Negócios
Mulheres buscam flexibilidade ao empreender, mas 52% têm dificuldade de conciliar dupla jornada


Segundo pesquisa da startup Olhi, 30% das mulheres buscaram no empreendedorismo uma forma de conciliar trabalho e maternidade
Pesquisas relacionadas à economia do cuidado e seu impacto nas carreiras femininas renderam o Nobel de Economia à pesquisadora Claudia Goldin este ano. O assunto – como o trabalho doméstico recai desproporcionalmente sobre as mulheres – também foi tema da redação do Enem. Enquanto muitas delas (e especialmente as que são mães) decidem empreender em nome da flexibilidade, 52% têm dificuldades em conciliar essa dupla jornada – trabalho doméstico e negócios, segundo uma pesquisa da startup Olhi. “Muitos ainda associam os cuidados voltados para a manutenção da saúde e do bem-estar como um dever feminino”, diz Stefanie Schmitt, CEO da Olhi.
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Essa visão prejudica o desenvolvimento profissional das mulheres, além de desencadear um quadro de exaustão – física e mental. A sobrecarga de trabalho doméstico e as jornadas profissionais excessivas estão entre as razões que explicam por que 45% das mulheres receberam um diagnóstico de ansiedade, depressão ou algum tipo de transtorno mental, segundo levantamento da Think Olga, ONG voltada a questões de gênero.
Um outro estudo, feito pela Motherly, uma plataforma norte-americana de conteúdo para mães, mostra que a saúde mental é a maior preocupação delas no mercado de trabalho. O alto custo dos cuidados com os filhos afeta a forma como essas mulheres conduzem suas carreiras: 70% dizem que tiveram que fazer sacrifícios para atender às necessidades de suas famílias, e 50% citaram o cuidado dos filhos como o principal motivo.
A pesquisa da Olhi, marketplace de serviços voltados a empreendedoras, ouviu 235 empreendedoras, e 30% delas decidiram fundar seus próprios negócios para conciliar trabalho e maternidade. Isso porque 38,3% dedicam cerca de duas horas por dia ao trabalho doméstico e 39,1% precisam de até quatro horas para essas atividades.
As mulheres realizam mais de três quartos do trabalho de cuidado não remunerado no mundo – 12,5 bilhões de horas todos os dias, segundo a organização global contra as desigualdades Oxfam (Comitê de Oxford para o Alívio da Fome). Mais especificamente, as brasileiras dedicam até 25 horas por semana a afazeres domésticos e cuidados, enquanto os homens dedicam cerca de 11 horas, segundo um estudo do FGV IBRE divulgado em outubro deste ano. “É uma visão patriarcal, que resulta em exaustão e restringe o desenvolvimento profissional das mulheres”, diz Schmitt, CEO da Olhi, sobre a divisão desproporcional desse trabalho.
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Segundo a pesquisa, quase 55% das empreendedoras precisam conciliar sozinhas os negócios com o trabalho doméstico, contra apenas 18,3% que contam com a ajuda de amigos ou familiares.
Os impactos disso também afetam os negócios. Mais de 70% se incomodam com a forma como a dupla jornada prejudica seu desempenho no trabalho. E quase 80% relatam impactos diretos no bem-estar de pessoas à sua volta. “A invisibilidade da carga do cuidado é mais um fator impactando a saúde mental das mulheres”, diz Schmitt. 47,7% se sentem frequentemente cansadas e mais de 50% foram diagnosticadas com algum transtorno mental – incluindo ansiedade (45,1%) e depressão (20%).
Para a empreendedora, mudar esse cenário passa, necessariamente, por valorizar o trabalho de cuidado e dividi-lo de forma adequada para que as mulheres tenham espaço para evoluir nos seus negócios. “O mercado não trata o empreendimento feminino como o masculino, inclusive porque pensa que cabe a elas cuidar, não trabalhar fora. No entanto, são elas que pagam a conta da metade dos lares brasileiros hoje.”
Empreendedoras contam os conselhos que dariam para suas versões do passado
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Unilever Anuncia Brasileiro Como Novo CMO Global

