Ligue-se a nós

Negócios

Mulheres são mais propensas a negociar salário, mas ainda ganham menos que os homens

Redação Informe 360

Publicado

no

mulher em negociação salarial
Getty Images

Apesar de serem mais ativas na negociação salarial, mulheres ainda recebem significativamente menos que seus colegas homens

A dificuldade das mulheres em negociar salários mais altos tem sido considerada por muito tempo um dos fatores que contribui para as disparidades salariais entre homens e mulheres

No entanto, uma nova pesquisa revela uma inversão na dinâmica de gênero em relação às negociações, desafiando a ideia de que as mulheres estão menos inclinadas a pedir o que acreditam que merecem. 

Os autores analisaram dados de uma pesquisa realizada por um escritório de gestão de carreira com cerca de 1.000 graduandos de MBA. Eles foram questionados se negociaram a oferta para o primeiro emprego depois do programa. As mulheres (54%) foram mais propensas a dizer sim do que os homens (44%). Não é possível dizer se esse aumento na negociação feminina se aplicaria a outras profissões.

A pesquisa, publicada na Academy of Management Discoveries, jornal científico da associação de estudiosos de gestão, mostra que embora as mulheres negociem mais do que os homens, elas ainda recebem significativamente menos. “A disparidade salarial que desfavorece as mulheres não pode logicamente ser atribuída ao fato de as mulheres não pedirem [mais]”, concluem os pesquisadores.

Anúncio

Virada de chave

Há duas décadas, Linda Babcock e Sara Laschever reuniram vários estudos que demonstravam a relutância das mulheres em negociar no seu livro “Women Don’t Ask” (Mulheres não perguntam, em tradução livre). 

Resultados de pesquisas realizadas com estudantes de mestrado que ingressavam em novos empregos indicavam que as mulheres provavelmente aceitariam a primeira oferta salarial. Já os homens tinham oito vezes mais chance do que as suas colegas de tentar negociar um salário inicial mais elevado.

Leia também:

De acordo com as análises de Babcock e Laschever, a diferença que os homens ganhariam depois de negociar poderia ser ampliada ao longo das suas carreiras. E, em última análise, seria responsável ​​por grande parte das disparidades salariais entre homens e mulheres.

Nesse sentido, os autores da nova pesquisa revelam uma grande mudança, e atribuem o crescimento da negociação das mulheres a uma maior consciência da importância dessa prática. Livros como o da ex-COO da Meta, Sheryl Sandberg, “Lean In”, podem ter encorajado mulheres a serem mais assertivas e pedir a remuneração que consideram merecida. E as escolas de negócios também têm focado mais em habilidades de negociação nesse período.

Percepção de que mulheres negociam menos é prejudicial

Apesar dessas evidências, a percepção de que as mulheres hesitam em negociar continua a prevalecer – e essa crença pode ser problemática. 

Anúncio

Quando os pesquisadores entrevistaram o público sobre suas crenças em relação a negociação e gênero, as pessoas ainda acreditavam que as mulheres seriam menos propensas do que os homens a pedir melhores remunerações ou promoções.

Segundo os pesquisadores, isso torna ainda mais difícil eliminar as disparidades salariais. A noção de que as mulheres evitam negociar não só simplifica excessivamente as desigualdades, mas também atribui culpas indevidas às profissionais. A impressão de que as mulheres poderiam ganhar o mesmo que os homens simplesmente negociando com maior frequência nos leva à manutenção do status quo, já que não ajuda a observar as  verdadeiras causas das disparidades.

Precisamos mostrar que essa ideia de que as mulheres não pedem o que querem está ultrapassada.  “As mulheres são punidas por pedir”, é a mensagem que os pesquisadores sugerem que divulguemos agora.

10 dicas para fazer uma negociação salarial de sucesso

Gettyimages-Westend61
gettyimages-HeroImages
gettyimages-Dougal-Waters
gettyimages-10000-Hours
Gettyimages-RgStudio
Gettyimages
gettyimages-Westend61
gettyimagesChalirmpojPimpisarn-EyeEm
gettyimagesboonchai-wedmakawand
Gettyimages-Heroimages

* Kim Elsesser é colaboradora sênior da Forbes USA. Ela é especialista em vieses inconscientes de gênero e professora de gênero na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).

Anúncio

(Traduzido por Fernanda de Almeida)

O post Mulheres são mais propensas a negociar salário, mas ainda ganham menos que os homens apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continuar Lendo
Anúncio

Negócios

USP Lança Minicurso Gratuito de ESG

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), da USP (Universidade de São Paulo), lançou um minicurso gratuito sobre ESG no mundo corporativo.

