Negócios
Quem É o Ex-Estagiário que Virou o Novo CEO da Nike

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Elliott Hill estava aposentado desde 2020 após 30 anos de carreira na Nike, de estagiário a presidente da unidade de consumo
A mudança de CEO da Nike, anunciada na última sexta-feira (20), não pegou todos de surpresa. Muitos acreditavam que John Donahoe, CEO desde 2020, não tinha as habilidades necessárias para liderar uma empresa focada em design como a Nike. O ex-executivo da empresa Elliot Hill, que começou como estagiário e trabalhou quase 30 anos na companhia, assume a liderança.
Donahoe, ex-CEO do eBay, tinha uma forte atuação em comércio eletrônico e cadeia de suprimentos, mas não era visto como um inovador e um marqueteiro, qualidades essenciais em uma empresa que combina desempenho e estilo. O executivo liderou um movimento de fortalecimento do e-commerce Nike, visando aumentar as margens vendendo diretamente ao consumidor e reduzir a dependência de varejistas. No entanto, essa abordagem criou oportunidades para marcas menores ganharem espaço no mercado.
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Segundo David Swartz, analista da Morningstar, a família Knight, que detém o controle da Nike, e o conselho de administração procuravam um líder com profundo conhecimento da companhia para corrigir os problemas recentes. O principal deles é a tentativa de Donahoe de concentrar as vendas diretamente ao consumidor, uma estratégia que não rendeu os frutos esperados.
Em um vídeo enviado por e-mail para os funcionários na última semana, Hill vestia uma camiseta preta da Nike e afirmou que, ao longo das mais de três décadas em que trabalhou na empresa, “aprendeu a sempre colocar o consumidor no centro de toda decisão” e pediu que todos se unissem como uma equipe.
O foco da empresa define seu líder
Toda organização projeta, produz, vende, entrega e presta serviços. As mais bem-sucedidas, ao longo do tempo, focam em alguma dessas áreas e alinham seus valores, organização, operações e também o CEO nessa direção.
A depender do direcionamento da companhia, ela precisa de tipos diferentes de CEOs. São eles que definem a direção e cultura da companhia. É importante que respirem a missão, visão e estratégia, já que ajudam a construir e manter a imagem da empresa. Seu caráter pessoal deve simbolizar o caráter coletivo da organização. Tudo o que eles dizem, fazem, não dizem e não fazem comunica e influencia toda a companhia.
O que os CEOs precisam ter
De modo geral, os pontos fortes dos CEOs são compostos por uma combinação de talento inato, conhecimento aprendido, habilidades praticadas, experiência adquirida e atenção minuciosa e sensibilidades absorvidas de aprendizados com chefes ao longo do tempo.
Diferentes organizações têm focos distintos e exigem CEOs com pontos fortes diversos, a depender desse foco central. Você não precisa de alguém do mesmo setor, e sim de um profissional com as fortalezas certas. E, se você é um CEO em ascensão, certifique-se de que suas forças estão alinhadas com o foco central da sua nova organização antes de aceitar o cargo.
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Profissionais Enfrentam “Custo Invisível” ao Adotar IA no Trabalho

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Profissionais que usam inteligência artificial no trabalho são avaliados como menos competentes do que aqueles que não usam, mesmo quando são transparentes sobre seus métodos e apresentam resultados com a mesma qualidade, aponta uma nova pesquisa.
Quatro acadêmicos, da King’s Business School, da Universidade de Pequim, da Hong Kong Polytechnic University e da Universidade de Hong Kong, conduziram um experimento com 1.026 engenheiros. Eles pediram que avaliassem um trecho de código em Python escrito por outro engenheiro — com ou sem ajuda da IA.
Em todos os casos, o código era exatamente o mesmo; a única diferença estava na descrição de como havia sido produzido. Ainda assim, quando os avaliadores acreditavam que o engenheiro havia usado IA para escrever o código, atribuíam a ele, em média, 9% menos competência.
IA e viés de gênero
Essa “penalidade de competência” foi mais que o dobro para engenheiras em comparação aos homens. As mulheres tiveram uma redução de 13% em suas avaliações de competência, contra 6% entre os homens. “Quando avaliadores achavam que uma mulher tinha usado IA para escrever o código”, explicaram os pesquisadores na Harvard Business Review, “eles questionavam muito mais suas habilidades fundamentais do que quando analisavam o mesmo código assistido por IA escrito por um homem.”
