Quanto mais rápido fosse a diminuição do volume, mais rápido seria o comprometimento cognitivo.
  • Pessoas com menor hipocampo no início do estudo tiveram uma diminuição do tamanho mais rápida.
  • A correlação entre encolhimento do hipocampo e declínio cognitivo continuou forte mesmo depois que eles removeram a influência das proteínas tau e amiloide das análises.

Consequências da pesquisa

Ilustração de idoso se desfazendo em peças de quebra-cabeça para retratar conceito do Alzheimer
Imagem: OPAS

Apesar de usar uma amostra pequena, esta pesquisa sugere algumas questões importantes. A primeira é que as placas amiloides e emaranhados de tau podem não ser os únicos gatilhos para o declínio cognitivo.

Em segundo lugar, os resultados podem ajudar no tratamento de pacientes, pois se o comprometimento cognitivo tiver sido decorrência da diminuição do volume do hipocampo, provavelmente medicamentos para combater placa amiloide terão pouco efeito em retardar a progressão do Alzheimer.

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Saúde

Dezenas de vírus desconhecidos são encontrados em animais na China

Redação Informe 360

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Pesquisadores identificaram dezenas de vírus em criadouros de animais destinados à venda de pele na China. Segundo eles, alguns destes organismos são totalmente desconhecidos da ciência e têm o potencial de infectar também os seres humanos.

Mais de 100 vírus foram identificados nas análises

  • A equipe de cientistas sequenciou o material genético de amostras de pulmões e intestinos de 461 animais destinados à venda de pele em território chinês.
  • Entres os animais analisados estavam visons, coelhos, raposas e cães-guaxinim.
  • Todos eles morreram em função de doenças no país no período entre os anos de 2021 e 2024. 
  • A maioria fazia parte de criadouros, mas cerca de 50 destes animais analisados eram selvagens.
  • Segundo os pesquisadores, o resultado foi a identificação de 125 vírus, dos quais 36 desconhecidos até então.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature
Vírus Mers foi detectado nas análises (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Alguns organismos são variantes da gripe aviária e até do coronavírus

Ainda de acordo com os pesquisadores, 39 vírus, sendo 13 deles inéditos, apresentam um “alto risco” de transmissão de uma espécie para outra. Este potencial de infecção também inclui os seres humanos.

Também foram detectados variantes de gripe aviária em visons e ratos-almiscarados. Além disso, foram identificados sete tipos de coronavírus, mas nenhum estreitamente relacionado ao Sars-CoV-2, que desencadeou a pandemia de Covid-19 em 2020.

Sete tipos de coronavírus foram identificados pelos pesquisadores (Imagem: Niphon Subsri/Shutterstock)

Um dos que mais preocupa é o HKU5, que já havia sido detectado em morcegos, mas que dessa vez foi encontrado nos pulmões de dois visons de criadouro. Trata-se de um parente do coronavírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), uma doença considerada potencialmente letal para humanos.

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Saúde

Tintas para tatuagem contaminadas são retiradas de circulação nos EUA

Redação Informe 360

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A Food and Drug Administration (FDA), agência de controle sanitário dos Estados Unidos, determinou a retirada de circulação de três tintas para tatuagem da linha Bloodline da Sierra Stain. Os produtos apresentaram níveis de bactérias que poderiam causar problemas de saúde nos consumidores.

A empresa recolheu seu estoque e a FDA aconselha que tatuadores e varejistas não usem nem comercializem as tintas adquiridas.

Tintas para tatuagem retiradas de circulação

  • A FDA determinou a retirada de circulação de três tintas específicas da linha Bloodline: Carolina Blue, All Purpose Black e UV China Pink.
  • Uma análise feita pela agência encontrou bactérias danosas à saúde em níveis preocupantes nos produtos da Sierra Stain.
  • Nenhuma doença causada pelas tintas foi relatada, mas, segundo a FDA, os sintomas de infecção podem ser difíceis de atribuir a uma única causa.
  • Os consumidores que suspeitarem que erupções cutâneas ou lesões estejam ligadas ao uso das tintas podem relatar o caso ao programa MedWatch da FDA.
  • Todas as três tintas não são mais fabricadas e a empresa responsável reconheceu os produtos restantes. Aqueles que adquiriram as tintas devem evitar usá-las ou comercializá-las.
Tintas Carolina Blue, All Purpose Black e UV China Pink da Sierra Stain recolhidas pela FDA -. Imagem: FDA

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Bactérias encontradas nas tintas

Uma série de testes conduzidos pela FDA identificou “altas concentrações de microrganismos” que podem causar problemas de saúde nos consumidores nas tintas. A Carolina Blue apresentou seis tipos: Citrobacter braakii, Citrobacter farmeri, Pseudomonas fluorescens, Achromobacter xylosoxidans, Ochrobactrum anthropi e Cupriavidus pauculus. Todas podem causar infecção generalizada ou pneumonia em humanos.

