Negócios
Aprenda a dizer “não”: como estabelecer limites no trabalho sem comprometer sua carreira


Definir limites no trabalho é essencial para o bem-estar a longo prazo e o sucesso na carreira
Você assume qualquer trabalho extra que seu chefe te passa, mesmo quando está no limite? Quando a carga de trabalho excede sua capacidade, pode causar ansiedade, estresse e te levar a um burnout.
O esgotamento devido ao estresse no trabalho atingiu o seu ponto mais alto, reportado por 42% da força de trabalho, de acordo com o último relatório Future Forum Pulse, que ouviu mais de 10 mil trabalhadores no mundo todo. E as mulheres são um grupo especialmente suscetível ao burnout.
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Mulheres e burnout
As mulheres se esgotam mais rapidamente do que os homens porque são mais responsáveis pelas tarefas domésticas e de prestação de cuidados (além de terem empregos em tempo integral).
Segundo um estudo da consultoria Pew Research Center, mesmo as mulheres que sustentam suas famílias se envolvem em mais trabalhos não remunerados, como tarefas domésticas e cuidados com os filhos.
O esgotamento é resultado do fardo mais pesado em casa com a falta de limites no trabalho.
Mas você não precisa aceitar todos os pedidos de trabalho, até aqueles que vão além do seu escopo, para manter seu emprego. Seguindo estas dicas, você logo transformará o “sim” em um “não” confiante, sem colocar sua carreira em risco.
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5 passos para aprender a dizer “não”
Mude sua mentalidade
O primeiro passo para criar limites é mudar sua mentalidade. Definir limites não é egoísmo, é uma necessidade. Recupere sua autonomia estabelecendo limites saudáveis. Eles são fundamentais porque criam segurança, protegem o seu bem-estar, promovem relacionamentos saudáveis e aumentam a sua autoestima. Sem eles, você pode se sentir exausto e ressentido. Viver sem limites é viver sem o respeito que você merece. Depois de reconhecer seu direito de expressar diretamente suas necessidades, você estará pronto para dar o próximo passo.
Defina prioridades
Antes de estabelecer limites no trabalho, defina seus valores e prioridades. Pergunte a si mesmo se eles mudaram com o tempo. Talvez você esteja cuidando de um familiar ou pensando em ter um filho. Ou priorizando seu próprio bem-estar. Você tem lutado contra a insônia e dores de cabeça devido ao estresse do trabalho? Se a falta de limites estiver causando problemas de saúde, passou da hora de fazer mudanças.
Determine seus limites
Depois de definir seus valores e prioridades, é hora de estabelecer limites. Para começar, rotule seus limites como rígidos ou flexíveis. Limites rígidos são aqueles dos quais você não abre mão, os outros são negociáveis. Por exemplo, se precisar passar as noites com seus filhos, você pode preferir não checar seus emails depois das 18h. Se surgir um assunto de trabalho urgente, isso pode ser considerado um limite flexível. Ou suponha que sua mãe precise que você a leve ao médico todas as segundas e quartas-feiras. Isso significa que você precisará de flexibilidade para ajustar sua programação ou trabalhar em casa nesses dias. Como você considera essa responsabilidade inegociável, pode ser um limite difícil para você.
Comunique e seja consistente
Os limites no trabalho devem ser comunicados de forma clara, confiante e frequente. Não apenas explique quais são seus limites, mas também por que você precisa deles. Seja honesto para que seu chefe e colegas entendam sua perspectiva. Além disso, defina seus termos. Por exemplo, se você não deseja ser contatado durante as férias, a menos que seja urgente, descreva o que constitui uma emergência. Também é importante ter em mente que seus limites serão inevitavelmente violados em algum momento. Quando isso acontecer, resolva o problema imediatamente. Diga à pessoa qual é o problema e como você deseja proceder. Embora inicialmente possa parecer desconfortável, é melhor reforçar seus limites neste momento em vez de esperar.