As penalidades também variaram conforme o perfil do avaliador. Engenheiros que ainda não tinham adotado IA foram os mais críticos — especialmente homens avaliando mulheres. Nesses casos, penalizaram as engenheiras 26% mais do que os engenheiros pelo uso idêntico da tecnologia.
Ao refletirem sobre os resultados, os pesquisadores destacaram que isso revela uma espécie de “custo invisível” na adoção da IA. “O que parece simples resistência em adotar novas ferramentas, na verdade, reflete um instinto racional de autopreservação. O custo real vai muito além da perda de produtividade, embora só essa perda já seja significativa”, escreveram os autores da pesquisa.
O estudo também lança nova luz sobre as desigualdades de gênero que persistem na força de trabalho em transformação — da confiança à percepção de competência — e alerta para o risco de as novas tecnologias agravarem disparidades já existentes, como as diferenças salariais.
*Josie Cox é colaboradora da Forbes USA. Ela é jornalista e cobre negócios, economia e futuro do trabalho. Já trabalhou em veículos internacionais como Reuters, The Wall Street Journal e The Independent.
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Caminhada Japonesa: O que É e Como Melhora Sua Vida e Trabalho?

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Cientistas descobriram que exercícios regulares melhoram a saúde física e mental, reduzindo o risco de ansiedade em quase 60%. E eles recomendam a caminhada como uma das melhores atividades para equilibrar a vida pessoal e a profissional. Existem várias formas de caminhar de maneira saudável, como as caminhadas de admiração (“awe walks”) e as caminhadas conscientes (“mindful walks”). Agora, a nova tendência é a caminhada japonesa. As buscas globais pelo termo “Japanese Walking” atingiram 329 mil no último mês, um aumento de 154%.
O que é a caminhada japonesa?
A caminhada japonesa alterna entre três minutos de caminhada em ritmo normal e três minutos em ritmo acelerado, totalizando 30 minutos. Pense nisso como uma rotina de caminhada de alta intensidade: rápido, devagar, rápido novamente. Você caminha três minutos em ritmo acelerado (cerca de 70% da sua capacidade aeróbica máxima) e depois três minutos em ritmo lento (cerca de 40% da capacidade máxima). Esse padrão, repetido durante o tempo determinado, melhora a condição física geral e incentiva a atividade física consistente:
- Três minutos a 40% do ritmo máximo
- Três minutos a 70% do ritmo máximo
- Repita pelo menos cinco vezes seguidas
Diferencial e benefícios
O nome vem de seu criador, o professor e pesquisador japonês Hiroshi Nose, e a prática vem ganhando popularidade entre iniciantes e entusiastas do mundo fitness. Respaldada pela ciência, essa caminhada oferece a resistência e a energia necessárias para melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Promete benefícios à saúde, aumentando a disposição ao longo do dia de trabalho, sem a intimidação dos treinos tradicionais. Além disso, estudos indicam que manter uma rotina consistente de atividade física contribui para o desempenho cognitivo e, consequentemente, para a produtividade.
Um especialista em treino funcional explica por que essa rotina de caminhada de alta intensidade é a sensação do momento. Trond Nyland, CEO da Fynd, empresa de tecnologia e fitness, descreve o método como a melhor forma de começar um estilo de vida mais ativo, mudando a percepção de iniciantes sobre exercícios físicos. “A beleza da caminhada japonesa está em como ele se encaixa naturalmente na vida diária,” diz Nyland. “É simples, de baixo impacto e fácil de manter, tornando-se um ponto de partida ideal para quem está começando. Remove barreiras comuns, tornando o movimento consistente acessível e realizável para quase qualquer pessoa.”
Esse método simples de caminhada rápida-lenta aumenta o VO2 Max — volume máximo de oxigênio que o corpo consegue utilizar durante o exercício físico intenso — sem precisar acumular milhares de passos. Ele se baseia em um estudo de 2007 publicado no Mayo Clinic Proceedings, no qual cientistas dividiram homens e mulheres de 50 e 60 anos em dois grupos. O primeiro grupo, na caminhada moderada, dava 8 mil passos por dia em ritmo leve, cerca da metade do máximo que podiam caminhar. O segundo grupo fez o que viria a ser conhecido como a caminhada japonesa.
