Política
ALERJ abre ano legislativo com sessão solene no Palácio Tiradentes

O ano legislativo de 2024 foi oficialmente aberto pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta terça-feira (06/02). O início da 2ª Sessão Legislativa da 13ª Legislatura aconteceu na sede histórica do Parlamento Fluminense, o Palácio Tiradentes, e foi comandada pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar. A solenidade contou com a presença do governador Cláudio Castro, que apresentou o plano de governo para este ano, e demais autoridades do estado.
Ao abrir a sessão solene, Bacellar destacou a importância da união e da independência entre os Poderes do estado. “Todos os poderes estão, atualmente, trabalhando de maneira respeitosa. Temos muito equilíbrio e maturidade de sabermos nossas funções”, afirmou.
Bacellar também agradeceu aos parlamentares de todos os espectros políticos: “Apesar da diversidade ideológica, fico muito feliz que este Parlamento dialogue e respeite as diferenças, sempre trabalhando de maneira respeitosa”. O presidente ainda pontuou o trabalho em conjunto de todos os parlamentares e os representantes de poderes neste momento em que o governo do Rio busca junto ao Governo Federal atualizar as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a revisão da política de juros da dívida com a União.
Na mesma linha, Cláudio Castro agradeceu a cooperação dos deputados da Alerj com o Executivo. Ele enalteceu, sobretudo, a bancada de esquerda do Parlamento Fluminense, que tem atuado como elo junto ao Governo Federal. “Conscientes de suas atribuições e do quadro fiscal do Estado, vocês, parlamentares, têm discutido de forma relevante e com muita qualidade essa questão, demonstrando sincronia com o Poder Executivo, e, sobretudo, o engajamento e empenho com uma pauta que é de todos nós fluminenses”, disse.
Dois temas foram centrais no discurso do governador, a segurança pública e a prevenção dos desastres. Castro se solidarizou com as vítimas das chuvas do mês de janeiro na capital e na Baixada Fluminense e afirmou que o Executivo investiu mais de R$ 4 bilhões desde 2021 em obras de infraestrutura, incluindo as limpezas e dragagem de rios e canais.
Já na segurança pública, o governador destacou investimentos de R$ 2,5 bilhões ao longo do ano passado, aplicados em tecnologia, como as câmeras corporais – já utilizadas por mais de 12 mil policiais militares. A instalação das câmeras foi amplamente discutida na Alerj ao longo dos últimos anos, resultando em novas legislações, como a Lei 5.588/09.
Castro também destacou medidas aprovadas pela Alerj ao longo do último ano, como a reestruturação do Fundo de Combate à Pobreza (Fecp) e a otimização dos fundos estaduais, que segundo ele, garantem saúde financeira ao Estado e o pagamento dos servidores públicos em dia. Outras leis destacadas por Castro foram a criação do Plano Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Pedes), a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do arroz e feijão e de absorventes íntimos e a Lei Gui, que garantiu um programa de apoio às pessoas com epidermólise bolhosa.
Outra medida elencada por Castro foi a criação das emendas impositivas ao orçamento do Estado, permitindo aos deputados incluir despesas obrigatórias que atendam demandas específicas da população. Para o orçamento de 2024, cada parlamentar teve disponível aproximadamente R$ 2,7 milhões.
“A contribuição da Alerj nos permitiu aprimorar nossa legislação em diversas frentes, como econômica e social. Esse arcabouço jurídico viabilizou um cenário ainda mais atrativo para novos investimentos em solo fluminense. Que continuemos caminhando, lado a lado, com a independência que nos sustenta e conduz, e com a harmonia que garante mais conquistas para o Rio de Janeiro”, concluiu o governador.
Expectativas dos deputados
Parlamentares de todas as vertentes políticas estiveram presentes na sessão. Um dos decanos da Casa, o deputado Carlos Minc (PSB), fez uma retrospectiva do ano anterior, marcado pela aprovação de temas polêmicos, como a vedação da prisão somente através do reconhecimento fotográfico, e pontuou projetos importantes para 2024.
“Um deles é o que ensina os estudantes a distinguir uma ‘fake news’ de uma verdade. É um projeto inspirado em uma lei finlandesa, considerada a melhor do mundo sobre isso. Temos também projetos relacionados ao reflorestamento e de prevenção às mudanças climáticas”, comentou.
Já o deputado Rodrigo Amorim (PTB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, ressaltou o trabalho do grupo em 2023, com recorde histórico de produtividade, e também destacou metas para este ano.
