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Atrizes compartilham fracassos de carreira no LinkedIn para inspirar outras mulheres


Jane Fonda tem uma carreira consolidada, mas que incluiu momentos desafiadores ao longo do caminho
O perfeccionismo e o medo do fracasso impactam desproporcionalmente as mulheres, mas saber lidar com os erros pode abrir caminho para o sucesso profissional.
Como parte da campanha recente “Worth It Resumé” (ou currículo que vale a pena, em tradução literal), de L’Oréal Paris, as atrizes Jane Fonda, Helen Mirren, Andie MacDowell, Aja Naomi King e Eva Longoria compartilharam suas lutas, contratempos e fracassos nos seus perfis no LinkedIn. O objetivo era tirar o estigma dos erros para inspirar especialmente outras mulheres a enxergar as dificuldades como parte do processo e aprender com elas.
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Jane Fonda entendeu o custo de subestimar a sua ambição depois de uma situação que viveu na carreira aos vinte e poucos anos. Buscando um papel de protagonista na Broadway, o diretor perguntou se Fonda era ambiciosa. Sua resposta automática foi “Não!!!” “No minuto em que a palavra ‘Não’ saiu da minha boca, eu soube que nunca conseguiria o papel”, escreve a atriz. Esse episódio ajudou Fonda a aprender e reconhecer sua ambição com orgulho.
Andie MacDowell revelou ter enfrentado um contratempo inesperado em seu primeiro papel de destaque no cinema: sua voz havia sido dublada sem o seu conhecimento. Já a ganhadora do Oscar Helen Mirren lembra que sua estreia no teatro foi criticada e ela foi descrita como “o elo mais fraco de uma ótima produção”.
As atrizes Eva Longoria e Aja Naomi King falaram sobre a dor da rejeição. Longoria conta que foi recusada para mais de 100 papéis porque era “latina demais ou não era latina o suficiente”.
King descreveu um papel na TV que sentia ser dela: “Eu estava convencida de que o papel era meu, e não foi. Na época, isso realmente abalou minha confiança, assim como minha capacidade de lidar com essa carreira. Eu precisava aprender que não existe um número finito de obstáculos ou oportunidades.”
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Aprender com o fracasso é fundamental para o sucesso na carreira
Especialistas afirmam que, como descobriram essas atrizes, aprender com os erros é crucial para avançar na carreira. Em seu livro, “The Right Kind of Wrong: The Science of Failing Well” (O tipo certo de errado: a ciência de falhar bem, em tradução literal), a psicóloga organizacional Amy Edmonson explica: “A maioria de nós não consegue aprender as lições valiosas que os fracassos podem oferecer.”
“Adiamos o duro trabalho de refletir sobre o que fizemos de errado. Às vezes, relutamos em admitir que falhamos em primeiro lugar. Ficamos envergonhados com nossos fracassos e rapidamente identificamos os dos outros. Negamos, encobrimos e rapidamente abandonamos as coisas que dão errado, ou culpamos as circunstâncias e outras pessoas.”
Edmonson destaca que você pode jogar xadrez dez horas por dia, mas, se não analisar por que perdeu uma partida, nunca dominará o jogo. Esse princípio se reflete em todos os esportes, com os atletas examinando minuciosamente suas eliminações e identificando os mínimos erros para melhorar seu desempenho. Eles até analisam vídeos de suas falhas para obter informações valiosas.
As organizações também entendem a importância de reconhecer o fracasso. Astro Teller, CEO da empresa de inovação do Google, X, oferece bônus por fracasso aos funcionários que admitem que um projeto não está funcionando. “Trabalhamos duro na X para tornar seguro falhar”, disse Teller em um TED talk. “As equipes matam suas ideias assim que as evidências [do fracasso] estão na mesa porque são recompensadas por isso”, explica.
Por outro lado, quando uma pessoa teme o fracasso em vez de aceitá-lo, isso pode impedi-la de assumir tarefas desafiadoras. Edmonson descreve isso como a diferença entre “jogar para ganhar” e “jogar para não perder”.