Após caminhar quatro vezes por semana durante cinco meses, os participantes desse segundo grupo ganharam mais força muscular nas coxas do que os outros. Eles também aumentaram sua capacidade aeróbica máxima e reduziram a pressão arterial sistólica em média 10 pontos nos homens e oito nas mulheres, enquanto os que caminhavam de forma moderada tiveram quedas de apenas um ou dois pontos. Cientistas concluíram que alternar o ritmo durante a caminhada reduz a idade biológica ao melhorar a capacidade aeróbica.
Por que a caminhada japonesa é a porta de entrada para o mundo fitness
Nyland explica que o método se destaca por quebrar a mentalidade do “tudo ou nada”, que faz muitas pessoas desistirem da atividade física antes mesmo de começar. “Não é preciso se esforçar até a exaustão para ver resultados,” afirma. “Um esforço moderado e consistente pode gerar progresso maior a longo prazo do que treinos intensos ocasionais. É um lembrete de que a atividade física não precisa ser extrema para ser eficaz.”
David Amerland, autor do livro Built To Last, compara a caminhada japonesa a dirigir na cidade. “Ela quebra a tendência natural do corpo de se acomodar e do cérebro de desligar e relaxar”, diz. “Esse padrão constante de variação força corpo e mente a reorganizarem a energia disponível. Essa mudança constante cria pequenas adaptações que trazem benefícios reais à saúde e ao condicionamento físico.”
5 motivos para começar
Trond Nyland, CEO da Fynd, compartilha cinco razões pelas quais esse método é um ponto de entrada ideal para um estilo de vida mais ativo que apoia o equilíbrio entre vida e trabalho:
1. Baixa barreira de entrada
Basta um par de tênis confortável e 30 minutos do seu dia. Essa simplicidade elimina desculpas comuns que impedem o início de uma rotina de exercícios.
2. Adaptação progressiva
A alternância de intensidade introduz o corpo suavemente ao treino intervalado, fortalecendo o sistema cardiovascular. Com o tempo, aumenta a resistência e prepara para treinos mais exigentes, como a corrida.
3. Baixo comprometimento
O ritmo moderado é gentil com o corpo, mas eficaz para gerar progresso. Diferente de treinos mais intensos que podem levar a lesões ou desgaste, é seguro praticar diariamente e cria uma rotina sustentável.
4. Resultados mensuráveis sem intimidação
Melhora a saúde cardiovascular, reduz a pressão arterial e ajuda no controle de peso sem o desconforto de exercícios tradicionais. Benefícios tangíveis motivam iniciantes a continuar.
5. Porta de entrada para exercícios mais avançados
À medida que o corpo se adapta, aumenta energia e resistência, despertando interesse por outros tipos de treino, como musculação e cardio mais intenso.
Como incluir na rotina diária
David Amerland sugere usar atividades cotidianas para fortalecer o corpo: subir escadas, estacionar longe, carregar compras, fazer tarefas domésticas, brincar com os filhos, passear com o cachorro. “Pequenas mudanças ao longo do ano resultam em um corpo mais saudável e apto para qualquer exercício estruturado.”
Nyland recomenda começar integrando a caminhada japonesa durante o almoço, no deslocamento ou na rotina matinal. “Três caminhadas de 30 minutos por semana já são um ótimo começo, podendo chegar a cinco conforme a resistência aumenta. Para quem tem receio de iniciar a jornada fitness, ela oferece um ponto de partida de baixo impacto, eficaz e fácil de manter.”
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Como a Cofundadora da Insider Construiu um Negócio de R$ 400 Milhões

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Em 2019, Carolina Matsuse tirou férias da Uber para participar de um encontro do programa de empreendedorismo Stanford Ignite com seu sócio e à época namorado, Yuri Gricheno. “Quando voltamos, a operação estava uma zona”, lembra a cofundadora da Insider Store, hoje com 34 anos. “A equipe tinha cinco pessoas e não tínhamos padrões bem definidos nem um time treinado para dar esse nível de autonomia.” Precisou de mais uma semana de folga no emprego para colocar a casa em ordem – e nunca mais voltou à vida corporativa.
