Negócios
Como o barulho nos escritórios está criando um bom mercado
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Chad West trabalha presencialmente em um escritório em Londres não mais do que uma vez por semana. Como vice-presidente de marketing da carteira de criptomoedas inteligente Argent, ele aparece apenas para reuniões estratégicas ou criativas. Quando precisa focar no trabalho, as distrações e o barulho no escritório aberto da empresa o tornam 40% menos produtivo do que em casa, ele estima.
As vozes dos colegas e a música que escapa dos fones atraem sua atenção, e o som dos engenheiros de software batendo nos seus teclados o atrapalha. “Se alguém tem a audácia de atender uma ligação em um escritório pequeno onde as pessoas estão tentando trabalhar, isso me irrita”, diz West, 33 anos.
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Mais de quatro anos depois de a pandemia ter levado a maioria dos trabalhadores do conhecimento a trabalhar de casa, muitos voltaram ao escritório, seja por políticas da empresa, pelo desejo de passar um tempo com os colegas de trabalho ou pela necessidade de fugir da família.
Cerca de 27% dos dias de trabalho nos EUA foram feitos em casa em maio, uma queda drástica em relação aos cerca de 60% no pico da pandemia, mas acima dos menos de 10% antes da Covid-19.
À medida que as pessoas retornam ao escritório em tempo integral ou parcial, as queixas sobre uma antiga frustração – os ruídos e as distrações – têm aumentado. Os profissionais estão participando de mais reuniões pelo Zoom da mesa do escritório, e muitas vezes falando alto nessas videochamadas. Os chefes incentivam que os dias de trabalho presencial sejam passados “colaborando” e desenvolvendo laços sociais, mas isso aumenta a conversa que ecoa no espaço.
Para agravar o problema, muitas empresas reduziram o tamanho dos seus espaços corporativos já que o local estava sendo menos utilizado. Assim, as salas de conferências e os espaços privados ficam cheios rapidamente.
Insatisfação com a barulheira do escritório
Em um estudo de setembro de 2023 realizado pela empresa de pesquisa de ambientes de trabalho Leesman, os níveis de ruído foram classificados entre as 10 características mais importantes do escritório – ficando entre banheiros funcionais e uma central de suporte de TI.
No entanto, apenas cerca de 32% dos funcionários estão satisfeitos com os níveis de ruído no escritório, descobriu outra pesquisa da Leesman (divulgada em abril passado).
Novo mercado
A resposta a todas essas reclamações apresenta uma oportunidade de negócio, com fornecedores vendendo desde cabines no estilo de telefones públicos até serviços de “paisagismo sonoro” que usam uma abordagem “biofílica” para ajudar a abafar vozes com sons encontrados na natureza.
Fabricantes de móveis e designers de interiores estão adicionando mais materiais acústicos e projetando “bibliotecas” para promover ambientes de trabalho silenciosos.
Alguns empregadores estão distribuindo fones de ouvido com cancelamento de ruído e até mesmo desenvolvendo ferramentas para ajudar os trabalhadores a alertar colegas quando precisam se concentrar. “Se quisermos que os funcionários retornem voluntariamente aos escritórios, temos de proporcionar um espaço que apoie aqueles momentos em que eles necessitam de privacidade acústica e visual”, diz o fundador da Leesman, Tim Oldman.
O problema e a solução do barulho no escritório
As distrações no escritório são mais do que um pequeno incômodo. Um estudo de 2021 publicado no Journal of Management & Organization descobriu que em experimentos com ambientes controlados, os níveis de ruído típicos de escritórios de plano aberto causaram aumentos nos indicadores de estresse fisiológico, como frequências cardíacas mais altas, bem como mais expressões faciais de repulsa e relatos de humor negativo por parte dos trabalhadores.
“Não estamos habituados ao ruído”, observa Libby Sander, professora assistente da Bond University, na Austrália, que trabalhou no estudo. “Temos a ideia de que podemos simplesmente nos acostumar com isso. Mas fisiologicamente e psicologicamente, seu corpo não vai.”
A necessidade de maior controle do ruído nos escritórios é uma das razões para o crescimento de empresas como a finlandesa Framery, um dos maiores fabricantes de cabines de escritório – espaços totalmente fechados e modernos com paredes de vidro, que custam cerca de US$ 8,7 mil (R$ 47,3 mil) por uma unidade compacta. Algumas acomodam até seis pessoas e parecem salas de conferência fechadas.
