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CEO conta como Sephora se consolidou no Brasil

Redação Informe 360

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Andrea Orcioli, CEO da Sephora

Andrea Orcioli, CEO da Sephora, construiu toda a sua carreira na indústria da beleza, com passagens pela Avon e Unilever

Andrea Orcioli soube que seria CEO quando sua então chefe, Flávia Bittencourt, avisou que iria assumir a Adidas no Brasil e deixaria seu cargo na Sephora para ela. “Estava pronta, mas fiquei me perguntando como iria substituir aquela pessoa que eu e toda a empresa admirávamos”, lembra a executiva.

As duas foram a Paris para a despedida de Flávia na empresa, que faz parte do grupo LVMH, dono de outras grandes marcas de luxo, como Louis Vuitton e Dior. Conversando com um alto executivo do grupo, Chris de Lapuente, Andrea compartilhou sua insegurança. “Na carreira, ninguém substitui ninguém. Cada um tem a sua trajetória. Você não vai substituí-la, vai continuar o seu caminho”, ouviu dele.

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Essa simples frase trouxe a energia de que ela precisava para de fato assumir a posição. “Pude voltar a dormir”, brinca a executiva, que ampliou os negócios da empresa no Brasil, hoje o terceiro maior mercado mundial de beleza, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

Andrea construiu sua carreira toda nessa indústria. Começou como estagiária na Avon, durante a faculdade de comunicação social. Passou pela Unilever, na área de cabelos, e voltou para a Avon, onde ficou por mais de 10 anos e cuidou da empresa na América Latina. “Sou louca por beleza desde que fui bailarina”, diz ela, que chegou a considerar seguir carreira na dança.

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Clima de startup

Há quase 10 anos na Sephora, Andrea entrou no final de 2014, liderando as áreas de marketing e merchandising. “Foi um diferencial para eu assumir como CEO porque estava envolvida em toda a estratégia e o futuro da Sephora Brasil”, diz. A executiva chegou apenas um ano e meio depois da abertura da primeira loja no Brasil, “Foi uma experiência de startup porque apesar de ser a maior rede de beleza do mundo, estava apenas começando aqui.”

Hoje, a companhia está em outro momento, com 36 lojas espalhadas pelo país. Este ano, já abriu 2, e deve chegar a 4. “Já é uma empresa bastante estruturada e com crescimento acelerado”, diz a executiva, que é otimista em relação ao Brasil.

Em pleno 2020, já em meio à pandemia da Covid-19, a empresa abriu duas lojas no país e lançou a Fenty, marca de maquiagem da Rihanna. Andrea havia assumido a liderança da Sephora no Brasil meses antes, no final de 2019. No início da sua gestão, viu as lojas serem fechadas e os funcionários – e também os consumidores – indo para casa. “Trabalhamos muito com o global e conseguimos ter crescimento em 2020.”

Em 2023, o grupo LVMH teve lucro de € 22,8 bilhões. A divisão que inclui a Sephora, além da DFS e Le Bon Marché, alcançou € 17,9 bilhões em receita e teve aumento de 76% nos lucros. Segundo o grupo, a varejista de beleza teve “mais um ano recorde de receita e lucro”.

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Mercado de beleza brasileiro

Andrea credita o avanço da empresa – dentro e fora do Brasil, apesar de não divulgar números locais – à curadoria de marcas no portfólio da Sephora e ao clima de experimentação da companhia. “Ela já foi concebida, em 1970, com um caráter de inovação”, diz. Antes de a Sephora disponibilizar os produtos para os clientes testarem na loja, o padrão era deixar atrás do balcão.

Foi a primeira a lançar a MAC no Brasil e outras grandes marcas vendidas apenas por lá, como Nars, Drunk Elephant e Fenty Beauty. Três anos depois de desembarcar em solo brasileiro, começou a comercializar a primeira marca nacional, Feito Brasil. Hoje, Bruna Tavares, Mari Maria, Mariana Saad, entre outras, também estão no portfólio. “Como não olhar o mercado do Brasil que é um dos maiores mercados do mundo e tem, sim, muitas marcas de qualidade?”

