Geral
Elon Musk assume Twitter com demissões no alto escalão
Elon Musk assumiu a propriedade do Twitter com demissões de executivos do alto escalão, mas deu poucos detalhes sobre como alcançará as ambições que delineou para a rede social.
“O pássaro foi libertado”, tuitou ele, depois de concluir a aquisição de US$ 44 bilhões na quinta-feira (27), em uma referência ao logotipo do Twitter, um pássaro, e em um aparente aceno ao seu desejo de reduzir os limites de conteúdo do que pode ser postado pelos usuários.
Musk, que também é presidente-executivo da fabricante de carros elétricos Tesla e autodeclarado absolutista da liberdade de expressão, no entanto, disse que quer impedir que a plataforma se torne uma câmara de eco para ódio e segregação.
Outros objetivos incluem “derrotar” as contas automatizadas – contas robôs – e tornar públicos os algoritmos que determinam como o conteúdo é apresentado aos usuários.
Porém, Musk não deu detalhes sobre como irá colocar em prática essas pretensões e quem vai administrar a empresa. Ele disse que planeja cortar empregos – o Twitter tem cerca de 7,5 mil funcionários – e que não comprou a companhia para ganhar mais dinheiro, mas “para tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo”.
Musk demitiu o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde, segundo fontes. Musk acusou os executivos de enganar ele e os investidores sobre o número de contas falsas na plataforma.
Agrawal e Segal estavam na sede do Twitter em São Francisco quando o negócio foi fechado e foram escoltados para fora, acrescentaram as fontes.
Musk, que ainda dirige a empresa de foguetes SpaceX, planeja se tornar o presidente-executivo interino do Twitter. Ele também quer acabar com as proibições permanentes de usuários, disse a Bloomberg.
Twitter, Musk e os executivos não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Chief Twit
Antes de fechar o negócio, Musk entrou na sede do Twitter na quarta-feira (26) com um grande sorriso e uma pia de porcelana, conforme foto publicada na rede social, na qual escreveu “deixe escorrer”. Ele mudou a descrição de seu perfil no Twitter para Chief Twit (chefe do Twitter).
Musk tentou acalmar os temores dos funcionários do Twitter de que grandes demissões estão por vir e disse aos anunciantes que suas críticas anteriores às regras de moderação de conteúdo do Twitter não vão prejudicar o apelo da rede social.
“O Twitter obviamente não pode se tornar um inferno livre para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências!” disse o bilionário em uma carta aberta aos anunciantes na quinta-feira.
Reguladores europeus também reiteraram alertas anteriores de que, sob a liderança de Musk, o Twitter ainda deve cumprir a Lei de Serviços Digitais da região, que impõe pesadas multas às empresas se elas não controlarem conteúdo ilegal.
“Na Europa, o pássaro voará de acordo com as regras da União Europeia”, tuitou Thierry Breton, comissário da indústria do bloco, na manhã desta sexta-feira.
Musk indicou que vê o Twitter como uma base para a criação de um “super aplicativo” que oferece tudo, desde transferências de dinheiro a compras e caronas.
Musk enfrentará um desafio para aumentar a receita “dado que as opiniões controversas de que ele parece querer dar mais liberdade são muitas vezes intragáveis para os anunciantes”, disse Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown.
As ações do Twitter encerraram as negociações ontem com alta de 0,3%, a US$ 53,86, pouco abaixo do preço acordado na transação. Os papéis foram retiradas da Bolsa de Valores de Nova York nesta sexta-feira.
Fonte: AgenciaBrasil
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Operação contra o desmatamento da Mata Atlântica começa em 17 estados
Realizada anualmente, a maior ação de combate ao teve início nesta segunda-feira (16) em 17 estados. Chamada de Operação Mata Atlântica em Pé, a iniciativa é coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).
A operação ocorre simultaneamente em todos os estados em que o bioma está presente: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Resultado de uma ação conjunta entre os ministérios públicos estaduais e os órgãos ambientais relacionados, a ação tem quatro fases. Na primeira, são levantadas as áreas desmatadas com base em informações da Fundação SOS Mata Atlântica e do Mapbiomas Alerta. Em seguida, os proprietários são identificados pelos ministérios públicos, e as áreas são fiscalizadas pelos órgãos públicos e pelas polícias ambientais. Se detectado o desmatamento, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal.
Mata Atlântica
De 2022 para 2023, o desmatamento no bioma teve uma diminuição de 27%, passando de 20.075 hectares para 14.697. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que também mostram a queda do desmatamento em 13 dos 17 estados com cobertura do bioma — Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco foram as exceções. No último ano, também foi identificada a retirada ilegal de 17.931 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica pela Operação Nacional conduzida pelos ministérios públicos.