Em 2022, a receita global da Framery atingiu US$ 164 milhões, acima dos US$ 86 milhões em 2020 e US$ 101 milhões em 2021.
Em março, a empresa adicionou uma nova linha de cabines que não apenas isolam o som para os usuários sentados ali dentro, mas também possuem um sistema de “máscara sonora” que emite um som semelhante a ruído rosa nas áreas ao redor. Assim, aumentam o ruído ambiente nos espaços próximos, com o objetivo de tornar as conversas no escritório menos inteligíveis. “O verdadeiro problema do ruído é quando o seu cérebro capta uma palavra familiar”, diz Samu Hällfors, cofundador e CEO.
Som de pássaros no escritório
É por isso que designers e empreendedores estão colocando som nos espaços, o que pode ser uma forma de resolver as preocupações com muito ruído ou muito silêncio. Depois de trabalhar para terceiros nesse setor por mais de uma década, Evan Benway lançou a Moodsonic em 2022. Ele agora trabalha com empresas como SAP, GSK e Steelcase para criar “paisagens sonoras responsivas” que usam sensores para gerar um som de fundo que se adapta em tempo real ao grau de distração ou estímulo do ambiente.
A Moodsonic ajuda as empresas a resolver uma das ironias do ambiente de trabalho pós-pandemia: as pessoas se distraem com o som no escritório, mas muitas vezes é porque o espaço está muito silencioso. Em vez de ter 60 pessoas em um salão aberto onde um zumbido de muitas conversas acontece ao fundo, “agora talvez você tenha 15 pessoas, e quando uma fala, todos ouvem o que ela está dizendo”, diz Benway.
Os sensores da Moodsonic captam os níveis de som e ajustam as “paisagens sonoras”, que incluem cantos sutis de pássaros inspirados na natureza ou riachos. Benway não divulga receitas, mas afirma que a empresa trabalha com 30 das 500 maiores empresas dos EUA e já é lucrativa; em seu segundo ano, triplicou a área onde fornece as paisagens sonoras e aumentou as assinaturas em 150%.
Paz no home office
Outros estão tendo sucesso ao atender não apenas a necessidade de privacidade dos trabalhadores no escritório, mas também os desejos semelhantes dos profissionais remotos. O investidor Fred Wilson, cofundador da Union Square Ventures de Nova York, e sua esposa Joanne, uma investidora-anjo, estão lançando a segunda localização do Framework, um espaço de coworking em Nova York. O casal percebeu que nas grandes cidades, empreendedores, criativos e outros profissionais têm pouco espaço próprio e não necessariamente querem estar “em um desses lugares onde há toda essa bagunça compartilhada”, como Joanne descreve, referindo-se a espaços de coworking com assentos em grupo e pouca privacidade.
No primeiro local dos Wilsons, no Brooklyn, os membros pagam entre US$ 755 e US$ 860 por mês, dependendo do prazo do aluguel, por sua própria cabine com isolamento acústico. “É tranquilo e eles não precisam ouvir o vizinho conversando com o amigo ou a esposa ou o que quer que seja”, disse Fred Wilson.
Designers de móveis e de interiores também estão incorporando mais isolamento acústico nos seus espaços. A Zintra Acoustics, uma linha de painéis de parede, divisórias de espaço e luminárias de teto que ajudam a absorver o som, tem visto uma demanda “crescente” por soluções acústicas, disse Kirsten Grosman, líder de marketing da marca, que é propriedade do Baresque Group, com sede na Austrália. “O ruído se tornou a principal reclamação entre os profissionais”, disse ela.
Ao mesmo tempo, a empresa sueca Ikea, que está no ramo de mobiliário de escritório há 40 anos, está lançando uma nova linha criada em parte para resolver os incômodos sonoros. Por exemplo, adicionou um material de fibra de madeira, normalmente utilizado na indústria de construção para isolamento, a telas acústicas envoltas em tecido. A empresa também trabalhou com fornecedores para silenciar o mecanismo que regula a altura de uma mesa elétrica pressionando um botão. “O papel do escritório mudou”, diz Philip Dilé, desenvolvedor de design de produtos da Ikea. “A maioria das pessoas nos disse que queria voltar [ao escritório] para ter foco e menos distração.”
