Negócios
“Invista no que está fora da sua zona de conforto”, diz VP de tecnologia da Zamp


Fernanda Toscano, VP da Zamp, máster franqueada do Burger King no Brasil, conta como construiu uma carreira dinâmica, passando por diferentes indústrias
Fernanda Toscano não tem medo de mudanças. Pelo contrário, ela se prepara para agarrar novas oportunidades assim que elas aparecem. Foi assim no início da carreira, quando, aos 22 anos, esteve à frente de um time de 100 pessoas. Quando saiu de uma indústria já conhecida, de telecomunicações, para se aventurar no universo financeiro e de seguros, liderando outros países além do Brasil. E, agora, ao mudar mais uma vez de segmento, assumindo a vice-presidência de tecnologia da Zamp, máster franqueada do Burger King e Popeyes no Brasil. “As transições trazem um olhar 360. Por um lado, você aprende tecnologia de ponta, por outro, resiliência.”
Com 15 dias de empresa, Toscano completa o onboarding da empresa, que vai desde o entendimento das práticas corporativas até fritar hambúrgueres. Ela define a empresa como uma foodtech para explicar que a tecnologia está no centro e ajuda a viabilizar as estratégias de negócio. “Temos um plano estratégico de M&As [fusões e aquisições] forte para trazer mais marcas e escalar de forma rápida”, diz. A Zamp confirmou recentemente que está negociando a aquisição do Starbucks no Brasil, e, segundo a executiva, a tecnologia é a base para atingir esses objetivos.
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Mineira de Uberlândia, Toscano seguiria os passos da mãe na carreira de médica, mas a paixão pela matemática falou mais alto. Ainda na faculdade de computação, começou a trabalhar com TI e assumir pequenos times. Iniciou a carreira em telecom, passou pela Claro, SKY, Nextel e circulou por diferentes áreas, assumindo novos desafios. “A maior armadilha é focar no que você já é bom e negligenciar o que você não é.”
A executiva cresceu numa família e, mais tarde, em um setor dominado por homens, sem se dar conta desse ambiente. “Tenho 1 irmão e 11 primos meninos. Fui para a faculdade, eram 2 mulheres. No meu time de 100 pessoas, 95 eram homens”, lembra. “Quando olho para trás, vejo que não era natural”, diz ela, que dá mentoria para jovens mulheres e participa do MCIO, organização que reúne 360 lideranças femininas em tecnologia no Brasil. “É meu papel ajudar a tornar isso mais igualitário.”
Leia também:
- CEO da Espaçolaser: “Sou uma pessoa improvável nessa posição”
- Igor Puga, ex-CMO do Santander, leva bagagem no mercado financeiro para o Enjoei
Aqui, a nova VP da Zamp conta como construiu uma carreira dinâmica e como quer ajudar a alavancar os negócios usando tecnologia e inteligência artificial.
Forbes: Você passou por diferentes indústrias. Como isso agregou para a sua carreira?
Fernanda Toscano: Com certeza dá uma visão muito ampla e rica, principalmente porque dentro da tecnologia você tem várias perspectivas. Na indústria de telecom, é velocidade, entregas rápidas, foco e fazer acontecer. Quando você vai para a indústria de seguros, é uma indústria regulada que busca muito mais a qualidade, a profundidade. Essas transições trazem um olhar 360. Por um lado, você aprende tecnologia de ponta, do outro, resiliência. Esse dinamismo fez com que eu tivesse uma variedade muito grande de experiências. Acho que não tem nada em TI que eu não tenha passado. Mas na perspectiva de negócio, por mais que sejam indústrias completamente diferentes, são desafios similares.
F: Não tem medo de mudar?
FT: Sou muito curiosa e tenho uma energia de realização alta. Eu gosto muito de ouvir e de aprender. Isso guiou a minha carreira desde sempre. Como eu ouço bastante, escuto todos os lados, eu desenvolvi um olhar generalista, nunca fiquei na casinha de tecnologia. Sempre participei do olhar da companhia. Para mim, tecnologia nunca foi fim, sempre foi meio. Eu entendi que o meu papel era viabilizar as coisas para o negócio. Então as transições acabaram sendo muito naturais. Acredito naquela ideia de que a sorte é o encontro do preparo com a oportunidade. Eu trabalhei para estar preparada e quando as oportunidades passaram, eu tive coragem para pular, e por isso tive uma evolução rápida de carreira.
F: Qual foi o principal momento de virada da sua carreira?
