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Como a estratégia do “sim” pode transformar sua vida e carreira

Redação Informe 360

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O desafio está em identificar no dia a dia as oportunidades que vão te levar mais longe na vida e na carreira

Sim. Eu posso. Agora. Essa talvez seja a minha principal estratégia de trabalho — e de vida. Não foi sempre assim, mas já faz quase duas décadas que comecei a entender que é sério esse negócio de que a vida espelha as nossas atitudes. Que um “sim” leva a mais “sins”. Que o melhor jeito de investir no futuro é praticando hoje o que pretendo colher amanhã. 

Esse pode ser uma tema polêmico porque aceitar as oportunidades que a vida nos apresenta muitas vezes soa como falta de direção ou crítica. Desenvolvemos um monte de jeitos de dizer “não” sem dizer claramente não. O dia não é o ideal; a proposta não é exatamente o que idealizamos; puxa, eu já tinha outros planos; o cenário mudou, não está mais favorável ao caminho que escolhemos, mas nos apegamos a ele e seguimos mesmo assim; parece que tem uma grama mais verdinha no quintal do vizinho, então melhor correr atrás de algo igual do que cuidar do próprio quintal e nutri-lo para que fique verdinho também (ou para que fique verde de verdade, porque olhando de longe, o vizinho pode ser só uma ilusão de ótica).

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Existe uma crença coletiva de que, para ser bom, tem que ser difícil. Concordo que coisas boas levam tempo e exigem trabalho para serem maturadas. Mas discordo de que venham sempre depois de enfrentarmos muitas resistências. Existe uma diferença que pode ser sutil e difícil de perceber entre as oportunidades ou desafios naturais da vida e a nossa insistência em lutar com ela para fazer tudo do nosso jeito.

A diferença está em perceber o quanto algo está no fluxo, é natural. Esforço, sempre será necessário. Desafios, existem o tempo todo. Têm a ver com a jornada do herói. Mas travar guerras criadas pela própria mente ou ações, remar contra a maré, escolher demais as condições em que algo deve ser realizado é outra conversa. Para mim, tem a ver com a jornada que não leva a lugar nenhum. Se você acredita que tudo o que conquista deve ser difícil, pode criar uma profecia autorrealizável. 

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Constatei na prática que a vida não perde tempo com quem nunca tem tempo para ela. Vem uma oportunidade, mas você acha que ainda não é a ideal, então desvia, com os mais racionais argumentos. Na próxima, a chance já vem mais sutil, mais discreta, mais de longe. Você não quer outra vez. E assim vai tudo ficando aparentemente mais difícil mesmo. Mas o contrário também é verdadeiro.

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Abraçando oportunidades na carreira

Lembro de um amigo, editor da revista em que eu trabalhava no início da carreira, me aconselhando a levantar a mão diante de qualquer pauta que aparecesse na reunião, ainda sem dono. Eu era nova, não tinha muito repertório profissional para sugerir pautas de peso, ficava angustiada a cada reunião. “Enquanto não tem suas próprias ideias, vá realizando bem qualquer outra que passe por você”. Foi o que fiz pelos anos seguintes.

A atitude foi fundamental para eu desenvolver a base da minha carreira e postura empreendedora. Foi nesse período, abraçando toda e qualquer oportunidade sem poréns, que eu ganhei autoconfiança, experiência, relacionamentos — tudo o que me levou aos passos seguintes. Se eu ficasse esperando a pauta ideal, provavelmente estaria até hoje começando. 

A experiência leva à consciência, diz meu orientador de yoga — não o contrário. E quanto tempo perdemos tentando entender antes de viver? Planejar no detalhe, com ar sério, testa franzida, estratégias mirabolantes, em vez de começar, com leveza e descontração para enfrentar os imprevistos e tombos do caminho, e crescer a cada passo dado?

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Não estou falando de nada inédito nem inovador. É simples, faz parte da sabedoria popular e também moda no Vale do Silício (errar rápido e com o mínimo de recursos para avançar no desenvolvimento de um produto). O desafio está em identificar as oportunidades no dia a dia. Em resistir à tentação de se iludir com o longe, sem cuidar do perto. Em abrir mão (da ilusão) de controle e se entregar para o que não é exatamente confortável.

