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Como Proteger Seu Currículo da IA e Conquistar Mais Entrevistas

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Cerca de 99% dos recrutadores já utilizam inteligência artificial em seus processos de contratação, segundo um relatório da Insight Global, empresa global de recrutamento e soluções de gestão de talentos. Enquanto isso, a maioria dos candidatos é filtrada por sistemas ATS (Applicant Tracking System, na sigla em inglês), que rastreia candidatos para recrutamento e seleção, antes mesmo que um recrutador humano veja seus currículos.

Se você está se perguntando por que suas candidaturas desaparecem em um buraco negro digital em vez de gerar entrevistas de emprego, é hora de “blindar” seu currículo contra a IA.

Ao entender como funcionam os sistemas ATS e aplicar estratégias específicas de formatação e conteúdo, você pode aumentar significativamente suas chances de chegar até um recrutador de verdade.

7 passos para proteger seu currículo da IA e conquistar mais entrevistas de emprego

1. Espelhe o título da vaga e palavras-chave

Os algoritmos de ATS priorizam correspondências exatas com o título da vaga. Uma pesquisa da Jobscan, plataforma online que ajuda a otimizar currículos, analisou mais de 2,5 milhões de currículos e descobriu que candidatos que usaram o mesmo título da vaga no currículo tinham 10,6 vezes mais chances de conseguir uma entrevista. Se estiver se candidatando a uma vaga de “gerente de marketing digital”, use exatamente essa expressão no cabeçalho ou no resumo profissional — em vez de variações como “líder de marketing online”.

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Também identifique de três a cinco expressões-chave que aparecem com frequência na descrição da vaga. Exemplos comuns incluem:

  • Metodologias ou frameworks específicos;
  • Plataformas de software e ferramentas;
  • Termos e jargões da indústria;
  • Expressões de liderança e trabalho em equipe;
  • Habilidades técnicas e certificações.

Para siglas e termos técnicos, inclua tanto a versão completa quanto a abreviada. Por exemplo: “Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM)” ou “Otimização para Motores de Busca (SEO)”. Isso garante que seu currículo seja encontrado tanto por quem busca pela sigla quanto pela expressão completa. Mas lembre-se: só use termos que reflitam de fato sua experiência. De acordo com o estudo da Insight Global, 88% dos recrutadores conseguem identificar currículos “turbinados” com IA, e 54% levam isso em conta no processo seletivo.

Dica de especialista

Copie a descrição da vaga e cole em um gerador de nuvem de palavras. Assim, você consegue identificar visualmente os termos mais frequentes. As palavras maiores na nuvem são suas principais palavras-chave.

2. Crie um resumo de “habilidades principais”

Como os recrutadores gastam apenas alguns segundos analisando cada currículo, suas qualificações mais valiosas precisam estar visíveis imediatamente. Uma seção bem elaborada de “Habilidades Principais” oferece aos sistemas ATS e aos recrutadores humanos acesso instantâneo às suas competências essenciais. Posicione essa seção logo abaixo das suas informações de contato e do resumo profissional.

Estruture-a como uma lista limpa e de fácil leitura, combinando:

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  • Habilidades técnicas (hard skills): proficiência em softwares, certificações técnicas, conhecimentos específicos da área;
  • Habilidades comportamentais (soft skills): liderança, boa comunicação, trabalho em equipe;
  • Termos padronizados: use as mesmas expressões utilizadas nas descrições das vagas, e não variações criativas.

Uma pesquisa da StandOutCV, plataforma online que ajuda a construir currículos, mostra que 76% dos recrutadores usam filtros de habilidades ao buscar candidatos nos bancos de dados dos sistemas ATS. Ao destacar suas capacidades mais relevantes logo no início, você aumenta as chances de que seu currículo apareça nessas buscas direcionadas.

Dica de especialista

Organize suas habilidades de acordo com a relevância para a vaga, e não em ordem alfabética. Coloque as mais importantes primeiro, já que os recrutadores costumam escanear apenas o início das listas.

3. Quantifique cada realização

Pesquisas mostram que incluir números específicos no currículo aumenta consideravelmente suas chances de ser chamado para uma entrevista. Isso significa transformar declarações genéricas em realizações quantificadas.

Concentre-se nas seguintes métricas:

  • Porcentagens: aumento de receita, melhoria de eficiência, redução de custos;
  • Valores financeiros: vendas geradas, orçamentos gerenciados, economias obtidas;
  • Prazos: agilidade na entrega de projetos, melhorias em processos;
  • Indicadores de escopo: tamanho da equipe, departamentos gerenciados, partes interessadas envolvidas;
  • Volume: número de treinamentos realizados, clientes atendidos, processos otimizados.

