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Como responder qual a sua pretensão salarial

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

Você se candidatou ao seu emprego dos sonhos e teve um desempenho excepcional durante a entrevista. Demonstrou ao entrevistador e ao gerente de contratação que é a pessoa ideal para o cargo. Só falta uma última pergunta: “Qual a sua pretensão salarial?”

Esse questionamento pode ser decisivo. Ao sugerir um valor muito baixo, você pode estar subestimando sua experiência e suas habilidades. Mas se declarar que espera o valor mais alto da faixa salarial, pode estar acima do orçamento da empresa e não receber a oferta de emprego.

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Então, o que você deve fazer? Para ter sucesso ao responder a essa pergunta, é importante seguir algumas estratégias profissionais.

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Getty Images
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Momento de negociar o salário pode ser a chave para o sucesso na entrevista de emprego

Confira cinco dicas para responder qual a sua pretensão salarial:

Entenda o motivo da pergunta

Primeiro você precisa entender por que o entrevistador — seja o gerente de contratação ou o recrutador — está fazendo essa pergunta. Pode parecer óbvio, mas um motivo provável para esse questionamento é a tentativa de avaliar seu valor. Uma maneira de fazer isso é ver qual estimativa você colocaria no seu preço em relação ao mercado de trabalho.

Embora a empresa possa fornecer uma faixa salarial ao anunciar o cargo, é provável que o valor seja negociado de acordo com vários fatores baseados na sua experiência e habilidades. Se você tem apenas dois anos de experiência, por exemplo, é melhor optar pelo limite inferior da faixa. Com mais tempo de carreira, você pode aumentar suas expectativas salariais.

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Outro motivo pelo qual o gerente de contratação faria essa pergunta é o orçamento. Ele precisa garantir que o salário que você está pedindo se adeque ao valor que a empresa pode pagar.

Faça sua lição de casa

Em vez de deixar para a sorte ou acaso, pesquise o mercado de trabalho e as expectativas salariais para sua indústria e cargo específico, incluindo seu nível de senioridade.

Você deve considerar fatores como a cidade ou estado onde reside, ou a cidade e estado de onde o empregador está contratando. Isso pode ter um grande impacto nas faixas salariais, fazendo com que caiam ou subam drasticamente devido à maior demanda ou ao alto custo de vida em certos locais. Mesmo que você esteja se candidatando a um emprego remoto, a localização ainda deve ser considerada quando se trata de faixas salariais.

Plataformas como ZipRecruiter, Salary.com, Glassdoor e Indeed são boas fontes de informação sobre faixas salariais de diferentes empresas e cargos. Isso ajuda na transparência salarial e garante que você não seja discriminado devido à sua idade, raça ou ao gênero.

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Saiba qual o seu valor

Para avaliar seu valor salarial, pode ser útil usar seu último cargo (se foi na mesma área) como referência. Você pode se sentir confortável pedindo o mesmo salário que tinha anteriormente, ou pode exigir um pouco mais — mas é importante saber por que você merece isso.

Você tem um conjunto de habilidades único que pode ter muito valor para o novo empregador? Você se qualificou e concluiu certificações ou um mestrado desde então? O último empregador estava te pagando injustamente, abaixo da faixa média para alguém com a sua experiência e habilidades? Você adquiriu uma ampla gama de expertise e conquistas no seu último emprego que justificam suas novas expectativas salariais? Faça uma lista de todos esses fatores.

Forneça uma faixa, não um número fixo

É importante que você responda sua pretensão salarial com uma faixa, e não um número fixo. É semelhante ao que acontece quando você faz uma pergunta fechada ou aberta.

Fornecer um número fixo dá margem para o empregador dizer não imediatamente, e há pouco espaço para explorar mais. Você também pode acabar se prejudicando ao aceitar um salário menor do que o empregador estava disposto a pagar. No entanto, se você der uma faixa, eles têm algum espaço para trabalhar e podem até te oferecer mais do que você esperava inicialmente.

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Deixe claro que está aberto a negociar e discutir. Você pode usar essa oportunidade para dizer que está disposto a reconsiderar sua faixa salarial se o pacote de benefícios e compensação total for adequado.

Considere todo o pacote

Lembre-se de considerar todo o pacote de remuneração. Pense em outros benefícios pelos quais você estaria potencialmente disposto a sacrificar parte do seu salário, se necessário. O que é mais importante para você? Assistência médica? Opções de ações? Bônus? Trabalho remoto? Aprendizado e desenvolvimento ou auxílio home office? Leve essas questões em consideração ao negociar o salário com o gerente de contratação.