Tecnologia no negócio

A filial brasileira também acompanha as inovações tecnológicas da empresa globalmente. A Sephora Brasil acaba de lançar um novo aplicativo, com promoções diárias, pré-lançamentos e brindes exclusivos, para levar a experiência das lojas físicas para o smartphone. “A tecnologia é fundamental para qualquer business hoje”, diz Andrea, que começa seu dia checando o app. Logo depois, entra nas redes da Sephora para ler os comentários e “ouvir os consumidores”. “Eu venho do marketing e tinha um momento que a gente precisava ir até o cliente para escutar o que ele precisava. Hoje, está tudo disponível online.”

A executiva também observa um movimento global, e que chegou ao Brasil, do boom da empresa em plataformas como o TikTok, onde influenciadores mostram suas compras, da Sephora e de outras lojas. “Quando é um movimento orgânico, demonstra o quanto a marca é amada”, diz. É também uma questão geracional, observa Andrea, e que está levando meninas muito jovens a consumir produtos de beleza.

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Não dá para ter tudo

Além das pesquisas online, que dão insights sobre quais marcas os brasileiros querem na Sephora, a executiva também circula pelas lojas físicas, ouvindo funcionários e consumidores. Essa vontade de estar na ponta vem da sua primeira experiência profissional, como vendedora de loja de shopping. “Sou bastante conectada. Estou em todo lugar ao mesmo tempo.”

Hoje, com mais de 20 anos de carreira, reconhece que não é possível ter tudo. “Amo ser CEO, mas só consigo porque tenho apoio”, diz. Mãe de dois, chegou a perder o aniversário dos filhos por estar em uma viagem internacional a trabalho. “Mas hoje, ouvir do meu filho de 20 anos que ele tem orgulho de mim e quer ser como eu recompensa todas as escolhas que eu fiz, e que acho que foram corretas.”

A trajetória de Andrea Orcioli, CEO da Sephora no Brasil

Primeiro cargo de liderança

“Iniciei minha carreira como líder na Sephora como vice-presidente Latam de marketing e merchandising.”

Quem me ajudou

“A Flávia Bittencourt era minha chefe, uma líder absolutamente incrível, super aspiracional, uma pessoa realmente que todos admiravam. E um dia ela me chamou e me avisou que iria para a Adidas e que eu assumiria o lugar dela. Foi um momento bastante difícil para mim, porque eu realmente admirava muito a Flávia como líder, foi difícil aceitar que ela estava saindo. E a outra dificuldade foi entender como iria substituí-la. Eu fiquei muito insegura, mas um dos líderes da Sephora na época me deu um conselho que mudou tudo. Ele disse que eu não iria substituí-la, mas simplesmente continuar o meu caminho como liderança, com um olhar novo. Foi a partir daí que assumi de verdade e comecei a trazer a liderança da Andréa para a Sephora.”

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Turning point

“Penso em dois grandes desafios na minha carreira. O primeiro foi quando eu assumi como CEO, com a missão de expandir as lojas físicas da Sephora no Brasil. Decidimos reestruturar o negócio e direcionar grande parte dos investimentos para tecnologia e pessoas, para que conseguíssemos dar esse passo. Deu certo e estamos em um momento super positivo, com abertura de cerca de cinco lojas por ano. O segundo desafio foi a pandemia. Eu tinha acabado de assumir a presidência, fazia menos de um ano. Senti uma grande pressão, porque me sentia responsável por manter o emprego de todos os colaboradores, naquele momento difícil em que não sabíamos exatamente o que aconteceria. Foi um aprendizado enorme, e com muita resiliência e o trabalho incansável do nosso time, conseguimos atravessar esse momento.”

O que ainda quero fazer

“Pretendo continuar evoluindo na minha carreira, buscando novas possibilidades de crescimento e aprendizagem.”