Aprenda a dizer não – sem necessariamente dizer não
Se você se sentir desconfortável em dizer não, tudo bem. Comece praticando seu músculo do “não” em situações menos intensas ou não profissionais, como avisar seu amigo que você não poderá comparecer ao aniversário dele. Você pode até criar cenários e praticar em casa. Aqui estão alguns exemplos de maneiras apropriadas de dizer não em um ambiente de trabalho (sem usar a palavra “não”):
- “Eu adoraria participar da conferência com vocês, mas essa semana é o aniversário da minha filha e não posso perder.”
- “Infelizmente, estou lotado nesses dias. Você poderia me enviar alguns horários alternativos para agendar uma reunião?
- “Obrigado por pensar em mim, mas meu chefe me pediu para priorizar dois outros projetos antes de iniciar qualquer coisa nova.”
Definir limites no trabalho é essencial para o bem-estar a longo prazo e o sucesso na carreira. Quando você ignora suas prioridades e seus valores, você abre mão do seu poder. Mas quando você os reforça, você ensina aos outros como tratá-lo.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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Como o CEO da Petz Assumiu a Liderança do Mercado no Brasil

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Apesar de ter construído um império dentro do varejo e de estar à frente de uma das fusões mais aguardadas dos últimos anos – da sua Petz com a rival Cobasi –, Sergio Zimerman, um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025, nem sempre quis seguir essa carreira.
Filho de comerciantes, ele viu desde cedo as dificuldades do setor e tentou ir em outra direção, estudando edificações na Escola Técnica Federal. A carreira na construção civil, no entanto, não foi longe. Aos 18 anos, utilizou o dinheiro do seguro após o roubo de seu carro para criar uma empresa de animação de festas infantis. O sucesso do buffet deu lugar a uma adega e, depois, a um atacado que chegou a ter 600 funcionários e faturamento mensal de R$ 15 milhões no câmbio da época.
O caminho, no entanto, não foi linear. “Em 2002, eu tive o maior privilégio que um empreendedor pode ter na vida: quebrar. Isso vale por 10 MBAs”, diz. No mesmo ano nasceu o Pet Center Marginal, inspirado nos modelos de megaloja da Cobasi. O embrião da Petz surgiu mais por necessidade de sobrevivência do que por afinidade com o setor.
“Ser CEO é ir à contabilidade, olhar logística, organizar o dia a dia, cuidar da performance, prestar contas.”
Zimerman ainda não sabia, mas ali nascia também um CEO. Empenhado em não repetir erros, voltou aos bancos escolares aos 34 anos. Enquanto expandia a Petz, formou-se em administração na Unip, fez MBA em varejo na FIA-USP e cursos de extensão na Europa e nos Estados Unidos. Na teoria, dividia-se entre estudante e empresário até 2009. Na prática, fez da curiosidade sua maior aliada.
A entrada do fundo de private equity Warburg Pincus no negócio, em 2013, significou para ele um “novo MBA”: “Comecei a entender que ser CEO não é ser empreendedor. Ser CEO é ir à contabilidade, olhar logística, organizar o dia a dia, cuidar da performance, prestar contas. Tive um professor que resumiu bem: empreender é fazer o filme; ser CEO é administrar o filme. São papéis absolutamente distintos.”
Sob seu comando, a Petz não apenas ultrapassou a concorrente histórica, tornando-se líder no mercado brasileiro, como também estruturou um ecossistema completo, com hospitais veterinários, centros de estética e uma plataforma digital robusta.
Aos 60 anos, Zimerman se prepara para um novo desafio. Independentemente do desfecho da fusão entre Petz e Cobasi – prevista para ser concluída até o fim do ano –, conduz o processo de sucessão da sua cadeira. “Agora quero aprender a ser um bom presidente de conselho. Quero entender como é que um presidente de conselho consolida valor para a companhia”, afirma, já de olho no próximo capítulo.
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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Por Que Conhecidos Impulsionam Sua Carreira Mais do Que Amigos Próximos

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Quando você pensa em relacionamentos, conexões ou pessoas importantes na sua vida, provavelmente lembra primeiro dos mais próximos: seus melhores amigos, familiares, parceiro ou até mentores.
Esses vínculos costumam ser sinônimo de amor e apoio, além de influenciarem seus hábitos e te ajudarem a atravessar momentos difíceis.