Em nota, o promotor de justiça do Ministério Público do Paraná e presidente da Abrampa, Alexandre Gaio. defendeu que a operação consolidou uma cultura de fiscalização do desmatamento ilegal no bioma, por meio da utilização de inteligência e contínuo engajamento dos Ministérios Públicos e órgãos de fiscalização ambiental, “o que também tem contribuído para a redução dos índices de supressão ilegal e enfrentamento às mudanças climáticas”.
O resultado da edição da operação deste ano será apresentado ao final das ações de fiscalização, em 27 de setembro, com transmissão on-line e ao vivo pelo Ministério Público de Minas Gerais.
*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa
Edição: Aline Leal
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Candidata a vereadora e sua irmã são mortas após sequestro e tortura
Duas irmãs, Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25 anos, foram brutalmente assassinadas a facadas após serem sequestradas e torturadas por um grupo de sete pessoas em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, neste sábado (14). Rayane, que era candidata a vereadora na cidade, e sua irmã, donas de um circo, foram atacadas após deixarem um festival de pesca local. Além das duas vítimas fatais, outras duas pessoas foram sequestradas e feridas no incidente.
A Polícia Civil informou que o grupo foi levado para um cativeiro na Rua Marechal Cândido, no centro da cidade, onde as agressões ocorreram. Um dos sobreviventes conseguiu escapar e buscar ajuda, relatando à polícia o sequestro e tortura a que ele e os outros foram submetidos. De acordo com o Boletim de Ocorrência, o sobrevivente revelou que os agressores, que se identificaram como membros de uma facção criminosa, exigiram dinheiro das vítimas em troca de pouparem suas vidas.
No local do crime, a polícia encontrou um jovem gravemente ferido, com mutilações no dedo e orelha, além de cortes na nuca. Nos cômodos da casa, foram localizados dedos e fios de cabelo de uma das irmãs, e no último quarto, os corpos de Rayane e Rithiele, ambos com sinais de tortura causados por arma branca e com os cabelos cortados.
As investigações apontam que o crime teria sido motivado por uma foto tirada pelas vítimas no Rio Jauru, em que faziam um gesto associado a uma facção rival da que comandou o ataque. Durante a tortura, os suspeitos pressionaram as vítimas por dinheiro em troca de suas vidas.
portaldotupiniquim
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Alertas de desmatamento na Amazônia caem 10,6% em agosto
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal tiveram queda de 10,6% em agosto deste ano, comparados ao mesmo mês de 2023, e de 69,7% em relação a agosto de 2022. “É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa”, informou o governo federal, em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (13).
Em agosto de 2023, o sistema registrou 563,09 quilômetros quadrados (km²) sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal. Já no mês passado, foram 503,65 km². A queda é bem maior quando comparada a agosto de 2022, quando houve alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.
Nove estados compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter-B), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolvido para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novas alterações na cobertura florestal. O Deter-B identifica e mapeia desmatamentos e demais alterações na floresta com área mínima próxima a um hectare.
Já a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecida, desde 1988, pelo Programa de Cálculo do Desmatamento da Amazônia (Prodes). As imagens utilizadas são do satélite Landsat, com maior resolução, que detecta exclusivamente desmatamentos tipo corte raso superiores a 6,25 hectares.
Sistemas de monitoramento
O Deter e o Prodes formam o conjunto de sistemas para monitoramento e acompanhamento dos biomas brasileiros, que tem como ano referência sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte.
De agosto de 2023 a julho de 2024, os alertas de desmatamento na Amazônia – detectados pelo Deter – caíram 45,7% em relação ao período anterior. O número de 4.314,76 km² desmatados é o menor da série histórica iniciada em 2016.
Já os dados consolidados de desmatamento do Prodes de 2023/2024 são divulgados no fim do ano. No período de agosto de 2022 a julho de 2023, o desmatamento na Amazônia Legal alcançou 9.001 km², o que representa queda de 22,3% em relação ao ano anterior (2021/2022).
No bioma Cerrado, o Deter-B verificou aumento de 9% de supressão da vegetação de agosto de 2023 a julho de 2024, em relação ao período anterior, chegando a 7.015 km² de área sob alerta. No caso do Pantanal, a área sob alerta está em 1.159,98 km². Como essa medição começou em agosto do ano passado, ainda não é possível o comparativo.
Mesmo com a retomada das políticas ambientais pelo atual governo – que resultaram em sucessivas reduções de desmatamento na Amazônia – a degradação também é uma preocupação e afeta uma área três vezes maior que o desmatamento. Camuflados por frágeis vegetações, distúrbios ambientais causados pelo homem avançam sobre a biodiversidade, longe do alcance das imagens de satélite e do monitoramento governamental.
Edição: Kleber Sampaio
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