FT: Foi quando eu fiz a movimentação para a indústria financeira. Eu estava numa área de telecom em que eu sabia tudo e fui para uma indústria em que eu não sabia absolutamente nada. E também fiz uma transição de papel porque na área de telecom eu nunca tinha tido o papel de CIO,, então ainda não tinha trabalhado com infraestrutura. Precisei gerir sem conhecer o detalhe e também assumi outros países além do Brasil, como Paraguai e Uruguai, com os desafios de cultura e língua. Mudei de indústria e agreguei uma área em que eu não tinha domínio técnico. Foi uma mudança muito grande e eu me desenvolvi muito. A maior armadilha nesses momentos é focar no que você já é bom e negligenciar o que você não é. Eu tive mentores que me deram essa visão lá atrás, que eu tinha que reforçar o que estava fora da minha zona de conforto.
F: Nesses momentos de mudança, qual a importância da coragem?
FT: Coragem é uma das características que eu mais escuto as pessoas falando de mim. Mas eu sempre me preparei para que quando as oportunidades viessem, eu pudesse embarcar. A coragem fez muita diferença na minha vida, mas também tive bastante apoio. Meu marido sempre me incentivou e me impulsionou. É importante ter uma rede que te sustente porque ninguém tem 100% de coragem. Existe muita insegurança e medo. As palavras certas no momento certo fizeram toda a diferença na minha carreira. Ele sempre me disse que se algo desse errado, eu começaria de novo. Isso me ajudou a embarcar nas oportunidades e viver tudo que eu pude viver.
F: Qual a importância da tecnologia para a o Burger King e Popeyes hoje?
FT: A tecnologia já é uma fortaleza da companhia e fomenta os negócios. O time de tecnologia discute venda, números, então já tem esse mindset. Hoje, 50% das vendas são feitas pelo canal digital e elas são identificadas, ou seja, a gente sabe quem é o cliente, um caminho muito importante para trabalhar a experiência e personalização dos mais de 20 milhões de clientes cadastrados.
Isso gera uma oportunidade para a gente ser bem assertivo porque uma vez que a gente acerta essa estratégia tecnológica, a gente tem muito ganho de escala. Temos 84 lojas que são 100% digitais, e são as que têm melhor NPS [Net Promoter Score, métrica de fidelidade do cliente]. Usamos tecnologia para gerar uma experiência diferente e conseguimos reduzir custos com isso. Meu maior desafio aqui é transformar a empresa numa plataforma multimarcas. Temos um plano estratégico de M&A forte para buscar mais marcas numa plataforma única e conseguir escalar de forma rápida.
F: Em relação aos M&As, existe a possibilidade de a Zamp comprar o Starbucks. Qual a importância da tecnologia em fusões e aquisições?
FT: A tecnologia é o principal alicerce porque o grande objetivo da empresa é escalar, trazendo marcas para o portfólio com uma velocidade muito grande. Hoje, a tecnologia é viabilizadora para conseguirmos montar essa estratégia e esse é um dos meus principais focos aqui da área.
F: Como vocês têm usado a inteligência artificial nos processos da empresa? E quais são as oportunidades daqui para frente?
FT: A IA já é usada em larga escala, eu diria que quase todas as áreas da companhia já utilizam de forma consistente, com cases e resultados substanciais. A gente usa machine learning desde a parte de otimização da cadeia de suprimentos, evitando que faltem insumos para os restaurantes e reduzindo desperdício. Fazemos a gestão do estoque combinando projeção de vendas, sazonalidade, feriados para não deixar faltar os insumos e muito menos perder e jogar.
Também usamos machine learning para fazer recomendações personalizadas para os clientes conforme as preferências deles. E para a parte de NPS, fazendo a análise de sentimento dos clientes real time. Eu consigo identificar onde eu tenho um problema, saber quais são as reclamações por dia da semana, por região, por loja. A gente tem também um chatbot que permeia toda a companhia, que se chama King bot. Temos a expectativa de continuar investindo nessa área porque são muitas oportunidades para agir até mesmo antes de acontecer uma reclamação.
F: E pessoalmente, você usa IA na sua rotina de trabalho?