“Integrado com a presidência, o Governo do Estado e todas as lideranças, vamos contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro e produzir leis de pautas sensíveis, como segurança pública, defesa dos servidores, dos concursos públicos e do equilíbrio fiscal. A CCJ atua de forma estritamente técnica e deixamos o debate ideológico para o plenário”, declarou.
Os deputados Luiz Paulo (PSD) e Martha Rocha (PDT) foram os responsáveis pelo hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio durante a execução do Hino Nacional Brasileiro.
Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria
A sessão contou com a presença de diversas secretarias e órgãos estaduais, como o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), desembargador Ricardo Cardozo. Em sua fala, ele destacou a necessidade de modernização do judiciário fluminense, ressaltando que enviará à Casa projetos que possibilitem o acompanhamento do mundo digital.
“A Justiça há de ser célere e, no mundo digital, precisamos de um parque tecnológico apto para receber as mudanças que estão vindo numa rapidez crescente. Por isso, contamos com esta Casa.”, comentou.
Chefe do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), o Procurador Geral de Justiça, Luciano Mattos, ressaltou a agenda comum entre a Alerj e o órgão. “Temos uma agenda comum com o Parlamento em várias questões, do Meio ambiente às causas sociais e à Segurança Pública, que é uma prioridade para o nosso estado. Temos procurado fazer um trabalho de forma técnica e discreta, respeitando os ritos e procedimentos, além dos direitos das pessoas que estão sendo investigadas e das que buscam a nossa atuação”, declarou.
Já a Defensora Pública Geral do Estado, Patrícia Cardoso fez um cumprimento especial às deputadas e destacou a colaboração da Alerj. “Na abertura da sessão legislativa de 2023, sendo a única mulher chefe de Poder, eu me senti muito acolhida e respeitada por todos vocês. Nossa relação é de muita colaboração e maturidade institucional, preciso agradecer a todos e posso dizer que me sinto da mesma forma neste ano”, disse.
Também estiveram presentes na solenidade o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Rodrigo Melo do Nascimento, e os secretários de estado da Casa Civil, Nicolas Miccione; do Gabinete do Governador, Rodrigo Abel; de Governo, Bernardo Rossi; das Cidades, Douglas Ruas; e de Habitação de Interesse Social, Bruno Dauaire.
A abertura do ano legislativo também foi acompanhada por representantes da última edição do Parlamento Juvenil, projeto da Alerj que proporciona uma experiência do Poder Legislativo a estudantes eleitos em cada um dos 92 municípios do estado.
Primeiras votações
Além da sessão solene de abertura, os deputados da Alerj apreciaram a primeira pauta de projetos de 2024. Ao todo, os parlamentares aprovaram seis projetos de lei, quatro indicações legislativas e outras duas propostas receberam emendas. As votações foram realizadas por meio de um moderno sistema em que o deputado acessa por meio de reconhecimento facial.
Entre as propostas aprovadas, destacam-se a criação do ‘Abril Laranja’ no âmbito do Estado do Rio, com o objetivo de elaborar ações de conscientização e atividades de prevenção contra a crueldade aos animais, além de tombamentos culturais fluminenses da Rua das Flores, na Tijuca (Zona Norte do Rio), da Casa de Cultura Walmir Ayala, em Saquarema (Região dos Lagos), e da Festa de São Benedito, em Angra dos Reis (Costa Verde).
Fonte: Alerj – Por: Gustavo Natario e Leon Continentino – Foto: Thiago Lontra, Julia Passos e Octacílio
Política
Não há “ditadura da toga” no Brasil, afirma Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou suas redes sociais para rebater as recorrentes críticas ao Poder Judiciário brasileiro. Em uma postagem publicada no início da noite na rede X, Mendes defendeu a atuação da Corte, afirmando que o STF atua como guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando garantias fundamentais.
“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, escreveu Mendes, poucas horas após atos organizados por políticos de direita e grupos religiosos terem reunido milhares de manifestantes a favor da anistia do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e de réus condenados pelos atos do 8 de Janeiro e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
“Não há, no Brasil, ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, afirmou Mendes
Segundo ele, os ministros da Corte vêm atuando de forma a preservar as chamadas garantias fundamentais – ou seja, os direitos e proteções asseguradas na Constituição Federal a todos os cidadãos brasileiros.
Sem mencionar nomes, Mendes teceu críticas alusivas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, lembrando das recorrentes críticas do ex-presidente e de seus apoiadores ao sistema eleitoral brasileiro e a gestão da pandemia da covid-19 pelo governo Bolsonaro, entre outros episódios.
“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia; vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades; ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes; acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, comentou o ministro.
Mais cedo, em evento na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado, como “tirania”. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que tá acontecendo nesse país ” Tarcísio, durante o ato na Paulista.