A tinta preta (All Purpose Black) continha uma taxa elevada de Acetobacter senegalensis, uma espécie encontrada em mangás no Senegal e usada industrialmente na produção de vinagre. Na última das três cores (UV China Pink), foram encontrados dois tipos de bactérias do gênero Curtobacterium, originadas no solo. As consequências para a saúde dessas bactérias ainda não estão claras.

Pessoa segurando máquina de tatuar
Não é a primeira vez que contaminantes são encontrados em tintas para tatuagem nos Estados Unidos – Imagem: Designpress

Histórico de tintas contaminadas nos Estados Unidos

Esta não é a primeira vez que contaminantes são encontrados em tintas para tatuagem. No início do ano, um estudo revelou que 45 das 54 tintas de tatuagem de nove marcas que circulam nos Estados Unidos continham substâncias não listadas nos rótulos. A descoberta levou a preocupações sobre possíveis riscos à saúde desconhecidos.

Meses após a divulgação da pesquisa ocorrida em fevereiro, outros cientistas descobriram que cerca de um terço das tintas de tatuagem vendidas no país continham bactérias. Mesmo que não haja provas de que todas causem infecções, o risco à saúde é evidente e deve ser mais investigado no futuro.

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A FDA recomenda atenção em seu aviso. Ambientes seguros e profissionais para aplicação de tatuagens são fundamentais para evitar problemas de saúde, e os clientes devem considerar isso ao escolher um artista.

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Saúde

Celulares causam câncer no cérebro? A ciência tem uma resposta definitiva

Redação Informe 360

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A conexão entre o uso de telefones celulares e o risco de câncer cerebral tem sido debatida há décadas. Contudo, um estudo recém-publicado pode finalmente encerrar esse debate.

O debate começou em 1993, quando David Reynard, da Flórida, processou a NEC America alegando que a radiação do celular contribuiu para o câncer cerebral de sua esposa. Apesar de o processo ter sido rejeitado, o caso popularizou a ideia de que os celulares poderiam causar câncer.

Em 2011, a Organização Mundial da Saúde (OMS), através da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), classificou a radiação de celulares como um possível carcinógeno.

A preocupação aumentou com um estudo de 2016 que sugeriu que a radiação de celulares causava câncer em roedores. No entanto, a relação entre radiação de celulares e câncer sempre foi questionada.

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Descobertas do novo estudo

  • O estudo atual, da OMS, liderado pela Agência Australiana de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA), analisa mais de 5 mil pesquisas e inclui 63 estudos relevantes realizados entre 1994 e 2022.
  • A pesquisa concluiu que, apesar do aumento no uso de celulares, não houve aumento nos casos de câncer cerebral ou cânceres de cabeça e pescoço, mesmo entre usuários intensivos com mais de 10 anos de uso.
  • O estudo também avaliou a exposição à radiação de torres de telefonia e ocupações com alta exposição, sem encontrar ligação com câncer.
câncer cerebral
Dados do estudo não encontraram relação entre o câncer no cérebro e o uso contínuo de celulares – Imagem: shutterstock/SquareMotion

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Mark Elwood, professor honorário de Epidemiologia do Câncer na Universidade de Auckland e coautor do estudo, explica que a radiação de rádio usada em celulares é de baixa frequência e energia, semelhante à usada em rádio, TV e Wi-Fi, e não mostrou aumento de câncer.

Os dados indicam que, com o uso extensivo de celulares globalmente, um aumento significativo nos casos de câncer cerebral seria esperado se a radiação fosse realmente carcinogênica. No entanto, as taxas de câncer cerebral permanecem estáveis desde 1982.

Ken Karipidis, da ARPANSA, destaca que a revisão atual, com um conjunto de dados muito maior do que o analisado pelo IARC em 2011, confirma que a exposição a ondas de rádio da tecnologia sem fio não representa um risco significativo para a saúde humana.

celular
Taxas de câncer cerebral permanecem estáveis há décadas (Imagem: Simon Kadula/Shutterstock)

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