Causas que abraço

“Trabalhar com beleza é fascinante devido às múltiplas causas envolvidas, como a diversidade de gênero e a liberdade de expressão. A beleza se manifesta na forma como as pessoas se mostram e se expressam. Na Sephora, colaboramos para promover essa diversidade por meio de produtos, campanhas e eventos. Um exemplo é o projeto Classes for Confidence, que realiza workshops de maquiagem para apoiar grupos minorizados, como mulheres negras e em tratamento oncológico, visando resgatar sua autoconfiança. Na minha gestão, também fui responsável por aprovar a área de Diversidade e Inclusão, que começou em 2023. A partir da criação da área, a Sephora vem treinando e capacitando líderes e colaboradores, assim como todos os funcionários das lojas, com o objetivo de que todos os clientes se sintam confortáveis e acolhidos em nossos espaços.”

Veja outras executivas do Minha Jornada

Divulgação/Sympla
Divulgação/Amazon
Divulgação

Maurino Borges

Quinzenalmente, a Forbes publica a coluna Minha Jornada, contando histórias de mulheres que trilharam vidas e carreiras de sucesso.

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O Que Explica o Burnout Recorrente de Dezembro

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Para muitas pessoas, dezembro parece uma corrida até a linha de chegada antes da virada do calendário. Prazos de trabalho, compromissos sociais, planos de viagem, listas de compras e avaliações de fim de ano colidem em um espaço emocional e cognitivo comprimido. Assim, o que começa como um pico de empolgação frequentemente leva a um esgotamento intenso, que muitas vezes se estende até janeiro.

Esse burnout de fim de ano não é um fenômeno subjetivo ou isolado. Pesquisas sobre estresse indicam que ele faz parte de um ciclo previsível de resposta ao estresse, que se acumula ao longo do tempo e atinge o auge quando as demandas antes do Ano Novo são mais altas. Os principais conceitos que ajudam a explicar esse fenômeno são o custo biológico do estress, o esgotamento emocional e os efeitos da sobrecarga cognitiva prolongada. Veja como cada um deles afeta o seu bem-estar:

1. Burnout causado pelo “desgaste” biológico

Para entender o ciclo de esgotamento de dezembro, primeiro é preciso compreender a carga alostática: um termo usado por cientistas para descrever o peso biológico cumulativo que o estresse crônico impõe ao corpo. A carga alostática reflete como respostas ao estresse repetidas ou prolongadas, especialmente quando não há recuperação suficiente, produzem desgaste em vários sistemas fisiológicos.

Em uma revisão sistemática de 2020 sobre pesquisas em carga alostática, cientistas analisaram centenas de estudos e concluíram que a sobrecarga alostática, quando o estresse excede a capacidade do corpo de se adaptar, está associada a piores desfechos físicos e mentais em uma ampla gama de populações.

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Cada demanda estressante, seja pressão no trabalho, conflito emocional, tensão financeira ou expectativas sociais, ativa nossos sistemas de resposta ao estresse. Esses sistemas liberam hormônios como cortisol e adrenalina para ajudar a lidar com a situação no momento. Mas, quando os estressores são constantes e a recuperação é mínima,  como costuma acontecer no fim do ano, essa ativação elevada se transforma em “desgaste” fisiológico que acaba minando a resiliência.

Em outras palavras, o corpo literalmente acumula os efeitos do estresse ao longo do tempo. Como resultado, as demandas sobrepostas de dezembro podem levar a um estado de sobrecarga alostática que se manifesta como burnout nos níveis do sistema nervoso, imunológico e metabólico.

2. Burnout causado pela exaustão emocional de fim de ano

Psicólogos definem burnout como uma síndrome psicológica que surge em resposta ao estresse prolongado, especialmente quando ele é percebido como incontrolável ou sem apoio. O modelo mais aceito descreve três dimensões centrais do burnout:

Exaustão emocional: sensação de estar drenado, fatigado e incapaz de se recuperar.

Despersonalização ou cinismo: afastamento emocional de pessoas ou responsabilidades.

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Redução da eficácia pessoal: sensação de menor competência ou produtividade.