Mas o que nem sempre é reconhecido é o poder das pessoas com quem você não tem tanta proximidade. Pense naquele colega da faculdade que você encontra a cada poucos anos, o ex-colega de trabalho que te enviou um link de uma vaga de emprego ou alguém que você encontrou uma única vez na festa de um amigo. Esse tipo de relação é o que chamamos de “laços fracos”.
Essencialmente, são conexões que existem fora do seu círculo central. Você provavelmente não fala com elas com frequência, mas elas formam a camada externa do seu mundo social.
Um estudo clássico e amplamente conhecido chamado The Strength of Weak Ties (A Força dos Laços Fracos), conduzido pelo sociólogo Mark Granovetter, mostrou que as pessoas frequentemente descobrem vagas e oportunidades de vida e carreira não por meio dos amigos próximos, mas por meio de conhecidos.
Isso acontece porque os laços fracos circulam em ambientes diferentes dos seus. Eles trazem novas perspectivas e oportunidades que você não encontraria dentro da sua bolha habitual. E é justamente essa camada externa que pode contribuir para o seu crescimento muito mais do que você imagina.
A seguir, três maneiras como seus laços fracos impulsionam o seu desenvolvimento.
1. Laços fracos abrem portas para novas oportunidades
No estudo de 1973, Granovetter entrevistou 280 profissionais e descobriu que quase 84% das pessoas conseguiram empregos por meio de alguém com quem não tinham grande proximidade, muitas vezes alguém que viam ocasionalmente ou com quem não falavam havia meses.
Seus laços fortes costumam circular nos mesmos ambientes que você. Embora sejam fontes confiáveis de apoio emocional, também podem, sem querer, te manter preso às mesmas ideias e redes.
Já os laços fracos funcionam como pontes para ecossistemas sociais totalmente novos. Essas conexões mais soltas geralmente trabalham em setores diferentes e vêm de contextos variados.
Essa ideia foi testada novamente em um estudo experimental de 2022, conduzido pelo LinkedIn, MIT e Stanford, publicado na revista Science. Os pesquisadores analisaram como diferentes tipos de conexões influenciavam a busca por novas oportunidades profissionais.
Usando o algoritmo “Pessoas que você talvez conheça”, do LinkedIn, eles variaram aleatoriamente a frequência com que laços fracos ou fortes eram recomendados a diferentes usuários. Depois, monitoraram quais conexões resultavam em mudanças reais de emprego.
A conclusão: laços moderadamente fracos – como conhecidos distantes – eram mais eficazes para gerar oportunidades do que laços fortes, como amigos próximos ou familiares.
Mas nem todos os laços fracos são igualmente úteis. Aqueles que eram fracos, mas não tanto, tiveram o maior impacto. A força da conexão foi medida pelo número de contatos em comum e pela frequência de interação.
Ou seja: expandir sua rede além do seu círculo principal pode abrir portas inesperadas. Os “laços fracos certos” podem ser os catalisadores mais poderosos para novas oportunidades.
2. Ampliam sua perspectiva
As pessoas mais próximas de você são, muito provavelmente, seu porto seguro. Elas trazem conforto e afinidade. Mas, às vezes, essa semelhança pode limitar a expansão da sua visão de mundo.
É difícil perceber quando seu círculo íntimo se transforma numa espécie de câmara de eco, onde você raramente é desafiado a questionar suas ideias, expandir sua forma de pensar ou considerar novas perspectivas. E isso pode limitar seu crescimento pessoal, intelectual e até profissional.
Laços fracos, por outro lado, podem oferecer informações únicas simplesmente por circularem em ambientes sociais, culturais ou profissionais diferentes dos seus. Eles têm acesso a ideias, experiências e recursos que você normalmente não encontra.
Uma conversa casual com um conhecido pode te apresentar uma nova visão, te indicar uma vaga ou te fazer refletir sobre algo de forma diferente. É nesse território desconhecido que o crescimento acontece.
Um experimento realizado pelo Facebook em 2012, apresentado na 21ª Conferência Internacional World Wide Web, investigou o papel das redes sociais na disseminação de informações. Analisando 253 milhões de usuários, os pesquisadores compararam a força de laços fortes e fracos.