Acho curioso como podemos nos enganar com conceitos tão simples no dia a dia. Por exemplo, acreditando que travar guerras com tudo o que não é do jeito que gostaríamos poderá nos levar a uma vida melhor amanhã. Não seria mais produtivo dedicar a maior parte do tempo àquilo que queremos construir dali para frente? A relações positivas, a práticas saudáveis, ao que nos alimenta, ainda que isso exija encontrar tempo e disposição para nutrir o que não está na agenda urgente? 

O futuro vai ser consequência do que vivemos hoje — isso é matemático. Se acreditar que precisa terminar uma coisa ruim antes de começar uma boa, sinto dizer que provavelmente o objetivo não será alcançado. Investir tempo em coisa ruim só gera mais coisa ruim. Mas se quer virar esse jogo, encontre tempo hoje para ouvir o que a vida tem para lhe dizer, para trabalhar no simples que cruza seu dia a dia e, quando menos esperar, verá flor onde antes era terra seca.

Ariane Abdallah é jornalista, autora do livro “De um gole só – a história da Ambev e a criação da maior cervejaria do mundo” e fundadora do Atelier de Conteúdo, empresa especializada na produção de livros, artigos e estudos de cultura organizacional. 

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Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Câmara dos Deputados Aprova Licença Menstrual de até 2 Dias

Redação Informe 360

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) o Projeto de Lei 1249/22 que garante licença de até 2 dias consecutivos por mês para mulheres que sofrem com sintomas graves associados ao fluxo menstrual. A matéria segue para análise do Senado.

A licença valerá para as profissionais com carteira assinada, empregadas domésticas e estagiárias. O direito ao afastamento remunerado será concedido mediante a apresentação de laudo médico que comprove as condições que impeçam temporariamente de exercer as atividades.

O texto aprovado é a versão da relatora, deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), para o projeto de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que argumentou que a medida visa garantir maior equidade e prevenção em saúde ocupacional.

“Cerca de 15% das mulheres enfrentam sintomas graves, com fortes dores na região inferior do abdômen e cólicas intensas, que chegam, muitas vezes, a prejudicar a rotina”, explica Jandira Feghali.

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Conforme o substitutivo, caberá ao Poder Executivo definir o prazo de validade do laudo médico, a forma de apresentação e a periodicidade de sua renovação, considerando peculiaridades das atividades exercidas pela mulher.

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Na China, Influenciadores Precisam de Diploma para Abordar Temas Sensíveis

Redação Informe 360

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A China aprovou uma nova regulamentação que exige que influenciadores comprovem formação ou certificação técnica antes de publicar conteúdo sobre temas como medicina, direito, finanças e educação.

A medida, em vigor desde 25 de outubro, foi emitida pela SART (Administração Estatal de Rádio e Televisão) em conjunto com o MCT (Ministério da Cultura e Turismo).

Voltada especialmente para transmissões ao vivo e criadores que tratam de assuntos de “alto nível técnico”, a lei tem como objetivo conter a desinformação nas plataformas digitais. Redes como Douyin (versão do TikTok usada na China), Weibo e Bilibili agora serão responsáveis por verificar as credenciais dos criadores e garantir que seus conteúdos apresentem fontes e avisos de transparência.

A norma também proíbe a publicidade velada de produtos médicos e suplementos, além de exigir a sinalização de materiais produzidos com inteligência artificial.

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Fadiga de Decisão: Como Grandes Líderes Evitam o Esgotamento Mental

Redação Informe 360

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Um adulto toma, em média, entre 33 mil e 35 mil decisões por dia, segundo um estudo conduzido por pesquisadores de universidades americanas. Muitas dessas escolhas acontecem no modo automático, com base em informações já armazenadas sobre como agir. No entanto, chega um ponto em que esse processo deixa de ser eficiente: o cérebro, sobrecarregado e incapaz de lidar com tantas decisões individuais, entra em pane, interrompendo a tomada de decisão.

Após dias consecutivos de trabalho e centenas de milhares de decisões tomadas, o cérebro tende a fazer escolhas diferentes daquelas que faria se estivesse descansado. Esse fenômeno é chamado de “fadiga de decisão”: quando o cérebro está esgotado e privado de energia mental.

