Ciência
Japão divulga foto do solo lunar tirada por sonda
Uma foto inédita do solo lunar foi divulgada pelo Japão nesta quinta-feira (25/1). A imagem, capturada pela sonda não-tripulada SLIM (Módulo de Pouso Inteligente para Investigar a Lua, na sigla em inglês), consagra o país oriental como o quinto país do mundo a conseguir registrar o solo lunar.
A Agência Espacial Japonesa (Jaxa) informou que a sonda conseguiu fotografar e transmitir dados usando um robô. O pouso do SLIM foi feito na sexta-feira (19/1), a poucos metros do alvo estipulado pelos japoneses. A missão marca um avanço significativo em explorações lunares devido à sua precisão de pouso, que superou a margem de quilômetros geralmente associada a pousos convencionais.
Veja a foto:
A Jaxa divulgou o feito em seu perfil oficial no Twitter. Na publicação, a Agência Espacial Japonesa ressaltou a captura da imagem feita pelo SLIM. “O Veículo de Excursão Lunar 2 (LEV-2 / SORA-Q) obteve com sucesso uma imagem da espaçonave #SLIM na Lua. LEV-2 é o primeiro robô do mundo a realizar exploração totalmente autônoma na superfície lunar”, escreveu o perfil.
Fonte: Correio Brasiliense
Ciência
Marte: dados indicam reservatórios subterrâneo de água
Cientistas descobriram pela primeira vez um reservatório de água líquida em Marte, nas profundezas da crosta rochosa mais externa do planeta.
As descobertas vêm de uma nova análise de dados da sonda Insight, da Nasa, que pousou no planeta vermelho em 2018.
A sonda carregava um sismômetro, que registrou quatro anos de tremores nas profundezas de Marte.
A análise dessa movimentação revelou “sinais sísmicos” de água líquida.
Embora haja água congelada nos polos marcianos e evidências de vapor na atmosfera, esta é a primeira vez que água líquida foi encontrada no planeta.
As descobertas foram publicadas na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Em 2018, uma equipe italiana anunciou que havia descoberto um lago no planeta. Entretanto, por volta de 2021, essas evidências foram questionadas por artigos científicos, os quais indicaram que provavelmente os italianos haviam encontrado argila, e não água.
A missão Insight terminou em dezembro de 2022, depois que a sonda ficou em silêncio capturando “o pulso de Marte” por quatro anos.
Nesse período, a sonda registrou mais de 1.319 tremores.
Ao medir a velocidade com que as ondas sísmicas viajaram, os cientistas descobriram por qual material elas têm mais probabilidade de terem se movido.
“Na verdade, essas são as mesmas técnicas que usamos para prospectar água na Terra ou para procurar petróleo e gás”, explica o professor Michael Manga, da Universidade da Califórnia em Berkeley, um dos autores do estudo.
A análise revelou reservatórios de água em profundidades de 10 a 20 km na crosta marciana.
“Entender o ciclo da água em Marte é fundamental para entender a evolução do clima, da superfície e do interior [do planeta]”, disse o autor principal, Vashan Wright, da Universidade da Califórnia em San Diego.
Michael Manga acrescenta que a água é “a molécula mais importante nas condições de evolução de um planeta”.
Essa descoberta, diz ele, responde à grande questão de “para onde foi toda a água marciana”.
Estudos da superfície de Marte, com seus canais e ondulações, mostram que, antigamente, havia rios e lagos no planeta.
Mas há três bilhões de anos, o planeta é um deserto.
Parte dessa água foi perdida para o espaço quando Marte perdeu sua atmosfera.
Entretanto, Manga adverte: “Boa parte da nossa água está no subsolo e não há razão para que isso não aconteça em Marte também”.
A sonda Insight só conseguiu registrar a área sob seus pés, mas cientistas esperam que haja reservatórios semelhantes em todo o planeta.
No entanto, a localização dessa água subterrânea marciana não é necessariamente uma boa notícia para bilionários com planos de colonização de Marte.