A nova linha da Ikea é um exemplo de um movimento mais amplo para oferecer soluções que não exigem cabines ou salas privadas, o que sem dúvida anula o propósito de ter pessoas no escritório para colaborar. “Por que eu iria querer entrar em um conjunto de cabines de Zoom, e essa ser minha experiência do dia?”, questiona Tracy Wymer, vice-presidente de insights e inspiração da Teknion, que também fabrica cabines. Wymer observa que sua empresa está trabalhando em um novo produto que fornece dicas visuais que indicam se você está disponível ou focado no trabalho, mas ainda é cedo para oferecer detalhes.
Outra companhia que está experimentando essa ideia é a monday.com, uma empresa de software de gerenciamento de projetos com sede em Israel. Eles projetaram um dispositivo de Internet das Coisas (IoT) chamado “FocusTime”, posicionado no canto dos monitores dos computadores dos funcionários. Parece um mostrador que indica de quanto tempo restante ininterrupto a pessoa precisa – e serve como um aprimoramento físico dos ícones de status do Slack ou Teams que as pessoas estão acostumadas a ver na tela.
A ideia veio originalmente de uma funcionária da empresa que lutava com as interrupções dos colegas ao retornar ao escritório. Saron Paz, líder da equipe que desenvolveu o dispositivo, diz que cerca de 20 funcionários estão participando de um piloto usando o protótipo e um teste em toda a empresa está em fase de planejamento para que, potencialmente, possa se tornar um produto comercializado.
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Profissionais neurodivergentes
Um fator impulsionador da criação de mais espaços para trabalho silencioso tem sido uma maior consciência sobre as necessidades de profissionais neurodivergentes, como aqueles com TDAH ou desafios de processamento sensorial. Pesquisas mostram que 15% a 20% dos funcionários são neurodivergentes, diz Relina Bulchandani, vice-presidente executiva de serviços imobiliários e de local de trabalho da Salesforce. Isso levou a gigante de software a projetar “salas de meditação” no escritório para pausas e espaços de “biblioteca” equipados com telas duplas de monitor solicitadas por engenheiros de software.
As inovações são relevantes para criar um ambiente de trabalho inclusivo e saudável. No entanto, para Chad West, algumas delas não seriam necessárias se todos simplesmente pudessem escolher de onde querem trabalhar. “Tudo o que uma empresa realmente deve se preocupar é com a eficiência.”
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Negócios
Por Que Um MBA em Harvard Já Não é Garantia de Emprego?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Durante décadas, concluir um MBA em uma universidade da Ivy League – composta pelas instituições de maior prestígio dos Estados Unidos –, era considerado um passaporte duradouro para qualquer emprego.
A Universidade de Harvard é a 4ª melhor do mundo, segundo o ranking da Times Higher Education, e seu MBA também está entre os mais renomados. No entanto, em 2024, nem mesmo um diploma de MBA em Harvard é garantia na carreira, já que a taxa de desemprego entre recém-formados mais que dobrou nos Estados Unidos.
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Um número crescente de graduados da Harvard Business School está enfrentando dificuldades para conseguir trabalho. Em 2022, apenas 10% dos graduados do MBA ainda estavam procurando emprego 90 dias após a formatura. Agora, esse número saltou para 23%. O que isso revela sobre o mercado de trabalho americano quando quase um quarto dos formandos de um dos melhores programas de MBA do mundo – o maior número em mais de 10 anos – não consegue trabalho?
“Definitivamente, o mercado está ruim”, disse um aluno do MBA da Harvard Business School em entrevista ao blog Poets and Quants, focado em educação superior. “Mas a maioria dos meus colegas que ajustaram suas expectativas conseguiu posições excelentes.”
O estudante de Harvard explica que muitos profissionais recém-graduados no MBA acabam rejeitando vagas que poderiam ser vistas como ‘um passo atrás’ em relação aos seus empregos anteriores, apesar de serem posições bem remuneradas. “Muitos vêm de famílias com maior estabilidade financeira, o que permite enfrentar alguns meses de desemprego.”
Além de Harvard
Os índices de empregabilidade de Harvard ficam atrás de outras instituições de ponta, como Stanford, Columbia, Kellogg (Northwestern) e Booth (Universidade de Chicago).
Essa tendência vai além de Boston e dos corredores de Harvard. Programas de MBA de outras universidades também estão enfrentando dificuldades crescentes para navegar no mercado de trabalho moderno. As implicações são profundas, afetando tanto candidatos a emprego quanto líderes empresariais.