Pesquisas mostram que a exaustão emocional tende a se acumular ao longo do tempo, sobretudo quando as demandas diárias continuam sem recuperação psicológica ou física adequada. Muitas pessoas vivenciam esse estado como “não ligar mais”, nem mesmo para coisas que antes eram importantes.

E dezembro intensifica esse padrão. Além dos estressores rotineiros, há demandas emocionais sobrepostas (receber pessoas em casa, expectativas em torno de presentes ou conciliar tempo com diferentes círculos sociais) e a pressão psicológica de “fechar o ano com chave de ouro”. Essa combinação esgota as reservas emocionais mais rapidamente do que em outros períodos do ano.

O ponto crucial é que o burnout não é apenas uma sensação subjetiva. Ele afeta de forma mensurável o funcionamento do cérebro e do corpo. O estresse crônico e o burnout comprometem processos cognitivos como atenção, memória de trabalho e controle executivo, exatamente os sistemas necessários para se manter organizado e focado sob pressão.

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3. Burnout causado pela névoa mental

Uma das queixas mais comuns no fim de dezembro é a chamada “névoa mental”. Os sintomas incluem dificuldade de concentração, tomada de decisão, lembrança de detalhes e manutenção da clareza mental.

Estudos sugerem que a exaustão emocional está ligada a quedas mensuráveis no desempenho cognitivo. Um estudo longitudinal publicado na Stress & Health constatou que a exaustão emocional, o principal componente do burnout,  se associa negativamente ao desempenho em tarefas que avaliam atenção, memória e funções executivas.

O estresse crônico afeta áreas do cérebro responsáveis por essas funções, como o córtex pré-frontal, que regula planejamento, foco e tomada de decisão. Quando hormônios do estresse, como o cortisol, permanecem elevados por muito tempo, esses sistemas passam a funcionar de forma menos eficiente. Embora o cérebro consiga se adaptar no curto prazo, a ativação prolongada leva à fadiga cognitiva, a sensação de que a mente simplesmente não tem mais “energia” para lidar com tarefas complexas.

Em dezembro, a carga cognitiva não vem de uma única fonte. Ela pode surgir de vários fatores ao mesmo tempo, como:

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● prazos e avaliações no trabalho;

● planejamento social e compromissos;

● decisões financeiras e expectativas de estilo de vida;

● processamento emocional ligado às reflexões de fim de ano.

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Todos esses elementos competem pelos mesmos recursos cognitivos e emocionais limitados. Quando esses recursos se esgotam, é como se o cérebro estivesse funcionando em modo de baixa energia, mesmo que você tenha lidado bem com estresses anteriores.

O motivo oculto que piora o burnout de fim de ano

Há também um componente psicológico que amplifica esse ciclo de estresse físico. No fim do ano, muitas pessoas revisam suas conquistas, se comparam aos outros e estabelecem resoluções para o Ano Novo.

Esses ciclos de reflexão podem criar uma lacuna cognitiva entre a realidade e as expectativas, o que gera estresse. Quando as pessoas percebem um descompasso entre as demandas e sua capacidade de lidar com elas, o estresse aumenta e a recuperação se torna mais difícil.

Em teoria, duas pessoas podem enfrentar as mesmas demandas externas, mas aquela que se sente com menos controle ou menos apoio tende a apresentar sinais mais intensos de burnout e acúmulo de carga alostática. Esse padrão é consistente com teorias clássicas do estresse e com estudos empíricos que associam estresse crônico tanto à exaustão emocional quanto ao desgaste fisiológico.

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A boa notícia é que pesquisas sobre burnout e carga alostática apontam algumas abordagens baseadas em evidências para interromper esse ciclo:

Priorize a recuperação. Descanso não é luxo quando o estresse é crônico; é reparador. Sono, pausas e atividades restauradoras ajudam o corpo a desligar respostas prolongadas ao estresse.

Estabeleça limites. Dezembro costuma parecer tudo ou nada. Reduzir compromissos em uma área pode preservar recursos emocionais e cognitivos onde eles mais importam.