“Perfurar um buraco a 10 km da superfície em Marte, mesmo para [Elon] Musk, seria difícil”, diz Manga à BBC News.
A descoberta também pode contribuir para a contínua busca por evidências de vida em Marte.
“Sem água líquida, não tem vida”, aponta. “Então, se houver ambientes habitáveis em Marte, eles podem estar agora no subsolo profundo.”
*Colaborou BCC
Ciência
Campos amplia receita própria e reduz dependência dos royalties
Percentual que era de quase 70% caiu para 28%
O prefeito Wladimir Garotinho anunciou, nesta quarta-feira (07), em suas redes sociais que o trabalho de gestão financeira da sua equipe vem fazendo Campos reduzir a dependência dos royalties e aumentar a arrecadação própria, aquela oriunda de impostos e taxas municipais, dando ao município mais autonomia para manter o equilíbrio financeiro e as obras de infraestrutura em andamento, mesmo com a queda dos royalties de petróleo. Depois de chegar a ter quase 70% do seu orçamento dependentes dos royalties, em 2023 caiu para apenas 28%, enquanto a receita própria aumentou de 30% para 42% do orçamento total.
– Sempre houve uma crítica muito grande em relação à dependência dos royalties de petróleo da nossa cidade. Estamos conseguindo mudar essa realidade. Campos já chegou a ter entre 60% e 70% do seu orçamento de royalties do petróleo e, no passado, foi apenas 28% de royalties e Campos bateu record de arrecadação própria, a oriunda de impostos e taxas municipais, diminuindo assim a sua dependência dos royalties, que sempre foi uma crítica e desejo da sociedade Campista. Estamos conseguindo virar esse jogo e fazendo Campos uma cidade cada vez menos dependente dos royalties – afirma o prefeito.
Segundo o secretário de Transparência e Controle, Rodrigo Resende, nos últimos três anos, a prefeitura conseguiu reduzir a dependência dos royalties, melhorando a Receita Própria, destacando o trabalho das equipes da Secretaria Municipal de Fazenda na arrecadação de tributos, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam) ao incentivar novos negócios e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico com a desburocratização do sistema de abertura de novas empresas, que impactou na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS).
– Em 2020, o município quase entrou em colapso financeiro e orçamentário porque houve queda de arrecadação do petróleo e o que Campos arrecadava de receita própria não cobria as despesas e o resultado que a atual gestão encontrou em 2021 foi folhas de pagamento em atraso, dívidas e despesas não reconhecidas – informa Rodrigo.
Ele explica ainda que, em 2021, a arrecadação do município de Receita Própria foi de R$ 1,06 bilhão e o repasse de royalties passou de R$ 318 milhões para R$ 639 milhões, permitindo que compromissos passados fossem honrados, colocando em dia as pendências financeiras. Em 2022, a receita própria passou para R$ 1,19 bilhão e os royalties saltaram para R$ 1,15 bilhão, recursos que permitiram os investimentos na melhoria da infraestrutura do município.
– Em 2023, arrecadamos R$ 1,3 bilhão de receita própria e R$863 milhões de royalties, uma perda de R$ 278 milhões em relação ao ano anterior, sentida pelo município, mas não repassada para a população porque teve a amortização por sua maioria pela receita própria, que impediu a paralisação de obras de infraestrutura e de serviços que são fundamentais para a população. Hoje, Campos possui condições que podem impedir em casos de oscilação dos royalties, o município não entre em colapso, ou seja, não perca em qualidade de serviço e nem atendimento à população – destaca o secretário.
Fonte: Secom/PMCG – Por: Liliane Barreto – Foto: César Ferreira
Ciência
Organização Mundial do AVC alerta que 90% dos derrames são preveníveis
Uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos vai sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, em algum momento da vida – e 90% desses derrames poderia ser prevenido por meio do cuidado com um pequeno número de fatores de risco, incluindo hipertensão ou pressão alta, tabagismo, dieta e atividade física. O alerta é da Organização Mundial do AVC.