Em vez de escrever “melhorei o desempenho de vendas”, diga: “aumentei as vendas trimestrais em 32%, gerando R$ 2,4 milhões adicionais em receita.” Em vez de “gerenciei uma equipe”, prefira: “liderei uma equipe multifuncional de 12 profissionais em três departamentos.”

Dica de especialista

Use a estrutura Desafio–Ação–Resultado para cada conquista. Comece descrevendo o problema que você enfrentou, depois a ação específica que tomou e, por fim, quantifique o resultado positivo.

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4. Use títulos de seção padronizados

Títulos criativos de seções confundem os sistemas ATS e frustram recrutadores, que esperam uma organização convencional no currículo. Mantenha títulos de seções universalmente reconhecidos, compreensíveis tanto por algoritmos quanto por humanos.

Use estes títulos padrão:

  • Experiência profissional (ou “histórico profissional”);
  • Educação;
  • Habilidades (ou “habilidades principais”);
  • Certificações;
  • Resumo profissional;
  • Informações de contato.

Evite alternativas criativas como “minha jornada”, “caixa de ferramentas profissional” ou “onde causei impacto”. Os recrutadores passam a maior parte do tempo analisando a seção de experiência profissional. Quando não conseguem localizar rapidamente essas informações por causa de títulos fora do comum, você perde a atenção deles em segundos.

Dica de especialista

Teste seus títulos pedindo a alguém que não conheça seu histórico para escanear rapidamente o currículo. Se a pessoa não conseguir entender de imediato o que contém em cada seção, é hora de simplificar os títulos.

5. Escolha o formato de arquivo correto

O formato do arquivo pode determinar se o seu currículo será interpretado corretamente ou totalmente mal lido pelos sistemas ATS. A escolha mais segura é o formato .docx, a menos que a vaga especifique outro formato.

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Siga estas orientações:

  • Melhor opção: use o Microsoft Word (.docx) para máxima compatibilidade;
  • Boa alternativa: use PDF, especialmente com sistemas ATS mais modernos;
  • Sempre verifique: leia atentamente a descrição da vaga para ver se há exigência de formato específico;
  • Evite: formatos incomuns como .pages, .rtf ou arquivos de imagem.

Documentos do Word (.docx) são os mais confiáveis para leitura por diversos sistemas ATS. Arquivos PDF funcionam bem com tecnologias mais recentes, mas sistemas mais antigos podem ter dificuldade com certos formatos ou elementos de layout.

Dica de especialista

Salve seu currículo com um nome de arquivo claro e profissional, incluindo seu nome e a palavra “currículo” ou “resume”. Por exemplo: “MariaSilva_Curriculo_2025.docx”.

6. Evite elementos de design complexos

Currículos visualmente chamativos podem até atrair a atenção de um recrutador humano, mas muitas vezes confundem os sistemas ATS, fazendo com que suas qualificações sejam lidas de forma incorreta — ou simplesmente ignoradas. Elementos de formatação complexos, como tabelas, caixas de texto, gráficos e fontes incomuns, podem gerar erros de leitura automática.

O ideal é apostar em uma formatação limpa e simples, que priorize a legibilidade.

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Evite os seguintes elementos:

  • Tabelas para organizar informações;
  • Caixas de texto ou gráficos;
  • Cabeçalhos e rodapés com dados importantes;
  • Layouts com várias colunas;
  • Estilos de marcadores não convencionais;
  • Fontes decorativas ou uso excessivo de cores;
  • Imagens ou logotipos.

Prefira fontes padrão como Arial, Calibri, Times New Roman ou Helvetica, com tamanho entre 10 e 12 pontos. Mantenha a formatação consistente em todo o documento.

Dica de especialista

Copie e cole seu currículo em um editor de texto simples (como o bloco de notas) para ver como um sistema ATS pode interpretá-lo. Se as informações aparecerem desorganizadas ou confusas, é sinal de que sua formatação precisa ser simplificada.

7. Valide com um simulador de ATS

Antes de enviar sua candidatura, teste a compatibilidade do seu currículo com sistemas ATS usando ferramentas de simulação online. Plataformas como Jobscan e Resume Worded oferecem simuladores gratuitos que fornecem feedback detalhado sobre palavras-chave, problemas de formatação e pontuação geral de compatibilidade.

