Negócios
Líder “grossa” ou “boazinha”, eis a questão?


Para mulheres que estão na linha de frente da liderança, a solução não está em mudar sua essência ou suavizar sua abordagem, mas em redefinir a narrativa em torno da liderança feminina.
Em uma sociedade que ainda oscila na corda bamba entre a tradição e a inovação, a figura da mulher empreendedora emerge não apenas como um sinal de progresso, mas como um pilar de força inabalável. Porém, mesmo diante de avanços significativos, a liderança feminina é frequentemente confrontada com um dilema que eu diria, no mínimo, antiquado: o de ser percebida como ‘gentil’ ou ‘dura’ na hora de se posicionar. Como se fosse simples direcionar o posicionamento da liderança feminina em caixinhas estereotipadas. Não. A questão não reside na escolha de uma personalidade sobre a outra, mas na percepção distorcida que acompanha a objetividade feminina no ambiente corporativo.
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Hipoteticamente, pense no dia a dia de uma empresária. Aquela que equilibra as demandas do seu negócio com a precisão de um maestro de orquestra, dirigindo sua equipe com clareza e propósito. Agora pense no exato momento em que esta mesma líder organizacional solicita a revisão de um relatório com firmeza e sua abordagem direta é muitas vezes mal interpretada como grosseria. Neste momento eu paro, respiro profundamente e me questiono: Por quê?
Uma mulher no poder é frequentemente julgada por ser direta e ao ponto, e sua assertividade é vista como agressividade em diversos momentos da liderança. Pois é. Este não é um cenário hipotético. Dados de um estudo realizado pela McKinsey & Company em parceria com o LeanIn.Org revela que as mulheres são significativamente menos propensas a serem promovidas para cargos de gestão, em parte devido a essas percepções distorcidas de suas habilidades de liderança. E tem mais, um relatório da Harvard Business Review aponta que as mulheres líderes são mais propensas a serem analisadas negativamente em suas avaliações de desempenho quando exibem comportamentos considerados ‘agressivos’ ou ‘diretos’, em comparação com seus demais colegas.
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Esses dados reforçam que está mais do que na hora de fazer uma reavaliação cultural profunda sobre o assunto. A questão motriz da discussão não é se uma líder feminina deveria ser “grossa” ou ‘boazinha”, mas sim se sua assertividade e objetividade deveriam ser interpretadas de forma negativa. Pense comigo: essa estrutura arcaica que ainda permeia o mundo dos negócios, mesmo em pleno século XXI, cuja objetividade feminina é considerada uma anomalia, em vez de um ativo, é um retrocesso. Para mulheres que estão na linha de frente da liderança, a solução não está em mudar sua essência ou suavizar sua abordagem, mas em redefinir a narrativa em torno da liderança feminina. É sobre possuir sua força e firmeza com orgulho, desafiando as percepções desatualizadas e abrindo novos caminhos para as futuras gerações de mulheres líderes.
A objetividade e a direção clara não são sinônimos de grosseria, ok?! Na verdade, são indicadores de liderança eficaz. Em uma época em que o mundo dos negócios exige inovação, agilidade e decisões rápidas, a capacidade de ser direto é mais valiosa do que nunca. Portanto, para as mulheres em cargo de chefia, a mensagem é clara: sua força não é apenas necessária; é indispensável.
Liderança feminina não é uma questão de ser ‘gentil’ ou ‘dura’, mas sim de ser autêntica e eficaz. À medida que mais mulheres assumem papéis de liderança, elas devem se sentir empoderadas para liderar com sua verdadeira voz, independentemente das percepções desatualizadas. Pois, no final das contas, a verdadeira liderança transcende o gênero, e foca unicamente na visão, na habilidade e na determinação inabalável de levar sua equipe e sua empresa ao sucesso.
Mulheres, abracem sua força e firmeza, não como uma armadura, mas como um sinal de sua liderança inquestionável. Sejamos diretas, não como uma concessão, mas como um compromisso com a excelência e a inovação nos negócios. Afinal, em um mundo que anseia por liderança autêntica, a firmeza feminina não é apenas bem-vinda; é essencial.
Camila Farani é Top Voice no LinkedIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
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Unilever Anuncia Brasileiro Como Novo CMO Global