Aqui, analisamos por que o mercado está se estreitando e como os jovens da Geração Z, empregadores e aspirantes a líderes podem se adaptar nesse cenário em transformação.
Um olhar mais atento sobre o mercado de trabalho nos EUA
O JP Morgan afirma que o mercado de trabalho americano teve um bom desempenho em dezembro, adicionando 256 mil vagas. No papel, o mercado parece robusto, com o relatório de dezembro confirmando a força da economia. Então, por que os estudantes de MBA estão tão preocupados?
A taxa de desemprego nos EUA está próxima de mínimas históricas, e os empregadores continuam relatando falta de talentos em vários setores. No entanto, a situação é mais complexa. O congelamento de contratações em áreas como tecnologia e finanças criou efeitos em cascata que afetam desproporcionalmente os graduados de MBAs de alto nível, como o de Harvard.
Como a evolução do trabalho impacta os profissionais com MBA
Parte do problema está na rápida evolução da força de trabalho. A pandemia acelerou tendências como automação, trabalho remoto e a gig economy, que contempla formas flexíveis de trabalho, como freelancers. Empresas estão repensando suas estruturas organizacionais, focando em equipes mais enxutas e priorizando habilidades técnicas específicas em detrimento de conhecimentos generalistas de negócios. Programas tradicionais de MBA, embora ainda valiosos, nem sempre se alinham perfeitamente a essas novas prioridades.
Além disso, o surgimento de alternativas educacionais, como bootcamps de programação e certificações especializadas, nivelou o campo de concorrência. Empregadores estão reconhecendo cada vez mais o valor de credenciais não tradicionais, desafiando a autoridade do MBA.
Avanços em inteligência artificial e automação devem causar um número expressivo de demissões em Wall Street, tradicional destino para profissionais com MBAs de destaque em finanças. Um estudo recente mostrou que os maiores bancos do mundo podem cortar 200 mil empregos.
O mercado de trabalho oculto
Outro fator complicador é o crescimento do mercado de trabalho oculto, marcado por vagas que nunca são formalmente anunciadas. Pesquisas sugerem que até 80% das vagas são preenchidas por meio de networking e indicações, e não por processos de candidatura tradicionais. Para profissionais que costumam contar com programas de recrutamento no campus, essa mudança pode ser um choque. Outro desafio oculto? Contratações internas e promoções.
Funções avançadas de gestão, incluindo cargos executivos, foram eliminadas em números recordes nos últimos 18 meses, reduzindo substancialmente o mercado para graduados em MBAs. Existe uma grande diferença entre aumentar empregos na economia como um todo e criar demanda por habilidades específicas desses profissionais. À medida que as empresas achatam hierarquias, “empregos de colarinho branco” estão desaparecendo.
O que aspirantes a líderes podem fazer – sem precisar de um MBA
Nesse ambiente desafiador, a adaptabilidade é essencial. Educação importa, mas, com muitos empregadores focando em contratações baseadas em habilidades, ter um diploma já não é mais tão importante quanto antes.
Veja o que os jovens, líderes e profissionais que buscam crescer na carreira podem fazer para se destacar no mercado:
Foque em soft skills
Empregadores valorizam cada vez mais a adaptabilidade, inteligência emocional e habilidades de resolução de problemas. Essas competências muitas vezes superam a expertise técnica, especialmente em papéis que exigem liderança ou visão estratégica.
Adote o aprendizado contínuo sobre IA
Um MBA em Harvard custa mais de US$ 115 mil por ano. Plataformas como Coursera e LinkedIn Learning não se comparam, mas oferecem opções gratuitas ou de baixo custo para aprimorar suas habilidades em IA. A relação custo-benefício deve ser considerada.
Valorize as conexões sociais, não as redes sociais
Use redes profissionais, online e offline. Eventos do setor, grupos no LinkedIn e conexões com ex-alunos podem abrir portas no mercado de trabalho oculto.
Redefina o sucesso, como faria um graduado de Harvard
Alguns estudantes de Harvard não buscam empregos; eles criam. Muitos estão lançando negócios, buscando investimentos e transformando sonhos em realidade.
*Chris Westfall é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de livros, escreve sobre a importância da comunicação para a liderança e também é consultor de empresas e empreendedores, ajudando a criar culturas com melhor engajamento e colaboração.
