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Saúde

Como o fanatismo atua no cérebro? Pesquisa busca explicações

Redação Informe 360

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Quem é torcedor de futebol ou conhece alguém que é, sabe que uma partida pode gerar diferentes emoções. Desde alegria, passando por tristeza e a raiva. Fãs do esporte são conhecidos por sua lealdade, mas também por comportamentos violentos. Como será que o fanatismo influência a rivalidade extrema e a agressão?

Cientistas buscaram por respostas para essa questão analisando o cérebro de torcedores em ressonância magnética. Os resultados da pesquisa, que será apresentada no encontro da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), podem ser um caminho para entender o fanatismo em outras áreas, como a política.

Entendendo o fanatismo: fase de testes

  • Para a pesquisa foram recrutados 43 voluntários saudáveis ​​do sexo masculino que torcem para times de futebol chilenos arquirrivais.
  • Eles foram divididos em dois grupos: 22 torcedores de um time e 21 do time rival.
  • Todos realizaram um teste para medir o nível de fanatismo e passaram por avaliações psicológicas.
  • Os voluntários foram submetidos a ressonância magnética funcional, enquanto assistiam à compilação de partidas contendo 63 gols.
  • A atividade cerebral foi medida por técnica de imagem não invasiva que detecta alterações no fluxo sanguíneo do cérebro.

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O que os cientistas descobriram?

Imagem: RSNA/Francisco Zamorano Mendieta, Ph.D.

Os resultados da ressonância magnética revelaram que a atividade cerebral dos torcedores se altera conforme o fracasso ou a vitória de seu time. Quando a equipe vencia, a parte de recompensa do cérebro era ativada, enquanto no caso contrário, a rede de mentalização era acionada, causando um estado de introspecção no indivíduo.

Dr. Zamorano, um dos autores do estudo, explica ao Medical Express, como essa segundo caso afeta o torcedor:

Isso [a introspecção] pode atenuar um pouco a dor da perda. Também observamos a inibição do núcleo cerebral que conecta o sistema límbico com as cortezas frontais, prejudicando o mecanismo que regula o controle cognitivo e aumentando a probabilidade de envolvimento em comportamentos disruptivos ou violentos.

Dr. Zamorano para o Medical Express

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Descoberta pode ajudar a entender dinâmica social

O Dr. Zamorano sugere que as descobertas sobre o fanatismo podem oferecer insights valiosos sobre a dinâmica social em várias áreas da vida. Ele explica que a busca inata das pessoas por conexões sociais são, geralmente, moldadas por crenças e interesses compartilhados. Mas, alerta para a influência do “pensamento de grupo”, que pode levar a crenças irracionais e discórdia social.

O fervor observado entre alguns fãs de esportes é um exemplo de investimento emocional intenso, comportamento agressivo e racionalidade comprometida. Segundo Zamorano, compreender a psicologia por trás disso pode proporcionar uma visão mais completa dos processos de tomada de decisão e dinâmicas sociais.

O fandom de esportes apresenta uma oportunidade única para analisar como a devoção intensa afeta a atividade neural em um contexto menos controverso, particularmente ao destacar o papel das emoções negativas , os mecanismos de controle inibitório relacionados e possíveis estratégias adaptativas

Dr. Zamorano em entrevista para o Medical Express

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Saúde

Tratamento com células CAR-T é esperança na luta contra o câncer

Redação Informe 360

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O Brasil deu início ao maior ensaio clínico nacional destinado a avaliar a segurança e a eficácia de células CAR-T desenvolvidas integralmente no país. O objetivo é que 81 pacientes recebam o tratamento experimental contra o câncer e sejam avaliados por um período de cinco anos.

Todos os participantes precisam ter sido diagnosticados com leucemia linfoblástica aguda ou com linfoma não Hodgkin. Além disso, é obrigatório que já tenham passado por terapias anteriores que não obtiveram sucesso na melhora de seus quadros de saúde.

Células CAR-T serão testadas em nova terapia contra o câncer (Imagem: Léo Ramos Chaves/Revista Pesquisa FAPESP)

Células são modificados geneticamente

  • O experimento consiste em separar de uma mistura de células sanguíneas um tipo especial de célula de defesa, os linfócitos T.
  • Após esse procedimento, eles são armazenados em uma bolsa menor e ativados, antes de serem modificados geneticamente.
  • O resultado final deste trabalho é a formação das chamadas células CAR-T.
  • Elas são capazes de reconhecer e destruir células cancerígenas específicas, funcionando como uma tratamento contra o câncer.
  • O último processo do trabalho é inserir os linfócitos em um meio de cultura rico em nutrientes e com temperatura controlada.
  • O objetivo é que eles se multipliquem até atingir a concentração necessária para testar o tratamento.
  • Esse número varia de centenas de milhares a centenas de milhões a depender da doença e do peso do paciente.
  • A última etapa é a introdução das células CAR-T no corpo do doador inicial.
  • Todo este processo leva cerca de 45 dias.