Esses simuladores geralmente analisam:

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  • Densidade e relevância de palavras-chave;
  • Organização das seções e legibilidade;
  • Compatibilidade do formato de arquivo;
  • Precisão geral na leitura do ATS;
  • Porcentagem de compatibilidade com a descrição da vaga.

Busque atingir uma taxa de compatibilidade de 80% ou mais, o que indica um bom alinhamento entre seu currículo e a vaga desejada. Use o feedback da ferramenta para ajustar seu currículo antes de enviá-lo. Se a correspondência de palavras-chave estiver baixa, releia a descrição da vaga e identifique termos adicionais que você possa incorporar de forma autêntica.

Dica de especialista

Passe seu currículo por vários simuladores de ATS para obter uma visão mais ampla de possíveis problemas. Cada ferramenta pode detectar falhas diferentes.

O elemento humano ainda importa

Embora otimizar o currículo para os sistemas ATS seja essencial para que ele seja visto, é importante lembrar que a maioria dos recrutadores ainda valoriza o envolvimento humano no processo de contratação. Os currículos mais eficazes encontram um equilíbrio entre a otimização técnica e uma narrativa autêntica.

Ao aplicar esses sete passos, você garante que seu currículo não apenas passe pela triagem digital inicial, mas também desperte o interesse dos recrutadores para marcar aquela primeira entrevista tão importante.

*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.

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Fadiga de Decisão: Como Grandes Líderes Evitam o Esgotamento Mental

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Um adulto toma, em média, entre 33 mil e 35 mil decisões por dia, segundo um estudo conduzido por pesquisadores de universidades americanas. Muitas dessas escolhas acontecem no modo automático, com base em informações já armazenadas sobre como agir. No entanto, chega um ponto em que esse processo deixa de ser eficiente: o cérebro, sobrecarregado e incapaz de lidar com tantas decisões individuais, entra em pane, interrompendo a tomada de decisão.

Após dias consecutivos de trabalho e centenas de milhares de decisões tomadas, o cérebro tende a fazer escolhas diferentes daquelas que faria se estivesse descansado. Esse fenômeno é chamado de “fadiga de decisão”: quando o cérebro está esgotado e privado de energia mental.

Para concentrá-la nas decisões mais relevantes, muitos líderes optam por usar praticamente a mesma roupa todos os dias. Mark Zuckerberg se inspirou em Steve Jobs, conhecido por sempre usar uma camiseta preta e jeans. Em diversas entrevistas, o fundador do Facebook explicou que prefere reservar sua capacidade mental para as decisões mais relevantes de sua empresa, em vez de gastá-la com escolhas triviais, como o que vestir.

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O que é a fadiga de decisão?

O que vou almoçar? Devo aceitar aquela proposta de emprego? Está na hora de trocar o ar-condicionado, ou devo continuar consertando? No fim das contas, 35 mil decisões por dia significam uma decisão a cada 2,46 segundos. Não é à toa que estamos exaustos.

A fadiga decisória compromete a clareza mental e explica por que muitos profissionais têm pouca energia restante para atividades fora do escritório após um longo dia de trabalho. Depois de horas de trabalho ininterrupto, o cérebro pode sofrer sobrecarga cognitiva. Quanto mais tempo você trabalha e mais decisões toma nesse período prolongado, mais difícil se torna para sua mente sobrecarregada tomar decisões acertadas.

Escolhas simples, como decidir o prato que vai pedir no restaurante, não exigem tanto esforço cognitivo quanto decisões mais impactantes, como manter ou demitir um funcionário. Quanto mais escolhas fazem parte do seu dia, mais difícil fica decidir até mesmo sobre coisas simples, como o que vestir, onde comer, quanto gastar ou como priorizar projetos no trabalho. O cansaço mental pode levar a atalhos perigosos, como não revisar um e-mail importante, evitar participar de decisões em equipe, ser ríspido com colegas, optar por fast food em vez de refeições saudáveis ou abandonar a prática de exercícios físicos.

Sinais da fadiga de decisão

A fadiga decisória geralmente aparece de forma sutil e fácil de ignorar. Veja como reconhecê-la antes que afete seu desempenho e sua saúde mental:

Como identificar em você

  • Você adia decisões simples ou delega tudo, sem distinguir o que é importante do que não é;
  • Sente-se mentalmente exausto antes do meio-dia, mesmo sem esforço físico;
  • Evita conversas difíceis ou responde apenas “sim” ou “não” para se livrar rapidamente da decisão.