Ocasionalmente, o recrutador pode dizer: “Revisaremos isso mais tarde, de acordo com seu desempenho no cargo.” Nesse caso, se você se sentir confortável e não houver sinais de alerta, vá em frente — mas certifique-se de confirmar por escrito quando exatamente seu salário será revisado para um possível aumento. Tenha uma discussão transparente para entender quais são as expectativas nos primeiros 90 dias, seis meses e um ano no cargo, e quais são os critérios para um aumento na sua revisão salarial.

Seguindo esses cinco passos, você poderá responder sua pretensão salarial com confiança e conseguir um emprego que reflita seu verdadeiro valor.

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*Rachel Wells é fundadora e CEO da Rachel Wells Coaching, uma empresa dedicada a desbloquear o potencial de carreira e liderança para a GenZ e os millenials.

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Forbes Reúne Lideranças e Premia Melhores CEOs do Brasil

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Forbes reuniu lideranças de diferentes segmentos para celebrar os homenageados da lista anual dos Melhores CEOs do Brasil nesta terça-feira (14).

O almoço no Palácio Tangará contou com a presença de executivos homenageados em 2025, como Edgard Corona (Smart Fit), Ana Célia Biondi (JCDecaux) e Pedro Zannoni (Lacoste), além de indicados de anos anteriores, como Gilberto Peralta (Airbus), Renata Vichi (Grupo CRM) e Mia Stark (Gazit Brasil).

“Este é um evento especial porque estamos completando 10 anos da lista Forbes Melhores CEOs, que reconhece os grandes líderes à frente das empresas no Brasil”, disse Katarina Camarotti, diretora executiva da Forbes Brasil, durante a abertura. “Nosso DNA é falar do CPF antes do CNPJ, é dar visibilidade às pessoas que movem o nosso país, fazem a economia girar, criam empregos, lideram e inspiram.”

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Com patrocínio de Globo, Lexus, Pernod Ricard e XP, o evento foi conduzido pela jornalista Fabiana Scaranzi.

Valeria Soska, diretora comercial da Globo, destacou o papel da empresa em dar visibilidade a trajetórias inspiradoras. “Nós, da Globo, somos contadores de histórias, e vocês são protagonistas de histórias de transformação: dos negócios, da vida de muitas pessoas e do nosso país.”

Head da Lexus Brasil, Nancy Serapião ressaltou a importância de valorizar as lideranças que movem o país: “É uma honra e um prazer representar a Lexus nesse evento tão importante, que homenageia pessoas que impulsionam os negócios, envolvem suas equipes e constroem um futuro melhor.”

Ana Paula Limonge, head de marketing de Prestige da Pernod Ricard Brasil, comemorou a parceria longeva entre as marcas. “É um grande prazer estar aqui hoje com a Royal Salute, celebrando a excelência e a liderança dos maiores nomes de negócios do país.”

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Liderança e empreendedorismo com Edgard Corona, CEO da Smart Fit

Lu Prezia

Katarina Camarotti e Edgard Corona

Na sequência, Katarina Camarotti convidou ao palco o fundador e CEO da Smart Fit, Edgard Corona, para um talk sobre sua trajetória empreendedora, a construção e expansão da rede de academias e os próximos passos do empresário.

“A gente nunca sabe exatamente o que vem pela frente, mas é preciso ter inquietude, estar atento e observar o mundo inteiro. Não dá para trabalhar sozinho; é fundamental colaborar e respeitar todos, pequenos ou grandes players”, disse Corona.

O empresário relembrou o início da carreira, o acidente de esqui que o levou a fundar a Smart Fit, e compartilhou reflexões sobre sucessão e a relação de trabalho com os filhos. “Eles têm que trabalhar mais do que os outros, ser muito mais competentes. Precisam mostrar humildade, dedicação e competência, porque nada é dado, tudo é conquistado.”

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Premiação dos Melhores CEOs do Brasil 2025

O almoço teve uma cerimônia de homenagem aos CEOs da edição de 2025 e entrega de troféus.

Confira os homenageados e um trecho dos seus discursos:

Alberto Kuba




Pedro Zannoni

Veja quem esteve presente no Forbes Power Lunch Melhores CEOs




Nancy Serapião
Benoît Laug
Ana Oliva Bologna
Katarina Camarotti
Gilberto Peralta
Letícia Nanci e Antonio Camarotti
Juliana Sztrajtman

Manzar Peres
Ricardo Almeida
Renata Vichi

Cécilia de Saint-Viteux Miles e Fabien Clerc
Laiz Carvalho



Fernanda Ribeiro


Giovana Pacini







Dilma Campos



Marcelo Cohen


Nizan Guanaes
Gabriela Menegasso

Sarah Buchwitz












A lista Forbes Melhores CEOs 2025 faz parte da edição 134 da Forbes e já está disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site da Forbes.