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Células geneticamente modificadas são capazes de reconhecer e destruir tumores (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Células CAR-T já são usadas em experimentos ao redor do mundo

Segundo informações da Revista Pesquisa Fapesp, seis pacientes já receberam as células CAR-T e estão sendo monitorados. O objetivo dos pesquisadores é avaliar a segurança e a eficácia do tratamento contra o câncer. Um dos diferenciais do trabalho é usar células produzidas no país, o que pode diminuir os custos de uma futura terapia contra a doença. Iniciado em 2024, o estudo recebeu R$ 100 milhões do Ministério da Saúde para tratar 81 pessoas com leucemia linfoblástica aguda ou com linfoma não Hodgkin que não responderam a terapias anteriores.

Os cientistas lembram que o novo tratamento não é recomendado para todos os pacientes com câncer. Terapias à base de medicação antitumoral (quimioterapia), radiação (radioterapia) ou compostos que estimulam o sistema de defesa (imunoterapia) resolvem de 50% a 70% dos casos. Quando estas opções não funcionam, existe ainda a possibilidade de um transplante de medula óssea, tecido fundamental para a produção das células do sistema imunológico. Se nada disso der certo, a solução pode ser as células CAR-T.

Novo processo pode baratear uso da terapia contra a doença (Imagem: Léo Ramos Chaves/Revista Pesquisa FAPESP)

Ao final do ensaio clínico, os dados serão submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em caso de aprovação, o passo seguinte será submeter o tratamento à avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Desde 2010, quando começaram a ser testadas em seres humanos, as células CAR-T já foram usadas em milhares de casos no mundo, com resultados promissores.

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Saúde

Anvisa proíbe manipulação de Ozempic, Wegovy e Rybelsus

Redação Informe 360

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitáira (Anvisa) proibiu a manipulação da substância semaglutida, princípio ativo das canetas de emagrecimento Ozempic, Wegovy e Rybelsus, em um despacho que cria regras para a importação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) agonistas do hormônio GLP-1.

A agência esclareceu que a obtenção de insumos obtidos por meio biotecnológico, como ocorre com a semaglutida, só será permitida para fins de manipulação se for do mesmo fabricante registrado no Brasil.

“Atualmente, a semaglutida possui registro apenas como produto biotecnológico. Portanto, não é permitida a importação nem a manipulação da semaglutida sintética até que exista um medicamento registrado com o IFA sintético”, diz a decisão.

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Canetas Ozempic enroladas em fitinha métrica usada para checar perda ou ganho de peso
Importação será permitida para manipulação apenas se insumo for do mesmo fabricante registrado no Brasil (Imagem: Alones/Shutterstock)

O despacho destaca que não é possível aplicar dados de eficácia e segurança de um IFA biológico de um fabricante para outro. “O perfil de qualidade, eficácia e segurança dos IFAs de origem biotecnológica depende de fatores, como o uso de um banco de células único, as características do processo de fabricação, entre outros elementos da biotecnologia.”

Para a Novo Nordisk, fabricante dos três medicamentos, a medida é correta. “Medicamentos irregulares não oferecem garantia de pureza, dosagem correta, estabilidade ou esterilidade, podendo resultar em ineficácia do tratamento, reações adversas graves e contaminação, colocando a saúde e segurança do paciente em risco”, diz a empresa.

Mas tem exceção…

  • No mesmo despacho, a Anvisa manteve a permissão para a manipulação da tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, também usado no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2;
  • O fármaco melhora a sensibilidade à insulina, retarda o esvaziamento gástrico, sendo que esse efeito diminui com o tempo, e reduz a ingestão de alimentos. Produz sensação de saciedade, regulando o apetite, diminuindo a ingesta calórica e permitindo a redução de peso, de acordo com a bula;
  • “Sobre a tirzepatida, o IFA registrado é obtido por meio de síntese química e, então, a legislação sanitária permitiria que esta substância fosse disponibilizada por meio de preparações magistrais”, justifica a nota técnica.
ozempic mounjaro
Tirzepatida está liberada para manipulação por se tratar de síntese química (Imagem: oleschwander/Shutterstock)

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Endocrinologistas reagiram à proibição da manipulação de Ozempic e demais canetas emagrecedoras

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) afirmou que a decisão da Anvisa é um “passo fundamental para a proteção da população brasileira contra práticas que colocam em risco sua saúde e minam a confiança na medicina baseada em evidências”.

No entanto, a entidade defende que a agência proíba também a tirzepatida.“A manutenção de uma proibição parcial, restrita apenas à semaglutida, abre espaço para a migração do mercado irregular para a tirzepatida manipulada, perpetuando o risco sanitário e expondo pacientes a produtos inseguros”, diz a nota.