Jogar para vencer, escreve ela, refere-se à “disposição para correr riscos na busca de objetivos desafiadores e relacionamentos satisfatórios”. Jogar para não perder, o que a maioria de nós faz na maior parte do tempo, resulta em “evitar situações em que o fracasso é possível, contentar-se com atividades, empregos ou relacionamentos em que você se sente no controle”.
As mulheres estão particularmente em risco por temerem o fracasso. Uma pesquisa da KPMG mostra que 81% das executivas relatam que colocam mais pressão sobre si mesmas para não falharem do que os homens. Outro estudo com estudantes de engenharia descobriu que as estudantes mulheres relataram um medo de fracassar significativamente maior do que os seus colegas homens. Isso pode estar relacionado ao fato de as mulheres terem de cumprir padrões mais elevados do que os homens para serem consideradas competentes.
Ironicamente, a campanha publicitária que abraça os fracassos profissionais é apoiada por uma empresa de cosméticos, que ajudam as mulheres a esconder as suas imperfeições. Mas a companhia não vê dessa forma. “Maquiagem não é uma questão de encobrir suas falhas, mas sim de se tornar quem você deseja ser”, diz Delphine Vigiuer, presidente global da marca L’Óreal Paris.
*Kim Elsesser é colaboradora sênior da Forbes USA. Ela é especialista em vieses inconscientes de gênero e professora de gênero na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
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O Que Explica o Burnout Recorrente de Dezembro

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Para muitas pessoas, dezembro parece uma corrida até a linha de chegada antes da virada do calendário. Prazos de trabalho, compromissos sociais, planos de viagem, listas de compras e avaliações de fim de ano colidem em um espaço emocional e cognitivo comprimido. Assim, o que começa como um pico de empolgação frequentemente leva a um esgotamento intenso, que muitas vezes se estende até janeiro.
Esse burnout de fim de ano não é um fenômeno subjetivo ou isolado. Pesquisas sobre estresse indicam que ele faz parte de um ciclo previsível de resposta ao estresse, que se acumula ao longo do tempo e atinge o auge quando as demandas antes do Ano Novo são mais altas. Os principais conceitos que ajudam a explicar esse fenômeno são o custo biológico do estress, o esgotamento emocional e os efeitos da sobrecarga cognitiva prolongada. Veja como cada um deles afeta o seu bem-estar:
1. Burnout causado pelo “desgaste” biológico
Para entender o ciclo de esgotamento de dezembro, primeiro é preciso compreender a carga alostática: um termo usado por cientistas para descrever o peso biológico cumulativo que o estresse crônico impõe ao corpo. A carga alostática reflete como respostas ao estresse repetidas ou prolongadas, especialmente quando não há recuperação suficiente, produzem desgaste em vários sistemas fisiológicos.
Em uma revisão sistemática de 2020 sobre pesquisas em carga alostática, cientistas analisaram centenas de estudos e concluíram que a sobrecarga alostática, quando o estresse excede a capacidade do corpo de se adaptar, está associada a piores desfechos físicos e mentais em uma ampla gama de populações.
Cada demanda estressante, seja pressão no trabalho, conflito emocional, tensão financeira ou expectativas sociais, ativa nossos sistemas de resposta ao estresse. Esses sistemas liberam hormônios como cortisol e adrenalina para ajudar a lidar com a situação no momento. Mas, quando os estressores são constantes e a recuperação é mínima, como costuma acontecer no fim do ano, essa ativação elevada se transforma em “desgaste” fisiológico que acaba minando a resiliência.
Em outras palavras, o corpo literalmente acumula os efeitos do estresse ao longo do tempo. Como resultado, as demandas sobrepostas de dezembro podem levar a um estado de sobrecarga alostática que se manifesta como burnout nos níveis do sistema nervoso, imunológico e metabólico.
2. Burnout causado pela exaustão emocional de fim de ano
Psicólogos definem burnout como uma síndrome psicológica que surge em resposta ao estresse prolongado, especialmente quando ele é percebido como incontrolável ou sem apoio. O modelo mais aceito descreve três dimensões centrais do burnout:
● Exaustão emocional: sensação de estar drenado, fatigado e incapaz de se recuperar.