Como identificar na sua equipe

  • Membros do time pedem opinião sobre decisões que normalmente tomariam sozinhos;
  • Projetos travam, não pela complexidade, mas porque ninguém quer tomar a decisão final;
  • Aumento de erros, esquecimento de detalhes e maior resistência a mudanças.

Estratégias para evitar a fadiga de decisão

Victoria Grinman, psicoterapeuta e fundadora da Growing Kind Minds LLC, empresa de soluções de gestão emocional para organizações, destaca a importância de criar e manter rotinas intencionais.

Decida apenas uma vez

Empresários como Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos usavam roupas iguais todos os dias para preservar energia mental. “Líderes frequentemente desperdiçam energia refazendo as mesmas decisões”, afirma Grinman. “Crie microestruturas para tarefas recorrentes, como o que vestir, quando checar e-mails ou como começar reuniões. Decidir uma vez e manter o padrão conserva energia mental para o que realmente precisa de atenção.”

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Proteja os primeiros 90 minutos do dia

“Esse período concentra o maior potencial cognitivo”, explica. “Use-o para planejar e tomar decisões estratégicas. Evite tarefas reativas logo cedo para definir o tom do restante do dia.”

Delegue decisões

Quanto menos escolhas você precisar fazer, mais energia cognitiva conseguirá preservar ao longo do dia. Encontre alguém de confiança, reduza o controle e delegue parte das suas decisões a essa pessoa.

Tome as decisões mais difíceis primeiro

Se o dia promete decisões complexas, encare-as nas primeiras horas, quando estiver mais descansado. Classifique as decisões do dia da mais à menos importante e deixe as menos relevantes para o final.

Aproveite o fim de semana

Você não estará biologicamente preparado para manter o equilíbrio em seu processo de tomada de decisões sem descanso e estímulo adequados fora do seu ambiente de trabalho.

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*As informações foram retiradas de textos dos colaboradores da Forbes USA Bryan Robinson e Cheryl Robinson.

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Baixo Engajamento no Trabalho Custa R$ 77 Bilhões a Empresas no Brasil

Redação Informe 360

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no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A falta de motivação no trabalho deixou de ser um problema individual e passou a ser um desafio real para as empresas e para a economia, no Brasil e no mundo. De acordo com o estudo Engaja S/A, conduzido pela plataforma de RH e benefícios Flash em parceria com a FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas), o desengajamento profissional custa cerca de R$ 77 bilhões por ano às companhias brasileiras, o equivalente a 0,66% do PIB.

Na sua terceira edição anual, o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (23), aponta que o índice de engajamento no país caiu para 39%, o menor nível da pesquisa. Ou seja, mais de seis em cada dez profissionais estão desmotivados ou ativamente desengajados. A queda é puxada principalmente por profissionais em cargos de liderança, e a Geração Z é a menos engajada. “Esse estado se manifesta de forma sutil: menos colaboração, apatia, procrastinação e ausência de iniciativa”, explica Renato Souza, professor de recursos humanos da FGV EAESP e coautor do estudo. “O profissional está presente, mas não está inteiro.”

O cálculo do prejuízo gerado pelo desengajamento no trabalho foi feito com base em duas dimensões principais: intenção de demissão e presenteísmo — quando o profissional está fisicamente presente, mas improdutivo. “Desengajados podem perder até cinco horas de trabalho por dia, gerando um custo muitas vezes invisível para as empresas.”

Mais de 40% dos profissionais brasileiros admitem perder de uma a duas horas de produtividade por dia por falta de motivação. Segundo o estudo, melhorar o engajamento poderia gerar uma economia de R$ 6,2 bilhões em perdas de produtividade.

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Líderes cansados, equipes desmotivadas

Mesmo entre os cargos mais altos, o engajamento vem desmoronando. A pesquisa revela que, embora 65% dos executivos ainda se declarem engajados, esse grupo foi o que apresentou a maior queda no último ano — sete pontos percentuais. “Em geral, executivos são mais engajados do que colaboradores, mas observamos um declínio acentuado nesse último ano.”

Além disso, o estudo indica que 78% dos executivos e líderes intermediários sofrem com algum nível de ansiedade, o que acende um sinal de alerta para departamentos de recursos humanos e para a alta liderança. “Fadiga, insônia e ansiedade estão mais presentes entre líderes, o que pode gerar um efeito cascata de desengajamento sobre suas equipes.”

Segundo o professor, o quadro de saúde mental entre executivos não deve melhorar nos próximos anos. “As lideranças enfrentam cada vez mais pressões do mercado, da economia e de conselhos. As empresas precisam pensar em como engajar quem é responsável por engajar os outros.