Caneta de Ozempic sendo injetada em uma pessoa
Endocrinologistas defendem a proibição de manipulação das duas substâncias (Imagem: myskin/Shutterstock)

Na avaliação da SBEM, os riscos atribuídos à semaglutida são idênticos e igualmente graves no caso da tirzepatida manipulada, o que inclui incertezas sobre a pureza da substância, ausência de padrões industriais controlados e risco de eventos adversos potencialmente fatais após uso de formulações irregulares.

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Saúde

Sentimos mais sono no frio? Veja o que diz a ciência

Redação Informe 360

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Que a gente ama um dia de chuva embaixo das cobertas, assistindo uma série, não é nenhuma novidade. Mas por que será, que além do clima e o ambiente aconchegante que o inverno traz, também temos a impressão de que sentimos mais sono no frio?

No entanto, não é apenas mero achismo, a ciência comprova isso. Sobretudo a baixa incidência de luz solar influencia no início do ciclo do sono, segundo especialistas.

Além disso, certas pessoas reagem com mais intensidade às variações climáticas, o que pode impactar tanto o sono quanto o estado emocional. Confira melhor a seguir!

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Por que sentimos mais sono no frio?

Jovem sorrindo, calma, vestida com roupas casuais, deitada na cama com as mãos juntas sob a cabeça, dormindo, descansando, relaxando, passando tempo no quarto, relaxando, em casa, no próprio quarto, em casa, acordando, sonhando, perdida em devaneios, bom dia.
Segundo pesquisas, ter plantas no quarto ajuda a dormir/Shutterstock_ViDI Studio

Não, você não está mais preguiçoso. Realmente sentimos mais sono no frio! Durante o inverno, é comum sentirmos mais sono, e isso não tem nada a ver com preguiça.

Segundo a psiquiatra Danielle H. Admoni, da Associação Brasileira de Psiquiatria (em depoimento ao Gshow), essa sonolência está ligada à maior produção de melatonina, o hormônio responsável por induzir o sono. Como os dias são mais curtos e as noites mais longas, ficamos expostos por mais tempo à escuridão, o que estimula a liberação desse hormônio pelo cérebro.

Além disso, o neurologista André Felício, do Hospital Albert Einstein, explica que a redução da temperatura corporal e a menor exposição à luz natural também influenciam o ritmo biológico.

Algumas pessoas são mais sensíveis às mudanças sazonais e podem ter alterações no sono e no humor. O frio resseca as mucosas nasais e diminui a atividade física ao ar livre, o que contribui para a sensação de cansaço e sonolência.

homem dormindo sobre lençóis amarelos
Além de usar meias para dormir, preparar o ambiente também pode ajudar a ter um sono mais reparador. Imagem: Tavarius/Shutterstock

Embora não seja necessário dormir muito mais no inverno, pessoas com ritmos biológicos mais sensíveis podem precisar de alguns minutos extras de descanso. A recomendação dos especialistas é investir na qualidade do sono, manter uma rotina saudável e buscar exposição à luz natural, especialmente pela manhã. Essas medidas ajudam a equilibrar o relógio biológico e evitar o cansaço excessivo durante os dias mais frios.

Hábitos que ajudam a melhorar a qualidade do sono durante o inverno

Como vimos anteriormente, no inverno o corpo enfrenta desafios como o ar seco, o frio intenso e a menor exposição à luz solar, fatores que afetam diretamente a qualidade do sono.

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Segundo especialistas, esses elementos podem agravar problemas respiratórios, alterar o ritmo circadiano e provocar despertares frequentes. Por isso, adotar hábitos simples e eficazes pode fazer toda a diferença para garantir noites mais tranquilas.

mulher se alogando após acordar em uma cama com lençóis, fronhas e edredons brancos
Uma ótima dica para dormir bem no inverno é controlar a umidade do ambiente.(Imagem: Gpointstudio/Freepik)

Sobretudo, tomar algumas medidas ajudam a equilibrar o ambiente e o organismo, favorecendo um sono mais profundo e restaurador. Veja abaixo práticas recomendadas por especialistas em saúde do sono:

  • Mantenha o quarto aquecido, mas ventilado: evite o uso excessivo de aquecedores e prefira ambientes com temperatura estável e circulação de ar.
  • Use umidificadores de ar: eles ajudam a combater o ressecamento das vias respiratórias, comum em noites frias.
  • Faça higiene nasal antes de dormir: lavagens com solução salina reduzem congestão e melhoram a respiração noturna.
  • Evite roupas de cama muito pesadas: o superaquecimento pode causar desconforto e suores noturnos, prejudicando o sono profundo.
  • Exponha-se à luz natural pela manhã: isso ajuda a regular o relógio biológico e a reduzir a sonolência diurna.

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