O programa é destinado a profissionais de sustentabilidade, compliance, governança, auditoria, comunicação corporativa, gestão de riscos, consultores, membros de comitês e candidatos ao MBA em ESG e negócios sustentáveis da instituição.

As aulas acontecem nos dias 23 e 30 de janeiro de 2026, das 19h às 22h, em formato online e ao vivo. O conteúdo aborda os fundamentos de ESG e o passo a passo para elaborar uma matriz de materialidade alinhada aos objetivos do negócio e às expectativas de stakeholders. “O curso fornece não só o conhecimento técnico-conceitual, mas também a capacidade de entender como a sustentabilidade orienta decisões estratégicas”, afirma o professor Sandro Benelli, que ministra as aulas.

Os participantes também irão analisar cases nacionais e internacionais para aplicar os conceitos em situações reais. “Nosso objetivo é mostrar que temas materiais não são apenas uma exigência regulatória, mas uma ferramenta de gestão que gera valor, fortalece reputações e amplia o impacto positivo das empresas.”

Anúncio

Ao final, os alunos recebem certificado oficial e acesso prioritário a conteúdos e benefícios das futuras turmas do MBA da Esalq. As vagas são limitadas e as inscrições ficam abertas no site oficial até 22 de janeiro de 2026.

O post USP Lança Minicurso Gratuito de ESG apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

Vibra Anuncia Mariana Santarém Como Vice-Presidente de Marketing

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Vibra anunciou Mariana Santarém como nova vice-presidente de marketing e experiência do cliente nesta segunda-feira (8). Na empresa desde 2022, a executiva já liderou as áreas de fidelidade, meios de pagamento e produtos.

Com mais de 24 anos de carreira, 16 deles no setor de energia e combustíveis, Mariana acumula passagens por empresas como Tim Brasil, Souza Cruz, Shell e Raízen. Carioca, é formada em administração pela PUC-Rio e pós-graduada em marketing pela UFRJ.

Na nova função, ela seguirá à frente da modernização do portfólio e da evolução da experiência oferecida pela companhia. “Meu foco é fortalecer a proposta de valor dos postos Petrobras e das nossas unidades de negócio, sempre com o cliente no centro”, afirma.

A companhia também anuncia a chegada de Camila Ribeiro como diretora de marketing, marcas e relações públicas. Formada em publicidade e propaganda, a executiva já atuou em empresas como Tim Brasil, The Hershey Company, Coca-Cola, L’Oréal e P&G.

Anúncio
Camila Ribeiro, nova diretora de marketing, marcas e relações públicas da Vibra
Divulgação

Camila Ribeiro, nova diretora de marketing, marcas e relações públicas da Vibra

O post Vibra Anuncia Mariana Santarém Como Vice-Presidente de Marketing apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

A Fórmula do CEO da Nvidia para Liderar em Tempos de Transformação

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Em uma era marcada pela aceleração das mudanças, com setores inteiros sendo remodelados o tempo todo, os líderes já não têm mais o luxo de se reinventar lentamente. As hard e soft skills continuam sendo essenciais, mas a adaptabilidade, em especial, tornou-se uma habilidade inegociável. Hoje, poucos executivos incorporam isso tão bem quanto Jensen Huang, CEO da Nvidia.

Após 33 anos na liderança da companhia de tecnologia, cofundada por ele em 1993, durante uma visita recente à Cambridge Union, sociedade histórica de debates, na Inglaterra, Huang descreveu tanto a si mesmo quanto a empresa como “renascidos”. Para ele, todo o cenário tecnológico — dos chips aos algoritmos e às aplicações — está sendo reinventado, e a única constante real é a necessidade do líder de se adaptar.

Em Cambridge, Huang redefiniu a liderança de uma forma que contrasta fortemente com a visão glamurizada que muitos ainda têm. “Ser CEO é, em sua maior parte, dor e sofrimento”, diz. O cargo não é o trono que muitos imaginam. É um fardo, e por trás dele estão três mudanças de identidade que formam a base da liderança adaptativa.

Serviço, não status

A visão de liderança de Huang começa com responsabilidade e prestação de contas. Líderes que se prendem ao status tendem a proteger sua imagem, defender estratégias ultrapassadas e resistir a qualquer movimento que possa expô-los ao erro.