Fortaleça conexões sociais. Recursos psicossociais, como relações de apoio, podem amortecer os efeitos do estresse e reduzir a carga fisiológica.

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Pratique mindfulness e pausas intencionais. Práticas de atenção plena demonstram melhorar o funcionamento cognitivo sob estresse e ajudam a regular a reatividade emocional.

Reflita com compaixão. A reflexão de fim de ano pode ser saudável, mas quando vira armadilha de comparação ou julgamento, aumenta o estresse em vez de aliviá-lo.

O Ano Novo chegará, você se sentindo pronto ou não. Mas, ao compreender os mecanismos por trás do colapso de dezembro e adotar medidas para mitigá-los, é possível entrar no próximo capítulo com mais resiliência, não apenas com alívio.

O burnout de dezembro pode ser o principal responsável pela sua névoa mental. Faça a Escala de Névoa Mental, baseada em evidências científicas, para saber se isso é motivo de preocupação.

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*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.

 

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Unilever Anuncia Brasileiro Como Novo CMO Global

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A Unilever anunciou o brasileiro Leandro Barreto como o novo CMO global da companhia. Ele assume o cargo em janeiro de 2026 e sucede Esi Eggleston Bracey, que ocupava a posição de Chief Growth & Marketing Officer.

Com mais de 20 anos de casa, Barreto ocupa hoje o cargo de CMO da vertical de beleza e bem-estar da Unilever. “À medida que o ano chega ao fim, me vejo fazendo uma pausa não apenas para refletir sobre métricas de desempenho, mas para valorizar as pessoas, a paixão e o propósito que definiram estes últimos doze meses”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn. “2025 foi um ano de apostas ousadas e avanços significativos. Foi um privilégio trabalhar ao lado de equipes que aparecem todos os dias com coragem, curiosidade e cuidado.”

Formado em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo), Barreto também tem pós-graduação em psicanálise, semiótica e estudos culturais pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

 

 

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BP Nomeia Meg O’Neill, da Woodside, Como CEO após Saída Repentina de Auchincloss

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A gigante britânica do petróleo e gás BP nomeou Meg O’Neill, da Woodside Energy, como sua próxima CEO, sendo a primeira contratação externa para o cargo em mais de um século e a primeira mulher a liderar uma das cinco maiores petrolíferas, num momento em que a empresa volta a apostar nos combustíveis fósseis.

O’Neill, uma veterana da Exxon, assumirá o cargo em abril, após a saída abrupta de Murray Auchincloss, a segunda mudança no comando em pouco mais de dois anos, à medida que a petrolífera britânica se esforça para melhorar sua lucratividade e o desempenho de suas ações, que durante anos ficou atrás de concorrentes como a Exxon.

A empresa embarcou em uma grande mudança de estratégia no início deste ano, cortando bilhões em iniciativas planejadas de energia renovável e voltando seu foco para os segmentos tradicionais do petróleo e gás. A BP prometeu se desfazer de US$20 bilhões em ativos até 2027 e reduzir a dívida e os custos, incluindo sua unidade de lubrificantes Castrol.

Contratação de alto perfil

O’Neill, norte-americana de 55 anos, natural de Boulder, no Colorado, dirige a Woodside desde 2021 e anteriormente passou 23 anos na Exxon Mobil.

“Trata-se claramente de uma contratação de alto nível e, provavelmente, de algumas das mudanças que os acionistas da BP estavam procurando”, disse Dan Pickering, diretor de investimentos da Pickering Energy Partners.

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Sob a liderança de O’Neill, a Woodside se fundiu com o braço petrolífero do Grupo BHP para criar uma das dez maiores produtoras globais independentes de petróleo e gás, avaliada em US$ 40 bilhões (R$ 220,7 bilhões na cotação atual), e dobrou a produção de petróleo e gás da Woodside.

A aquisição levou a empresa para os EUA, onde se expandiu para o gás natural liquefeito em terra na Louisiana.

As ações da Woodside caíam até 2,9% após o anúncio de sua saída. Já as ações da BP subiam 0,27%.

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