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Com Mais Segurança Jurídica, Stock Options Voltam Ao Radar das Empresas

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

As Stock Options, há décadas usadas como uma das principais ferramentas de alinhamento entre executivos e acionistas, voltam ao centro do debate jurídico e tributário. Após anos de insegurança, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) vem consolidando o entendimento de que esses planos têm natureza mercantil — e não remuneratória —, o que muda radicalmente o impacto tributário tanto para as empresas quanto para os profissionais.

Com os SOPs (Stock Option Plans), os funcionários — especialmente em níveis executivos — recebem o direito de comprar ações da companhia no futuro a um preço previamente definido (o “preço de exercício”), participando assim da valorização do negócio. Essa estrutura estimula uma mentalidade de dono e reforça o engajamento de longo prazo.

Há um ano, o STJ reconheceu oficialmente a natureza mercantil desses programas, tornando a premiação muito mais atrativa em razão da eficiência tributária. Antes disso, parte da Fazenda Nacional e da Receita Federal defendia que os lucros “embutidos” na diferença entre o preço de mercado e o preço de exercício configurariam remuneração disfarçada, tributável como renda do trabalho — e não como ganho de capital.

Além da natureza jurídica, outra controvérsia vinha sendo o momento da tributação: se no ato da concessão, no exercício da opção (compra) ou apenas na venda das ações. Em setembro de 2024, sob o regime dos recursos repetitivos, a 1ª Seção do STJ julgou e fixou tese vinculante reconhecendo o caráter mercantil dos planos de stock option.

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Antes dessa decisão, o entendimento mais frequente da Receita e dos tribunais inferiores era de que o SOP tinha natureza remuneratória, sobretudo quando atrelado a metas ou desempenho. A partir do novo posicionamento, os planos passaram a ser considerados mercantis sempre que houver ônus, voluntariedade e risco para o participante.

Com isso, a tributação deixou de seguir a alíquota de 27,5% (IRPF com retenção na fonte) e passou a incidir como ganho de capital, variando entre 15% e 22,5%, conforme o lucro obtido. Além disso, o momento da tributação foi deslocado do exercício da opção (compra) para a alienação das ações (venda), quando o ganho é efetivamente realizado.

Apesar de entendimentos contrários por parte do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), em setembro de 2025 o STJ deu um passo além. Determinou a suspensão nacional dos processos judiciais que tratam da cobrança de INSS sobre os SOPs, reforçando o entendimento mercantil firmado no ano anterior. Paralelamente, a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e a Receita Federal lançaram um edital de regularização de dívidas envolvendo SOPs e outros programas de incentivo, com condições especiais, redução de multas e parcelamentos mais favoráveis para as empresas.

O que muda na prática?

Cobrança de INSS sobre as Stock Options

Situação anterior: Havia debate intenso. Alguns julgados entendiam como remuneração (salário de contribuição).

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Potencial mudança ou efeito a partir de 2025: A suspensão dos processos dá alívio às empresas; a decisão do CARF reforça caminho favorável ao afastamento do INSS em casos bem estruturados.

Segurança jurídica

Situação anterior: Insegurança quanto a autuações, decisões divergentes.

Potencial mudança ou efeito a partir de 2025: Com o rito repetitivo e suspensão de casos, aumenta a previsibilidade para empresas e poupadores de litígios.

Recuperação ou defesa administrativa

Situação anterior: Era mais difícil negociar ou revisar autuações antigas.

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Potencial mudança ou efeito a partir de 2025: O edital de transação tributária oferece uma via de negociação para empresas com passivos pendentes.

Uniformização de entendimento

Situação anterior: Cada tribunal ou instância podia seguir caminho distinto.

Potencial mudança ou efeito a partir de 2025: O STJ tende a consolidar entendimento uniforme, sobretudo sobre INSS, assim como já fez para IRPF no Tema 1.226.

Critérios para caracterização mercantil

Situação anterior: Já foram delineados no julgamento do Tema 1.226 (ônus, risco e voluntariedade).

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Potencial mudança ou efeito a partir de 2025: Esses critérios passarão a ser observados também para o tema de INSS, para se distinguir de remuneração disfarçada.

É fato que toda essa incerteza em torno dos planos de Stock Options afastou muitas companhias desse modelo de incentivo, embora esse não tenha sido o único motivo. O Brasil não registra um IPO na B3 desde 2021, e as perspectivas de novas aberturas de capital seguem limitadas. Sem um mercado aquecido e com baixa valorização das ações, o apelo das Stock Options naturalmente enfraqueceu, abrindo espaço para outros programas de longo prazo atrelados a indicadores de negócio.