Geração Z lidera em desengajamento

Entre os diferentes grupos etários, a Geração Z aparece como a menos engajada: apenas 37% dos jovens profissionais afirmam se sentir motivados em suas funções. Enquanto isso, os Baby Boomers são a geração mais engajada, atingindo 45% de envolvimento no trabalho. “Desde o pós-pandemia, houve uma ressignificação do trabalho, e isso teve um grande impacto na Geração Z”, explica Souza. “Mais do que benefícios financeiros isolados, os jovens valorizam autonomia, saúde mental e reconhecimento, que nem sempre encontram nas empresas.”

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Causas e soluções para a crise de engajamento

Entre as principais causas da queda no engajamento, o estudo aponta uma piora na percepção positiva do ambiente de trabalho. “Fatores como remuneração e benefícios continuam importantes, mas engajam menos do que o clima organizacional e a qualidade da gestão”, diz Souza. “Falta de autonomia, escassez de tempo para atividades além do emprego e ausência de conexões humanas explicam a maior parte da queda registrada.” Por outro lado, relações de confiança, oportunidades de desenvolvimento profissional e ambiente saudável estão entre os fatores mais determinantes para o engajamento.

Para reverter o cenário de baixo engajamento, algumas práticas podem impactar diretamente o envolvimento de profissionais no trabalho. Entre as mais eficazes, segundo o estudo, estão os benefícios de flexibilidade, como trabalho híbrido, horários livres, day off de aniversário, benefícios personalizados e redução de jornada às sextas-feiras. “São práticas relativamente simples, mas com grande potencial de engajar colaboradores.”

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CEO da JCDecaux Brasil Traz Lições do Esporte para a Liderança

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Ana Célia Biondi é uma mulher competitiva. Traz isso de sua época de esportista, quando participava de torneios de tênis. Hoje, leva os aprendizados das quadras para os negócios. “Somos a oitava filial do mundo e quero continuar crescendo”, diz a líder da multinacional francesa JCDecaux no Brasil, que está na lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.

Presente em mais de 80 países e com audiência diária de 850 milhões de pessoas, a companhia é a líder global em mídia out-of-home (OOH). É responsável pelos relógios digitais no meio de avenidas movimentadas de São Paulo e outras capitais, pelos painéis de grandes marcas nos aeroportos de Guarulhos e Brasília e por envelopar metrôs da capital paulista com anúncios dos novos filmes e séries da Netflix.

Nessa cadeira há mais de 10 anos, e outros 10 como sócia da companhia no país, a executiva viveu diferentes momentos do setor no Brasil – do pré e pós-Cidade Limpa ao pré e pós-pandemia. “O OOH tinha 6% de market share antes da lei, caiu para 3% e hoje está em 12%. Ainda podemos chegar a 20%. O brasileiro é early adopter e ama uma tela”, analisa. Em 2024, a receita global da JCDecaux foi de 3,93 bilhões de euros, com crescimento de mais de 10% na divisão que inclui o Brasil.

“Somos a oitava filial do mundo e quero continuar crescendo.”
Ana Célia Biondi

O país vive o que ela define como a maior transformação desse mercado. “Quando fomos proibidos de ir para a rua, percebemos o valor. As marcas entenderam isso e voltaram muito criativas.” Entre os cases que gosta de contar está o da Rexona, que levou uma fanfarra e jatos de desodorante para animar foliões no metrô de São Paulo durante o Carnaval. “Em qual outro lugar no mundo isso seria possível?”

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Filha de publicitário, formou-se em economia. Ainda na faculdade, entrou no mercado financeiro e, aos 23 anos, foi passar uma temporada em um banco na Suíça. De volta ao Brasil no final da década de 1990, foi chamada para analisar a viabilidade econômica de uma empresa de mobiliário urbano. Liderou o projeto, tornou-se sócia e, em 2004, firmou parceria com a JCDecaux.

Aos 58 anos, está à frente de cerca de 550 funcionários e mais de mil anunciantes no país. “O mais difícil não é fazer leitura de P&L [relatório de perdas e lucros]. É ser uma pessoa presente sem ser microgestora e equilibrar o tempo para cuidar de tudo e estar com meu filho.” Nessa agenda concorrida, sempre há espaço para atividade física e para as lições do esporte: “Aprendi a ser humilde, a ser humilhada, a levar a virada e a virar o jogo. É uma escola de vida”.

Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.

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