Para concentrá-la nas decisões mais relevantes, muitos líderes optam por usar praticamente a mesma roupa todos os dias. Mark Zuckerberg se inspirou em Steve Jobs, conhecido por sempre usar uma camiseta preta e jeans. Em diversas entrevistas, o fundador do Facebook explicou que prefere reservar sua capacidade mental para as decisões mais relevantes de sua empresa, em vez de gastá-la com escolhas triviais, como o que vestir.

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O que é a fadiga de decisão?

O que vou almoçar? Devo aceitar aquela proposta de emprego? Está na hora de trocar o ar-condicionado, ou devo continuar consertando? No fim das contas, 35 mil decisões por dia significam uma decisão a cada 2,46 segundos. Não é à toa que estamos exaustos.

A fadiga decisória compromete a clareza mental e explica por que muitos profissionais têm pouca energia restante para atividades fora do escritório após um longo dia de trabalho. Depois de horas de trabalho ininterrupto, o cérebro pode sofrer sobrecarga cognitiva. Quanto mais tempo você trabalha e mais decisões toma nesse período prolongado, mais difícil se torna para sua mente sobrecarregada tomar decisões acertadas.

Escolhas simples, como decidir o prato que vai pedir no restaurante, não exigem tanto esforço cognitivo quanto decisões mais impactantes, como manter ou demitir um funcionário. Quanto mais escolhas fazem parte do seu dia, mais difícil fica decidir até mesmo sobre coisas simples, como o que vestir, onde comer, quanto gastar ou como priorizar projetos no trabalho. O cansaço mental pode levar a atalhos perigosos, como não revisar um e-mail importante, evitar participar de decisões em equipe, ser ríspido com colegas, optar por fast food em vez de refeições saudáveis ou abandonar a prática de exercícios físicos.

Sinais da fadiga de decisão

A fadiga decisória geralmente aparece de forma sutil e fácil de ignorar. Veja como reconhecê-la antes que afete seu desempenho e sua saúde mental:

Como identificar em você

  • Você adia decisões simples ou delega tudo, sem distinguir o que é importante do que não é;
  • Sente-se mentalmente exausto antes do meio-dia, mesmo sem esforço físico;
  • Evita conversas difíceis ou responde apenas “sim” ou “não” para se livrar rapidamente da decisão.

Como identificar na sua equipe

  • Membros do time pedem opinião sobre decisões que normalmente tomariam sozinhos;
  • Projetos travam, não pela complexidade, mas porque ninguém quer tomar a decisão final;
  • Aumento de erros, esquecimento de detalhes e maior resistência a mudanças.

Estratégias para evitar a fadiga de decisão

Victoria Grinman, psicoterapeuta e fundadora da Growing Kind Minds LLC, empresa de soluções de gestão emocional para organizações, destaca a importância de criar e manter rotinas intencionais.

Decida apenas uma vez

Empresários como Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos usavam roupas iguais todos os dias para preservar energia mental. “Líderes frequentemente desperdiçam energia refazendo as mesmas decisões”, afirma Grinman. “Crie microestruturas para tarefas recorrentes, como o que vestir, quando checar e-mails ou como começar reuniões. Decidir uma vez e manter o padrão conserva energia mental para o que realmente precisa de atenção.”

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Proteja os primeiros 90 minutos do dia

“Esse período concentra o maior potencial cognitivo”, explica. “Use-o para planejar e tomar decisões estratégicas. Evite tarefas reativas logo cedo para definir o tom do restante do dia.”

Delegue decisões

Quanto menos escolhas você precisar fazer, mais energia cognitiva conseguirá preservar ao longo do dia. Encontre alguém de confiança, reduza o controle e delegue parte das suas decisões a essa pessoa.

Tome as decisões mais difíceis primeiro

Se o dia promete decisões complexas, encare-as nas primeiras horas, quando estiver mais descansado. Classifique as decisões do dia da mais à menos importante e deixe as menos relevantes para o final.

Aproveite o fim de semana

Você não estará biologicamente preparado para manter o equilíbrio em seu processo de tomada de decisões sem descanso e estímulo adequados fora do seu ambiente de trabalho.

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*As informações foram retiradas de textos dos colaboradores da Forbes USA Bryan Robinson e Cheryl Robinson.

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