Formada em engenharia pelo ITA, ela já vinha sendo pressionada pelo sócio a mergulhar de vez no negócio. “Percebi que havia uma grande oportunidade ali, mas não estava aproveitando da melhor forma. Pensei no custo de oportunidade do meu tempo e da minha energia e concluí que valeria a pena.”
“Liderança é menos sobre técnica e mais sobre conexão emocional.”
Carolina Matsuse
A decisão se provou certeira. O que começou como um side hustle se transformou em um negócio com cerca de 200 funcionários, mais de 1 milhão de clientes em mais de 40 países, faturamento de R$ 400 milhões em 2024 e previsão de crescer mais 50% neste ano. “Me ofereci para ser sócia do Yuri sem pensar muito nas consequências, nem ter ideia de onde poderíamos chegar.”
A Insider foi criada em 2017 com um único produto: uma camiseta com tecnologia antiodor e antissuor para ser usada por baixo da camisa social. “Era uma forma fácil e escalável de testar o modelo de negócios digital.”
Empurrão do Shark Tank
Um mês depois, a dupla estava fazendo um pitch na segunda temporada do Shark Tank Brasil. “Essa história ilustra bem como temos perfis completamente diferentes”, brinca a cofundadora. Foi Gricheno quem inscreveu a dupla, quando a empresa ainda estava no pré-operacional. “Eu, supernerd, me preocupei em fazer o valuation da empresa e fiquei decorando as premissas, achando que eles iam perguntar esse tipo de coisa.”
Durante o programa, receberam três propostas de investimento, mas decidiram não fechar com nenhum dos tubarões. Ainda assim, o impacto foi grande: “Deu uma propulsão inicial para a Insider. Ficamos sem estoque e aumentamos a receita em cinco vezes de um mês para o outro.”
O casal iniciou a empresa com investimento próprio: R$ 50 mil de cada um. “Os quatro primeiros anos foram de muita economia na pessoa física. Todo o excedente que eu tinha de salário e economias ia para o caixa da Insider.” A meta inicial era faturar R$ 100 mil no primeiro ano, mas encerraram o período com cerca de R$ 700 mil.
Disciplina oriental
Filha de pais empreendedores, Carol Matsuse herdou o espírito dos negócios e a disciplina de sua origem japonesa. “Tenho o perfil de tomar riscos e gosto de sair da zona de conforto”, diz ela, que se define como calma e organizada, enquanto o sócio é criativo e inovador. “Empreender em casal não é trivial, mas ter perfis bastante diferentes nos ajudou a manter um relacionamento saudável e uma parceria de sucesso como sócios.”
Quando fundaram a Insider, Carol estava em transição do BCG, onde iniciou a carreira, para o universo de startups. “A consultoria foi uma escola de business. Me deu uma base sólida para construir meus próximos passos”, afirma. De olho nos movimentos do mercado, decidiu apostar em empresas como Quinto Andar, que mais tarde se tornaria um unicórnio, e, posteriormente, Uber. “Sabia que esses ambientes iriam contribuir para minha bagagem como founder. Tive uma exposição muito grande a problemas que já enfrentei e continuo enfrentando na Insider.”
Hoje ela é responsável pelas operações da marca, mas, no início, fazia de tudo um pouco. A grande virada veio na pandemia, quando precisaram se reinventar e lançaram máscaras e camisetas antivirais. Depois, ampliaram o portfólio, ainda com tecidos tecnológicos e matérias-primas sustentáveis, para o público feminino, apostaram alto em marketing digital e em collabs, como a da estilista Glória Coelho. “Ser empreendedor é um exercício contínuo de humildade. Sempre tem algo para aprender com o time, com o cliente ou com o mercado e incorporar na forma como você faz as coisas dentro da sua empresa.”
Para ela, uma gestão eficiente exige métricas claras e rituais bem definidos. Liderar, no entanto, vai muito além. “Liderança é menos sobre técnica e mais sobre conexão emocional.” Com um olhar estratégico voltado ao futuro, a empreendedora mantém o foco não apenas nos resultados, mas nos seus futuros sucessores. “Me preocupo muito com o próximo passo que vou dar – e com quem vai assumir o meu lugar. Tudo isso se conecta para que a gente consiga dar passos cada vez maiores e mais ousados.”
*Matéria originalmente publicada na lista Forbes The Founders 2025.
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