Geral
Pílula antirressaca será vendida no Brasil
Desenvolvida pela empresa sueca De Faire Medical, a pílula antirressaca deve chegar ao Brasil até o mês de novembro. O suplemento alimentar Myrkl promete decompor o álcool antes que ele chegue ao fígado, evitando os sintomas da ressaca. Apesar dos potenciais benefícios, o composto não é indicado para fortes noites de bebedeira, mas apenas para quem vai tomar algumas taças de vinho ou copos de cerveja.
Para o jornal O Globo, a empresa De Faire Medical afirmou que estão “lançando (o produto) no Brasil nos próximos três meses, mas a data exata ainda não está confirmada”. De acordo com a previsão, é esperado que o comprimido antirressaca chega ao país até o final de novembro.
Preço
No Reino Unido — onde o produto foi inicialmente lançado —, a caixa da pílula antirressaca com 30 comprimidos é vendida pelo valor de 30 libras, ou seja, cerca de 180 reais na conversão direta. Detalhes sobre o preço do produto no Brasil ainda não foram compartilhados.
A pílula antirressaca é um remédio?
Independendo do benefício associado à pílula de limitar os efeitos da ressaca, a fórmula não pode ser encarada como um remédio e, sim, como um suplemento alimentar.
Afinal, o comprimido antirressaca não recebeu este tipo de licença da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (Mhra), do Reino Unido. No Brasil, também não deve receber este tipo de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como funciona o suplemento que alivia os sintomas do álcool no organismo?
Vale explicar que o álcool é tóxico para o organismo humano. Após sua ingestão, ele é decomposto pelo fígado e, após este processo, a substância passa a ser um acetaldeído, que continua a ser tóxico para o corpo e pode provocar efeitos indesejados.
Segundo o fabricante, a pílula antirressaca promete decompor o álcool ainda no intestino, o que deve proteger o fígado dos problemas da bebedeira associados com esta toxicidade. Para isso, o suplemento é composto por probióticos, bactérias “boas” para o intestino, o aminoácido cisteína e a vitamina B12.
Outro ponto importante é que a fórmula não pode cortar todos os efeitos da ressaca, já que outros processos estão envolvidos no consumo do álcool. Por exemplo, a desidratação e a queda no nível de açúcar no sangue não são alterados pelo uso do suplemento.
Controversas no estudo do comprimido
Buscando provar a efetividade da pílula antirressaca, a empresa financiou um pequeno estudo em que se buscava comprovar os seus benefícios. A pesquisa saiu na revista científica Nutrition and Metabolic Insights. No entanto, especialistas apontam algumas controvérsias.
No estudo, os pesquisadores verificaram que os voluntários que tomaram dois comprimidos do suplemento tinham 70% menos álcool no sangue uma hora depois, em comparação com aqueles que não tomaram. Só que apenas 24 pessoas foram recrutadas, o que é considerado um número pouco expressivo.
Segundo especialistas, os voluntários consumiram uma quantidade de álcool considerada baixa para ser comparada com uma noite de bebedeira: apenas dois drinks. Isso significa que estudos mais complexos devem ser desenvolvidos para comprovar a eficácia do suplemento.
Fonte: O Globo
Geral
Rio de Janeiro chega a temperatura mais alta do inverno
A cidade do Rio de Janeiro registrou, nesta quarta-feira (11), o dia mais quente do inverno de 2024. De acordo com o Sistema Alerta Rio, órgão de meteorologia da prefeitura do Rio, a temperatura atingiu os 40,4°Celsius (ºC), às 14h40, em Irajá, zona norte da cidade.
Antes, o recorde havia sido registrado no dia 23 de agosto último, na estação meteorológica de Guaratiba, zona oeste da capital, quando os termômetros assinalaram 38,9°C.
Além da alta temperatura, o município chegou ao estado de emergência para a baixa umidade relativa do ar, valores abaixo de 12%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o Alerta Rio, a umidade atingiu 11,8%, às 14h50, em Irajá, na zona norte do Rio.
Para esta noite, a previsão é de predomínio de céu claro, sem chuva. Os ventos estarão fracos a moderados. Entre a quinta-feira (12) e sexta-feira (13), o tempo permanece estável no município em função de um sistema de alta pressão. O céu estará claro a parcialmente nublado e não há previsão de chuva. Os ventos vão variar entre fracos e moderados, sendo mais intensos no período da manhã. A umidade relativa do ar poderá apresentar valores entre 21% e 30% no período da tarde em algum ponto da cidade nestes dias.
Para o sábado (14), a partir do fim do dia, ventos úmidos do oceano influenciarão o tempo no município do Rio. Desta forma, a partir da noite a nebulosidade estará variada, sem previsão de chuva. As temperaturas estarão elevadas e os ventos moderados. E a umidade relativa do ar ficará entre 21% e 30% no período da tarde.
Já no domingo (15), o tempo vai mudar, com a aproximação de uma frente fria vinda do oceano, que provocará aumento de nebulosidade e há previsão de chuva fraca isolada a partir do final da tarde. Os ventos estarão moderados a fortes e as temperaturas entrarão em declínio.