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A Unilever anunciou o brasileiro Leandro Barreto como o novo CMO global da companhia. Ele assume o cargo em janeiro de 2026 e sucede Esi Eggleston Bracey, que ocupava a posição de Chief Growth & Marketing Officer.
Com mais de 20 anos de casa, Barreto ocupa hoje o cargo de CMO da vertical de beleza e bem-estar da Unilever. “À medida que o ano chega ao fim, me vejo fazendo uma pausa não apenas para refletir sobre métricas de desempenho, mas para valorizar as pessoas, a paixão e o propósito que definiram estes últimos doze meses”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn. “2025 foi um ano de apostas ousadas e avanços significativos. Foi um privilégio trabalhar ao lado de equipes que aparecem todos os dias com coragem, curiosidade e cuidado.”
Formado em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo), Barreto também tem pós-graduação em psicanálise, semiótica e estudos culturais pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
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BP Nomeia Meg O’Neill, da Woodside, Como CEO após Saída Repentina de Auchincloss

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A gigante britânica do petróleo e gás BP nomeou Meg O’Neill, da Woodside Energy, como sua próxima CEO, sendo a primeira contratação externa para o cargo em mais de um século e a primeira mulher a liderar uma das cinco maiores petrolíferas, num momento em que a empresa volta a apostar nos combustíveis fósseis.
O’Neill, uma veterana da Exxon, assumirá o cargo em abril, após a saída abrupta de Murray Auchincloss, a segunda mudança no comando em pouco mais de dois anos, à medida que a petrolífera britânica se esforça para melhorar sua lucratividade e o desempenho de suas ações, que durante anos ficou atrás de concorrentes como a Exxon.
A empresa embarcou em uma grande mudança de estratégia no início deste ano, cortando bilhões em iniciativas planejadas de energia renovável e voltando seu foco para os segmentos tradicionais do petróleo e gás. A BP prometeu se desfazer de US$20 bilhões em ativos até 2027 e reduzir a dívida e os custos, incluindo sua unidade de lubrificantes Castrol.
Contratação de alto perfil
O’Neill, norte-americana de 55 anos, natural de Boulder, no Colorado, dirige a Woodside desde 2021 e anteriormente passou 23 anos na Exxon Mobil.
“Trata-se claramente de uma contratação de alto nível e, provavelmente, de algumas das mudanças que os acionistas da BP estavam procurando”, disse Dan Pickering, diretor de investimentos da Pickering Energy Partners.
Sob a liderança de O’Neill, a Woodside se fundiu com o braço petrolífero do Grupo BHP para criar uma das dez maiores produtoras globais independentes de petróleo e gás, avaliada em US$ 40 bilhões (R$ 220,7 bilhões na cotação atual), e dobrou a produção de petróleo e gás da Woodside.
A aquisição levou a empresa para os EUA, onde se expandiu para o gás natural liquefeito em terra na Louisiana.
As ações da Woodside caíam até 2,9% após o anúncio de sua saída. Já as ações da BP subiam 0,27%.
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Estée Lauder Nomeia Nova CMO no Brasil

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A Estée Lauder, companhia global de beleza, anunciou Viviane Pepe como nova diretora sênior de comércio digital e marketing no Brasil.
Antes de assumir o novo cargo na Estée Lauder, a executiva atuava como CMO da Boca Rosa Company. “Com sentimento de missão cumprida e muito a agradecer, chego ao final deste capítulo mais que especial de carreira na Boca Rosa Company”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn.
Com mais de 20 anos de carreira em marcas globais, Viviane já liderou a área de marketing na Natura e atuou como diretora de comunicação na Avon.
Formada em publicidade pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), possui MBAs em marketing e neurociência. A executiva também atua como conselheira, mentora e jurada em premiações do setor.
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