FT: É uma das minhas grandes paixões. Eu trabalho com machine learning desde 2016 e dentro dos meus times eu sempre incentivo que eles utilizem e me contem o que tiraram de insights. Por exemplo, sou apaixonada por vinhos, e uso o ChatGPT, para pegar dicas de vinícolas em viagens, pesquisas e fazer correlações. Quando você começa a utilizar na sua vida pessoal, isso te traz muito insight profissional. Porque é só quando você realmente incorpora algo na sua vida que começa a fazer sentido. Recomendo para todo mundo estar o tempo inteiro estudando e aprendendo de uma forma que faça sentido, em algum tema que você gosta e que naturalmente vai fluindo.
F: Como foi sua primeira experiência de liderança, sendo gerente aos 22 anos?
FT: Comecei a trabalhar com 17 ainda na faculdade na área de tecnologia, e tudo foi acontecendo naturalmente. Com 19 anos, eu já liderava times, foi algo bem natural para mim. Com 20 anos, eu já era gerente, mas com times menores. Quando eu tinha 22, já estava com 100 pessoas.Trabalhava na SysMap, uma fábrica de software, para a Telemig Celular, e era responsável por todo o CRM.
F: Você se sentia preparada, apesar de ser tão jovem?
FT: Eu tinha uma rede grande de pessoas que me ajudava, gestores que acreditavam em mim e me davam liberdade. O que foi mais complexo para mim foi quando eu mudei de coordenadora para gerente na Sky. Essa transição foi muito difícil porque eu sempre fui uma pessoa de participar de tudo com o time e de repente eu tinha que liderar os líderes e não precisava saber de tudo. Parecia que eu tinha perdido meu time.
F: Como você se adapta em uma indústria em constante transformação?
FT: O dinamismo da área de tecnologia é único. Eu sempre procurei ter profundidade no que eu toco. Fiz pós-graduação, gestão de projetos e gestão empresarial. A gente precisa estar sempre muito antenado. Meu papel não é ser especialista em nada, mas eu preciso ter a profundidade suficiente para discutir com todos os especialistas. O grande desafio do meu cargo, sem dúvida nenhuma, é gestão de prioridade: onde focar, em que ordem, de que forma, o que olhar. Participo de eventos, faço treinamentos. Quanto mais você cresce na carreira, é muito mais sobre as perguntas que você faz do que as respostas que você dá. Quem me conhece sabe que eu sou uma metralhadora de perguntas porque eu gosto de entender todos os ângulos. Então, quando eu me posiciono, tenho muita consistência no que eu vou falar porque eu já ouvi bastante. Com essas características, é mais fácil se adaptar à mudança.
F: Quais são as principais características que te fazem escolher um profissional para trabalhar com você?
FT: A primeira coisa é paixão. A pessoa tem que demonstrar interesse em realizar, em fazer acontecer. Porque hard skill se ensina, soft skills não. Então para trabalhar comigo, eu busco comprometimento, curiosidade, gostar de aprender, vontade de realização, o resto dá para a gente ensinar. Como eu sou uma pessoa mais acelerada, eu busco pessoas que me segurem um pouco no meu time.
F: O que você desenvolveu ao longo da sua carreira que te destacou para assumir essa posição?
FT: Sou uma pessoa de realização, e tive líderes que foram muito importantes ao longo da minha jornada que me ajudaram a ajustar o ‘como’ fazer, que importa tanto quanto o que fazer. Também aprendi a respirar. Os problemas vêm e eu quero resolver, mas percebi que às vezes a melhor solução é esperar. A tempestividade não ajuda.
Por quais empresas passou
Sysmap, Claro e Nextel, Sky, Solera (Audatex), Hdi Seguros, Alelo e Zamp, controladora do Burger King e Popeyes
Formação
Ciências da Computação pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia), MBA em Gestão de Projetos pela FGV, Gestão Empresarial pela FGV e Transformação Digital pelo MIT.
Primeiro emprego
Sysmap Solution em 2002
Primeiro cargo de liderança
Coordenadora Tecnologia de Vendas e atendimento na Sysmap para Telemig Celular em 2004
Tempo de carreira
22 anos
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Negócios
Como Usar o Fim de Semana Para Recarregar as Energias

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
É domingo à noite e, apesar de ter passado o fim de semana maratonando séries na Netflix, rolando o feed das redes sociais e colocando o sono em dia, você ainda se sente tão exausto quanto na sexta-feira à tarde.
Se isso soa familiar, você não está sozinho. Muitos profissionais acreditam que apenas descansar é suficiente para recarregar as energias para a semana. Mas, segundo pesquisas, é preciso adotar uma abordagem mais ativa em relação ao tempo livre — conhecida como “leisure crafting”, ou lazer intencional.