O resultado: laços fortes tinham mais influência individual, mas laços fracos, pela quantidade e diversidade, eram responsáveis por espalhar a maior parte das informações novas.
Isso torna os laços fracos essenciais não apenas para oportunidades profissionais, mas para o crescimento intelectual e o pensamento criativo.
3. Aumentam sua sensação de pertencimento
Amigos íntimos e familiares oferecem apoio emocional profundo e formam a base do seu círculo social. Mas justamente por serem tão próximos, esses relacionamentos carregam expectativas implícitas e responsabilidades emocionais.
Já coisas simples, como uma conversa rápida com um vizinho ou um cumprimento no elevador, podem ser surpreendentemente revigorantes, justamente por serem leves e sem carga emocional.
Pesquisas publicadas na revista científica Personality and Social Psychology Bulletin mostraram que estudantes universitários se sentiam mais felizes e conectados em dias nos quais interagiam com mais colegas do que o habitual, mesmo que essas interações fossem rápidas e superficiais.
Outros estudos também revelaram que pessoas que conversam mais com figuras periféricas da sua rede social relatam maior senso de pertencimento e bem-estar.
É impossível subestimar o poder de pequenos gestos de cordialidade com conhecidos. Essas interações cotidianas formam uma rede de conexões sutis, mas significativas, que muitas vezes rendem frutos de maneiras inesperadas.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
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Ex-Tenista Profissional, CEO da Lacoste Já Foi Patrocinado pela Marca

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A Lacoste, redundante dizer, segue sendo uma marca aspiracional, associada desde sempre a esportes de elite. Mais recentemente, no entanto, com a ajuda de ídolos de estilos musicais jovens, como o funk e o trap, a grife decidiu ampliar seu público.
Na América Latina, esse desafio está nas mãos de Pedro Zannoni, 49 anos, CEO da marca para a região desde 2020 e um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.
Assim como René Lacoste, fundador da marca, Pedro também é ex-tenista profissional (aos 17 anos, era patrocinado pela própria Lacoste), tendo deixado as quadras por conta de uma debacle financeira familiar. Formado em direito pela Unip, com mestrado em administração pela Faap e especializado em General Management na Wharton School – University of Pennsylvania, ele passou por Wilson, Puma e Adidas, entre outras, antes de trocar a presidência da Asics Latam pelo mesmo cargo na Lacoste, cinco anos atrás.
Desde então, Pedro soube entender as demandas dos países latinos sem perder de vista o respeito ao legado da marca. “Meu papel é garantir a essência da rica história da Lacoste e ao mesmo tempo inovar, trazer novas categorias e novas formas de conexão com o consumidor. Cada mercado tem sua particularidade e sua cultura. A sensibilidade regional faz muita diferença nessa conexão.”
“Não adianta pensar grande se você não tem claro como vai executar. A gente tem de entregar.”
Sobre a estratégia ligada à música, a Lacoste e Pedro até adotaram o apelido Lalá em algumas lojas e criaram uma casa temporária em São Paulo com esse nome no aniversário de 90 anos da marca, em 2023. Ali os funkeiros fãs do “croco”, o crocodilo do logotipo, puderam se apresentar em pocket shows.
Diferentemente daqueles artistas, Pedro não faz o tipo “marrento”, ao contrário. É ele mesmo quem vem ao hall do escritório receber o repórter da Forbes. E, apesar de ter triplicado a receita da marca na América Latina em cinco anos, mercado “tricky”, cheio de reviravoltas difíceis até mesmo de imaginar, quanto mais de prever, ele faz questão de dividir os créditos, enfatizando o esforço coletivo no lugar do mérito individual. “Nada disso acontece sem gente”, diz.
Essa é uma das lições do esporte que ele tira; outra, a disciplina; mais uma, a capacidade de atuar sob pressão e jamais perder o foco; e, muito importante, a de saber equilibrar estratégia com execução. “Não adianta pensar grande se você não tem claro como vai executar. A gente tem de entregar.” Para ele, em suma, um executivo pode ser considerado um “atleta corporativo”: “Sem preparação adequada, estudo constante e cuidado com o corpo e a mente, os resultados não aparecem”.
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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