Em um evento recente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), realizado no início de outubro no Rio de Janeiro, uma pesquisa com profissionais de RH e Remuneração de grandes empresas revelou que um terço dos respondentes utiliza RSUs (Ações Restritas) e outro um terço concede bônus de longo prazo, enquanto os planos de Stock Options representam apenas 20% dos incentivos oferecidos.

Esse cenário já foi bem diferente. Além da insegurança jurídica e potenciais custos remuneratórios, menor liquidez e a queda de valorização das ações reduziram o interesse por essa ferramenta — tanto por parte das empresas quanto dos executivos.

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Mas talvez o cenário esteja mudando. Com mais clareza jurídica e novas decisões que reforçam sua natureza mercantil, pode ser o momento de revisitar as Stock Options. Em tempos de busca por produtividade e retenção de talentos, nada alinha mais do que transformar executivos em sócios do próprio resultado.

*Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Como o Excesso de Tempo de Tela Afeta Seu Cérebro

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O brasileiro passa, em média, cerca de nove horas por dia diante de telas, segundo levantamento feito pela plataforma Electronics Hub, um site de informações eletrônicas, a partir da pesquisa Digital 2023:Global Overview. Embora o debate geralmente se concentre em sintomas físicos, como cansaço ocular e dores no pescoço, pesquisas em neurociência apontam que o uso excessivo de telas está remodelando o cérebro de formas surpreendentes.

“Os efeitos negativos do tempo de tela são enganosos, porque você não consegue ver o que está acontecendo no seu cérebro enquanto olha para a tela”, diz Maris Loeffler, pesquisadora da faculdade de medicina de Stanford. “Se você rolasse o celular na cama por uma hora em apenas uma manhã, os impactos negativos seriam mínimos. Mas se isso se tornar um hábito, dia após dia, mês após mês, esse comportamento pode cobrar seu preço.”

A seguir, veja maneiras cientificamente comprovadas de como o excesso de tempo diante das telas afeta o seu cérebro, além de estratégias práticas para preservar o bem-estar mental no ambiente de trabalho.

5 formas comprovadas de como o excesso de telas afeta o cérebro

1. A camada externa do seu cérebro está afinando

Uma das descobertas de pesquisas recentes em neurociência é que o tempo excessivo de tela pode levar a mudanças físicas na estrutura do cérebro. Estudos mostram que, em adultos de 18 a 25 anos, o uso excessivo de telas pode causar afinamento do córtex cerebral, a camada mais externa do cérebro, responsável por funções essenciais como memória e resolução de problemas.

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É o centro de comando do seu cérebro, que orquestra desde o raciocínio complexo até o pensamento criativo. Quando essa região se torna mais fina devido à exposição excessiva às telas, pode afetar sua capacidade de focar, tomar decisões e processar informações de forma eficaz.

O que você pode fazer

Implemente a regra 20-20-20, recomendada pela Academia Americana de Oftalmologia, ao longo do seu dia de trabalho. A cada 20 minutos, olhe para algo a 20 pés de distância (aproximadamente 6 metros) por pelo menos 20 segundos. Agende esses momentos como lembretes recorrentes na sua agenda, se necessário.

Além disso, negocie com sua liderança pausas para “recuperação do córtex”. Breves intervalos de 10 a 15 minutos a cada 2 horas podem aumentar a produtividade. Use esses momentos para atividades como sessões de brainstorming, reuniões caminhando ou revisão de materiais impressos, em vez de permanecer preso ao monitor.

2. O volume da sua matéria cinzenta está diminuindo

A matéria cinzenta é o tecido essencial do cérebro, responsável por tudo, desde os movimentos até as emoções. Embora ela diminua naturalmente com a idade, um estudo realizado por pesquisadores da Wilfrid Laurier University, no Canadá, indica que adultos que passam tempo excessivo diante de telas apresentam um volume significativamente menor de matéria cinzenta em comparação aos seus pares.

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Esse encolhimento prematuro é preocupante, porque a matéria cinzenta abriga a maior parte dos corpos celulares neuronais do cérebro. Quando você perde volume de matéria cinzenta antes do esperado, acelera o envelhecimento cognitivo, o que pode afetar sua memória, regulação emocional e agilidade mental.