A prática consiste em encarar o tempo livre com intencionalidade e uma mentalidade de crescimento, buscando metas claras, conexão com outras pessoas, aprendizado e desenvolvimento pessoal.
Um estudo publicado no Journal of Leisure Research, revista acadêmica internacional especializada em lazer e bem-estar, revela que o lazer intencional pode aumentar a energia e o bem-estar em mais de 150%, além de melhorar o desempenho no trabalho, a criatividade, a produtividade e a satisfação profissional.
Ao contrário de atividades passivas — como assistir TV ou mexer no celular —, essa abordagem envolve ativamente a mente e estimula o desenvolvimento de novas habilidades.
O lazer passivo não fornece os recursos psicológicos necessários para uma recuperação real. É como correr parado: mantemos o estado atual, mas não evoluímos.
O lazer intencional funciona porque proporciona três benefícios psicológicos essenciais que as atividades passivas não oferecem:
- Desligamento psicológico: Separação mental genuína das preocupações do trabalho;
- Experiências construtivas: Aumento da confiança por meio do desenvolvimento de habilidades e conquistas;
- Autonomia e controle: Reforço do senso de autonomia pessoal ao escolher como usar seu tempo criativo.
Segundo a psicóloga ocupacional Sabine Sonnentag, a capacidade de se desligar mentalmente do trabalho durante o tempo livre é essencial para reduzir o estresse, prevenir o burnout e melhorar o bem-estar e o desempenho no trabalho. Atividades de lazer ativas e envolventes — especialmente aquelas que promovem um senso de autonomia — são significativamente mais eficazes para promover a recuperação psicológica do que o simples descanso.
Os benefícios do lazer intencional
1. Benefícios pessoais imediatos
Atividades criativas no fim de semana constroem o que os psicólogos chamam de “recursos psicológicos”. Quando você encara o lazer com uma mentalidade de crescimento e conclui um projeto criativo ou aprende uma nova habilidade, você fortalece sua confiança, o que muda a forma como se vê e enxerga suas capacidades. Você começa a segunda-feira com mais autoconfiança e uma atitude mais positiva.
Além disso, essas atividades proporcionam uma sensação genuína de satisfação, bem diferente da que se tem após um fim de semana passivo. Em vez de terminar o domingo com a sensação de que perdeu tempo, você sente que cresceu pessoalmente e realizou algo.
2. Benefícios para o trabalho
A flexibilidade cognitiva necessária para atividades criativas melhora a capacidade de resolver problemas no trabalho. Quando você se acostuma a pensar criativamente no tempo livre, naturalmente leva esse pensamento para situações profissionais.
Pesquisas mostram que as emoções positivas, a criatividade ampliada e a autoconfiança adquiridas nas atividades de lazer se refletem diretamente no desempenho e na produtividade. Profissionais que se dedicam a atividades criativas estruturadas relatam níveis mais altos de engajamento, inovação e satisfação no trabalho.
Esse efeito é duplo: quanto mais engajado você está no trabalho, mais energia traz de volta para seus projetos pessoais — criando um ciclo virtuoso.
3. Benefícios de longo prazo para a qualidade de vida
Participantes da pesquisa apresentaram um aumento de 1,6 vezes no bem-estar geral em comparação ao grupo controle. Além dos ganhos imediatos e profissionais, esse hábito no fim de semana ataca pontos-chave do bem-estar moderno, como o desligamento psicológico das preocupações com o trabalho, essencial para prevenir o esgotamento.
O engajamento criativo contínuo também aumenta a resiliência ao oferecer fontes alternativas de identidade e autoestima, além das conquistas profissionais. Paraskevas Petrou, principal pesquisador dos estudos sobre lazer intencional, descobriu que essa prática melhora a qualidade de vida geral e ainda funciona como recurso para ampliar a performance nas áreas que mais importam — como o trabalho.
Como praticar o lazer intencional
A chave para a prática está em escolher atividades que envolvam o corpo e a mente e ofereçam uma sensação de realização. Confira alguns exemplos:
1. Atividades criativas
- Artes cênicas: Aprender um instrumento, cantar, fazer teatro ou improviso;
- Artes visuais: Tentar aquarela, desenho, cerâmica ou arte digital, focando no desenvolvimento técnico;
- Escrita: Escrever ficção, poesia, diário ou blogs que estimulem o pensamento;
- Artesanato: Tricô, marcenaria, confecção de joias ou projetos de decoração.