● Despersonalização ou cinismo: afastamento emocional de pessoas ou responsabilidades.
● Redução da eficácia pessoal: sensação de menor competência ou produtividade.
Pesquisas mostram que a exaustão emocional tende a se acumular ao longo do tempo, sobretudo quando as demandas diárias continuam sem recuperação psicológica ou física adequada. Muitas pessoas vivenciam esse estado como “não ligar mais”, nem mesmo para coisas que antes eram importantes.
E dezembro intensifica esse padrão. Além dos estressores rotineiros, há demandas emocionais sobrepostas (receber pessoas em casa, expectativas em torno de presentes ou conciliar tempo com diferentes círculos sociais) e a pressão psicológica de “fechar o ano com chave de ouro”. Essa combinação esgota as reservas emocionais mais rapidamente do que em outros períodos do ano.
O ponto crucial é que o burnout não é apenas uma sensação subjetiva. Ele afeta de forma mensurável o funcionamento do cérebro e do corpo. O estresse crônico e o burnout comprometem processos cognitivos como atenção, memória de trabalho e controle executivo, exatamente os sistemas necessários para se manter organizado e focado sob pressão.
3. Burnout causado pela névoa mental
Uma das queixas mais comuns no fim de dezembro é a chamada “névoa mental”. Os sintomas incluem dificuldade de concentração, tomada de decisão, lembrança de detalhes e manutenção da clareza mental.
Estudos sugerem que a exaustão emocional está ligada a quedas mensuráveis no desempenho cognitivo. Um estudo longitudinal publicado na Stress & Health constatou que a exaustão emocional, o principal componente do burnout, se associa negativamente ao desempenho em tarefas que avaliam atenção, memória e funções executivas.
O estresse crônico afeta áreas do cérebro responsáveis por essas funções, como o córtex pré-frontal, que regula planejamento, foco e tomada de decisão. Quando hormônios do estresse, como o cortisol, permanecem elevados por muito tempo, esses sistemas passam a funcionar de forma menos eficiente. Embora o cérebro consiga se adaptar no curto prazo, a ativação prolongada leva à fadiga cognitiva, a sensação de que a mente simplesmente não tem mais “energia” para lidar com tarefas complexas.
Em dezembro, a carga cognitiva não vem de uma única fonte. Ela pode surgir de vários fatores ao mesmo tempo, como:
● prazos e avaliações no trabalho;
● planejamento social e compromissos;
● decisões financeiras e expectativas de estilo de vida;
● processamento emocional ligado às reflexões de fim de ano.
Todos esses elementos competem pelos mesmos recursos cognitivos e emocionais limitados. Quando esses recursos se esgotam, é como se o cérebro estivesse funcionando em modo de baixa energia, mesmo que você tenha lidado bem com estresses anteriores.
O motivo oculto que piora o burnout de fim de ano
Há também um componente psicológico que amplifica esse ciclo de estresse físico. No fim do ano, muitas pessoas revisam suas conquistas, se comparam aos outros e estabelecem resoluções para o Ano Novo.
Esses ciclos de reflexão podem criar uma lacuna cognitiva entre a realidade e as expectativas, o que gera estresse. Quando as pessoas percebem um descompasso entre as demandas e sua capacidade de lidar com elas, o estresse aumenta e a recuperação se torna mais difícil.
Em teoria, duas pessoas podem enfrentar as mesmas demandas externas, mas aquela que se sente com menos controle ou menos apoio tende a apresentar sinais mais intensos de burnout e acúmulo de carga alostática. Esse padrão é consistente com teorias clássicas do estresse e com estudos empíricos que associam estresse crônico tanto à exaustão emocional quanto ao desgaste fisiológico.
A boa notícia é que pesquisas sobre burnout e carga alostática apontam algumas abordagens baseadas em evidências para interromper esse ciclo:
● Priorize a recuperação. Descanso não é luxo quando o estresse é crônico; é reparador. Sono, pausas e atividades restauradoras ajudam o corpo a desligar respostas prolongadas ao estresse.
● Estabeleça limites. Dezembro costuma parecer tudo ou nada. Reduzir compromissos em uma área pode preservar recursos emocionais e cognitivos onde eles mais importam.