O que você pode fazer

Para proteger e desenvolver sua matéria cinzenta, considere estas estratégias:

  • Faça reuniões caminhando: Substitua videochamadas por ligações telefônicas enquanto caminha, ou sugira discussões a pé em reuniões individuais para otimizar o tempo;
  • Priorize interações presenciais: Prefira conversas ao vivo em vez de mensagens no Slack e no WhatsApp sempre que possível, participe de eventos de networking e atividades de integração de equipes;
  • Invista em desenvolvimento profissional: Participe de workshops, faça cursos online ou junte-se a associações profissionais que exijam participação ativa e desenvolvimento de novas habilidades.

3. Seu ciclo de sono está sendo sequestrado

A luz azul emitida pelas telas não apenas cansa os olhos; ela também afeta o sono. Pesquisas mostram que a luz das telas pode atrasar a liberação de melatonina pela glândula pineal do cérebro, interrompendo o ritmo circadiano natural do corpo e dificultando o adormecer e a obtenção de ciclos de sono restauradores.

Quando seu ritmo circadiano é alterado, isso gera uma série de problemas que a neurociência relaciona ao comprometimento do desempenho cognitivo. A má qualidade do sono prejudica a consolidação da memória, reduz a performance cognitiva e pode até contribuir para distúrbios de humor e ansiedade.

O que você pode fazer

Para proteger seu sono e seu ritmo circadiano:

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  • Estabeleça limites claros: Negocie com seu líder para evitar e-mails à noite e crie políticas de comunicação fora do expediente;
  • Use tecnologia protetora: Se precisar trabalhar até tarde, utilize óculos que bloqueiam luz azul ou ative o modo noturno em todos os dispositivos;
  • Crie um ritual de desconexão: Feche o laptop, desligue notificações e passe para atividades sem telas;
  • Proponha horários flexíveis: Considere escalas de trabalho que se alinhem ao seu ritmo circadiano natural para maximizar a performance.

4. Seu cérebro está preso no modo “luta ou fuga”

“Um dos maiores problemas de pegar o celular imediatamente pela manhã é que, quando você tem um objeto próximo ao rosto, ele é registrado como uma ameaça”, explica Loeffler, de Stanford. “Você não gostaria de acordar e encarar um urso toda manhã. Em nível fisiológico, é a mesma coisa.”

Quando você pega o celular assim que acorda e mergulha nos e-mails, seu sistema nervoso é sobressaltado e dispara uma resposta de luta ou fuga antes mesmo de você estar totalmente desperto. Isso cria um padrão em que seu cérebro tende à hipervigilância e à ansiedade ao longo do dia, dificultando relaxar, focar e pensar com clareza.

O que você pode fazer

Implemente a primeira hora do dia sem telas. Em vez de verificar e-mails imediatamente, comece com atividades que regulam seu sistema nervoso, como exercícios, meditação ou o preparo de um café da manhã saudável.

Chegue ao trabalho cedo para se acomodar sem a pressão imediata de e-mails e notificações. Use esse tempo para planejar seu dia, organizar seu espaço de trabalho ou ter conversas informais com colegas. Essa abordagem te ajuda a começar o trabalho a partir de um estado calmo e focado, em vez de entrar no modo de estresse reativo.

5. Seu risco de doenças neurodegenerativas está aumentando

Pesquisas indicam que adultos que assistem à televisão por cinco horas ou mais diariamente podem ter um risco maior de desenvolver doenças como demência, AVC ou Parkinson. Essa conexão provavelmente decorre de uma combinação de fatores: redução da matéria cinzenta, padrões de sono interrompidos, ativação crônica do estresse e o estilo de vida sedentário que geralmente acompanha o tempo excessivo de tela. Quando esses fatores se acumulam ao longo de anos ou décadas, eles podem acelerar o declínio cognitivo e aumentar a vulnerabilidade a condições neurológicas graves.

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O que você pode fazer

Adote uma abordagem abrangente para a saúde do cérebro em sua vida profissional:

  • Busque desafios cognitivos: Voluntarie-se para projetos que exijam pensamento estratégico, resolução de problemas e soluções criativas, ou lidere equipes multifuncionais e oriente colegas;
  • Incentive o bem-estar no trabalho: Proponha iniciativas como grupos de caminhada no horário do almoço, sessões de meditação ou workshops de gerenciamento de estresse que incorporem técnicas baseadas em neurociência;
  • Defenda o suporte à saúde: Demande estações de trabalho ergonômicas e exames de saúde regulares oferecidos aos funcionários.

Reverta o impacto do tempo de tela no seu cérebro

Lembre-se de que seu cérebro é adaptável. Ao controlar o tempo que passa diante das telas e proteger sua saúde cognitiva, você pode reprogramar os caminhos neurais do cérebro, reduzir o risco de declínio mental e criar uma relação mais saudável com a tecnologia, que impulsione (em vez de prejudicar) seu sucesso profissional.

*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.

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