2. Atividades intelectuais e educacionais
- Resolução de problemas: Jogos de lógica, xadrez, desafios de programação ou jogos de estratégia;
- Leitura: Estabelecer metas por gênero, autor ou tema;
- Aprendizado: Estudar um novo idioma, instrumento musical ou habilidade técnica em cursos online ou presenciais.
3. Atividades físicas
- Esportes: Participar de grupos, aprender um novo esporte ou estabelecer metas atléticas;
- Exercícios: Criar rotinas de treino estruturadas, experimentar novas modalidades ou treinar para desafios físicos;
- Atividades ao ar livre: Caminhadas, jardinagem ou aprender habilidades como acampar ou fotografar a natureza.
4. Atividades sociais e comunitárias
- Aulas ou grupos de culinária: Aprender novas receitas em grupo e compartilhar refeições;
- Oficinas criativas: Participar de oficinas de cerâmica, marcenaria ou arte com interação social;
- Clubes de leitura: Criar ou participar de clubes com foco em debates e aprendizado conjunto.
Como tornar o lazer intencional um hábito de fim de semana
Construir esse hábito de forma sustentável exige planejamento e mudança de mentalidade:
- Agende: Reserve horários específicos do seu fim de semana para atividades criativas. Trate esse momento como inegociável. Muitas pessoas preferem manhãs de sábado ou domingo, quando a energia está alta;
- Crie um espaço acessível: Mantenha os materiais visíveis e à mão — um canto da casa com os itens facilita o engajamento;
- Comece devagar: Inicie com apenas 30 minutos por fim de semana. Isso parece viável e ajuda a criar rotina. Com o tempo, aumente a duração;
- Adapte à realidade: Mesmo com filhos, pouco espaço ou horários irregulares, é possível adaptar. Atividades criativas podem virar momentos de conexão familiar. E quem tem espaço limitado pode focar em práticas que exigem pouco material.
Transforme seu próximo fim de semana
Pequenas mudanças intencionais na forma como você usa o tempo livre podem gerar grandes impactos na sua vida profissional e no seu bem-estar geral. O lazer intencional como hábito de fim de semana não significa adicionar mais obrigações à sua agenda já lotada — é, na verdade, tornar seu tempo livre mais restaurador para que sua semana de trabalho seja mais produtiva e satisfatória.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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Cecília Preto Alexandre É a Nova CMO da C&A

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A C&A anunciou nesta sexta-feira (27) a chegada da executiva Cecília Preto Alexandre como sua nova CMO. Em mais de 25 anos nas áreas de marketing, branding e estratégia de negócios, Cecília passou por gigantes do setor de alimentos e bebidas, como Kraft Heinz, BRF, Ambev e Mondelēz International, baseada na França. Nos últimos 15 meses, atuou como diretora de marketing na Heineken Brasil.
A executiva chega à varejista de moda com o objetivo de fortalecer o relacionamento da marca com os consumidores, reportando diretamente ao CEO, Paulo Correa. “Minha missão é continuar traduzindo posicionamento em experiências, propostas e movimentos que façam sentido para as pessoas e para o negócio”, afirma Cecília. Segundo o executivo, a CMO traz uma visão estratégica profundamente alinhada ao que a empresa busca neste ciclo, um dos momentos mais relevantes da trajetória da marca.
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Para CEOs, Bem-Estar dos Colaboradores é Responsabilidade da Empresa

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A saúde física e mental dos funcionários deixou de ser apenas um diferencial competitivo e passou a ser prioridade estratégica para as empresas. É o que mostra a pesquisa “ROI do Bem-Estar 2025”, conduzida pelo Wellhub (ex-Gympass) com mais de 2 mil executivos de 10 países, incluindo o Brasil.
Segundo o levantamento, 70% dos CEOs consideram o bem-estar dos colaboradores essencial para o sucesso financeiro das companhias. Além disso, 65% afirmam que, para os colaboradores, cuidar da saúde é tão importante quanto o salário. “Os líderes entenderam que soluções de bem-estar não são luxo. São estratégia de produtividade, retenção e redução de custo”, afirma Ricardo Guerra, CEO do Wellhub no Brasil.
Nesse contexto, 94% dos líderes já observam retornos positivos ao investir em bem-estar. Entre os principais resultados estão o aumento da produtividade, a redução do absenteísmo e a queda na rotatividade — que, em empresas com programas bem estruturados, pode ser até 40% menor.