“O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, concluiu o ministro Gilmar Mendes.
Política
ALERJ aprova sanções para casos de internação psiquiátrica involuntária irregular ou ilegal

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em segunda discussão, nesta quinta-feira (04/09), o Projeto de Lei 330/23, que estabelece sanções em casos de internação psiquiátrica involuntária considerada irregular ou ilegal. As multas podem chegar até R$ 450 mil. O texto é assinado pelos deputados Carlos Minc (PSB) e Vinicius Cozzolino (União), além do ex-parlamentar Tande Vieira (PP). A medida será encaminhada ao governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.
Segundo a proposta, as multas serão de R$ 225 mil (50 mil Ufir/RJ) para as clínicas, hospitais, comunidades terapêuticas e afins. Os valores poderão passar a ser de R$ 450 mil (100 mil UFIR/RJ) em caso de reincidência. Na primeira sanção, os estabelecimentos de saúde serão descredenciados junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES) por um período de seis meses. Já na reincidência, o descredenciamento será definitivo.
Já para os profissionais de saúde, será aplicada multa de R$ 22,5 mil (5 mil Ufir/RJ), ampliada para R$ 45 mil (10 mil Ufir/RJ) em caso de reincidência. Os profissionais também terão seus registros suspensos junto ao Conselho Regional da categoria por um período de seis meses na primeira autuação e serão suspensos por um ano em caso de reincidência.
Por fim, as multas para pessoas físicas que auxiliarem na internação irregular também será de R$ 22,5 mil (5 mil Ufir/RJ) e, em caso de reincidência, de R$ 45 mil (10 mil Ufir/RJ). Se forem reincidentes, as pessoas também poderão ser proibidas de assumir cargos públicos, comissionados ou por concurso público, por um período de um ano.
Internações compulsórias
A proposta atualiza a Lei 3.944/02, que estabeleceu os direitos fundamentais dos usuários dos serviços de saúde mental. A nova proposta, além de instituir as sanções para internação irregular, também regulamenta a Lei Federal 10.216/01 a nível estadual. De acordo com a normativa federal, a internação psiquiátrica, em qualquer das modalidades, só é permitida quando os recursos não hospitalares forem tidos como insuficientes e houver risco à integridade física, à saúde ou à vida dos portadores de transtorno mental ou a terceiros. A situação de perigo concreto deve constar em laudo por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado onde se localize o estabelecimento.
A medida considera os seguintes tipos de internação psiquiátrica: internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
A nova proposta também determina que a internação psiquiátrica involuntária deverá ser comunicada ao Ministério Público Estadual, Defensoria Pública e ao Conselho Regional de Medicina, em até 48 horas, pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando houver alta.
Além disso, a internação considerada legal terá o prazo de validade máximo de 20 dias, posteriormente reavaliada, a partir de um relatório médico que justifique a necessidade da permanência e indique o programa terapêutico a ser adotado, que deverá ser encaminhado às entidades judiciais mencionadas.
Fonte: Comunicação Alerj – Por: Buanna Rosa
Política
ALERJ define calendário para análise da CCJ e votação de 12 projetos do Governo

Em reunião comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Rodrigo Bacellar (União), e realizada nesta segunda-feira (01/09), o Colégio de Líderes definiu o período de análise e votação das 12 proposições do Poder Executivo. O cronograma estabelece apreciação prévia dos textos pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, após os pareceres, o envio das matérias ao Plenário para deliberação dos deputados.
Conforme acordado no Colégio de Líderes da Alerj, os projetos que receberem parecer na CCJ deverão entrar na pauta da Ordem do Dia do Plenário na semana seguinte à aprovação na Comissão.
Calendário de análise das propostas
Nesta quarta-feira (03/09), a CCJ inicia a análise do bloco de segurança pública, incluindo o projeto protocolado pelo presidente Bacellar que trata desse tema. Na mesma reunião, a Comissão também avaliará as propostas de reformulação de carreira da Polícia Civil e a que autoriza a alienação de imóveis do governo.
Na reunião da CCJ do dia 10/09, a Comissão discutirá os projetos referentes à Polícia Militar, entre eles o que trata da convocação de policiais da reserva por prazo de até nove anos, no regime de Prestação de Serviço por Tempo Certo.
Já no encontro do dia17/09 entram em pauta os temas de maior impacto fiscal: a proposta do Executivo que autoriza o uso de royalties do petróleo para amortização de dívidas do Estado, atualmente vinculados ao pagamento de aposentadorias e pensões do Rioprevidência, e o projeto que institui novo programa de refinanciamento da dívida ativa (Refis).
Por: Comunicação Social – Imagem: Erick Quintanilha
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