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Startups de IA Adotam Modelo de Trabalho Chinês 9-9-6; Entenda

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Algumas startups de inteligência artificial estão levando o ambiente de trabalho ao limite ao adotar o modelo chinês “9-9-6”: jornadas das 9h às 21h, seis dias por semana. Empresas asiáticas são conhecidas por adotar a rotina, que, segundo especialistas, sobrecarrega colaboradores, gera estresse crônico e pode levar ao burnout. Quando não tratado, pode evoluir para o karoshi — termo japonês para morte por excesso de trabalho.

Desencantados com a baixa perspectiva de recompensa pelo esforço, os jovens chineses criaram o termo tang ping, ou “deitar e relaxar”, para se encorajarem mutuamente a evitar o excesso de trabalho e tirar um tempo para descansar.

Alguns dos principais líderes empresariais dos Estados Unidos também seguem rotinas implacáveis. Marissa Mayer, ex-executiva do Google, teria chegado a trabalhar até 130 horas por semana. Tim Cook, da Apple, envia e-mails a partir das 4h30 da manhã. Elon Musk, fundador e CEO da Tesla, é conhecido por manter semanas de 120 horas de trabalho. Jack Ma, fundador do Alibaba, também é um entusiasta do regime chinês.

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Tempo de trabalho não é sinônimo de produtividade

Alguns líderes esperam que seus funcionários sigam ritmos semelhantes. Em 2022, Musk foi acusado de promover uma espécie de “escravidão corporativa”. Ao elogiar os funcionários da Tesla na China por “virarem a madrugada até 3h da manhã”, ele disse que os americanos estavam “tentando evitar o trabalho a todo custo”. No mesmo ano, o bilionário pôs fim ao trabalho remoto na Tesla e demitiu quase metade dos 7 mil colaboradores da empresa.

Ao contrário do que se pode pensar, jornadas extremas corroem a produtividade no trabalho, diz Caitlin Collins, psicóloga organizacional e diretora de estratégia na Betterworks, empresa especializada em soluções de software de gestão de desempenho. “A ideia de que trabalhar das 9h às 21h, seis dias por semana, impulsiona a inovação é profundamente equivocada”, afirma. “As pesquisas mostram que o excesso de trabalho leva ao burnout, à fadiga cognitiva e ao desengajamento, fatores que comprometem diretamente a criatividade e o foco dos quais as empresas de IA dependem para inovar.”

Há um amplo conjunto de estudos mostrando que mais tempo na mesa de trabalho não significa produzir mais. Um estudo britânico, por exemplo, mostrou que funcionários que trabalham mais de 11 horas por dia têm 67% mais chances de sofrer um ataque cardíaco. Enquanto isso, colaboradores que passam de 54 horas semanais têm maior risco de morrer por excesso de trabalho.

Profissionais buscam equilíbrio

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional não é um benefício, mas uma necessidade estratégica de negócio. “Profissionais têm melhor desempenho quando contam com flexibilidade, espaço mental e confiança para integrar o trabalho às suas vidas, em vez de terem que sacrificar o bem-estar”, diz Collins.

Em resposta a jornadas de trabalho como a 9-9-6, a Geração Z defende foco na flexibilidade e na saúde dos colaboradores. “A Geração Z e os talentos mais jovens já estão rejeitando a cultura do burnout como símbolo de mérito. E as empresas que insistirem nesses modelos ultrapassados correm o risco de perder seus profissionais mais capacitados.”

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Já é possível ver os primeiros reflexos desse impacto. Os jovens estão revisando práticas ultrapassadas e modernizando a forma como o trabalho é feito, lançando tendências como o “conscious un-bossing” (liderança consciente, menos hierárquica) e os “microturnos” (pequenos ajustes de jornada).

Confira seis mudanças que a geração Z defende para tornar o ambiente de trabalho mais humano e flexível:

  • 1. Priorizar a saúde mental e o bem-estar em vez de expectativas tradicionais de trabalho.
  • 2. Buscar modelos de trabalho flexíveis, com possibilidade de modelos remoto ou híbrido.
  • 3. Valorizar trabalhos com propósito, alinhados a seus valores e paixões pessoais.
  • 4. Adotar tecnologias para aumentar a produtividade, mas mantendo limites claros.
  • 5. Defender uma cultura que respeite o tempo pessoal e estimule pausas.
  • 6. Construir relações de apoio no trabalho que promovam a colaboração.