Quando o exemplo vem do topo
A agenda de bem-estar tende a dar mais resultados para a companhia quando começa pelo topo. Segundo o estudo do Wellhub, 52% dos CEOs que participam ativamente dos programas aumentaram significativamente os orçamentos no último ano. “Cultura se constrói pelo exemplo, e o exemplo vem de cima”, diz Guerra. “CEO que não cuida do próprio bem-estar ensina, mesmo sem querer, que isso não importa tanto assim.”
Para Alexandre Maioral, presidente da Oracle Brasil, o cuidado com a saúde em meio à rotina intensa de trabalho exige disciplina. “Acordo antes das cinco da manhã para meditar e preciso me movimentar para meu dia render”, conta. “O esporte me equilibra, me traz energia. Mais do que o físico, representa resiliência e disciplina — essenciais para saúde mental e liderança no trabalho.”
Paula Harraca, presidente da Ânima Educação, também percebe um reflexo direto da rotina de exercícios em seu estilo de liderança. “A prática do ioga me ajuda a desenvolver força, foco e equilíbrio. Como ex-atleta, aprendi desde cedo que o corpo é uma ferramenta de disciplina e expressão. Isso se traduz em uma liderança mais centrada, com escuta ativa e clareza nas decisões.”
O exemplo da liderança reforça o compromisso da cultura organizacional e tem impacto direto nos funcionários. “Quando a equipe vê o líder engajado de verdade, o ceticismo cai, a adesão cresce e a cultura muda de fato”, diz o CEO do Wellhub.
Entre o discurso e a prática
Embora 92% dos executivos afirmem que as equipes acreditam que o bem-estar é prioridade da liderança, apenas 68% dos funcionários compartilham dessa visão. A desconexão é ainda mais clara quando se trata da saúde mental: apenas metade acredita que a alta gestão realmente se importa com o seu bem-estar, e 47% afirmam que o estresse no trabalho prejudica diretamente sua saúde.
Um levantamento da Deloitte de 2022 reforça esse descompasso: enquanto 91% dos executivos dizem priorizar o bem-estar, apenas 56% dos colaboradores concordam. “O distanciamento entre o que os CEOs acreditam estar fazendo e o que os colaboradores enxergam é um risco real para o negócio”, alerta Guerra. “Quando a percepção da liderança não está alinhada com a realidade da operação, aumenta o risco de rotatividade e queda da produtividade e do engajamento.”
A desconexão se torna ainda mais evidente nos dados específicos relacionados à saúde. Enquanto 80% dos líderes afirmam que o bem-estar físico dos times melhorou no último ano, apenas 36% dos colaboradores compartilham dessa percepção. No quesito saúde mental, o contraste se repete: 77% dos CEOs apontam avanços, mas só 33% dos funcionários enxergam alguma melhora. “Bem-estar não é sobre ter aplicativo, ioga ou fruta no escritório — é sobre coerência”, afirma. “Se a liderança não vive isso na prática, o time não compra a ideia. E cultura nenhuma sobrevive a esse tipo de contradição.”
O retorno do investimento
Os resultados de programas e agendas de bem-estar bem implementados são cada vez mais evidentes: menos absenteísmo, mais produtividade e maior capacidade de atrair e reter talentos, além de melhores resultados financeiros. O estudo do Wellhub destaca que 67% dos CEOs já relatam queda nas ausências dos profissionais, e que essa redução pode chegar a cinco dias por colaborador por ano — o equivalente a quase uma semana extra de produtividade por pessoa.
Um exemplo citado na pesquisa é da empresa DuPont, gigante do setor químico, que implementou um programa estruturado de bem-estar em 41 unidades fabris. Em dois anos, o número de afastamentos caiu 14%, contra 5,8% nas unidades que não tinham o programa. O investimento se pagou no primeiro ano, gerando um retorno financeiro de US$ 2,05 para cada dólar investido. “Quando o bem-estar é posicionado como estratégia de negócio, ele ganha tração, verba e apoio executivo”, diz Guerra. “CEO que enxerga dado, aprova orçamento. CEO que só escuta boa intenção, corta.”
O impacto também se reflete na disputa por talentos. Segundo a pesquisa, 89% dos profissionais dizem que só consideram trabalhar em empresas que priorizam o bem-estar. Enquanto isso, 62% tendem a ficar mais tempo em companhias onde esse tema é levado a sério. “Já passou da hora de entender que salário e cargo não resolvem tudo. O que atrai e retém é saúde, equilíbrio e segurança emocional.”
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