Edição: Maria Claudia
Geral
Horário de verão: Governo avalia necessidade de retorno
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (11) que o governo está avaliando a necessidade de retorno do horário verão. O motivo é a seca severa que vem afetando a operação do setor elétrico brasileiro.
“Estamos em fase de avaliação da necessidade ou não do horário de verão… é algo que está colocado na mesa, mas não há uma decisão, até porque depende do índice pluviométrico”, disse Silveira a jornalistas.
“Quando há qualquer possibilidade que aponta um caminho para solução de modicidade tarifária e segurança do setor, é importante ser avaliado”, acrescentou o ministro, afirmando que essa política poderia eventualmente ajudar o operador ONS no atendimento dos horários de ponta.
Extinto em 2019, o horário de verão tinha como principal objetivo reduzir o consumo de energia elétrica entre o fim da tarde e o início da noite, a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora
O retorno dessa política chegou a ser estudado alguns anos atrás, especialmente no contexto da crise hídrica de 2021. Na época o governo mobilizou uma série de recursos para evitar problemas no fornecimento de energia.
Sem unanimidade
No entanto, estudos realizados na época mostram que o retorno do horário de verão não produziria economia significativa de energia. A conclusão foi de que a redução observada no horário da ponta noturna é compensada pelo aumento do consumo em outros períodos. A análise anterior também apontava que não haveria impacto sobre o atendimento à potência.
Silveira também afirmou a jornalistas que o governo é “completamente contra” a emenda sobre energia solar distribuída. Ela foi incluída de última hora no projeto de lei do Combustível do Futuro, aprovado pelo Senado na semana passada.
A emenda estende os prazos para que projetos de geração distribuída, que são subsidiados pela conta de luz, entrem em operação após autorização das distribuidoras. Segundo o ministro, se aprovada, a medida teria um impacto de 2,4 bilhões de reais por ano via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
“Não tem a mínima justificativa técnica, a mínima lógica… Nós estamos completamente contra, tenho feito um apelo aos parlamentares para que eles tenham bom senso”, disse Silveira. O ministro ressaltou que a fonte solar já está consolidada no país e não necessita de incentivos adicionais.
Forbes
Geral
Sindicatos e MP vão receber denúncias de assédio eleitoral no trabalho
O assédio eleitoral é crime e, desde 2022, o número de denúncias só tem crescido. Para evitar que um trabalhador ou servidor público sofra a pressão direta ou indireta dos patrões ou dos chefes imediatos para votar em determinado candidato, as centrais sindicais lançaram, nesta terça-feira (3), um aplicativo onde é possível que o trabalhador denuncie essa prática antidemocrática.
O lançamento ocorre em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT). A iniciativa partiu da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Pública, Intersindical e MPT. A denúncia pode ser feita na página do Fórum das Centrais Sindicais.
Paulo Oliveira, secretário de Organização e Mobilização da CSB, explicou que os trabalhadores não vão precisar baixar o app. Os sites das centrais e o MPT vão colocar em suas páginas o QR Code onde o trabalhador, com seu celular, poderá acessar o canal e denunciar se estiver sendo vítima de assédio eleitoral no ambiente de trabalho.
O assédio eleitoral, muitas vezes, ocorre de maneira sutil, segundo a procuradora do MPT Priscila Moreto, quando um empregador defende que seus funcionários votem em determinado candidato porque, assim, a empresa continuará crescendo. Caso o trabalhador não vote no candidato do patrão, o empregador diz que haverá mudanças, quando não demissões. “Essa é uma das formas do assédio eleitoral”, disse.
O secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, alerta que o assédio eleitoral é muito forte no Brasil, até porque em 73% dos 5,7 mil municípios, a população varia entre 10 e 20 mil habitantes. “Nessas cidades, é muito comum que os trabalhadores conheçam os candidatos preferidos do empregador, e a pressão para que os funcionários votem no candidato indicado é muito forte. A mesma pressão, o assédio, ocorre com os funcionários das prefeituras”, disse.
O voto livre é um direito fundamental que deve prevalecer em todas as situações, de acordo com a também procuradora do trabalho Danielle Olivares Corrêa, porque, caso contrário, o trabalhador torna-se um instrumento dos interesses exclusivos do empregador. Assédio eleitoral é crime e o MPT estará atento a toda e qualquer denúncia que chegar pelo app.
Nas eleições de 2022, as centrais sindicais e o MPT fizeram a mesma parceria de agora, e o resultado foi o recebimento de 3,5 mil denúncias de assédio eleitoral, um percentual 1.600% maior do que o registrado nas eleições de 2018.
O assédio eleitoral ou o “voto de cabresto” não se vê mais nos rincões do país, onde os coronéis determinavam em qual ou quais candidatos os empregados deviam votar. Esse fenômeno cresceu e veio para os grandes centros urbanos também. Dados extraídos do sistema informatizado do MPT, em 2022 foram expedidas 1.512 recomendações e ajuizadas 105 ações civis públicas contra o assédio eleitoral.
As centrais sindicais e o MPT disponibilizaram cartilhas para que os trabalhadores identifiquem as abordagens ilícitas no ambiente de trabalho.
Edição: Marcello Antunes
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