● Fortaleça conexões sociais. Recursos psicossociais, como relações de apoio, podem amortecer os efeitos do estresse e reduzir a carga fisiológica.
● Pratique mindfulness e pausas intencionais. Práticas de atenção plena demonstram melhorar o funcionamento cognitivo sob estresse e ajudam a regular a reatividade emocional.
● Reflita com compaixão. A reflexão de fim de ano pode ser saudável, mas quando vira armadilha de comparação ou julgamento, aumenta o estresse em vez de aliviá-lo.
O Ano Novo chegará, você se sentindo pronto ou não. Mas, ao compreender os mecanismos por trás do colapso de dezembro e adotar medidas para mitigá-los, é possível entrar no próximo capítulo com mais resiliência, não apenas com alívio.
O burnout de dezembro pode ser o principal responsável pela sua névoa mental. Faça a Escala de Névoa Mental, baseada em evidências científicas, para saber se isso é motivo de preocupação.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
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Unilever Anuncia Brasileiro Como Novo CMO Global

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A Unilever anunciou o brasileiro Leandro Barreto como o novo CMO global da companhia. Ele assume o cargo em janeiro de 2026 e sucede Esi Eggleston Bracey, que ocupava a posição de Chief Growth & Marketing Officer.
Com mais de 20 anos de casa, Barreto ocupa hoje o cargo de CMO da vertical de beleza e bem-estar da Unilever. “À medida que o ano chega ao fim, me vejo fazendo uma pausa não apenas para refletir sobre métricas de desempenho, mas para valorizar as pessoas, a paixão e o propósito que definiram estes últimos doze meses”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn. “2025 foi um ano de apostas ousadas e avanços significativos. Foi um privilégio trabalhar ao lado de equipes que aparecem todos os dias com coragem, curiosidade e cuidado.”
Formado em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo), Barreto também tem pós-graduação em psicanálise, semiótica e estudos culturais pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
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BP Nomeia Meg O’Neill, da Woodside, Como CEO após Saída Repentina de Auchincloss

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A gigante britânica do petróleo e gás BP nomeou Meg O’Neill, da Woodside Energy, como sua próxima CEO, sendo a primeira contratação externa para o cargo em mais de um século e a primeira mulher a liderar uma das cinco maiores petrolíferas, num momento em que a empresa volta a apostar nos combustíveis fósseis.
O’Neill, uma veterana da Exxon, assumirá o cargo em abril, após a saída abrupta de Murray Auchincloss, a segunda mudança no comando em pouco mais de dois anos, à medida que a petrolífera britânica se esforça para melhorar sua lucratividade e o desempenho de suas ações, que durante anos ficou atrás de concorrentes como a Exxon.
A empresa embarcou em uma grande mudança de estratégia no início deste ano, cortando bilhões em iniciativas planejadas de energia renovável e voltando seu foco para os segmentos tradicionais do petróleo e gás. A BP prometeu se desfazer de US$20 bilhões em ativos até 2027 e reduzir a dívida e os custos, incluindo sua unidade de lubrificantes Castrol.
Contratação de alto perfil
O’Neill, norte-americana de 55 anos, natural de Boulder, no Colorado, dirige a Woodside desde 2021 e anteriormente passou 23 anos na Exxon Mobil.
“Trata-se claramente de uma contratação de alto nível e, provavelmente, de algumas das mudanças que os acionistas da BP estavam procurando”, disse Dan Pickering, diretor de investimentos da Pickering Energy Partners.
Sob a liderança de O’Neill, a Woodside se fundiu com o braço petrolífero do Grupo BHP para criar uma das dez maiores produtoras globais independentes de petróleo e gás, avaliada em US$ 40 bilhões (R$ 220,7 bilhões na cotação atual), e dobrou a produção de petróleo e gás da Woodside.
A aquisição levou a empresa para os EUA, onde se expandiu para o gás natural liquefeito em terra na Louisiana.
As ações da Woodside caíam até 2,9% após o anúncio de sua saída. Já as ações da BP subiam 0,27%.
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