Escolhas do editor
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Negócios
3 Tipos de Hobbies Essenciais para o Sucesso, Segundo a Ciência
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Quando você realmente ama fazer algo, é difícil não se entregar completamente. Ao encontrar o “ponto ideal” de um hobby — algo que você gosta e em que é bom — ele muitas vezes assume prioridade sobre tudo o mais. Ainda assim, não há nada de errado em ter uma única paixão. Na verdade, aproximadamente 15% da população dos Estados Unidos tem apenas um hobby, de acordo com uma pesquisa de 2024.
Dito isso, hobbies fazem muito mais do que apenas ocupar seu tempo. De várias formas, eles moldam quem você é, nutrindo partes suas que, de outra forma, poderiam passar despercebidas ou negligenciadas. Assim, ao focarmos apenas em um tipo de hobby, podemos inadvertidamente deixar outras áreas de nós mesmos — nossa mente, corpo ou senso de criatividade — sem o cuidado necessário.
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Encontrar mais hobbies que se encaixem nesse “ponto ideal” pode ser desafiador, mas, felizmente, as opções são inúmeras. Ainda assim, com base em pesquisas psicológicas, você realmente só precisa de três.
Veja a seguir:
1. Um Hobby que Te Mantenha em Forma
Você provavelmente já está ciente da importância do exercício para o bem-estar físico. Mas, do ponto de vista psicológico, ele é igualmente essencial: pesquisas sugerem que o exercício desempenha um papel crítico na redução do estresse e na prevenção de transtornos de humor, como a depressão.
Se você não é entusiasta de exercícios, pode ser difícil saber por onde começar ou manter uma rotina consistente. Esse desafio é amplificado pelos estereótipos sobre como o “exercício ideal” deve ser — muitos acreditam que correr ou frequentar academias são as únicas opções viáveis.
Na verdade, o exercício não precisa significar horas na academia ou correr maratonas — a menos que isso o agrade. Pode ser tão simples quanto mover o corpo e acelerar o ritmo cardíaco de formas que lhe tragam alegria:
- Natação: Se você gosta da sensação de estar na água, nadar é uma opção fantástica. É suave para as articulações e trabalha todo o corpo. Além disso, o ritmo das braçadas e o som da água têm um efeito meditativo.
- Caminhada: Nunca subestime o poder de uma boa caminhada. Pode ser uma volta pelo bairro ou uma trilha pela floresta — de qualquer forma, caminhar é uma das maneiras mais fáceis de se manter ativo.
- Dança: A beleza da dança é que ela oferece muitas abordagens — aulas, baladas com amigos ou apenas dançar em casa. Além de ser um ótimo exercício, é uma forma divertida de aliviar o estresse.
- Yoga: Ignore os comentários que desmerecem o yoga como “alongamento glorificado”. Na prática, é uma das melhores formas de se conectar com seu corpo de maneira nutritiva e restauradora.
- Esportes coletivos: Se você prefere um elemento social, considere se juntar a uma liga esportiva local. Não importa o esporte escolhido, jogar com outros torna o exercício mais divertido.
2. Um Hobby que Te Mantenha Criativo
Muitas pessoas insistem que não possuem um “osso criativo” no corpo. Acreditam ser péssimos escritores, artistas desajeitados ou maus cantores e assumem que a criatividade não é para elas. No entanto, a criatividade não tem nada a ver com ser “bom” em algo. Em vez disso, ela é sobre se expressar, abandonar julgamentos e apreciar o processo de criar algo novo.
Hobbies criativos são como alimento para a alma. Eles ajudam a processar emoções avassaladoras e nos permitem encontrar beleza no cotidiano. E o melhor: você não precisa ser um artista renomado para colher seus benefícios. De acordo com um estudo de 2024 publicado na Frontiers in Psychology, pessoas que se envolvem em hobbies criativos relatam maior satisfação com a vida, felicidade e, principalmente, uma sensação maior de que a vida vale a pena:
- Escrita criativa ou diário: Colocar pensamentos no papel pode ser extremamente terapêutico. Não é necessário escrever uma obra-prima — apenas registrar sentimentos, sonhos ou pequenas histórias pode ser um ótimo escape.
- Cozinhar: A cozinha é uma das maiores telas para a expressão criativa. Experimente novas receitas, decore bolos ou invente seus próprios pratos. Cozinhar combina criatividade com praticidade — e, de quebra, você pode comer sua arte.