Segundo Christine Royston, CMO da plataforma de gestão de projetos em nuvem Wrike, essas mudanças vão muito além de preferências geracionais: são indícios de uma transformação permanente na forma como a produtividade é compreendida. “A Geração Z está impulsionando a adoção de plataformas de colaboração mais inteligentes e flexíveis.”

O grande desafio para as empresas é criar culturas organizacionais que combinem produtividade e rentabilidade com humanidade e bem-estar físico e mental.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

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Negócios

Governo dos EUA Propõe Limites de Alunos Estrangeiros para Universidades

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O governo do presidente Donald Trump pediu que as universidades americanas assinem um acordo de termos abrangentes — que vão desde matrículas de estrangeiros e diversidade até valores ideológicos de alunos e funcionários — para obter acesso preferencial a recursos federais, de acordo com um memorando de 10 pontos encaminhado na quarta-feira (1) pelo governo.

O memorando, compartilhado com a Reuters por um funcionário da Casa Branca, exige que as faculdades limitem as matrículas internacionais a 15%, proíbam o uso de critérios de raça ou sexo em contratações e admissões, congelem as mensalidades por cinco anos, exijam que os candidatos façam o exame SAT ou um teste semelhante e acabem com a inflação das notas.

Trump já ameaçou cortar o financiamento federal para as universidades devido a uma série de questões, como protestos pró-palestinos contra a guerra de Israel, aliado dos EUA, em Gaza, políticas para transgêneros, iniciativas climáticas e programas de diversidade, equidade e inclusão.

Os defensores dos direitos humanos levantaram preocupações sobre a liberdade de expressão e a liberdade acadêmica em relação a ações que, segundo eles, visam alinhar as universidades à agenda política de Trump.

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O presidente argumenta que as universidades abrigam valores “antiamericanos” e anticonservadores.

Detalhes do memorando

O memorando de 10 pontos recomenda a diversidade de pontos de vista do corpo docente, dos alunos e da equipe, incluindo a revisão das estruturas de governança e a “transformação ou abolição de unidades institucionais que propositalmente punem, menosprezam e até mesmo provocam violência contra ideias conservadoras”.

O documento diz que os estudantes estrangeiros devem apoiar os “valores norte-americanos e ocidentais” e pede que as faculdades “excluam os estudantes que demonstrem hostilidade aos Estados Unidos, seus aliados ou seus valores”.

Também diz que as universidades devem compartilhar todas as informações conhecidas sobre os alunos estrangeiros, inclusive registros disciplinares, mediante solicitação do Departamento de Segurança Interna e ao Departamento de Estado.

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É provável que a orientação suscite preocupações com o devido processo legal e a privacidade à luz de recentes tentativas do governo Trump de deportar estudantes pró-palestinos. As tentativas enfrentaram desafios legais.

O memorando diz que “não mais do que 15% da população de estudantes de graduação de uma universidade devem ser participantes do Programa de Intercâmbio de Visto Estudantil, e não mais do que 5% devem ser um país específico.” Para as escolas que atualmente ultrapassam a população de 15%, as novas turmas de matrículas devem atender ao limite de 15%, acrescenta.

Cartas foram enviadas na quarta-feira para solicitar a concordância e o feedback da Universidade de Vanderbilt, do Dartmouth College, da Universidade da Pensilvânia, da Universidade do Sul da Califórnia, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, da Universidade do Texas, da Universidade do Arizona, da Universidade Brown e da Universidade da Virgínia, disse o funcionário da Casa Branca.

As universidades que assinarem o acordo obterão “vários benefícios positivos”, incluindo “subsídios federais substanciais e significativos”, segundo uma carta endereçada aos líderes universitários. O Wall Street Journal foi o primeiro a divulgar a notícia.