No Dia Mundial do AVC, lembrado neste domingo (29), a entidade destaca que a doença é uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo, pode acontecer com qualquer um em qualquer idade, e é algo que afeta a todos: sobreviventes, familiares e amigos, além de ambientes de trabalho e comunidades.
A estimativa é que mais de 12 milhões de pessoas no mundo tenham um AVC este ano e que 6,5 milhões morram como resultado. Os dados mostram ainda que mais de 110 milhões de pessoas vivem com sequelas de um AVC. A incidência aumenta significativamente com a idade – mais de 60% dos casos acontece em pessoas com menos de 70 anos e 16%, em pessoas com menos de 50 anos.
“Mais da metade das pessoas que sofrem um derrame morrerão como resultado. Para os sobreviventes, o impacto pode ser devastador, afetando a mobilidade física, a alimentação, a fala e a linguagem, as emoções e os processos de pensamento. Essas necessidades complexas podem resultar em desafios financeiros e cuidados para o indivíduo e para os seus cuidadores”, alerta a organização.
Entenda
De acordo com o neurologista e coordenador do serviço de AVC do Hospital Albert Einstein, Marco Túlio Araújo Pedatella, o AVC acontece quando há uma obstrução do fluxo de sangue pro cérebro. Ele pode ser isquêmico (quando há obstrução de vasos sanguíneos) ou hemorrágico (quando os vasos se rompem). Em ambos os casos, células do cérebro podem ser lesionadas ou morrer.
“Os principais fatores de risco que temos hoje pro AVC são pressão alta, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, fumo, uso excessivo de bebida alcoólica, além de outros fatores que a gente não consegue interferir muito, como idade, já que acaba sendo mais comum em pacientes mais idosos, sexo masculino, pessoas da raça negra e orientais e histórico familiar, que também é um fator de risco importante.”
Jovens
Apesar de o AVC ser mais frequente entre a população acima de 60 anos, os relatos de casos entre jovens têm se tornado cada vez mais comuns. Pedatella lembra que, nesses casos, os impactos são enormes, uma vez que a doença pode gerar incapacidades importantes a depender do local e do tamanho da lesão no cérebro.
“Acometendo um paciente jovem, uma pessoa que, muitas vezes, vai deixar de trabalhar, vai precisar fazer reabilitação, gerando enorme gastos. Em vários casos, dependendo da sequela, esse paciente precisa de ajuda até pra andar, então, vai tirar um familiar do trabalho pra poder auxiliar. Então acaba aumentando muitos os gastos de seguridade social, além dos gastos com tratamento e reabilitação.”
“Infelizmente, a gente não tem um remédio que trate, que cure essas lesões. Os pacientes melhoram com a reabilitação, mas dependendo da lesão, do tamanho, da localização, podem ficar com alguma sequela mais incapacitantes.”
Reconhecendo sinais
O especialista explica que reconhecer os sinais de um AVC e buscar tratamento rapidamente não apenas salva a vida do paciente, mas amplia suas chances de recuperação. “O AVC é um quadro repentino, súbito. Acontece de uma vez.”
“A pessoa tem perda de força ou de sensibilidade de um ou de ambos os lados do corpo; perda da visão de um ou de ambos os olhos; visão dupla; desequilíbrio ou incoordenação motora; vertigem muito intensa; alteração na fala, seja uma dificuldade para falar, para articular palavras, para se fazer ser compreendido ou compreender; além de uma dor de cabeça muito intensa e diferente do padrão habitual”.
“É recomendado que, na presença de qualquer um desses sinais, entre em contato com o serviço de urgência para que o paciente possa ser avaliado por um médico e afastar a possibilidade de um AVC. A gente tem uma janela muito estreita, no AVC isquêmico, pra poder tratar esse paciente e evitar sequelas incapacitantes – até quatro horas e meia com tratamento medicamentoso e até seis horas com procedimento endovascular.”
Com informações: Agecia Brasil – Edição: Maria Claudia
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