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A Unilever anunciou o brasileiro Leandro Barreto como o novo CMO global da companhia. Ele assume o cargo em janeiro de 2026 e sucede Esi Eggleston Bracey, que ocupava a posição de Chief Growth & Marketing Officer.
Com mais de 20 anos de casa, Barreto ocupa hoje o cargo de CMO da vertical de beleza e bem-estar da Unilever. “À medida que o ano chega ao fim, me vejo fazendo uma pausa não apenas para refletir sobre métricas de desempenho, mas para valorizar as pessoas, a paixão e o propósito que definiram estes últimos doze meses”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn. “2025 foi um ano de apostas ousadas e avanços significativos. Foi um privilégio trabalhar ao lado de equipes que aparecem todos os dias com coragem, curiosidade e cuidado.”
Formado em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo), Barreto também tem pós-graduação em psicanálise, semiótica e estudos culturais pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
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Negócios
BP Nomeia Meg O’Neill, da Woodside, Como CEO após Saída Repentina de Auchincloss

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A gigante britânica do petróleo e gás BP nomeou Meg O’Neill, da Woodside Energy, como sua próxima CEO, sendo a primeira contratação externa para o cargo em mais de um século e a primeira mulher a liderar uma das cinco maiores petrolíferas, num momento em que a empresa volta a apostar nos combustíveis fósseis.
O’Neill, uma veterana da Exxon, assumirá o cargo em abril, após a saída abrupta de Murray Auchincloss, a segunda mudança no comando em pouco mais de dois anos, à medida que a petrolífera britânica se esforça para melhorar sua lucratividade e o desempenho de suas ações, que durante anos ficou atrás de concorrentes como a Exxon.
A empresa embarcou em uma grande mudança de estratégia no início deste ano, cortando bilhões em iniciativas planejadas de energia renovável e voltando seu foco para os segmentos tradicionais do petróleo e gás. A BP prometeu se desfazer de US$20 bilhões em ativos até 2027 e reduzir a dívida e os custos, incluindo sua unidade de lubrificantes Castrol.
Contratação de alto perfil
O’Neill, norte-americana de 55 anos, natural de Boulder, no Colorado, dirige a Woodside desde 2021 e anteriormente passou 23 anos na Exxon Mobil.
“Trata-se claramente de uma contratação de alto nível e, provavelmente, de algumas das mudanças que os acionistas da BP estavam procurando”, disse Dan Pickering, diretor de investimentos da Pickering Energy Partners.
Sob a liderança de O’Neill, a Woodside se fundiu com o braço petrolífero do Grupo BHP para criar uma das dez maiores produtoras globais independentes de petróleo e gás, avaliada em US$ 40 bilhões (R$ 220,7 bilhões na cotação atual), e dobrou a produção de petróleo e gás da Woodside.
A aquisição levou a empresa para os EUA, onde se expandiu para o gás natural liquefeito em terra na Louisiana.
As ações da Woodside caíam até 2,9% após o anúncio de sua saída. Já as ações da BP subiam 0,27%.
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Estée Lauder Nomeia Nova CMO no Brasil

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A Estée Lauder, companhia global de beleza, anunciou Viviane Pepe como nova diretora sênior de comércio digital e marketing no Brasil.
Antes de assumir o novo cargo na Estée Lauder, a executiva atuava como CMO da Boca Rosa Company. “Com sentimento de missão cumprida e muito a agradecer, chego ao final deste capítulo mais que especial de carreira na Boca Rosa Company”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn.
Com mais de 20 anos de carreira em marcas globais, Viviane já liderou a área de marketing na Natura e atuou como diretora de comunicação na Avon.
Formada em publicidade pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), possui MBAs em marketing e neurociência. A executiva também atua como conselheira, mentora e jurada em premiações do setor.
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