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O memorando diz que a adesão ao acordo estará sujeita à análise do Departamento de Justiça dos EUA e que as universidades que violarem o acordo “perderão o acesso aos benefícios do mesmo”.

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Renata Vichi Deixa Presidência da Kopenhagen Após Quase 30 Anos

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Renata Vichi anunciou nesta quarta-feira (1) que vai deixar a presidência do Grupo CRM, dono das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau. A executiva permanecerá no cargo até dezembro e será sucedida em janeiro por Fernando Vichi, atual diretor de operações e seu marido, que trabalha no grupo há mais de 18 anos.

“Foram quase 30 anos de dedicação intensa, que se confundem com a minha própria história, e 2 anos de aprendizados valiosos no processo de integração com a Nestlé”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn. “Por decisão pessoal, escolhi encerrar este ciclo.”

O grupo foi adquirido pela Nestlé em 2023. “Estamos seguros de que, sob a liderança de Fernando Vichi, Kopenhagen e Brasil Cacau continuarão a trilhar um caminho de sucesso e inovação, mantendo o compromisso com a excelência e a qualidade”, afirma Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil, em comunicado divulgado à imprensa.

“Estou muito motivado para dar continuidade aos planos de negócio e de poder focar no estreitamento das relações com a nossa rede de fraqueados enquanto aceleramos as oportunidades para esse mercado”, diz Fernando Vichi.

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A trajetória de Renata Vichi, CEO do Grupo CRM

Renata iniciou sua trajetória na empresa aos 16 anos, então sob o comando do pai, Celso Moraes, e assumiu a presidência em 2020, aos 38 anos. No período, liderou a criação da marca Brasil Cacau, da rede de cafeterias Kop Koffee e do lançamento da linha Soul Good, focada em bem-estar. Hoje, o grupo que faturou R$ 1,7 bilhão em 2024 conta com uma rede de franqueados com mais de 1,3 mil lojas em todo o Brasil.

“Sei que minha chama empreendedora vai me chamar novamente, porque o legado é maior que a presença de uma pessoa.”
Renata Vichi

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Mobilidade Global: Como Brasileiros Podem Internacionalizar Carreira e Negócios

Redação Informe 360

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O CEO e fundador da Leão Group, Leonardo Leão, participou do ForbesCast e conversou com Fernanda Almeida, editora de Forbes Mulher e Carreira, sobre mobilidade global e as oportunidades de internacionalizar carreiras, negócios e investimentos.

Com presença em Washington (EUA), Lisboa (Portugal), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e escritórios em todo o Brasil, a empresa é especializada em apoiar profissionais e empresas que buscam expandir fronteiras.

Advogado de formação, Leonardo iniciou a carreira no mundo corporativo, em uma grande petroleira brasileira, mas decidiu mudar de rumo após sentir-se limitado. Pediu demissão, foi aos Estados Unidos cursar MBA e mestrado em direito internacional e, a partir dessa experiência, fundou a Leão Group. “Se você não assumir um pouco de risco na vida, nada acontece”, diz. A motivação veio da própria trajetória: “Hoje, nós ajudamos as pessoas a ter o auxílio que eu não tive na época.”

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Ouça:

Segundo o empresário, a pandemia acelerou mudanças profundas no mundo do trabalho: “As empresas pararam de buscar talentos apenas em seu entorno e passaram a olhar para profissionais de todo o mundo. Hoje, o profissional qualificado pode escolher para quem e de onde vai trabalhar.”

Na visão dele, o primeiro passo para a projeção internacional é dominar o inglês (ou outras línguas, a depender do destino). E os brasileiros têm vantagens: “Somos vistos como adaptáveis e flexíveis, características muito valorizadas globalmente.”

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Com foco em imigração para os EUA, Leão também analisou o cenário atual de vistos, em especial os de residência permanente ou temporária. Entre eles, os vistos de habilidades extraordinárias ganham destaque: “Estão em evidência entre brasileiros e em todo o mundo, porque dispensam a necessidade de uma oferta de emprego.”

Assista ao ForbesCast com Leonardo Leão, CEO da Leão Group:

*Infomercial é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.

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