Anúncio

Huang afirma que líderes que se agarram ao próprio ego tornam a adaptabilidade quase impossível. Segundo ele, muitos CEOs enfrentam dificuldades porque “seu ego está de alguma forma ligado a alguma decisão que tomaram”, mesmo quando o contexto já mudou.

Por outro lado, quando a identidade do líder se baseia em responsabilidade e curiosidade (e não apenas em reconhecimento), adaptar-se fica mais fácil. Eles conseguem mudar de direção mais rápido, reavaliar com clareza, estar à frente do mercado e proteger seu bem-estar durante o processo.

Líderes que veem seu papel como serviço mantêm experimentam menos conflito interno e têm muito menos chances de burnout. Em um mundo que se reinventa em uma velocidade inédita, CEOs presos ao status quo serão rapidamente ultrapassados. Já líderes orientados pelo serviço estão melhor posicionados para se adaptar.

CEO é o arquiteto do ambiente

Huang é claro em um ponto: o CEO não deve ser o gênio no centro da operação, e sim o arquiteto do ambiente. “Você está criando condições para que outras pessoas façam o trabalho de suas vidas.”

Anúncio

A maioria das organizações fica aquém de seu potencial não porque os líderes tomam uma decisão errada, mas porque eles criam as condições erradas. Ambientes rígidos, culturas pouco competitivas e liderança inconsistente resultam em sistemas incapazes de se adaptar.

Enquanto muitas empresas tradicionais sobreviveram a uma ou duas eras da computação, a Nvidia já atravessou seis. Esse nível de longevidade exige que a adaptabilidade esteja incorporada ao sistema operacional da empresa. Inovação exige direção, mas também espaço. Condições que permitem às pessoas se esticar e assumir riscos inteligentes são as que conseguem se reinventar continuamente e se manter à frente.

Há também um aspecto fisiológico. Condições inadequadas elevam o estresse da equipe, fragmentam o foco, prejudicam o desempenho cognitivo, reduzem a moral e sufocam a criatividade.

Na visão de Huang, se um CEO quer uma empresa adaptável, precisa primeiro projetar um ambiente adaptável. Essa responsabilidade recai integralmente sobre o líder — e, no fim, sobre sua própria identidade.

Anúncio

Mudança de rota e sacrifícios

Embora a adaptabilidade exija otimismo, há um pré-requisito mais profundo: a capacidade de absorver o desconforto repetidas vezes sem perder a perspectiva. Huang deixa isso claro ao refletir sobre as realidades de liderar por mais de três décadas. “Ser CEO é uma vida inteira de sacrifício, definida por decisões difíceis que quase ninguém vê.”

Ele define o que é, na prática, liderar: “Estratégia não é apenas escolher o que fazer. É escolher o que não fazer.” Essa distinção se torna ainda mais crítica conforme as condições se alteram rapidamente. Cada mudança de rota exige abandonar suposições antigas, deixar para trás boas ideias em busca de algo melhor e aceitar que o próximo movimento certo pode contradizer as últimas 100 declarações que você já fez.

O ego é o que impede líderes de fazer isso. Para Jensen Huang, muitos executivos travam porque sua identidade está ligada a decisões passadas. Eles repetem uma direção publicamente “mil vezes”, e quando novas informações provam que ela está errada, o custo pessoal de mudar de rumo parece alto demais. Seu antídoto é ser “intelectualmente honesto” — confrontar novas realidades sem defensividade e se adaptar imediatamente.

Esses ciclos de decisões difíceis e mudanças de direção não têm apenas consequências psicológicas, mas também físicas. Líderes carregam tensão adicional decorrente de estresse contínuo, pressão emocional e outros efeitos psicossomáticos que se acumulam ao longo do tempo.

Anúncio

A liderança adaptativa do CEO da Nvidia

A velocidade dos negócios, a ameaça constante de disrupção e as mudanças macroeconômicas favorecem líderes que ajustam sua identidade tão rápido quanto sua estratégia. Indústrias podem mudar em um único ciclo, mercados podem se reorganizar da noite para o dia, e portanto a adaptabilidade permanece como a característica que permite que líderes e organizações naveguem pela volatilidade e se posicionem para sobreviver e prosperar diante do que vier.

*Julian Hayes II é colaborador da Forbes USA. Fundador da consultoria Executive Health, especializada em saúde de líderes, ele escreve sobre bem-estar, negócios e liderança.

O post A Fórmula do CEO da Nvidia para Liderar em Tempos de Transformação apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Em Alta