- Jardinagem: É profundamente gratificante ver plantas crescerem sob seus cuidados. Flores, ervas ou vegetais — independentemente do que plantar, você se conectará à natureza e criará algo belo e vivo.
- Projetos DIY, tricô ou crochê: Trabalhos manuais são perfeitos para quem gosta de usar as mãos. São atividades rítmicas, relaxantes e deixam algo tangível como resultado.
3. Hobbies que Te Mantenha Mentalmente Ágil
Enquanto hobbies físicos e criativos cuidam do corpo e da alma, hobbies intelectuais mantêm a mente aguçada, curiosa e engajada com o mundo ao seu redor. Muitas vezes, é fácil cair no hábito de interagir de maneira superficial com o que nos cerca — seja o celular, os amigos ou até nós mesmos. Por isso, encontrar um hobby que desafie sua mente é como redescobrir uma parte de si que você nem sabia que estava adormecida.
Embora começar algo novo — especialmente algo que exija foco — possa parecer desconfortável, lembre-se de que você não precisa dominar nada rapidamente ou competir com ninguém. O importante é redescobrir a alegria de aprender, explorar novas ideias e sair da zona de conforto.
Os benefícios desses hobbies são vastos: eles melhoram habilidades de resolução de problemas, fortalecem a memória e aumentam a resiliência mental. Além disso, uma pesquisa de 2023 da Frontiers in Psychology sugere que atividades intelectualmente desafiadoras podem reduzir o risco de declínio cognitivo com o passar dos anos. Mais do que isso, esses hobbies permitem que você veja o mundo — e a si mesmo — de novas formas:
- Leitura: Romances são o treino mental perfeito. Ficam entre ficção, que amplia a empatia e transporta para outros mundos, e não ficção, que apresenta tópicos fascinantes. Cada gênero oferece um novo caminho de aprendizado.
- Quebra-cabeças e jogos de lógica: Para quem gosta de desafios, palavras cruzadas, Sudoku ou enigmas são excelentes para manter a mente afiada. Jogos como xadrez ou Scrabble também oferecem os mesmos benefícios, com o acréscimo de diversão.
- Aprender um novo idioma: Dominar outro idioma é como um treino completo para o cérebro. Melhora a memória, as habilidades de resolução de problemas e a escuta ativa, além de abrir portas para novas culturas.
- Viajar: Explorar novos lugares desafia sua mente a se adaptar e crescer, ao mesmo tempo que educa e inspira.
Encontrar novos hobbies pode exigir tentativa e erro, mas tudo bem. O segredo é continuar experimentando até encontrar algo que não pareça uma obrigação, mas uma celebração do que corpo e mente podem realizar.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
Escolhas do editor
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Negócios
CEO do Goldman Sachs Ganha Aumento e Bônus de US$ 80 Mi por Mais Cinco Anos no Cargo
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O presidente-executivo do Goldman Sachs, David Solomon, ganhou um bônus de ações no valor de US$ 80 milhões (cerca de R$ 485 milhões) para continuar no comando do banco por mais cinco anos, uma reviravolta radical para o líder cuja sobrevivência foi questionada depois da incursão malfadada da empresa no setor de bancos de consumo.
John Waldron, presidente do Goldman e diretor de operações, visto por muitos como o sucessor de Solomon, também recebeu um bônus de retenção de US$ 80 milhões em ações restritas, disse o banco em um documento regulatório na sexta-feira (17).
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Os bônus, que serão pagos em cinco anos, são um esforço do conselho do Goldman para manter Solomon e Waldron como uma equipe sênior de liderança, afirmou a empresa no documento.
O Goldman também informou que o salário de Solomon para 2024 subiu 26%, para US$ 39 milhões.
A sucessão de CEOs está em foco em Wall Street. De Jamie Dimon no JPMorgan Chase a Brian Moynihan no Bank of America, os investidores estão focados nos longos mandatos dos executivos que dirigem os maiores bancos dos Estados Unidos.
O mais recente voto de confiança para Solomon, 63 anos, chega após um período de turbulência, durante o qual as atividades do banco de investimentos se retraíram e o negócio de bancos de consumo do Goldman teve prejuízo, atraindo críticas à sua liderança e especulações, dois anos atrás, de que seu emprego estaria em risco.
Solomon rechaçou os céticos à medida em que as ações do banco e o mercado se recuperaram e as operações de varejo do Goldman foram reduzidas.
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